Gustavo Antônio Galvão dos Santos*
Moro fora da minha cidade natal, Belo Horizonte, há 8 anos. Esse ano fui “em casa” para votar, mas achei a cidade mudada. Sempre vota unida pra Presidente. Dessa vez, pareceu votar dividida. Nenhum dos candidatos teve maioria, e Marina teve 40%, sua melhor votação entre as capitais.
Minha filhinha de 6 meses me faz chorar de saudade e alegria, como não ocorria desde criança. Ela é carioca como a mãe. Aliás, é nascida no Rio, porque, pra mim, em Minas vale um princípio jurídico chamado jus sanguinis. Cuja tradução literal do latim, segundo meu advogado, significa exatamente: “é mineiro, quem é filho de mineiro, não importa onde nasceu.” Não sei se devo confiar no advogado, mas eu fico impressionado como no latim é possível exprimir frases complexas em duas palavras.
Então, minha filhota é mineira e não tem conversa. Mas também é carioca. E isso não é contraditório, porque ser mineiro é qualidade, não é exclusivismo. E ela também vai adorar ser carioca. Porque, se BH foi bem projetada pelo arquiteto Aarão Reis e remodelada por JK, o Rio foi projetado por Deus, e Ele é incomparável. Mas os mineiros são bons de serviço criando belas capitais do nada. Brasília é um grande e belo parque, onde as pessoas têm prazer em morar sem muros, no meio das plantas e passarinhos.
Minha família é das cidades históricas, Ouro Preto, Sabará, Oliveira. A maioria dos meus avós, bisavós, tataravós, pentavós, sei lá o que, são mineiros. Minha avó até dizia que a gente é descendente dos inconfidentes. Não sei de onde ela tirou isso, acho que em Ouro Preto todas as avós devem dizer isso. Só não digo, meu time do coração. Mineiro não mistura política com futebol, porque sabe que nessa matemática vale mais a soma do que a divisão.
Neste segundo turno, os candidatos são um paulista da capital e uma mineira da capital. Eu admiro muito São Paulo. Acho que é o povo mais empreendedor, ousado e engenhoso do Brasil. Mas, na política, tem a mesma ousadia. São muito diferentes dos meus conterrâneos. Paulista faz política como se fosse guerra. Mineiro faz política como se fosse música, buscando a harmonia nos contrastes. Esperteza sim, mas com cordialidade.
Uma coisa é guerra, outra é deslealdade e baixaria. Há uns poucos políticos paulistanos que, quando podem, fazem política com a delicadeza de um trator de esteira passando em um canteiro de orquídeas. Nesta campanha, povoaram a Internet e jornais de calúnias, ódio, preconceito, intolerância e agressividade. Sujaram a democracia, o progresso, espírito de tolerância e a legitimidade da escolha dos mais humildes.
A postura do ex-governador Aécio Neves é o oposto dessa. Ele segue os preceitos do avô e preza a cordialidade na disputa política. Aécio é o melhor jogador de xadrez da política brasileira neste século. Articula melhor do que Lula.
O enxadrista das Gerais tem inteligência e DNA especial para política. Lula também é muito inteligente. Mas não é isso que lhe faz ser um mito. Lula é um grande comunicador. Sabe tocar os corações, quando fala. Porque ele próprio também tem um grande coração. Errando ou acertando, ele decide e se expressa com o sentimento.
Aécio tem outro estilo, mineiro, trabalha em silêncio. Ainda jovem, deu nó no Serra, FHC, ACM, Jader Barbalho e se tornou – contra o próprio partido – Presidente da Câmara dos deputados. Ali ficou claro que ele tinha herdado a inteligência e o talento do avô. E isso nos enche de orgulho.
Aécio no Senado vai fazer bonito, e faria também na diplomacia global. Se tiver a chance, ensinará ao mundo o que significa a expressão brasileira: “dar nó em pingo d’água”. Se bobearem, é capaz de unir Coréia do Norte com do Sul, e sem avisar.
Mas eu quero falar sobre o voto no 2º turno. As pessoas precisam se conscientizarem e refletirem no que é melhor para o Brasil, Minas e BH e votarem unidas.
Vou colocar um ponto muito importante. A Dilma é mineira. Mas não apenas isso, Dilma é de BH. Na história, presidente mineiro é mais comum do que Pequi no sertão de Montes Claros. Porém, nunca houve um presidente de BH! Porque BH é cidade nova, crescida de poucas décadas.
Tá na hora dos mineiros mostrarem ao Planeta Terra o valor da gente de sua Capital. Porque o mundo vai saber! O Lula colocou o Brasil no lugar que ele merece estar. Os discursos dele na ONU fazem chorar até mesmo os diplomatas, principalmente da África e países pobres. Isso é incrível! Diplomata é gente fria, acostumada a ouvir discurso, fechar acordos impublicáveis, e fazendo cara de paisagem. Presidentes e líderes do mundo todo correm para tocá-lo como povão faz nas visitas dele ao Jequitinhonha.
O Brasil sempre foi considerado um país simpático, mas exótico. Lula fez do Brasil uma nação influente e importante. Colocou o Brasil nos corações e mentes de todo mundo. E especialmente nos jornais. Se antes, o Brasil nem ousava palpitar nas grandes decisões mundiais, agora, todos querem saber a posição do Brasil em tudo. Querem saber sempre, se o Brasil de Lula concorda ou se discorda. E como estamos sempre defendendo a posição dos países mais desfavorecidos, viramos a reserva moral do Planeta. Hoje somos visto como o país que não faz diplomacia para impor seus interesses, como fazem as grandes potências. Nossa diplomacia tem buscado fazer o que é certo. Somos a voz daqueles que não tinham voz. A Voz da África e da América Latina. Foi Lula quem construiu isso. “O cara”, segundo Obama, virou celebridade mundial. Faz até analfabeto comprar jornal no interior da Conchinchina.
Agora que o Brasil é centro das atenções, temos a chance de ter uma belo-horizontina como celebridade mundial. Moça de BH ser celebridade pela beleza é comum. Mas será a primeira vez que uma mulher brasileira será considerada uma das três maiores líderes mundiais. Porque o novo Brasil é visto como país central na diplomacia mundial. Dilma tem inteligência, experiência e liderança para mostrar ao mundo o que mineiras são capazes. Será uma grande honra para BH. Continue lendo o artigo.
*Gustavo dos Santos é mineiro de Belo Horizonte e doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Construir a cidadania a partir do exercício do direito de todos a expressão, comunicação e informação
domingo, 24 de outubro de 2010
Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT
Por Leonardo Boff, teólogo
Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial.
Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, "capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguardados.
Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: "façamos nós a revolução antes que o povo a faça". E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a "Agricultura familiar", o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse.
Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil.
Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses descobrindo/"encobrindo" o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores. Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): "Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação" (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
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Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial.
Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, "capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguardados.
Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: "façamos nós a revolução antes que o povo a faça". E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a "Agricultura familiar", o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse.
Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil.
Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses descobrindo/"encobrindo" o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores. Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): "Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação" (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
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Vândalos da internet atacam blogosfera progressista
Desde a noite de sábado, blogs como Escrevinhador e Vi O Mundo, respectivamente dos jornalistas Rodrigo Vianna e Luiz Carlos Azenha apresentam esta tela a quem tenta acessá-los. Os blogueiros garantem que contam com bons sistemas de proteção nos servidores e seu conteúdo não traz risco ao visitante.
Tudo indica que trata-se de uma ação coordenada e em massa de especialistas em disseminar vírus em computadores - os chamados hackers - interessados em censurar as fontes de informação alternativas aos oligopólios da mídia, tipo Globo, Folha e Estadão. Esta forma sofisticada mas ao mesmo tempo virulenta de censurar o jornalismo crítico da internet é apenas um aperitivo do que os partidos da oposição conservadora podem fazer, caso virem governo a partir de 2011.
Não é especulação. Todos os internautas inteligentes deste país conhecem os vínculos entre uma das coligações no segundo turno e os agressores da Web. Estes trogloditas cibernéticos atuam 24 horas por dia em redes sociais como o Orkut invadindo comunidades para semear discórdia e proferir insultos, disseminam e-mails apócrifos carregados de mentiras e agora decidiram sabotar quem se contrapõe ao discurso dominante na mídia.
Convite à reflexão. De um lado, temos a candidata de um governo que trouxe políticas para democratizar a informação, como: pontos de Cultura e Mídia Livre; programas de Inclusão Digital; incentivos à fabricação do Computador Popular; softwares livres no serviço público federal; ampliação da banda larga, que Dilma Rousseff promete universalizar até 2014. De outro, há o PSDB do senador Eduardo Azeredo e seus projetos para censurar a internet, quebrando o princípio da horizontalidade, que é a base desta mídia e propondo radicalizar a repressão a quem partilha conteúdo nas grande redes. Dia 31 o eleitor terá a palavra final.
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Tudo indica que trata-se de uma ação coordenada e em massa de especialistas em disseminar vírus em computadores - os chamados hackers - interessados em censurar as fontes de informação alternativas aos oligopólios da mídia, tipo Globo, Folha e Estadão. Esta forma sofisticada mas ao mesmo tempo virulenta de censurar o jornalismo crítico da internet é apenas um aperitivo do que os partidos da oposição conservadora podem fazer, caso virem governo a partir de 2011.
Não é especulação. Todos os internautas inteligentes deste país conhecem os vínculos entre uma das coligações no segundo turno e os agressores da Web. Estes trogloditas cibernéticos atuam 24 horas por dia em redes sociais como o Orkut invadindo comunidades para semear discórdia e proferir insultos, disseminam e-mails apócrifos carregados de mentiras e agora decidiram sabotar quem se contrapõe ao discurso dominante na mídia.
Convite à reflexão. De um lado, temos a candidata de um governo que trouxe políticas para democratizar a informação, como: pontos de Cultura e Mídia Livre; programas de Inclusão Digital; incentivos à fabricação do Computador Popular; softwares livres no serviço público federal; ampliação da banda larga, que Dilma Rousseff promete universalizar até 2014. De outro, há o PSDB do senador Eduardo Azeredo e seus projetos para censurar a internet, quebrando o princípio da horizontalidade, que é a base desta mídia e propondo radicalizar a repressão a quem partilha conteúdo nas grande redes. Dia 31 o eleitor terá a palavra final.
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sábado, 23 de outubro de 2010
Para encerrar o 'Bolinhagate'
Há que se tocar em debates urgentes da eleição presidencial, mas a partir da tarde de ontem e até o início da madrugada deste sábado surgiram evidências de que a Rede Globo de Televisão exibiu no Jornal Nacional de quinta, 21, não exatamente uma videoreportagem avaliada pelo perito Ricardo Molina, mas em realidade montagem grosseira tentando convencer a opinião pública de que um segundo objeto atingiu José Serra no Calçadão de Campo Grande. Na verdade, tudo indica que nenhuma outra "bolinha" foi jogada contra a cabeça do candidato do PSDB. Pior, agora para a estratégia tucana de vitimização de Serra, um vídeo mostra que o autor do "disparo" mostrado pelo SBT foi provavelmente alguém de sua própria comitiva.
Do website Meira da Rocha
A grande armação pró-Serra do Jornal Nacional
José Antonio Meira da Rocha
Toda a produção jornalística pode ser digitalizada. Tudo o que é publicado está à mercê de chatos que salvam, gravam, colecionam, digitalizam com plaquinhas de 120 reais. Como eu, que gosto de gravar TV na minha Pixelview PlayTV Pro.
Por isso, hoje, é inconcebível que a grande imprensa, sofrendo há muito com as mudanças provocadas pela digitalização, tente enganar seu digitalizado público com armações grotescas como esta aprontada pelo Jornal Nacional de 2010-10-22, com ajuda da Folha.com e do repórter Ítalo Nogueira.
Será que a velha mídia não se dá conta que qualquer pessoa pode gravar TV e passar quadro-a-quadro? E que, fazendo isto, a pessoa pode ver que não há nenhum rolo de fita crepe sendo atirado contra o candidato José Serra? Que o detalhe salientado em zoom numa extensa matéria de 7 minutos não passava de um artifact de compressão de vídeo sobreposto à cabeça de alguém ao fundo? Que não se vê no vídeo quadro-a-quadro nenhum objeto indo ou vindo à cabeça do candidato?
E a Globo ainda vai procurar a opinião de um “especialista” de reputação duvidosa…
Tudo pode ser digitalizado, menos a credibilidade de um veículo jornalístico. E este único ativo que sobra à velha mídia, ela joga fora…
Continue lendo a reportagem e veja as imagens que comprovam a fraude global.
Vídeo que reforça a tese de Meira da Rocha, professor de jornalismo gráfico da UFSM. Repare: onde a Globo mostra um suposto "objeto" atingindo Serra, não há nada.
Pá de cal na estratégia de Serra e da Globo. Um homem de camisa azul, uniforme dos políticos de PSDB e DEM no ato de campanha, é quem atira a bobina com fitas adesivas em Serra.
Como começou a polêmica do "Bolinhagate"
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Do website Meira da Rocha
A grande armação pró-Serra do Jornal Nacional
José Antonio Meira da Rocha
Toda a produção jornalística pode ser digitalizada. Tudo o que é publicado está à mercê de chatos que salvam, gravam, colecionam, digitalizam com plaquinhas de 120 reais. Como eu, que gosto de gravar TV na minha Pixelview PlayTV Pro.
Por isso, hoje, é inconcebível que a grande imprensa, sofrendo há muito com as mudanças provocadas pela digitalização, tente enganar seu digitalizado público com armações grotescas como esta aprontada pelo Jornal Nacional de 2010-10-22, com ajuda da Folha.com e do repórter Ítalo Nogueira.
Será que a velha mídia não se dá conta que qualquer pessoa pode gravar TV e passar quadro-a-quadro? E que, fazendo isto, a pessoa pode ver que não há nenhum rolo de fita crepe sendo atirado contra o candidato José Serra? Que o detalhe salientado em zoom numa extensa matéria de 7 minutos não passava de um artifact de compressão de vídeo sobreposto à cabeça de alguém ao fundo? Que não se vê no vídeo quadro-a-quadro nenhum objeto indo ou vindo à cabeça do candidato?
E a Globo ainda vai procurar a opinião de um “especialista” de reputação duvidosa…
Tudo pode ser digitalizado, menos a credibilidade de um veículo jornalístico. E este único ativo que sobra à velha mídia, ela joga fora…
Continue lendo a reportagem e veja as imagens que comprovam a fraude global.
Vídeo que reforça a tese de Meira da Rocha, professor de jornalismo gráfico da UFSM. Repare: onde a Globo mostra um suposto "objeto" atingindo Serra, não há nada.
Pá de cal na estratégia de Serra e da Globo. Um homem de camisa azul, uniforme dos políticos de PSDB e DEM no ato de campanha, é quem atira a bobina com fitas adesivas em Serra.
Como começou a polêmica do "Bolinhagate"
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Reflexão necessária na semana em que passa a valer o Estatuto da Igualdade Racial
Sancionado pelo presidente Lula em 20 de julho de 2010, após uma década de tramitação no Congresso Nacional, o Estatuto da Igualdade Racial entrou em vigor na quarta, 20 de outubro. De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto virou lei mas não pode ser considerado uma vitória da luta pela igualdade racial. O texto perdeu quatro artigos importantes: previsão de cotas para negros nas universidades federais e escolas técnicas públicas; incentivo fiscal para empresas que contratassem negros; reserva de vagas em produções audiovisuais e em partidos políticos; políticas de saúde voltadas para o combate a doenças com maior incidência entre os negros.
A queda desses artigos se deve principalmente à resistência da oposição, liderada por PSDB e DEM. No vídeo abaixo, o cidadão brasileiro Fernando Nunes faz um desabafo: partido do candidato presidencial José Serra, o PSDB não apresentou nestas eleições nenhum candidato negro. Assista e reflita antes de votar.
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A queda desses artigos se deve principalmente à resistência da oposição, liderada por PSDB e DEM. No vídeo abaixo, o cidadão brasileiro Fernando Nunes faz um desabafo: partido do candidato presidencial José Serra, o PSDB não apresentou nestas eleições nenhum candidato negro. Assista e reflita antes de votar.
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Brasil tem menor taxa de desemprego desde 2002. Confira a notícia em várias mídias
Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro
Taxa de desemprego em setembro é a menor desde 2002, diz IBGE
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 6,2% em setembro de 2010. Segundo o instituto, é a menor registrada no Brasil desde o início da série histórica, iniciada em março de 2002. Em agosto, a taxa havia sido de 6,7% e, em setembro de 2009, de 7,7%. Os dados da pesquisa foram divulgados nesta quinta, 21.
A população desocupada em setembro foi de 1,48 milhão de pessoas, número inferior ao registrado em agosto, de 1,6 milhão de pessoas. Segundo o IBGE, esta é a primeira vez que a população desocupada no Brasil fica abaixo de 1,5 milhão de pessoas.
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 1.499 em setembro, ou seja, incremento de 1,3% em relação a agosto deste ano e de 6,2% na comparação com setembro do ano passado.
Diário do Nordeste, de Fortaleza
Desemprego é o menor em 8 anos
Aquecimento na economia permite que geração de emprego se acelere. Número de empregados com carteira assinada e renda mensal de ocupados sobem
RIO - Diante do forte crescimento econômico neste ano, a taxa de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do país caiu ao menor nível em oito anos e ficou em 6,2% em setembro. Em agosto, a taxa havia sido de 6,7%, recorde de baixa até então. Também embalado pela expansão recorde do PIB em 2010, o rendimento médio do trabalhador subiu 1,3% em relação a agosto e bateu em R$ 1.499, maior marca desde o início da pesquisa do IBGE, em março de 2002. De agosto para setembro, foram abertas 147 mil vagas - alta de 0,7%. Já o contingente de desocupados caiu 120 mil - ou 7,5%. Com isso, o total de pessoas desempregadas atingiu 1,480 milhão nas seis regiões pesquisadas, também no menor nível da série histórica da pesquisa.
"Houve um aumento expressivo da ocupação. Isso permitiu que todos que procuraram emprego se ocupassem, o que levou à queda da taxa de desemprego", declarou Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Até então, prevalecia a saída de pessoas do mercado de trabalho como fator preponderante para a redução da taxa de desemprego. O cenário mudou e o emprego voltou a se acelerar com mais força em setembro. Tal situação, porém, tende a não perdurar. Para Fábio Romão, economista da LCA, o desemprego subirá em razão do previsto desaquecimento da economia em 2011. O economista prevê uma taxa média de desemprego de 7,1% em 2011 - acima da estimativa de 6,8% para 2010. Segundo o IBGE, a taxa média de janeiro a setembro deste ano ficou em 7,1%.
Inclusão
De agosto para setembro, o contingente de trabalhadores formais cresceu 1% (alta de 103 mil pessoas). Ante setembro de 2009, houve expansão de 8,6% (816 mil pessoas). Já o total de trabalhadores sem carteira caiu (-0,9%) em relação a agosto.
Contra fatos não há argumentos. Veja como estavam a taxa de desemprego e a renda média do trabalhador empregado pouco antes de Fernando Henrique Cardoso passar a faixa presidencial a Lula.*
*Dados do IBGE. Repare que houve aumento do desemprego durante o ano de 2003, segundo especialistas com quem falamos, ainda em consequência do mau desempenho da economia nos últimos meses de 2002.
Portal "Terra"
Desemprego no Brasil alcança menor taxa desde 2002, diz IBGE
O desemprego em seis regiões metropolitanas do Brasil apresentou taxa de 6,2% em setembro, ante 6,7% em agosto e 7,7% no mesmo mês de 2009, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O índice é o menor já registrado desde o início da série histórica em março de 2002.
"O contingente de desocupados, estimado em 1,5 milhão no agregado das seis regiões investigadas, em comparação com agosto sofreu redução de 7,5%. Em relação ao ano anterior a queda no contingente foi mais expressiva, chegando a 17,7%, ou seja, menos 319 mil pessoas nessa condição", afirmou o instituto em nota.
O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.499 - um acréscimo de 1,3% na comparação com agosto e de 6,2% com setembro do ano passado. A renda média apresentou alta em todas as regiões investigadas, na comparação mensal, com destaque para Rio de Janeiro (2,7%) e Recife (1,9%).
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Taxa de desemprego em setembro é a menor desde 2002, diz IBGE
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 6,2% em setembro de 2010. Segundo o instituto, é a menor registrada no Brasil desde o início da série histórica, iniciada em março de 2002. Em agosto, a taxa havia sido de 6,7% e, em setembro de 2009, de 7,7%. Os dados da pesquisa foram divulgados nesta quinta, 21.
A população desocupada em setembro foi de 1,48 milhão de pessoas, número inferior ao registrado em agosto, de 1,6 milhão de pessoas. Segundo o IBGE, esta é a primeira vez que a população desocupada no Brasil fica abaixo de 1,5 milhão de pessoas.
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 1.499 em setembro, ou seja, incremento de 1,3% em relação a agosto deste ano e de 6,2% na comparação com setembro do ano passado.
Diário do Nordeste, de Fortaleza
Desemprego é o menor em 8 anos
Aquecimento na economia permite que geração de emprego se acelere. Número de empregados com carteira assinada e renda mensal de ocupados sobem
RIO - Diante do forte crescimento econômico neste ano, a taxa de desemprego das seis principais regiões metropolitanas do país caiu ao menor nível em oito anos e ficou em 6,2% em setembro. Em agosto, a taxa havia sido de 6,7%, recorde de baixa até então. Também embalado pela expansão recorde do PIB em 2010, o rendimento médio do trabalhador subiu 1,3% em relação a agosto e bateu em R$ 1.499, maior marca desde o início da pesquisa do IBGE, em março de 2002. De agosto para setembro, foram abertas 147 mil vagas - alta de 0,7%. Já o contingente de desocupados caiu 120 mil - ou 7,5%. Com isso, o total de pessoas desempregadas atingiu 1,480 milhão nas seis regiões pesquisadas, também no menor nível da série histórica da pesquisa.
"Houve um aumento expressivo da ocupação. Isso permitiu que todos que procuraram emprego se ocupassem, o que levou à queda da taxa de desemprego", declarou Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Até então, prevalecia a saída de pessoas do mercado de trabalho como fator preponderante para a redução da taxa de desemprego. O cenário mudou e o emprego voltou a se acelerar com mais força em setembro. Tal situação, porém, tende a não perdurar. Para Fábio Romão, economista da LCA, o desemprego subirá em razão do previsto desaquecimento da economia em 2011. O economista prevê uma taxa média de desemprego de 7,1% em 2011 - acima da estimativa de 6,8% para 2010. Segundo o IBGE, a taxa média de janeiro a setembro deste ano ficou em 7,1%.
Inclusão
De agosto para setembro, o contingente de trabalhadores formais cresceu 1% (alta de 103 mil pessoas). Ante setembro de 2009, houve expansão de 8,6% (816 mil pessoas). Já o total de trabalhadores sem carteira caiu (-0,9%) em relação a agosto.
Contra fatos não há argumentos. Veja como estavam a taxa de desemprego e a renda média do trabalhador empregado pouco antes de Fernando Henrique Cardoso passar a faixa presidencial a Lula.*
Portal "Terra"
Desemprego no Brasil alcança menor taxa desde 2002, diz IBGE
O desemprego em seis regiões metropolitanas do Brasil apresentou taxa de 6,2% em setembro, ante 6,7% em agosto e 7,7% no mesmo mês de 2009, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O índice é o menor já registrado desde o início da série histórica em março de 2002.
"O contingente de desocupados, estimado em 1,5 milhão no agregado das seis regiões investigadas, em comparação com agosto sofreu redução de 7,5%. Em relação ao ano anterior a queda no contingente foi mais expressiva, chegando a 17,7%, ou seja, menos 319 mil pessoas nessa condição", afirmou o instituto em nota.
O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.499 - um acréscimo de 1,3% na comparação com agosto e de 6,2% com setembro do ano passado. A renda média apresentou alta em todas as regiões investigadas, na comparação mensal, com destaque para Rio de Janeiro (2,7%) e Recife (1,9%).
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No 'Estadão': Lula ataca promessas de Serra na área econômica
O candidato presidencial de oposição, José Serra, resolveu espalhar promessas eleitoreiras na reta final de campanha, como aumento do salário mínimo e das pensões. Ao que parece, Serra esqueceu-se de que, ao assumir o governo após oito anos de gestão do PSDB, em janeiro de 2003, Lula encontrou o SM cotado em menos de 100 dólares e, quase oito anos depois, suas políticas fizeram este valor subir mais de três vezes. Leia esta matéria publicada na edição de ontem de O Estado de S. Paulo.
BRASÍLIA - Principal patrocinador da campanha da petista Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu polarizar diretamente com o presidenciável José Serra (PSDB) em temas relacionados à área econômica. Ontem, em entrevista no Palácio do Planalto, Lula criticou as promessas do tucano de aumentar o salário mínimo de R$ 510 para R$ 600 e de anunciar que promoverá mudanças na política econômica do País.
Lula classificou as propostas apresentadas na campanha tucana de "irresponsáveis" e disse que Serra não tem condições de cumpri-las, além de cobrar do candidato explicações claras sobre o que pretende mudar na política econômica. "Quando, hoje (ontem), o candidato diz que vai mudar a política econômica, é importante ele dizer o que vai mudar, porque o mundo está esperando que ele diga. O mercado está esperando, porque você não pode agir com irresponsabilidade, sem saber os efeitos de uma declaração dessa que, certamente, não agradou nem à assessoria dele", desafiou Lula.
Ao condenar a postura do candidato do PSDB - que, além do aumento do mínimo, anunciou que concederá décimo terceiro salário aos beneficiados pelo Bolsa-Família e 10% de aumento para os aposentados -, Lula disse que são "coisas de época de eleição". Segundo o presidente, o governo não vai fazer "leilão de propostas" neste período.
"Nós sabemos distinguir o que é uma mentira e o que é verdade. Nós temos uma proposta de recuperação do salário mínimo até 2023 que vai dobrar o valor do salário mínimo, e nós acreditamos tanto no Brasil que combinamos a política de reajuste do salário mínimo ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e à taxa de inflação. É uma quantia muito maior do que qualquer presidente já pensou neste País", desabafou. E emendou: "Somos muito responsáveis e não vamos ficar leiloando coisas em época de eleição".
Explicações. Para o presidente, "os cidadãos, homens ou mulheres, ninguém pode ser irresponsável porque está disputando uma eleição". "Ninguém pode prometer aquilo que sabe que não vai fazer e ninguém pode ficar tentando leiloar o país em época de eleição", afirmou. Lula reclamou que o adversário político "está fazendo uma quantidade de promessas que sabe que não vai cumprir, porque não as cumpriu quando foi governo". E insistiu que, quando Serra "diz que vai mudar toda a política econômica, ele tem que explicar ao povo brasileiro o que significa mudar essa política econômica num momento em que o Brasil serve de exemplo ao mundo".
Lula afirmou que não tem participado da estratégia de campanha de Dilma, mas comentou que está dando uma "forcinha" a ela. "Estratégia de campanha não é comigo. Estou apenas dando uma forcinha."
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BRASÍLIA - Principal patrocinador da campanha da petista Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu polarizar diretamente com o presidenciável José Serra (PSDB) em temas relacionados à área econômica. Ontem, em entrevista no Palácio do Planalto, Lula criticou as promessas do tucano de aumentar o salário mínimo de R$ 510 para R$ 600 e de anunciar que promoverá mudanças na política econômica do País.
Lula classificou as propostas apresentadas na campanha tucana de "irresponsáveis" e disse que Serra não tem condições de cumpri-las, além de cobrar do candidato explicações claras sobre o que pretende mudar na política econômica. "Quando, hoje (ontem), o candidato diz que vai mudar a política econômica, é importante ele dizer o que vai mudar, porque o mundo está esperando que ele diga. O mercado está esperando, porque você não pode agir com irresponsabilidade, sem saber os efeitos de uma declaração dessa que, certamente, não agradou nem à assessoria dele", desafiou Lula.
Ao condenar a postura do candidato do PSDB - que, além do aumento do mínimo, anunciou que concederá décimo terceiro salário aos beneficiados pelo Bolsa-Família e 10% de aumento para os aposentados -, Lula disse que são "coisas de época de eleição". Segundo o presidente, o governo não vai fazer "leilão de propostas" neste período.
"Nós sabemos distinguir o que é uma mentira e o que é verdade. Nós temos uma proposta de recuperação do salário mínimo até 2023 que vai dobrar o valor do salário mínimo, e nós acreditamos tanto no Brasil que combinamos a política de reajuste do salário mínimo ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e à taxa de inflação. É uma quantia muito maior do que qualquer presidente já pensou neste País", desabafou. E emendou: "Somos muito responsáveis e não vamos ficar leiloando coisas em época de eleição".
Explicações. Para o presidente, "os cidadãos, homens ou mulheres, ninguém pode ser irresponsável porque está disputando uma eleição". "Ninguém pode prometer aquilo que sabe que não vai fazer e ninguém pode ficar tentando leiloar o país em época de eleição", afirmou. Lula reclamou que o adversário político "está fazendo uma quantidade de promessas que sabe que não vai cumprir, porque não as cumpriu quando foi governo". E insistiu que, quando Serra "diz que vai mudar toda a política econômica, ele tem que explicar ao povo brasileiro o que significa mudar essa política econômica num momento em que o Brasil serve de exemplo ao mundo".
Lula afirmou que não tem participado da estratégia de campanha de Dilma, mas comentou que está dando uma "forcinha" a ela. "Estratégia de campanha não é comigo. Estou apenas dando uma forcinha."
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Trabalhadores da cidade e do campo agitaram o Rio contra a volta ao poder do PSDB e suas privatizações
RIO - Milhares de trabalhadores do Rio de Janeiro e até de praças distantes, como São Paulo, saíram em caminhada pelas ruas do centro da cidade, na tarde desta quinta, para dizer um não à ameaça de retorno ao poder do projeto baseado na venda de empresas públicas estratégicas, arrocho salarial e perseguição aos movimentos sociais, representado pela candidatura de José Serra. A manifestação uniu os movimentos sociais em torno de Dilma Rousseff neste segundo turno.
Convocada pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela CUT, o ato teve participação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da Via Campesina, da UNE e outras organizações do movimento estudantil, além de diversos sindicatos cutistas e ligados a outras centrais, movimentos sociais ligados à causa LGBT e da Igualdade Racial.
Duas categorias que sofreram duros ataques durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) estiveram forte presença na caminhada por Dilma: petroleiros, que tiveram seus sindicatos sob intervenção na greve de 1995, além de amargarem demissões e prisões de sindicalistas; e trabalhadores de estaleiros como Mauá, Verolme, Keppel e STX. Estes últimos viveram a triste realidade do desemprego em massa após o colapso da indústria naval fluminense, em consequência da política do Governo FHC de encomendar a construção de navios petroleiros e plataformas de prospecção de petróleo fora do país. Ao assumir, Lula cumpriu o que prometera a esses trabalhadores na campanha de 2002. Fez a Petrobras voltar a contratar os serviços dos estaleiros brasileiros.
Iniciando em frente à Igreja da Candelária, a caminhada cumpriu grande parte do tradicional percurso das manifestações políticas no Rio, mas em lugar de encerrar a manifestação na Cinelândia após a passagem pela Avenida Rio Branco, o Ato Público Contra o Retrocesso tomou o rumo da Avenida Chile, onde estão as sedes de empresas públicas como Caixa, BNDES e Petrobras. Os manifestantes terminaram o ato de campanha com um abraço ao prédio da Petrobras, como um símbolo do que essa empresa representa para o povo brasileiro e do patrimônio que nenhum de nós que ver mais uma vez ameaçado por José Serra, FHC e o programa entreguista do PSDB.
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Já está em vigor o Estatuto da Igualdade Racial
Em meio a uma das mais quentes campanhas presidenciais da nossa história, o fato pode ter passado despercebido. Mas fazemos questão de registrar. Conheça o Estatuto da Igualdade Racial, em vigor desde ontem, 20 de outubro de 2010.
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Manifesto Marineiros com Dilma para um #Brasil13 sustentável
Dos websites Dilma13 e #Dilmanarede
Num ato político que reuniu militantes e líderes do Partido Verde (PV), a candidata Dilma Rousseff lançou ontem os 13 Compromissos com a Política Ambiental, que vai combinar sustentabilidade com desenvolvimento econômico. Para Dilma Rousseff, não há crescimento econômico que justifique a destruição dos recursos naturais.
“Isso vale para todas as nossas políticas públicas. Não queremos mais que este país se desenvolva a custa da sua gente e da sua natureza”, afirmou Dilma, destacando o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “A redução do desmatamento é pré-condição para a sustentabilidade da Amazônia. Por isso, teremos tolerância zero com o desmatador. Não fizemos tudo, mas podemos dizer que avançamos.”
O programa de governo estabelece ainda a consolidação da atuação brasileira na política ambiental global, que assumiu o que Dilma chamou de “posição de vanguarda” na Conferência do Clima, em Copenhague: a redução entre 36% e 39% da emissão de gases que provocam o aquecimento global e em 80% o desmatamento da Amazônia.
“Não faço leilão para ganhar apoio. Assumo compromissos e cumpro”, ressaltou a candidata, levantando a plateia.
Avanços
Entre os avanços conquistados pelo Governo Lula na construção de um novo padrão de desenvolvimento sustentável está, além da redução do desmatamento da Amazônia, o aumento das Unidades de Conservação.
Em oito anos, foram destinados 26,8 milhões de hectares para novas unidades, o que corresponde a 75% das áreas de conservação da biodiversidade criadas no mundo após 2003. Já o desmatamento da Amazônia foi reduzido para menos de 7,5 mil km² em 2009, resultado das ações de fiscalização, apoio à produção sustentável e regularização fundiária.
Filha do líder da causa ambiental Chico Mendes, Ângela Mendes fez um discurso enfático em defesa do apoio à candidatura de Dilma à presidência. Segundo ela, a coerência a levou a votar em Marina Silva (PV) no primeiro turno e a escolher Dilma no segundo turno das eleições.
“A minha coerência me trouxe até aqui. O presidente Lula tem uma relação muito bonita com o nosso estado (Acre) e a luta de Chico Mendes e de todos os companheiros que tombaram pela causa ambiental”, disse a filha do líder seringueiro, assassinado em 1988, um crime ainda sem punição.
Para Dilma, Chico Mendes foi um guerreiro. “Chico Mendes é, sem sombra de dúvida, um líder político, um líder ambiental, um líder brasileiro que honra as lutas populares do nosso país.”
Partido Verde
Segundo Dilma, “foi muito importante o evento que fizemos hoje (ontem) porque tivemos apoio de um segmento do PV. Essa questão do meio ambiente é muito importante para nós. Tem três pontos que têm que se combinar: crescimento econômico, crescimento social e sustentabilidade. Para nós o principal não é o crescimento da economia e sim o crescimento das pessoas, como essas pessoas melhoram de vida”.
Dilma lembrou também que faz parte do cuidado com o meio ambiente o tratamento do esgoto e dos resíduos sólidos e isso também faz parte dos seus compromissos com os prefeitos.
Manifesto dos Marineiros com Dilma
Durante o ato público ambientalistas, integrantes do Partido Verde e apoiadores de Marina Silva entregaram a Dilma Rousseff o “Manifesto Marineiros com Dilma”.
No documento eles apontam que "a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos". Por isso estão com Dilma no dia 31 de outubro.
MARINEIROS COM DILMA
Estivemos com Marina Silva no primeiro turno, porque buscamos uma alternativa política para o Brasil capaz de afirmar uma conduta pública marcada pela ética na política, em favor de uma política econômica que supere definitivamente a miséria e a concentração de renda e que redirecione o próprio modelo social com base na sustentabilidade. Nos orgulhamos de uma campanha que ofereceu uma contribuição efetiva ao País e que, mesmo com um tempo mínimo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, conseguiu enfrentar as máquinas eleitorais montadas com o apoio do Estado, dos partidos tradicionais e do grande capital.
A votação recebida por Marina Silva expressa, basicamente, um claro sinal de que parcelas expressivas da população não toleram mais o jogo de cena, as alianças sem programa, os acordos que visam apenas a repartição do poder, a corrupção endêmica que abala as instituições, o oportunismo eleitoral e a demagogia que amesquinham a própria política. Os quase 20 milhões de votos que alcançamos sinalizam, ainda, que o Brasil precisa de uma agenda socioambiental séria e que este tema, antes circunscrito a pequenos grupos de ativistas ambientais e à intelectualidade, já possui apelo popular entre nós.
Por conta de tudo aquilo que a candidatura de Marina Silva representou, vivemos a generosa experiência da militância de centenas de milhares de apoiadores em uma campanha que nos ofereceu de volta o espaço da paixão pelas ideias, ao invés da promessa de cargos ou de qualquer expectativa de benefício pessoal. Talvez por conta disso, enfrentamos o sectarismo de muitos que se julgam o “sal da terra” e mesmo Marina – que jamais agrediu ou desrespeitou seus adversários – foi tratada primeiro com desprezo, depois com a costumeira intolerância que acompanha a trajetória da antiga esquerda como uma sombra.
Ao mesmo tempo, é preciso afirmar um caminho que aponte para um futuro de mais inclusão social e de maior sensibilidade com a realidade dos milhões de brasileiros que seguem à margem da própria cidadania. Entendemos que um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do “Estado Mínimo” e o discurso repressivo do tipo “Lei e Ordem”. Por isso, a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres. No mais, a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos. Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff.
Confira aqui quem assina o Manifesto.
Leia ainda:
Marina Silva diz que PT acolheu mais propostas do PV
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Num ato político que reuniu militantes e líderes do Partido Verde (PV), a candidata Dilma Rousseff lançou ontem os 13 Compromissos com a Política Ambiental, que vai combinar sustentabilidade com desenvolvimento econômico. Para Dilma Rousseff, não há crescimento econômico que justifique a destruição dos recursos naturais.
“Isso vale para todas as nossas políticas públicas. Não queremos mais que este país se desenvolva a custa da sua gente e da sua natureza”, afirmou Dilma, destacando o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “A redução do desmatamento é pré-condição para a sustentabilidade da Amazônia. Por isso, teremos tolerância zero com o desmatador. Não fizemos tudo, mas podemos dizer que avançamos.”
O programa de governo estabelece ainda a consolidação da atuação brasileira na política ambiental global, que assumiu o que Dilma chamou de “posição de vanguarda” na Conferência do Clima, em Copenhague: a redução entre 36% e 39% da emissão de gases que provocam o aquecimento global e em 80% o desmatamento da Amazônia.
“Não faço leilão para ganhar apoio. Assumo compromissos e cumpro”, ressaltou a candidata, levantando a plateia.
Avanços
Entre os avanços conquistados pelo Governo Lula na construção de um novo padrão de desenvolvimento sustentável está, além da redução do desmatamento da Amazônia, o aumento das Unidades de Conservação.
Em oito anos, foram destinados 26,8 milhões de hectares para novas unidades, o que corresponde a 75% das áreas de conservação da biodiversidade criadas no mundo após 2003. Já o desmatamento da Amazônia foi reduzido para menos de 7,5 mil km² em 2009, resultado das ações de fiscalização, apoio à produção sustentável e regularização fundiária.
Filha do líder da causa ambiental Chico Mendes, Ângela Mendes fez um discurso enfático em defesa do apoio à candidatura de Dilma à presidência. Segundo ela, a coerência a levou a votar em Marina Silva (PV) no primeiro turno e a escolher Dilma no segundo turno das eleições.
“A minha coerência me trouxe até aqui. O presidente Lula tem uma relação muito bonita com o nosso estado (Acre) e a luta de Chico Mendes e de todos os companheiros que tombaram pela causa ambiental”, disse a filha do líder seringueiro, assassinado em 1988, um crime ainda sem punição.
Para Dilma, Chico Mendes foi um guerreiro. “Chico Mendes é, sem sombra de dúvida, um líder político, um líder ambiental, um líder brasileiro que honra as lutas populares do nosso país.”
Partido Verde
Segundo Dilma, “foi muito importante o evento que fizemos hoje (ontem) porque tivemos apoio de um segmento do PV. Essa questão do meio ambiente é muito importante para nós. Tem três pontos que têm que se combinar: crescimento econômico, crescimento social e sustentabilidade. Para nós o principal não é o crescimento da economia e sim o crescimento das pessoas, como essas pessoas melhoram de vida”.
Dilma lembrou também que faz parte do cuidado com o meio ambiente o tratamento do esgoto e dos resíduos sólidos e isso também faz parte dos seus compromissos com os prefeitos.
Manifesto dos Marineiros com Dilma
Durante o ato público ambientalistas, integrantes do Partido Verde e apoiadores de Marina Silva entregaram a Dilma Rousseff o “Manifesto Marineiros com Dilma”.
No documento eles apontam que "a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos". Por isso estão com Dilma no dia 31 de outubro.
MARINEIROS COM DILMA
Estivemos com Marina Silva no primeiro turno, porque buscamos uma alternativa política para o Brasil capaz de afirmar uma conduta pública marcada pela ética na política, em favor de uma política econômica que supere definitivamente a miséria e a concentração de renda e que redirecione o próprio modelo social com base na sustentabilidade. Nos orgulhamos de uma campanha que ofereceu uma contribuição efetiva ao País e que, mesmo com um tempo mínimo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, conseguiu enfrentar as máquinas eleitorais montadas com o apoio do Estado, dos partidos tradicionais e do grande capital.
A votação recebida por Marina Silva expressa, basicamente, um claro sinal de que parcelas expressivas da população não toleram mais o jogo de cena, as alianças sem programa, os acordos que visam apenas a repartição do poder, a corrupção endêmica que abala as instituições, o oportunismo eleitoral e a demagogia que amesquinham a própria política. Os quase 20 milhões de votos que alcançamos sinalizam, ainda, que o Brasil precisa de uma agenda socioambiental séria e que este tema, antes circunscrito a pequenos grupos de ativistas ambientais e à intelectualidade, já possui apelo popular entre nós.
Por conta de tudo aquilo que a candidatura de Marina Silva representou, vivemos a generosa experiência da militância de centenas de milhares de apoiadores em uma campanha que nos ofereceu de volta o espaço da paixão pelas ideias, ao invés da promessa de cargos ou de qualquer expectativa de benefício pessoal. Talvez por conta disso, enfrentamos o sectarismo de muitos que se julgam o “sal da terra” e mesmo Marina – que jamais agrediu ou desrespeitou seus adversários – foi tratada primeiro com desprezo, depois com a costumeira intolerância que acompanha a trajetória da antiga esquerda como uma sombra.
Ao mesmo tempo, é preciso afirmar um caminho que aponte para um futuro de mais inclusão social e de maior sensibilidade com a realidade dos milhões de brasileiros que seguem à margem da própria cidadania. Entendemos que um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do “Estado Mínimo” e o discurso repressivo do tipo “Lei e Ordem”. Por isso, a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres. No mais, a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos. Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff.
Confira aqui quem assina o Manifesto.
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Marina Silva diz que PT acolheu mais propostas do PV
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Marina Silva,
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Resposta aos ataques de Serra contra o PNDH-3 na Globo: NOTA PÚBLICA PNDH-3
Em entrevista ao "Jornal Nacional" na terça, 19, o candidato presidencial José Serra voltou a atacar o PNDH-3. Mas a verdade é que não somente o próprio candidato participou de um governo (FHC) que editou uma versão anterior do PNDH com indicações de avanço na descriminalização do aborto, como, na condição de governador de São Paulo, Serra convocou por edital etapas estaduais que indicaram delegados a conferências como a de Direitos Humanos, principal fonte das propostas incluídas no Plano nº 3. Do website da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
NOTA PÚBLICA
Em razão de declarações distorcidas sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, algumas vezes envolvendo má-fé e utilização eleitoreira de suas propostas, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sente-se no dever de corrigir as afirmações do candidato José Serra que, no Jornal Nacional de ontem à noite (19), declarou que o PNDH-3 “tornava transgressor, criminoso aquele que fosse contra o aborto”.
Para que se restabeleça a verdade sobre o PNDH-3, cabe esclarecer:
• o PNDH-3 não torna transgressor ou criminoso quem quer que seja. O Programa trata o aborto como tema de saúde pública. Na redação inicial (21/12/2009) constava “Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Na versão definitiva, publicada em 13/05/2010, consta “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde” (Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, ação g);
• o PNDH-3 não foi feito pelo PT ou por um partido. É um decreto presidencial resultado de amplo processo democrático, com propostas debatidas e aprovadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (2008) e em dezenas de outras conferências com a participação da sociedade civil e governos estaduais. A Conferência Estadual de São Paulo, por exemplo, foi convocada pelo Decreto 53.005 de 16 de maio de 2008 pelo então governador José Serra. Esta etapa elegeu delegados para a Conferência Nacional, cujas resoluções aprovadas deram origem ao PNDH-3;
• o PNDH-3 traz diretrizes para orientar o poder público na promoção e defesa dos Direitos Humanos, em total consonância com a Constituição Federal, com as recomendações da Conferência de Viena da ONU (1993) e com os diversos instrumentos internacionais (ONU e OEA) assinados pelo Brasil;
• o PNDH-3 atualiza os programas de Direitos Humanos lançados em 1996 e 2002. No caso do aborto, por exemplo, o PNDH-2 – da administração Fernando Henrique Cardoso – defendia explicitamente o aborto como tema de saúde pública e propunha a ampliação dos casos em que seu uso seria permitido pela lei. Eis o texto: “Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro no marco da Plataforma de Ação de Pequim” (ação 179). Determinava ainda a necessidade de “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei” (ação 334), sendo esta última redação quase idêntica à usada no PNDH-3.
A desinformação não colabora com o processo democrático, desrespeitando a cidadania e os Direitos Humanos.
Brasília, 20 de outubro de 2010
Nota do Blog EDUCOM: diante de tanta desinformação por parte de políticos interessados em explorar pontos polêmicos do PNDH-3, voltamos a sugerir a consulta direta à fonte. Baixe o texto definitivo do PNDH-3 e conheça você mesmo cada detalhe do Plano.
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NOTA PÚBLICA
Em razão de declarações distorcidas sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, algumas vezes envolvendo má-fé e utilização eleitoreira de suas propostas, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sente-se no dever de corrigir as afirmações do candidato José Serra que, no Jornal Nacional de ontem à noite (19), declarou que o PNDH-3 “tornava transgressor, criminoso aquele que fosse contra o aborto”.
Para que se restabeleça a verdade sobre o PNDH-3, cabe esclarecer:
• o PNDH-3 não torna transgressor ou criminoso quem quer que seja. O Programa trata o aborto como tema de saúde pública. Na redação inicial (21/12/2009) constava “Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Na versão definitiva, publicada em 13/05/2010, consta “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde” (Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, ação g);
• o PNDH-3 não foi feito pelo PT ou por um partido. É um decreto presidencial resultado de amplo processo democrático, com propostas debatidas e aprovadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (2008) e em dezenas de outras conferências com a participação da sociedade civil e governos estaduais. A Conferência Estadual de São Paulo, por exemplo, foi convocada pelo Decreto 53.005 de 16 de maio de 2008 pelo então governador José Serra. Esta etapa elegeu delegados para a Conferência Nacional, cujas resoluções aprovadas deram origem ao PNDH-3;
• o PNDH-3 traz diretrizes para orientar o poder público na promoção e defesa dos Direitos Humanos, em total consonância com a Constituição Federal, com as recomendações da Conferência de Viena da ONU (1993) e com os diversos instrumentos internacionais (ONU e OEA) assinados pelo Brasil;
• o PNDH-3 atualiza os programas de Direitos Humanos lançados em 1996 e 2002. No caso do aborto, por exemplo, o PNDH-2 – da administração Fernando Henrique Cardoso – defendia explicitamente o aborto como tema de saúde pública e propunha a ampliação dos casos em que seu uso seria permitido pela lei. Eis o texto: “Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro no marco da Plataforma de Ação de Pequim” (ação 179). Determinava ainda a necessidade de “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei” (ação 334), sendo esta última redação quase idêntica à usada no PNDH-3.
A desinformação não colabora com o processo democrático, desrespeitando a cidadania e os Direitos Humanos.
Brasília, 20 de outubro de 2010
Nota do Blog EDUCOM: diante de tanta desinformação por parte de políticos interessados em explorar pontos polêmicos do PNDH-3, voltamos a sugerir a consulta direta à fonte. Baixe o texto definitivo do PNDH-3 e conheça você mesmo cada detalhe do Plano.
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O que a mídia não falou: 3 considerações sobre o incidente desta quarta no Rio de Janeiro
1.Leia este relato do blogueiro Flávio Loureiro, nosso colega no movimento #Rio Blog Prog e que entrevistou testemunhas oculares da polêmica caminhada de José Serra pelo Calçadão de Campo Grande.
Prezados (as)
Acabei de conversar com companheiros petistas que se envolveram no incidente e soube o seguinte:
1 – Serra marcou uma caminhada no calçadão de Campo Grande com forte aparato de segurança.
2 – O sindicato dos mata-mosquitos, demitidos na época em que Serra era ministro da Saúde de FHC, se localiza nas imediações.
3 – O processo de demissão dos mata-mosquitos foi traumático, a ponto de trabalhadores perderem tudo, e foi registrado cinco suicídios entre os mata-mosquitos demitidos.
4 – Portanto, a categoria tem ódio mortal de Serra e se organizaram para manifestar contra a presença dele no calçadão de Campo Grande.
5 – Os petistas da região, que organizam panfletagens no calçadão, sabendo do quadro, foram para lá evitar confrontos.
6 – Mas os seguranças de Serra, liderados por Júnior, filho da vereadora e deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), rasgaram os cartazes dos mata-mosquitos, aí o tumulto começou. Vale lembrar que a comitiva de Serra estava distante do local do conflito, mas Serra foi visto entrando numa Van sem qualquer ferimento.
7 – O miltante petista, Carlos Calixto, lotado no gabinete da dep. Inês Pandeló, foi agredido teve o supercílio rasgado, e ainda sangrando foi para a Delegacia Policial registrar a ocorrência.
8 – Segundo o militante petista Sebastião Moraes, a confusão só não foi maior, porque a tropa de mata-mosquitos que vinha se incorporar à manifestação, chegou atrasada, mas saiu em perseguição à comitiva de Serra. É bom que eles não tenham alcançado a comitiva, caso isso ocorra novos conflitos a vista, para a exploração política de Serra.
9 – O pessoal mata-mosquitos que estava na manifestação não tem vínculo com o PT. Eles têm dois sentimentos básicos, paixão por Lula que os reincorporou e ódio por Serra/FHC que os demitiu.
Abs,
Flávio Loureiro
2.Assista estas reportagens do SBT e da própria Rede Globo com a descrição dos fatos. O SBT mostra uma bobina com fitas adesivas atingindo Serra, seguido de um telefonema atendido pelo ex-governador paulista e, ato contínuo, o político levando as mãos à cabeça. Já a Globo mostra que o candidato tucano não teve ferimentos, apesar de logo depois ir a um hospital para "fazer exames". Repare que a matéria do plantão do fim de tarde tinha um teor bem diferente da reportagem levada ao ar à noite pelo JN, pasmem, com a mesma apresentadora.
3.O blog amigo Cloaca News flagrou a agressão sofrida por Serra! Se você é tuiteiro vai uma dica: use a tag #serrarojas. Já está nos TT.
Prezados (as)
Acabei de conversar com companheiros petistas que se envolveram no incidente e soube o seguinte:
1 – Serra marcou uma caminhada no calçadão de Campo Grande com forte aparato de segurança.
2 – O sindicato dos mata-mosquitos, demitidos na época em que Serra era ministro da Saúde de FHC, se localiza nas imediações.
3 – O processo de demissão dos mata-mosquitos foi traumático, a ponto de trabalhadores perderem tudo, e foi registrado cinco suicídios entre os mata-mosquitos demitidos.
4 – Portanto, a categoria tem ódio mortal de Serra e se organizaram para manifestar contra a presença dele no calçadão de Campo Grande.
5 – Os petistas da região, que organizam panfletagens no calçadão, sabendo do quadro, foram para lá evitar confrontos.
6 – Mas os seguranças de Serra, liderados por Júnior, filho da vereadora e deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), rasgaram os cartazes dos mata-mosquitos, aí o tumulto começou. Vale lembrar que a comitiva de Serra estava distante do local do conflito, mas Serra foi visto entrando numa Van sem qualquer ferimento.
7 – O miltante petista, Carlos Calixto, lotado no gabinete da dep. Inês Pandeló, foi agredido teve o supercílio rasgado, e ainda sangrando foi para a Delegacia Policial registrar a ocorrência.
8 – Segundo o militante petista Sebastião Moraes, a confusão só não foi maior, porque a tropa de mata-mosquitos que vinha se incorporar à manifestação, chegou atrasada, mas saiu em perseguição à comitiva de Serra. É bom que eles não tenham alcançado a comitiva, caso isso ocorra novos conflitos a vista, para a exploração política de Serra.
9 – O pessoal mata-mosquitos que estava na manifestação não tem vínculo com o PT. Eles têm dois sentimentos básicos, paixão por Lula que os reincorporou e ódio por Serra/FHC que os demitiu.
Abs,
Flávio Loureiro
2.Assista estas reportagens do SBT e da própria Rede Globo com a descrição dos fatos. O SBT mostra uma bobina com fitas adesivas atingindo Serra, seguido de um telefonema atendido pelo ex-governador paulista e, ato contínuo, o político levando as mãos à cabeça. Já a Globo mostra que o candidato tucano não teve ferimentos, apesar de logo depois ir a um hospital para "fazer exames". Repare que a matéria do plantão do fim de tarde tinha um teor bem diferente da reportagem levada ao ar à noite pelo JN, pasmem, com a mesma apresentadora.
3.O blog amigo Cloaca News flagrou a agressão sofrida por Serra! Se você é tuiteiro vai uma dica: use a tag #serrarojas. Já está nos TT.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Repórteres Sem Fronteiras: Brasil sobe 13 posições no ranking da liberdade de imprensa
Em mais um dia de manipulações da mídia monopolista que tem candidato mas não assume, nada como colocar os devidos pingos nos is. Há um real ambiente de liberdade para a mídia no Brasil e o quadro só tem melhorado. Quem diz é uma das organizações mais respeitadas nesse campo.
Da Agência Brasil
Brasília - O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado nesta quarta, 20, pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras. Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma “evolução favorável na legislação” do país.
No topo do ranking de liberdade de imprensa estão, empatados em primeiro lugar, a Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, estão o Turcomenistão (176º), a Coreia do Norte (177º) e a Eritreia (178º).
As informações são da BBC Brasil. “Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos”, disse o responsável pelas Américas da RSF, Benoît Hervieu.
Apesar da melhora do Brasil, Hervieu garante que é preciso prudência. “Ainda há problemas de violência” ligados à realização do trabalho da imprensa. Outro ponto negativo é a “censura prévia”, disse ele.
A ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do Poder Público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. “Por último, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet”, diz o comunicado.
O relatório também destaca, em um capítulo intitulado Crescimento Econômico não Quer Dizer Liberdade de Imprensa, que o Brasil foi o único a evoluir no ranking entre o grupo do Bric (que inclui ainda Rússia, Índia e China). A Índia ocupa a 122ª posição na lista; a Rússia, a 140ª; e a China, a 171ª.
“Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido”, diz Hervieu. Para ele, a Justiça brasileira sofre influência de políticos e toma decisões “ridículas, como proibir a citação de nomes e sobrenomes” em reportagens.
Hervieu minimizou a troca de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte da imprensa nacional durante a campanha eleitoral. “A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada.”
Da Agência Brasil
Brasília - O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado nesta quarta, 20, pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras. Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma “evolução favorável na legislação” do país.
No topo do ranking de liberdade de imprensa estão, empatados em primeiro lugar, a Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, estão o Turcomenistão (176º), a Coreia do Norte (177º) e a Eritreia (178º).
As informações são da BBC Brasil. “Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos”, disse o responsável pelas Américas da RSF, Benoît Hervieu.
Apesar da melhora do Brasil, Hervieu garante que é preciso prudência. “Ainda há problemas de violência” ligados à realização do trabalho da imprensa. Outro ponto negativo é a “censura prévia”, disse ele.
“A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada.”
(Benoît Hervieu, da RSF - Repórteres Sem Fronteiras)
A ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do Poder Público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. “Por último, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet”, diz o comunicado.
O relatório também destaca, em um capítulo intitulado Crescimento Econômico não Quer Dizer Liberdade de Imprensa, que o Brasil foi o único a evoluir no ranking entre o grupo do Bric (que inclui ainda Rússia, Índia e China). A Índia ocupa a 122ª posição na lista; a Rússia, a 140ª; e a China, a 171ª.
“Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido”, diz Hervieu. Para ele, a Justiça brasileira sofre influência de políticos e toma decisões “ridículas, como proibir a citação de nomes e sobrenomes” em reportagens.
Hervieu minimizou a troca de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte da imprensa nacional durante a campanha eleitoral. “A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada.”
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Para fechar a noite, que já é dia...
"O Brasil não quer ser os Estados Unidos do Hemisfério Sul. Lá, parte dos negros pobres vive na cadeia e parte dos brancos pobres vive em trailers."
(Dilma Rousseff, durante lançamento do Manifesto de Artistas e Intelectuais, segunda, no Rio)
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
Essa foi parar no portal lusófono 'Diário Liberdade': confiante, FHC diz que dominou Aécio e Minas é de Serra
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (foto), que dedicou o último fim de semana à campanha do candidato do PSDB, José Serra, manifestou aos cerca de 150 investidores estrangeiros com quem se reuniu no Paraná que "Aécio (o senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves) já está dominado" e que a virada seria certa no segundo turno da eleição presidencial. Além de novas privatizações, incluindo dessa vez o Banco do Brasil e a parte brasileira de Itaipu Binacional, o ex-presidente prometeu aos empresários a retomada das negociações com os norte-americanos para implantar a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Leia este artigo de Laerte Braga, publicado no portal "Diário Liberdade", dirigido à comunidade autônoma espanhola da Galícia, Portugal, Brasil e o mundo de língua portuguesa.
Laerte Braga: ‘FHC diz a americanos que domou Aécio e que Nordeste não vai vencer São Paulo’
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deixou o Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu na manhã de segunda-feira por volta das oito horas. Junto com ele viajaram alguns dos 150 investidores estrangeiros que no sábado e domingo participaram de um evento organizado por um diretor do grupo Globo, para assegurar a venda de estatais brasileiras (Banco do Brasil, Petrobras e Itaipu), como compromisso de José “FHC” Serra.
Os demais investidores, em sua maioria, deixaram o hotel na terça após o café da manhã.
A conversa oficial de FHC com os empresários ocorreu na noite de domingo em um jantar cercado de toda a segurança possível e fechado à imprensa.
Ato contínuo ao jantar o ex-presidente, em conversa informal com os investidores disse, entre outras coisas, que o “Aécio está domado. É só um menino que acha que pode ser presidente por ser neto de Tancredo. É neto, não é Tancredo”.
FHC procurou afastar os receios dos investidores em relação às pesquisas que indicam vitória maciça de Dilma Rousseff no Nordeste. “Com o Aécio neutralizado o Nordeste não conseguirá derrotar São Paulo e Minas”. E acrescentou – “as coisas no Brasil hoje não se decidem em Brasília, nem no Nordeste, mas em São Paulo. Lá está a locomotiva, o resto da composição vem atrás sem poder contestar”.
Sobre os escândalos do governo José “FHC” Serra, principalmente o último, envolvendo o engenheiro Paulo Preto, Fernando Henrique Cardoso disse que “essa figura é um arranjo do Aloysio (referia-se a Aloysio Nunes, senador eleito do PSDB paulista), mas já está controlado. Coisa do Aloysio e da filha do Serra, a imprensa não vai tratar disso por muito tempo, está sob nosso controle”.
Segundo FHC, “o Serra vai continuar mantendo essa postura nos debates, ele sabe fazer bem esse jogo, e na última semana a mídia vai aumentar o tom das denúncias contra Dilma. Temos o apoio de alguns bispos e o povo brasileiro é muito influenciável em se tratando de religião. O D. Luís está disposto a tudo, é nosso sem limites, é amigo íntimo do Alckmin. A descoberta da gráfica foi um golpe de sorte do PT, um vacilo da nossa segurança”.
O receio da influência de Tarso Genro no Rio Grande do Sul, foi eleito governador já no primeiro turno, também foi objeto de comentário do ex-presidente. “Vocês já notaram que quase não existe gaúcho negro? O eleitorado lá é branco em sua grande maioria e vai votar conosco”.
Marina Silva, na opinião de FHC “está fadada a ser uma nova Heloísa Helena, vai acabar sendo vereadora. O encanto do primeiro turno terminou, foi ajudada pelos nossos para forçar o segundo turno”.
Para o ex-presidente a privatização de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobras “deve ser tratada com calma e paciência, vamos ter que contornar algumas dificuldades com militares e é preciso ir amaciando esse pessoal com calma”
E sobre bases militares norte-americanas no Brasil. “É o assunto mais delicado. Um tema explosivo, mas temos alguns apoios nas forças armadas e vamos ter que negociar esse assunto com muito tato”.
Perguntado sobre as reações de sindicatos, centrais sindicais, da população em geral contra a entrega da Petrobras, o ex-presidente afirmou que à época que privatizou a Vale do Rio Doce enfrentou essas resistências “com polícia na rua e pronto”.
“O brasileiro é passivo não vai lutar por muito tempo contra a força do governo”.
FHC falou ainda sobre a possibilidade de ressuscitar a ideia da ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – “com outro nome, esse ficou marcado negativamente”.
E assegurou aos investidores norte-americanos que os acordos para compra de submarinos nucleares franceses serão revistos e dificultados. “Não temos necessidade desses submarinos”. Sobre a compra de aviões para a FAB foi sarcástico – “para que? Meia dúzia de brigadeiros brincarem de guerra aérea?”
Para FHC “quando um brasileiro nasce já começa a sonhar com São Paulo. Não precisam se preocupar com o resto do Brasil, muito menos com Minas Gerais. Foi-se o tempo que os mineiros decidiam alguma coisa na política brasileira. São Paulo hoje é a capital real do Brasil”.
Fernando Henrique jactou-se que fosse ele o candidato e já teria liquidado a fatura a mais tempo. “Serra não é Fernando Henrique, costuma se perder em algumas coisas e não sabe absorver golpes, fica irado e acaba criando problemas desnecessários. Mas vou estar por trás e asseguro cada compromisso que assumi aqui.”
“Lula não tem coragem de debater comigo. É um analfabeto, não passa de um pobretão que virou presidente num golpe de sorte. Acabou o tempo dele. Não vai eleger Dilma e vai terminar seus dias no ostracismo”.
Foi o arremate do acordo que selou a entrega do Brasil.
Breve nas telas, se José “FHC” Serra virar presidente, BRAZIL. Com “Z” assim e todos falando inglês.
FHC vai ser nomeado supremo sacerdote do novo País.
Laerte Braga: ‘FHC diz a americanos que domou Aécio e que Nordeste não vai vencer São Paulo’
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deixou o Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu na manhã de segunda-feira por volta das oito horas. Junto com ele viajaram alguns dos 150 investidores estrangeiros que no sábado e domingo participaram de um evento organizado por um diretor do grupo Globo, para assegurar a venda de estatais brasileiras (Banco do Brasil, Petrobras e Itaipu), como compromisso de José “FHC” Serra.
Os demais investidores, em sua maioria, deixaram o hotel na terça após o café da manhã.
A conversa oficial de FHC com os empresários ocorreu na noite de domingo em um jantar cercado de toda a segurança possível e fechado à imprensa.
Ato contínuo ao jantar o ex-presidente, em conversa informal com os investidores disse, entre outras coisas, que o “Aécio está domado. É só um menino que acha que pode ser presidente por ser neto de Tancredo. É neto, não é Tancredo”.
FHC procurou afastar os receios dos investidores em relação às pesquisas que indicam vitória maciça de Dilma Rousseff no Nordeste. “Com o Aécio neutralizado o Nordeste não conseguirá derrotar São Paulo e Minas”. E acrescentou – “as coisas no Brasil hoje não se decidem em Brasília, nem no Nordeste, mas em São Paulo. Lá está a locomotiva, o resto da composição vem atrás sem poder contestar”.
Sobre os escândalos do governo José “FHC” Serra, principalmente o último, envolvendo o engenheiro Paulo Preto, Fernando Henrique Cardoso disse que “essa figura é um arranjo do Aloysio (referia-se a Aloysio Nunes, senador eleito do PSDB paulista), mas já está controlado. Coisa do Aloysio e da filha do Serra, a imprensa não vai tratar disso por muito tempo, está sob nosso controle”.
Segundo FHC, “o Serra vai continuar mantendo essa postura nos debates, ele sabe fazer bem esse jogo, e na última semana a mídia vai aumentar o tom das denúncias contra Dilma. Temos o apoio de alguns bispos e o povo brasileiro é muito influenciável em se tratando de religião. O D. Luís está disposto a tudo, é nosso sem limites, é amigo íntimo do Alckmin. A descoberta da gráfica foi um golpe de sorte do PT, um vacilo da nossa segurança”.
O receio da influência de Tarso Genro no Rio Grande do Sul, foi eleito governador já no primeiro turno, também foi objeto de comentário do ex-presidente. “Vocês já notaram que quase não existe gaúcho negro? O eleitorado lá é branco em sua grande maioria e vai votar conosco”.
Marina Silva, na opinião de FHC “está fadada a ser uma nova Heloísa Helena, vai acabar sendo vereadora. O encanto do primeiro turno terminou, foi ajudada pelos nossos para forçar o segundo turno”.
Para o ex-presidente a privatização de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobras “deve ser tratada com calma e paciência, vamos ter que contornar algumas dificuldades com militares e é preciso ir amaciando esse pessoal com calma”
E sobre bases militares norte-americanas no Brasil. “É o assunto mais delicado. Um tema explosivo, mas temos alguns apoios nas forças armadas e vamos ter que negociar esse assunto com muito tato”.
Perguntado sobre as reações de sindicatos, centrais sindicais, da população em geral contra a entrega da Petrobras, o ex-presidente afirmou que à época que privatizou a Vale do Rio Doce enfrentou essas resistências “com polícia na rua e pronto”.
“O brasileiro é passivo não vai lutar por muito tempo contra a força do governo”.
FHC falou ainda sobre a possibilidade de ressuscitar a ideia da ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – “com outro nome, esse ficou marcado negativamente”.
E assegurou aos investidores norte-americanos que os acordos para compra de submarinos nucleares franceses serão revistos e dificultados. “Não temos necessidade desses submarinos”. Sobre a compra de aviões para a FAB foi sarcástico – “para que? Meia dúzia de brigadeiros brincarem de guerra aérea?”
Para FHC “quando um brasileiro nasce já começa a sonhar com São Paulo. Não precisam se preocupar com o resto do Brasil, muito menos com Minas Gerais. Foi-se o tempo que os mineiros decidiam alguma coisa na política brasileira. São Paulo hoje é a capital real do Brasil”.
Fernando Henrique jactou-se que fosse ele o candidato e já teria liquidado a fatura a mais tempo. “Serra não é Fernando Henrique, costuma se perder em algumas coisas e não sabe absorver golpes, fica irado e acaba criando problemas desnecessários. Mas vou estar por trás e asseguro cada compromisso que assumi aqui.”
“Lula não tem coragem de debater comigo. É um analfabeto, não passa de um pobretão que virou presidente num golpe de sorte. Acabou o tempo dele. Não vai eleger Dilma e vai terminar seus dias no ostracismo”.
Foi o arremate do acordo que selou a entrega do Brasil.
Breve nas telas, se José “FHC” Serra virar presidente, BRAZIL. Com “Z” assim e todos falando inglês.
FHC vai ser nomeado supremo sacerdote do novo País.
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Hotel confirma reunião de FHC com 'investidores' no Paraná. Veja também as fotos da vergonha
Já não há mais dúvida que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mentor do candidato José Serra, esteve no domingo reunido em Foz do Iguaçu com investidores interessados na compra de estatais em um potencial governo Serra. O blog Tijolaço confirmou hoje à tarde o encontro e até "O Globo" foi atrás de FHC. Cardoso confirma a reunião, embora negue o teor das notas publicadas por Laerte Braga, Hildegard Angel e Brizola Neto.
Do Tijolaço
Um portal de Foz do Iguaçu, o Clickfoz, confirmou junto ao Hotel das Cataratas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente em um evento fechado ontem à noite no hotel com a presença de vários estrangeiros. Leia o post completo.
FHC admite a "O Globo" que esteve reunido no hotel com investidores, mas rebate blogueiros
Veja como a polêmica começou na mídia
Abaixo, as fotos que confirmam a presença de FHC no Hotel das Cataratas, para uma negociata de centenas de bilhões de dólares com estrangeiros, de proporções continentais. Agradecimentos ao jornalista Laerte Braga, do blog Brasil Mobilizado.
Do Tijolaço
Um portal de Foz do Iguaçu, o Clickfoz, confirmou junto ao Hotel das Cataratas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente em um evento fechado ontem à noite no hotel com a presença de vários estrangeiros. Leia o post completo.
FHC admite a "O Globo" que esteve reunido no hotel com investidores, mas rebate blogueiros
Veja como a polêmica começou na mídia
Abaixo, as fotos que confirmam a presença de FHC no Hotel das Cataratas, para uma negociata de centenas de bilhões de dólares com estrangeiros, de proporções continentais. Agradecimentos ao jornalista Laerte Braga, do blog Brasil Mobilizado.
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Fragmentos de um discurso histórico
Prometemos... e entregamos. Momentos do discurso da candidata presidencial Dilma Rousseff aos artistas e intelectuais, na noite de ontem, no Rio de Janeiro.
É de arrepiar. Dilma tem dificuldade para começar a falar. A empolgação da militância não deixa.
Começa a falar. A candidata diz que os artistas e artesãos da palavra presentes ao Teatro Grande resgatam obras que marcaram sua vida. Em seguida, diz por que o governo Lula está transformando o país.
Dilma diz que o governo Lula começou a vencer um tabu: era impossível crescer e distribuir renda.
A candidata enaltece o Bolsa Família e outras políticas sociais, como o Luz Para Todos, "menina dos olhos" da ex-ministra de Minas e Energia de Lula. Dilma aproveita para atacar os governos do PSDB, "que fizeram o Estado brasileiro adotar critérios de mercado e vender serviços ao povo".
Dilma fala sobre suas propostas para a educação de crianças até 5 anos e dos benefícios que as receitas do pré-sal podem trazer ao país, como os fundos social, da educação e da saúde. A candidata da Frente Popular critica o projeto privatista do PSDB.
A mulher mais votada da história do Brasil encerra o discurso agradecendo aos eleitores, ao presidente Lula e aos signatários do Manifesto. Dilma diz aos mais de 1.000 presentes que "chegou sua vez".
É de arrepiar. Dilma tem dificuldade para começar a falar. A empolgação da militância não deixa.
Começa a falar. A candidata diz que os artistas e artesãos da palavra presentes ao Teatro Grande resgatam obras que marcaram sua vida. Em seguida, diz por que o governo Lula está transformando o país.
Dilma diz que o governo Lula começou a vencer um tabu: era impossível crescer e distribuir renda.
A candidata enaltece o Bolsa Família e outras políticas sociais, como o Luz Para Todos, "menina dos olhos" da ex-ministra de Minas e Energia de Lula. Dilma aproveita para atacar os governos do PSDB, "que fizeram o Estado brasileiro adotar critérios de mercado e vender serviços ao povo".
Dilma fala sobre suas propostas para a educação de crianças até 5 anos e dos benefícios que as receitas do pré-sal podem trazer ao país, como os fundos social, da educação e da saúde. A candidata da Frente Popular critica o projeto privatista do PSDB.
A mulher mais votada da história do Brasil encerra o discurso agradecendo aos eleitores, ao presidente Lula e aos signatários do Manifesto. Dilma diz aos mais de 1.000 presentes que "chegou sua vez".
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Manifesto dos Artistas
Como foi a noite em que a inteligência brasileira declarou voto em Dilma Rousseff
Confira o que alguns dos grandes nomes da cultura brasileira disseram nos bastidores do ato público.
Agradecimentos ao site oficial da campanha Dilma 13.
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Manifesto dos Artistas
Mais de 1.000 lotam teatro no Rio para lançamento do Manifesto dos Artistas e Intelectuais Pró-Dilma
Rodrigo Brandão, da Equipe EDUCOM
Foi um dos melhores atos públicos desse segundo turno no Rio de Janeiro, na noite de segunda, 18. Todos os 950 lugares de plateia do Teatro Casa Grande, no Leblon, estavam tomados. Ainda havia dezenas, talvez mais de uma centena de pé acompanhando o lançamento do Manifesto dos Artistas e Intelectuais em favor da candidata Dilma Rousseff (na foto, do site oficial Dilma 13, entre Leonardo Boff e Chico Buarque). Muitos nem conseguiram entrar e acompanharam o ato a partir de um telão.
A militância marcou forte presença, agitando bandeiras e aplaudindo cada intervenção. Encerrando a noite, Dilma agradeceu a manifestação de apoio, ressaltou o toque humanista de seu programa de governo e lembrou que muitos dos presentes lhe traziam lembranças das músicas que ouviu, dos livros que leu, dos filmes e peças teatrais que assistiu ao longo da vida.
Aberto em 1966, o Teatro Casa Grande não poderia ter sido escolha melhor para abrigar este encontro do Rio com o Brasil que resgatou sua dignidade e que não quer andar para trás. O Casa Grande foi um dos principais palcos da resistência da classe artística ao obscurantismo da ditadura militar de 1964. Ironicamente, foi destruído por um incêndio em 1997, quando o PSDB virava às costas ao Brasil real e vendia a preço de banana suas riquezas ao capitalismo internacional. Era um país que parecia não ter povo, mas um mercado, como bem lembrou a candidata Dilma Rousseff. Que oferecia serviços e não direitos, como mais uma vez pontuou a filósofa Marilena Chauí.
Nos próximos posts, traremos vídeos com alguns momentos marcantes da noite e depoimentos dos presentes. Ainda aguardamos a divulgação oficial do Manifesto, com os nomes de todos os brasileiros artesãos da palavra e das artes que o assinaram.
Dilma agradece emocionada os apoios e diz: "A primeira mulher presidente não poderá errar"
Após dicursos muito festejados da filósofa e historiadora Marilena Chauí e do teólogo e socioambientalista Leonardo Boff, Dilma começou a falar, sendo várias vezes interrompida por aplausos. A candidata petista disse que representa o sonho de um Brasil com democracia, emancipado e sem desigualdades, um sonho que começou a sonhar nos anos 1970, mas que muitos ali presentes, como Boff, Chauí, Oscar Niemeyer, Chico Buarque, Emir Sader e outros começaram a sonhar em décadas passadas.
"Me orgulho de ter ajudado o presidente Lula nos últimos oito anos a realizar parte importante desse sonho, com a sensível transformação vivida pelo país desde 2003. Pelo menos um tabu foi quebrado: era impossível crescer e distribuir renda", destacou a ex-ministra de Lula. "Mudamos a trajetória deste país. Não foram mudanças pontuais."
Dilma lembrou que em 2003 o governo do presidente Lula recebeu o país numa situação econômica muito difícil, mas que assim mesmo decidiu investir pesado na área social, atacando a fome e a pobreza. "Hoje, o Estado dá subsídio direto para a população. Faz isso na casa própria e na luz elétrica", ressaltou.
Para Dilma, as mudanças nos gastos sociais combinadas com a geração de emprego resgataram 35 milhões de brasileiros da miséria e 28 milhões da pobreza, mas, para além de começar a resgatar nossa enorme dívida social, ajudaram a permitir que o Brasil passasse a ser respeitado no exterior. "Exatamente por isso meu primeiro e principal compromisso de governo para os próximos quatro anos é erradicar a pobreza no Brasil. Ninguém respeita quem deixa uma parte de seu povo na miséria."
Ao falar das excelentes perspectivas para a economia brasileira, face à descoberta do pré-sal, somente possível, lembrou a candidata, porque a Petrobras agora sim está integrada a um projeto de país, Dilma reafirmou o compromisso de "dar a riqueza do pré-sal aos brasileiros e não entregá-la 'de mão beijada' para as empresas estrangeiras". Dilma apelou à memória dos brasileiros. "Nós temos de ter memória. Também está em questão neste segundo turno o que nossos adversários farão com o pré-sal", alertou Dilma.
Dilma Rousseff comparou sua ascensão à Presidência com a vitória do presidente Lula em 2002. "Assim como Lula tinha uma responsabilidade redobrada por ser o primeiro operário presidente, eu sei que não poderei desperdiçar esta oportunidade para mostrar que mulher sabe, sim, governar."
Na sequência, o texto do Manifesto e os nomes de alguns signatários.
MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS PRÓ-DILMA ROUSSEFF
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff.
Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desigualdade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
Leonardo Boff
Chico Buarque
Fernando Morais
Emir Sader
Eric Nepumuceno
Marilena Chauí
Oscar Niemeyer
Paulo Betti
Osmar Prado
Luís Carlos Barreto
Alcione
Margareth Menezes
Wagner Tiso
Marcelo Serrado
Silvia Buarque
Marieta Severo
Dira Paes
Zeca Pagodinho
Neguinho da Beija-Flor
Beth Carvalho
José Celso Martinez Corrêa
Alceu Valença
Geraldo Azevedo
Cristina Pereira
Marcos Frota
Antonio Grassi
Sergio Mamberti
Elba Ramalho
Rosemary
Maria da Conceição Tavares
Maria Rita Kehl
Frei Betto
Marcio Thomaz Bastos
Chico César
José de Abreu
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