22/04/2013 - Institute for Political Economy
- em 21/4/2013, por Paul Craig Roberts
- Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Os governos dos EUA estão em guerra há 11 anos.
Qualquer dia que se observe o Iraque hoje “libertado”, o número de mortos é maior do que durante o auge da tentativa norte-americana para ocupar o país.
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Em lugar do governo fantoche dos soviéticos, há lá um governo fantoche dos EUA.
Só isso mudou, e o fantoche dos norte-americanos é ainda mais frágil que o fantoche dos soviéticos.
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Na Líbia, Washington usou seus fantoches corruptos da OTAN e bandidos recrutados pela CIA para derrubar outro governo estável, de Muammar Gaddafi, e deixou a Líbia entregue à violência sectária.
Um país estável e próspero foi simplesmente destruído por governos ocidentais que muito falam sobre respeito aos direitos humanos e tanto condenam China e Rússia por não fazer o que eles fazem.
No Paquistão e no Iêmen, Washington mata civis, usando drones em ataques aéreos.
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Os 11 anos de agressão ilegal a países muçulmanos cometida por Washington – que configura crime de guerra, nos termos definidos pelo Tribunal de Nuremberg que condenou nazistas – resultaram em número muito maior de civis mortos que de militares mortos.
Resultaram também numa política doméstica, cá nos EUA, que já destruiu o Estado de Direito e todas as proteções constitucionais de que gozavam os cidadãos norte-americanos.
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Submetido à agressão ininterrupta da propaganda com a qual Washington e seu Ministério da Propaganda “midiático” bombardeiam meus ouvidos e olhos há 11 anos, imaginem qual não foi minha surpresa, atônito e boquiaberto, ao ver duas manchetes justapostas:
“Frente Al-Nusra jura fidelidade à al-Qaeda” (BBC) e
“Movimento para ampliar ajuda aos rebeldes sírios ganha velocidade no Ocidente” (NY Times).
Frente al-Nusra, [acima] terroristas da al-Qaeda financiados pelos EUA na Síria
A Frente Al-Nusra é o principal grupo militarizado dos “rebeldes sírios” e jurou fidelidade ao mais mortal inimigo dos EUA – a al-Qaeda de Osama bin Laden.
Parem as máquinas!
O governo dos EUA jurou a nós, cidadãos, durante 11 anos, que estava torrando trilhões de dólares em guerras e mais guerras para proteger os norte-americanos contra os ataques da al-Qaeda.
TUDO, para salvar os EUA, dos ataques dos terroristas da al-Qaeda.
Assim sendo... por que, agora, Washington está apoiando a mesma al-Qaeda que trabalha para derrubar um governo secular não islamista na Síria, o qual nunca, em tempo algum, ameaçou, nem de longe, os norte-americanos!?
Duas presstitutes do The New York Times, Michael R. Gordon e Mark Landler, encarregaram-se de elevar a organização terrorista al-Qaeda ao status de “oposição síria”.
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Um alto funcionário norte-americano esclareceu que “nossa ajuda está em trajetória ascendente. O presidente Obama ordenou que sua equipe de segurança nacional identifique outros meios pelos quais possamos ampliar nossa ajuda” (à al-Qaeda!).
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou um “pacote de ajuda para defesa”, no valor de $123 milhões, para a “oposição síria” (hoje comandada pela al-Qaeda!).
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Observem o duplifalar orwelliano: os EUA estão fornecendo armas a uma força terrorista estrangeira, para que destrua um governo secular e uma população inteira com os quais os EUA não estão em guerra; e a isso se dá o nome de “pacote de ajuda para defesa”.
Dia 11/4, o jornal Le Monde, do establishment francês, noticiou que a Frente al-Nusra afiliada à al-Qaeda é a força militar que domina a “oposição síria”, não algum grupo de democratas revolucionários.
Apesar disso, os fantoches de Washington, França e Grã-Bretanha, estão empurrando a União Europeia para que também forneça armas à tal “oposição síria”, quero dizer, à al-Qaeda.
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Simultaneamente, os xiitas islamistas, aos quais os EUA entregaram o controle do Iraque, anunciaram que se aliaram às forças de al-Qaeda-EUA (?!), interessados em também radicalizar e fundamentalizar a Síria.
Os números mais recentes da ONU indicam que os ataques contra a Síria organizados por procuração pelos fantoches de Washington já mataram 70 mil pessoas.
Mas os norte-americanos só pensam nas bombas da Maratona de Boston, que mataram três pessoas.
Mais uma vez “a única nação indispensável” está levando morte e destruição a um país inteiro... talvez para oferecer “liberdade e democracia” a pilhas de cadáveres.
Nenhum sírio jamais pediu para ser assim “libertado” da própria vida.
Americanos, orgulhem-se!
Estamos cumprindo nosso dever com nossa arrogante hegemonia sobre o mundo e também nosso dever com Israel, que já alugou o governo dos EUA.
Temos todo o direito de nos impor como potência hegemônica no planeta Terra, passando pelo Mar Mediterrâneo. Portanto... Washington tem todo o direito de destruir a Síria... para acabar com a base naval russa!
Os romanos jamais toleraram que potência estrangeira tivesse base naval ali.
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O Mediterrâneo foi mare nostrum – nosso mar – dos romanos. Agora é nosso. Portanto... temos todo o direito de destruir a Síria.
Israel, claro, recebeu o título de “Grande Israel” das mãos de Deus em pessoa – e quem sou eu para discordar dos pregadores cristãos sionistas que engordam com o dinheiro israelense – para os quais parte da “Grande Israel” seria o rio no sul do Líbano que fornece preciosa água.
Militantes do Hezbollah
O Hezbollah, ajudado por Síria e Irã impediu que Israel confiscasse o sul do Líbano para pôr as mãos na água que Deus dera pessoalmente aos israelenses.
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As igrejas cristãs sionistas nos EUA repetem essa mensagem todos os domingos.
Se você não acredita neles, é porque é algum tipo de antiamericano antissemita e tem de se exterminado.
Ou talvez seja um desprezível terrorista muçulmano a ser submetido a simulação de afogamento, até confessar.
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Quero dizer é que... como nós, povo indispensável, levaremos liberdade e democracia ao mundo, se os russos mantêm uma base naval em nosso mar?
Como projetaremos força, se projetamos tal fraqueza a ponto de admitir base de potência estrangeira na nossa exclusiva esfera de influência, a milhares de milhas de distância de nossas fronteiras?
Não esqueçam: as fronteiras dos EUA são as fronteiras do mundo. Como diz nosso hino: “Do mar ao mar brilhante”. Não esqueçam.
Claro, não queremos confrontos com outra potência militar nuclear, mas o jeito de contornar isso é demonizar o governo sírio e a Rússia por apoiar o governo de um oftalmologista e “brutal ditador” que resiste contra a tentativa da al-Qaeda para tomar a Síria e financiada com dinheiro de Washington.
Nossos mestres em Washington podem usar a ONU e todos os nossos bem pagos estados-satélites para pressionar os russos a calarem o bico e saírem do nosso caminho.
Quero dizer: por que Putin não aceita todas aquelas ONGs pagas com nosso dinheiro pelas ruas de Moscou empenhadas em derrubar seu governo?
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Quero dizer, Putin está em campo, e em campo estão aqueles malditos chineses.
Quero dizer, sério, quem essa gente pensa que é? Norte-americanos?! Aqueles chinas nunca ouviram falar do nosso controle sobre todo o Pacífico?
Quero dizer, qual é? Os chinas são surdos? Saíram para o almoço?
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Quero dizer, sério, vocês querem desobedecer à vontade de Deus e assar no Inferno?
Ali, em vez das virgens que os muçulmanos prometem, é só fogo, você será queimado vivo. Melhor você escolher o lado certo, antes de morrer.
Quero dizer, sério, quem quer acabar assim?
Se os EUA não obedecerem ao que Israel diz-que Deus disse... estamos fritos!
Fonte:
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/se-os-eua-nao-fizermos-o-que-israel-diz.html
Nota:
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