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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Morre geógrafo e ambientalista Carlos Walter Porto-Gonçalves



Professor na Pós-graduação em Geografia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e no departamento de Ciências Humanas da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Carlos Walter Porto-Gonçalves morreu aos 74 anos na noite de quarta, 6, em Florianópolis. A causa da morte ainda não foi confirmada pela família ou por amigos próximos.

Carlos Walter foi sem dúvida um dos pensadores latino-americanos mais importantes das questões ambientais recentes. Porto-Gonçalves tem um dos melhores trabalhos acadêmicos sobre apropriação da água pelo sistema financeiro internacional. Ninguém condenou de maneira mais abrangente a problemática da privatização da água. Ele tem que continuar vivo dentro de todos nós! Carlos Walter presente!

A obra em resumo

  • Geo-grafias: movimientos sociales, nuevas territorialidades y sustentabilidad. México, D.F: Siglo XXI, 2001
  • Geografando nos varadouros do mundo: da territorialidade seringalista (o seringal) à territorialidade seringueira (a Reserva Extrativista). Brasília: Edições Ibama, 2003
  • A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006
  • Geografia da violência no campo brasileiro: o que dizem os dados de 2003. In: Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 75, p. 139-169, 2006
  • Os (des)caminhos do meio ambiente. 1ª edição. São Paulo: Contexto, 1989


Em 2012, o EDUCOM - Aprenda a Ler a Mídia publicou uma série de cinco artigos do professor Porto-Gonçalves intitulada 'Água não se nega a ninguém'. Vale a pena relê-los e os textos (em formato PDF) também podem ser baixados aqui


Com informações da Wikipédia e foto de Giorgia Prates/Senge-RJ

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quando a chuva inclui mais que os rios



por Mario Osava, da IPS
184 Quando a chuva inclui mais que os rios
Uma nordestina tira água de uma cisterna para irrigar sua horta. Foto: Mario Osava/IPS

Ouricuri, Brasil, 12/9/2011 – O surgimento da violência parecia iminente quando quase 1.500 camponeses famintos invadiram esta pequena cidade pernambucana. À ameaça de saque se contrapunha a polícia disposta ao combate. Era o ano de 1993 e a seca já durava três anos no interior do semiárido do Nordeste. As mortes por fome e sede que se sucediam empurravam multidões para as cidades em busca de alívio, às vezes assaltando comércios e armazéns em sua passagem.
O governo do presidente Itamar Franco (1992-1995) tentava contar os desesperados oferecendo alguns alimentos e trabalho temporário nas chamadas “frentes de emergência”. “Eles vinham dispostos à guerra”, lembrou Juvenal Ferraz, na época presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ouricuri, município do oeste do Estado de Pernambuco, cuja população era 70% de origem camponesa, quando a média nacional chegava a apenas 25%.
“A única alternativa” que ocorreu a Ferraz para evitar a tragédia foi acompanhar os manifestantes nos três dias em que ocuparam as ruas diante do sindicato, do Tribunal de Justiça e da prefeitura, “pedindo que ficassem calmos”, enquanto também dialogava com a polícia, “pedindo compreensão”. Conseguiu alojá-los em um casarão, onde ficaram outros três dias sem comida, e costurou um acordo para que se alistassem em uma frente de emergência para limpar açudes, de onde se retira água dos rios para irrigação e uso doméstico. Desse modo conseguiu baixar a tensão e os camponeses voltaram para suas casas.
No Nordeste, a reiteração de tragédias climáticas semelhantes e o fracasso de políticas de “obras contra a seca”, com construção de represas, estradas e sistemas de irrigação, pediam urgência na busca de novas soluções. Entretanto, apenas uma década depois foi implantada uma alternativa efetiva. A Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), uma rede de mais de 700 organizações sociais, adotou o caminho da “convivência com o semiárido”, espalhando cisternas e outras formas de coletar água da chuva em pequenas unidades familiares e comunitárias.
Por sua vez, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) iniciou, em 2007, um gigantesco projeto “contra a seca”, a transposição artificial das águas do Rio São Francisco, que nasce no Estado de Minas Gerais e cruza o sul da região rumo a bacias do Nordeste, para abastecer 30 represas e perenizar vários rios que secam por temporadas. A obra, uma vez acabada, beneficiará 12 milhões de pessoas, que vivem em 390 municípios dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, os mais afetados pelas secas, garantindo o abastecimento a algumas das grandes cidades e centenas de pequenas e médias, segundo o Ministério de Integração Nacional, responsável pelo projeto.
A oferta adicional permitirá melhor gestão dos recursos hídricos no Nordeste e estimulará o desenvolvimento econômico do interior da região, desviando apenas 1,4% do fluxo do São Francisco, argumentou o governo, em resposta às críticas que o projeto desperta. Contudo, a situação no Nordeste semiárido já mudou. Os pequenos agricultores e trabalhadores rurais deixaram de ser tão vulneráveis às secas, segundo Ferraz. A do ano passado foi em muitas partes mais intensa do que a de 1993 e não se repetiu a fome daquela época, lembrou.
Isso se deve aos programas sociais do governo Lula, continuado pela administração de Dilma Rousseff, como o Bolsa Família, que ajuda 13 milhões de famílias pobres, a metade no Nordeste. Também graças às tecnologias de armazenagem da água da chuva, explicou Ferraz. “A fome desapareceu, já não é permanente”, acrescentou o sindicalista. O Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), iniciado em 2003 pela ASA já beneficiou, até o final de julho deste ano, 351.140 famílias com o sistema que leva a água caída no telhado das casas para um depósito feito com placas de concreto, com capacidade para 16 mil litros. É água potável para beber e cozinhar.
As cisternas instaladas com apoio dos governos locais e de outras instituições já passaram de meio milhão, segundo Paulo Pedro de Carvalho, coordenador-geral da Caatinga, uma organização não governamental com sede em Ouricuri e dedicada ao desenvolvimento rural sustentável nas proximidades da Meseta do Araripe, no oeste de Pernambuco. A Caatinga “ajudou muito” a superar a crise de 1993 em Ouricuri, reconheceu Ferraz, que, “sem deixar o sindicalismo”, se incorporou a esta organização para espalhar cisternas. Ultimamente promove sua construção em escolas, para garantir água potável aos alunos e incentivar conhecimentos sobre a realidade do semiárido e temas hídricos.
“Vi muitas meninas e meninos chorando de sede e mães por não terem água para cozinhar”, recordou Ferraz, destacando que alguns não acreditam na eficácia das cisternas até elas “melhorarem muito a vida de suas famílias. “É uma pena que os governos não apoiem o programa como gostaríamos”, prosseguiu. O governo federal financiou cerca de três quartos das cisternas construídas pela ASA, por intermédio do Ministério de Desenvolvimento Social, mas com recursos bem abaixo do necessário para a meta de um milhão de cisternas em cinco anos, cumprida em apenas 35% em oito anos.
É um mistério Lula não ter abraçado o programa da ASA, atendendo sua sensibilidade de ter nascido no Nordeste, filho de uma família que emigrou para São Paulo quando ele era criança fugindo da pobreza e das seca, disse Jean Carlos Medeiros, coordenador do P1MC. Lula impôs políticas que beneficiaram os pobres, especialmente os nordestinos, mas na questão hídrica deu prioridade à transposição do São Francisco, uma ideia em discussão desde o Século 19, que só por sua decisão finalmente começa a se concretizar.
O projeto custara R$ 6,85 bilhões, informou em agosto o Ministério de Integração, admitindo aumento de 36% sobre o orçamento inicial. Além disso, as obras avançam lentamente, com alguns trechos paralisados. Sua conclusão, inicialmente prevista para 2010, foi adiada, no mínimo, para 2014. “É um retrocesso” sobre a “convivência com o semiárido” que hoje se reconhece como caminho para uma solução efetiva dos problemas sociais do Nordeste, definiu Alba Cavalcanti, coordenadora-adjunta de outro programa da ASA, de coleta de água da chuva para irrigar hortas
A transposição constitui uma brutal intervenção na natureza, somando 518 quilômetros de canais mais 42 aquedutos, cinco túneis, 30 represas e nove estações de bombeamento de água a centenas de metros de altura. No total são 713 quilômetros de obras em dois eixos. No entanto, essa gigantesca obra pode não beneficiar a chamada “população difusa”, como são os camponeses do semiárido, os mais pobres e afetados pelas secas periódicas, que no passado viam a emigração como única saída.
Em Ouricuri, por exemplo, seus 74.526 habitantes do censo de 1991 baixaram para 56.733 em 2000, devido a várias secas na década de 1990. A recuperação se refletiu no censo de 2010, com 64.358 habitantes. “Conviver com o semiárido é mais do que ter água, compreende também valorizar a terra, ter orgulho de ser nordestino, sentir-se capaz de viver ‘em minha terra’, e não um cidadão inferior”, concluiu Alba Cavalcanti.

Fonte: Envolverde/IPS

terça-feira, 26 de julho de 2011

Frente Nacional contra tentativas de privatizar a água



por Fabiana Frayssinet, da IPS
1293 Frente nacional contra tentativas de privatizar a água Rio de Janeiro, Brasil, 26/7/2011 – Para frear o que consideram um processo em curso de privatização da água na América Latina, organizações da sociedade civil começam a coordenar ações conjuntas na região. Elas denunciam a aplicação “de diversas formas sutis” que tendem a deixar este recurso fora do controle estatal. Mesmo admitindo que o diagnóstico sobre a situação do controle da água ainda não está claro, o fórum de organizações “trabalha nesse debate”, explicou à IPS o sacerdote Nelito Dornelas, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Fórum Nacional de Mudanças Climáticas.
O que está claro é que há muitas situações pontuais em cada país inclinadas a esse fim, segundo os organizadores do Seminário Internacional: Panorama Político Sobre Estratégias de Privatização da Água na América Latina”, realizado nos dias 20 e 21, na sede da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “No Brasil está em curso com relação à água um processo semelhante ao que ocorreu com a energia elétrica quando, depois da privatização, as tarifas aumentaram cerca de 400%”, afirmou, como exemplo, o Movimento dos Afetados pelas Represas (MAB). “Temos de mobilizar a população em torno deste debates”, disse Dornelas.
Para os participantes do Seminário, é preciso convocar um referendo nos países da região, como o realizado em 2004 no Uruguai, que aprovou o controle social dos recursos hídricos do país, ou, mais recentemente, na Itália. Entre outros pontos submetidos a votação, 95% dos que participaram da consulta optaram pelo NÃO à privatização da água. “Queremos que o governo se ocupe do serviço de águas e do recurso, de modo geral”, destacou o MAB.
A América Latina tem hoje o maior controle e posse dos recursos naturais do planeta e, por isto, é importante começar a se mobilizar para preservar essa riqueza, explicou à IPS Rogério Hohn, da coordenação nacional do MAB. Nesse sentido, o seminário “buscou promover um amplo debate das organizações de cada país com vistas a soluções conjuntas”, acrescentou. Para o MAB, a privatização da água se expressa de diversas formas sutis, além do controle do serviço de abastecimento domiciliar.
Por exemplo, entregando aos Municípios a administração desse recurso para enfraquecer negociações em nível nacional, cobrando por seu uso ou apoiando-se em setores como agricultura, mineração ou das empresas de saneamento. “Inclusive as represas para geração de energia elétrica são uma forma de privatização da água, porque não se vende apenas energia, mas a água que está represada”, destacou Hohn.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, chamou a atenção para um aspecto do informe nacional sobre disponibilidade e qualidade de recursos hídricos, apresentado recentemente pela Agência Nacional de Águas (ANA). O estudo mostra que 69% dos recursos hídricos brasileiros são utilizados para a irrigação de cultivos e pastagens, e que mais de 90% deles vão para o setor privado.
“Temos de ver se essas áreas de irrigação estão em zonas vulneráveis em oferta de recursos hídricos no futuro, para que possamos garantir a produção agrícola com oferta de água, ou se é preciso redirecioná-las”, disse a ministra, ao se referir a uma eventual falta de água para o setor em algumas regiões. O informe, que o governo de Dilma Rousseff tomará como base para a implementação de políticas de administração de recursos, mostra que no setor agropecuário o consumo de água dos animais equivale a 12%, enquanto a demanda de cidades é de 10% e da indústria 7%.
O Brasil é considerado a grande reserva de água doce do mundo, já que possui 11,6% da disponibilidade no planeta e 53% da disponibilidade na América do Sul. Segundo o estudo da ANA, cada brasileiro teria à sua disposição 34 milhões de litros de água doce por ano. Oferta esta que pode baixar se avançarem os processos de privatização do setor, segundo Edson Aparecido da Silva, coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental.
Em entrevista à IPS, Edson explicou que no Brasil grande parte da operação de serviços de saneamento ainda é pública, atendendo quase a totalidade dos 190 milhões de habitantes do país. O setor privado responde por apenas nove milhões de pessoas, ressaltou. Entretanto, os privados já manifestaram “que em pouco tempo podem ampliar sua inserção na área do saneamento em cerca de 30% da população”. Isto significa “que convivemos o tempo todo com a ameaça de mais privatização”, alertou.
Esse processo vai na contramão do que ocorre em países como Argentina, Alemanha, França e Itália, onde os serviços de saneamento voltam ao poder do Estado, ressaltou Edson. Serviços “que eram privados e voltam a ser públicos porque os governos viram que ficavam caros para a população e, com isso, se excluía muitos cidadãos, sobretudo nos países mais pobres”, concluiu. Envolverde/IPS
(IPS)

Dilma: Agricultura familiar é o caminho para inclusão de famílias no meio rural

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (25), em Arapiraca (AL), durante o lançamento do Plano Brasil Sem Miséria – Nordeste, que a agricultura familiar estruturada é o caminho para a inclusão de famílias de agricultores e agricultoras familiares em situação de extrema pobreza. “Queremos transformar a marca Brasil Sem Miséria e agricultura familiar fortalecida numa marca que fará a diferença nas gôndolas dos supermercados. E, se brasileiras e brasileiros se dispuserem a enfrentar e encarar esse imenso desafio que é ultrapassar a extrema miséria em nosso país, eles poderão contribuir escolhendo esses produtos das gôndolas”, afirmou a presidenta.
A oferta de produtos da agricultura familiar nos supermercados foi reforçada durante a visita de Dilma Rousseff a Arapiraca. No início da tarde, a presidenta visitou a Unidade Classificadora e Empacotadora de Farinha de Mandioca da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro), construída com parte dos recursos destinados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para estruturar a infraestrutura produtiva da cadeia da mandioca no Território da Cidadania Agreste (AL). Nesta unidade será empacotada parte dos 12 mil quilos de farinha de mandioca que passarão a ser entregues semanalmente pela Cooperagro, representante da agricultura familiar, a supermercados de Alagoas, conforme acordo assinado nesta segunda-feira.
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À tarde, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assinaram acordo que leva às gôndolas do Grupo Pão de Açúcar produtos de quatro cooperativas (Coopercuc - BA; Cooperagrepa - MT; Coopaflora – PR; e Cooperúnica) e uma associação (Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca de Rondônia). O acordo beneficia mais de 3 mil famílias que produzem palmito de pupunha, doces, compotas e geleias de frutas da Caatinga, ervas aromáticas, condimentares e medicinais, melado de cana-de-açúcar e artesanato. O primeiro pedido, de dez tipos de produtos, vai gerar receita de cerca de R$ 65 mil para os agricultores familiares destas organizações.
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Inclusão produtiva
“Estamos avançando na comercialização”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário. Afonso Florence lembrou que os três eixos do Brasil Sem Miséria - garantia de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos - aprofundam e ampliam as oportunidades de organização e renda para a agricultura familiar brasileira, especialmente no Nordeste, que representa 66,5% da população rural brasileira em condição de pobreza. "O Brasil viveu no último período um processo importante de inclusão com geração de renda. E o Brasil Sem Miséria consolida e aprofunda políticas com foco naqueles que ainda estão fora da dinâmica virtuosa do rural brasileiro", afirmou Florence.
Florence destacou como uma ação para promover inclusão com geração de renda o Programa Água Para Todos, lançado nesta segunda-feira pela presidenta Dilma Rousseff para atender famílias extremamente pobres em áreas rurais do Semiárido. Com investimentos de R$ 756 milhões, o Governo Federal inicia, este ano, a construção de 367 mil cisternas para oferta de água para consumo humano e 600 mil cisternas para a produção de alimentos e criação de animais. “Água e justiça social social correm juntas pelo nosso Nordeste”, reforçou o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho.
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Sementes e assistência técnica
O ministro Afonso Florence destacou a distribuição gratuita de sementes adaptadas para 150 mil famílias do Semiárido, conforme termos de cooperação assinados pelo MDA e o MDS e a Embrapa. Esta ação, que beneficia famílias de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária atendidos pelo Brasil Sem Miséria, é reforçada pela prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para agricultores e agricultoras familiares em situação de pobreza extrema. Florence anunciou o lançamento da segunda chamada pública do Plano Brasil Sem Miséria, que vai atender 15.040 famílias em 131 municípios do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. A chamada será publicada nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União.
Redução da desigualdade
No encerramento do encontro, a presidenta Dilma Rousseff, referindo-se à pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que apontou que 39,5 milhões de brasileiros e brasileiras ascenderam à classe média entre 2003 e maio de 2011, destacou que o Brasil acumulou grandes realizações em um período recente. “Os senhores governadores aqui presentes, todos foram protagonistas dessas transformações, participaram delas”, afirmou a presidenta, ressaltando que o Brasil soube combinar o resgate de milhões de brasileiros com o desenvolvimento do seu mercado interno e com a redução da desigualdade.
Em Arapiraca, foi formalizada a adesão dos estados do Nordeste ao Brasil Sem Miséria. Também participaram do evento os governadores Jaques Wagner, da Bahia; Eduardo Campos, de Pernambuco; Cid Gomes, do Ceará; Ricardo Coutinho, da Paraíba; Wilson Martins, do Piauí; Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte; Marcelo Déda, de Sergipe; e o vice-governador do Maranhão, Washington Luiz de Oliveira
Serviços de saúde
Pelo Brasil Sem Miséria, o governo federal amplia e melhora a assistência à população nordestina por meio de serviços básicos de saúde. O plano prioriza a construção de 638 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em 446 municípios. Também serão ofertadas quase dois milhões de consultas oftalmológicas e mais de 800 mil óculos para estudantes. Outra medida é a instalação de 45 centros de especialidades odontológicas e 91 unidades móveis odontológicas, que vão garantir o fornecimento de 476 mil próteses dentárias. Os investimentos somam cerca de R$ 700 milhões.
Em sua visita a Arapiraca, a presidenta Dilma Rousseff também foi acompanhada pelos ministros Wagner Rossi, da Agricultura; Alexandre Padilha, da Saúde; Fernando Bezerra, da Integração Nacional; Ideli Salvatti, de Relações Institucionais; e Helena Chagas, da Comunicação Social.


Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrária (Notícias MDA )


Nota do Blog: Esperamos que a agricultura familiar promova além da inclusão de famílias no meio rural, alimentos sem agrtóxicos.