quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Repórteres Sem Fronteiras: Brasil sobe 13 posições no ranking da liberdade de imprensa

Em mais um dia de manipulações da mídia monopolista que tem candidato mas não assume, nada como colocar os devidos pingos nos is. Há um real ambiente de liberdade para a mídia no Brasil e o quadro só tem melhorado. Quem diz é uma das organizações mais respeitadas nesse campo.

Da Agência Brasil
Brasília - O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado nesta quarta, 20, pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras. Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma “evolução favorável na legislação” do país.

No topo do ranking de liberdade de imprensa estão, empatados em primeiro lugar, a Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, estão o Turcomenistão (176º), a Coreia do Norte (177º) e a Eritreia (178º).

As informações são da BBC Brasil. “Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos”, disse o responsável pelas Américas da RSF, Benoît Hervieu.

Apesar da melhora do Brasil, Hervieu garante que é preciso prudência. “Ainda há problemas de violência” ligados à realização do trabalho da imprensa. Outro ponto negativo é a “censura prévia”, disse ele.

“A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada.”
(Benoît Hervieu, da RSF - Repórteres Sem Fronteiras)

A ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do Poder Público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. “Por último, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet”, diz o comunicado.

O relatório também destaca, em um capítulo intitulado Crescimento Econômico não Quer Dizer Liberdade de Imprensa, que o Brasil foi o único a evoluir no ranking entre o grupo do Bric (que inclui ainda Rússia, Índia e China). A Índia ocupa a 122ª posição na lista; a Rússia, a 140ª; e a China, a 171ª.

“Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido”, diz Hervieu. Para ele, a Justiça brasileira sofre influência de políticos e toma decisões “ridículas, como proibir a citação de nomes e sobrenomes” em reportagens.

Hervieu minimizou a troca de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte da imprensa nacional durante a campanha eleitoral. “A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada.”