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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A água em primeiro lugar



por Joshua Kyalimpa, da IPS
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A falta de acesso a água requer uma solução urgente na África austral. Foto: Mantoe Phakathi/IPS
Durban, África do Sul, 7/12/2011 – Ganham força os esforços para que a água seja incluída como capítulo com peso próprio nas negociações internacionais sobre a mudança climática, que acontecem até o dia 9 nesta cidade. Segundo especialistas em temas hídricos, dessa forma se conseguiria maior ênfase no desenvolvimento de políticas e na atração de recursos para este setor mediante programas de adaptação.
“A primeira coisa que cada um de nós usa ao se levantar pela manhã é água, e também quando vai para a cama. De todo modo, é dada como certa”, disse Chris Moseki, gerente de pesquisa na sul-africana Comissão de Pesquisa da Água, que integra a sociedade Mundial para a Água.
A falta de água é um problema grave na África austral, onde afeta quase cem milhões de pessoas. A região ficará mais quente e mais seca nos próximos 50 a cem anos, o que colocará em risco o fornecimento hídrico de estabelecimentos agrícolas, industriais e famílias, além de ameaçar os ecossistemas, indicam modelos traçados pelo Conselho de Pesquisa Científica e Industrial, da África do Sul.
Especialistas e políticos preocupam-se com o fato de o planejamento sobre mudanças na disponibilidade de água não estar recebendo o destaque que merece. O secretário-executivo do Conselho de Ministros Africanos sobre a Água, Bai-Mass Taal, disse que o grupo trabalha para elevar o perfil dos temas hídricos na 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que acontece nesta cidade sul-africana.
“Dizemos às partes: apreciamos o que estão fazendo em outros setores, mas, sem abordar os temas hídricos diretamente, tudo isso será em vão”, advertiu Taal. No momento, os assuntos relativos à água são discutidos como parte do planejamento, da adoção de prioridades e implantação da adaptação a um clima mutante.
Enquanto se espera que cada vez mais países sofram escassez hídrica, a atual posição da água nas conversações climáticas é inadequada, disse a secretária-executiva da Associação Mundial para a Água, Ania Grobicki. “O produto interno bruto de muitos países menos adiantados depende da água. Mais de 50% dos alimentos do mundo procederão da África no futuro, e isto depende da disponibilidade de água. É por esta razão que este debate deveria ir mais além”, afirmou.
Mais de 70% da população da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral depende diretamente da agricultura, principalmente da obtida apenas com água de chuva. As projeções do Conselho de Pesquisa Científica e Industrial estão entre as muitas que chamam a atenção para o efeito que terão sobre a população africana as mudanças previstas nos padrões de chuvas, os limitados recursos destinados à adaptação e a falta de instituições para regular o aproveitamento dos rios.
Desafios similares são previstos para o resto do mundo, mas a falta de irrigação e de infraestrutura geral na África é um fator que multiplica a necessidade de uma intervenção urgente. Ao mudarem os padrões das chuvas, a África enfrenta crises importantes. Em 2010, milhões foram vítimas da fome em Níger e Mali devido a uma seca que afetou os produtores agropecuários. Este ano, o Chifre da África enfrenta sua pior seca em 50 anos, e milhões sofrem fome por esse motivo. Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 12,3 milhões de pessoas necessitam de assistência de emergência nessa região.
A comissária da União Africana para a Economia Rural e a Agricultura, Rhoda Peace, disse que, quando os líderes do continente falam sobre a mudança climática, invariavelmente se referem a secas e inundações, o que mostra que a água já é uma prioridade. Em 2008, os chefes de Estado africanos resolveram colocar a água e o saneamento como prioridade continental.
“Os governantes acordaram destinar pelo menos 0,5% de seu orçamento nacional para a água”, disse Peace. “Que este seja realmente o caso é outra história, mas alguns países estão indo muito bem e podem conseguir seus objetivos”, acrescentou. Brindar um acesso adequado a água em toda a África custará milhares de milhões de dólares. E, para os muitos governos africanos que não honram compromissos anteriores, não será possível arrecadar as somas necessárias sem apoio.
O coordenador para a África oriental da Associação Mundial para a Água, Simon Thuo, declarou estar surpreso pelo fato de inclusive as propostas do grupo de negociadores africanos mencionarem a água apenas superficialmente. Como outros especialistas, Thuo acredita que, mesmo se as negociações climáticas abordarem de maneira específica a administração desse elemento essencial, não receberá a atenção nem o financiamento necessários.

Envolverde/IPS

sábado, 6 de agosto de 2011

Relatora: número dos que não têm saneamento deve aumentar em 20l5



por Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York
34 Relatora: número dos que não têm saneamento deve aumentar em 2015
Catarina de Albuquerque fez discurso na Assembleia Geral
Ano em que será encerrada a Meta do Milênio sobre o tema, mundo terá 100 milhões de pessoas a mais sem acesso a esgoto elevando o total para 2,7 bilhões.
A relatora das Nações Unidas para o direito humano à agua e ao saneamento básico, Catarina de Albuquerque, disse que o número de pessoas sem acesso a esgoto tratado deve aumentar em mais 100 milhões até 2015.
Nesta entrevista à Rádio ONU, Catarina de Albuquerque explicou que a situação irá piorar porque as obras de saneamento não estariam sendo feitas num ritmo ideal.
Crise Trágica
O ano de 2015 marca o prazo final para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que inclui acesso à água potável e ao saneamento.
A relatora falou à Rádio ONU, em Nova York, antes de seu discurso na Assembleia Geral, na semana passada.
“O progresso que se está a alcançar não está a acompanhar o ritmo de crescimento da população. Prevê-se que em 2015, que é a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o número seja pior e que passe de 2,6 bilhões para 2,7 bilhões. Estamos a viver uma verdadeira crise trágica nesta matéria; eu acho que é preciso maior empenho, maior visibilidade e de que é importante fazermos mais e melhores progressos”, afirmou.
Cidades Brasileiras
Segundo as Nações Unidas, atualmente 2,6 bilhões de pessoas vivem sem acesso a esgoto tratado. De acordo com dados do Ibge, em várias cidades brasileiras, mais de 90% dos moradores não têm acesso a saneamento básico.
Valas a ceu aberto e água contaminada são algumas das maiores causas de morte por doenças e infecções.
*publicado originalmente no site da Rádio ONU.
(Rádio ONU)Relat

 Extraído do site Envolverde.