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quarta-feira, 7 de março de 2012

Bancos são os financiadores de armas nucleares

06/3/2012 - por Thalif Deen, da IPS* - Envolverde

Nações Unidas, 6/3/2012 – A indústria mundial de armas nucleares é financiada e mantida viva por mais de 300 bancos, fundos de pensão, companhias de seguros e gestores de ativos, segundo um estudo divulgado pela Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican). Estas instituições realizam substanciais investimentos na produção de armas atômicas. O estudo, de 180 páginas, diz que as nações com poderio nuclear gastam mais de US$ 100 bilhões ao ano fabricando novas ogivas, modernizando as velhas e construindo mísseis balísticos, bombardeiros e submarinos para lançá-las.

Grande parte deste trabalho é feito por corporações como BAE Systems e Babcock International, na Grã-Bretanha, Lockheed Martin e Northrop Grumman, nos Estados Unidos, Thales e Safran, na França, e Larsen & Toubro, na Índia.

Instituições financeiras investem nestas companhias fornecendo empréstimos e comprando ações e bônus”, afirma o documento, considerado o primeiro de seu tipo. Com o título Dont Bank on the Bomb: The Global Financing of Nuclear Weapons Producers ("Não confiem na bomba: o financiamento mundial dos produtores de armas nucleares"), o estudo fornece detalhes das transações financeiras com 20 empresas intensamente envolvidas na fabricação, manutenção e modernização das forças atômicas norte-americanas, britânicas, francesas e indianas.

É necessária uma urgente campanha coordenada mundial pelo desinvestimento em armas nucleares, destaca o informe. Um movimento assim poderia ajudar a frear os programas de modernização e fortalecimento de armamentos e impulsionar as negociações para uma proibição universal desse tipo de bombas. “Deixar de investir nas companhias de armas nucleares é uma forma efetiva de o mundo corporativo avançar para a meta de uma abolição nuclear”, indica o estudo.

O trabalho exorta as instituições financeiras a deixarem de investir na indústria armamentista atômica. “Qualquer uso de armas nucleares violaria o direito internacional e teria catastróficas consequências humanitárias. Ao investir nos fabricantes, as instituições financeiras estão, na verdade, facilitando a construção de forças atômicas”, alerta. Na introdução do informe, o arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, afirma: “ninguém deveria obter lucro com esta terrível indústria da morte, que ameaça a todos nós”.

Tutu exorta as instituições financeiras a apoiarem os esforços para eliminar a ameaça atômica, e destaca que o fim dos investimentos foi vital na campanha para acabar com o apartheid (sistema de segregação racial contra a maioria negra) na África do Sul. A mesma tática pode e deve ser empregada para enfrentar a criação mais maligna do homem: a bomba nuclear, sugere.

Por sua vez, Tim Wright, diretor de campanhas da Ican e coautor do estudo, disse à IPS que algumas das instituições identificadas no trabalho já expressaram sua “intenção de adotar políticas proibindo os investimentos em fabricantes de armas atômicas”. A campanha para que cessem os investimentos “provavelmente terá maior êxito em países onde a oposição às armas é mais forte”, por exemplo, nos escandinavos e no Japão, acrescentou. Wright destacou que cada vez mais bancos reconhecem que se deve aplicar algum tipo de critério ético aos investimentos, e que apoiar a fabricação de armas capazes de destruir cidades inteiras em um instante é algo claramente contrário à ética.
Das 322 instituições financeiras identificadas no informe, cerca da metade tem sede nos Estados Unidos e um terço na Europa. O estudo também denuncia instituições da Ásia, Austrália e Oriente Médio. As mais envolvidas com a indústria de armas nucleares são Bank of America, BlackRock e JP Morgan Chase, nos Estados Unidos, BNP Paribas, na França, Allianz e Deutsche Bank, na Alemanha, Mitsubishi UFJ Financial, no Japão, BBVA e Banco Santander, na Espanha, Credit Suisse e UBS, na Suíça, e Barclays, HSBC, Lloyds e Royal Bank of Scotland, na Grã-Bretanha.

Consultado sobre se seria viável uma campanha para boicotar estas entidades, Wright declarou à IPS que “se os bancos resistirem a ceder, os clientes terão que buscar alternativas éticas”. Muitos outros bancos, particularmente pequenos, negam-se a ter qualquer ligação com esta indústria, destacou. “Se as pessoas começarem a debandar em massa, isto enviará um forte sinal ao banco, de que seu apoio às companhias de armas nucleares é inaceitável. No caso das instituições multinacionais, uma campanha coordenada de boicote em vários países seria efetiva”, acrescentou.

O estudo também cita Setsuko Thurlow, sobrevivente da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade japonesa de Hiroshima em 1945, que fez um apelo para que se invista de forma ética e para não se contribuir com atividades que ameacem a Terra.


*(IPS) - A Agência Envolverde distribui com exclusividade no Brasil os textos da agência Inter Press Service (IPS) e do Projeto Terramérica. Jornais, revistas e websites que queiram ter acesso a este material podem entrar em contato com nossa redação através do email agencia@envolverde.com.br

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Inteligência dos EUA trabalha para o PiG

Publicado em 27/02/2012 - Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada

O Stanley Burburinho envia denúncia-bomba: tem alguém do PiG que “compra” furo de reportagem de empresa que trabalha com Inteligência para o Governo americano.

Quem será?

 
Quem tem bala para isso?

O infatigável e insubstituível Stanley Burburinho (quem será ele?):

Veja o e-mail vazado pelo WikiLeaks que mostra que existe um grande jornal brasileiro que é parceiro de uma empresa que fornece serviços de inteligência confidenciais para grandes corporações dos EUA e também para agências governamentais, incluindo o Departamento de Segurança Interna dos EUA, os fuzileiros navais dos EUA e a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA.


WikiLeaks: The Global Intelligence Files

Na segunda-feira, 27 fevereiro de 2012, o WikiLeaks começou a publicar “Os Arquivos Globais de Inteligência”, mais de cinco milhões de e-mails do Texas sede da empresa de “inteligência global” Stratfor. Os e-mails datam entre julho de 2004 e final de dezembro de 2011. Eles revelam o funcionamento interno de uma empresa que atua como uma editora de inteligência, mas fornece serviços de inteligência confidenciais para grandes corporações, como a Dow Chemical Co. de Bhopal, a Lockheed Martin, Northrop Grumman, Raytheon e agências governamentais, incluindo o Departamento de Segurança Interna dos EUA , os fuzileiros navais dos EUA e Agência de Inteligência de Defesa dos EUA. Os e-mails mostram a teia de informantes da Stratfor, estrutura de pagamento, técnicas de lavagem de pagamento e métodos psicológicos.


LEMBRETE da Confederação – Lista de Anseios do Brasil - E-mail ID-5502132
Data: 2011/12/05 15:33:37
De: allison.fedirka @ stratfor.com
Para: econ@stratfor.com, latam@stratfor.com

Estarei enviando a lista de orientações para o nosso parceiro Confederação amanhã. Obrigado a todos aqueles que responderam. Incluí e exemplifiquei uma lista de itens no final deste e-mail. Por favor, sintam-se livres para fazer alterações ou adicionar qualquer coisa ao e-mail.

————————————————–

"Oi a todos,
Ontem me encontrei com um parceiro da confederação brasileira, um grande jornal daqui. Ontem me encontrei com o POC (POC (Militar) = Point Of Contact: Ponto de Contato – http://wikileaks.org/wiki/POC_(military)) [ponto de contato] principal, bem como o cabeça do jornal para discutir como poderíamos tornar a nossa parceria mais produtiva.

Uma das coisas que o jornal solicitou de nós foi uma lista de itens específicos de nosso interesse. Nosso POC (ponto de contato) está disposto a nos colocar em contato com vários repórteres que são especialistas em nossas áreas de interesse. Essas pessoas estarão disponíveis para bate-papos em geral e também questões específicas.

Então, o que eu preciso é de uma lista de itens que nos interessam. É necessário que tenha um bom equilíbrio entre específico versus geral.

Depois de pronto, eles terão uma idéia melhor de quem colocarão em contato com a gente. Então, poderemos enviar perguntas específicas, por exemplo: como é que o derramamento de petróleo pela Chevron afeta os regras do petróleo?

Ontem eu conheci pessoas que podem ajudar com a macroeconomia / política, infra-estrutura e política brasileiras. Então, essas seriam boas áreas para se obter alguns itens de nosso interesse. Esta lista será útil tanto para a cooperação e para atualização da nossa orientação. Gostaria de obter essa lista para o nosso POC na segunda-feira da próxima semana ou terça-feira no mais tardar.

Obrigado, Allison"


ECONOMIA
- A decisão política sobre crescimento, inflação
- Disputas comerciais com a Argentina
- Relação com a China; investimentos em energia, dumping de mercadorias, concorrência no setor

INFRA-ESTRUTURA
- Modernização dos projetos portuários
- Medida a ser implementada para se certificar de que os projetos da Copa do Mundo serão concluídos dentro do prazo

DEFESA
- Os exercícios militares na fronteira
- 13 tratados com os países fronteiriços para coordenar os esforços na luta anti-droga
- Qualquer pressão sobre os orçamentos militares em face de restrições financeiras

POLÍTICA BRASILEIRA
- Remodelação do gabinete em Janeiro[2012, acredito – posse de Dilma]
- Resultados e conseqüências da votação para divisão do estado do Pará.

http://wikileaks.org/gifiles/docs/5502132_confed-reminder-brazil-wish-list-.html