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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Saquinho de Bolas, os Guarani-Kayowás e Regina Duarte

29/10/2012 - por Laerte Braga para o blog Juntos Somos Fortes

Nos antigos colégios internos era comum a realização de “assembleias”, onde diretores, professores e convidados transmitiam lições de moral e cívica.

 Numa dessas assembleias em meu tempo de ginásio, ouvi uma história interessante (muitas ilustrações orais usadas pelos palestrantes o eram).

Falava de duas mulheres, a patroa viúva e a empregada solteira. As duas com forte dose de religiosidade. Num dado momento a patroa propôs a empregada que cada uma delas tivesse um saco e ali depositassem uma bola cada vez que pecassem. Ao final do ano saberiam qual das duas era a mais pecadora, ou apenas a pecadora.


A patroa viúva vivia em casa a maior parte do tempo e a empregada após o seu trabalho ia se encontrar com o namorado.

Ao final do ano, no momento de contar as bolinhas, a empregada chegou à sala arrastando um saco pesado ao contrário da patroa um saco leve. Ao virar o seu saco para contar as bolas a empregada espantou-se, pois nenhuma bola caiu e de repente o saco se mostrou vazio. O saco vazio da patroa, ao contrário, deixou cair 365 bolas, simbolizando 365 “pecados”.

Segundo o palestrante e ante o espanto de ambas um anjo desceu até o centro da sala e diante das duas ajoelhadas e contritas, explicou o fato. As 365 bolas que não caíram do saco da empregada, haviam sido postas ali por ela, sumiram por um motivo simples.

Nas noites em que saíra com o namorado e (vou usar a expressão do palestrante) tiveram “relações carnais”, houve em cada dia um ato de amor. Ao contrário, na única vez que “pecou” (vou usar outra vez a expressão do palestrante, que certamente quis dar maior ênfase ao “pecado”), a patroa o fez por hipocrisia com “um amigo da família”, já que toda a “pureza exibida apenas encobria pensamentos sujos”.


É característica das nossas elites políticas e econômicas. A presunção da “pureza”, que aqui pode ser substituída por mais que hipocrisia, mas por absoluta desfaçatez e não em “relações carnais”, mas no aspecto político de dominação. Se vê isso muito hoje em igrejas neopentecostais, que no simples trato de questões do cotidiano se transformam em agentes do conformismo e do fanatismo religioso a serviço de interesses dos senhores.

A crítica pública a uma pessoa só tem sentido ser for conseqüência de uma atitude, um desempenho, se for política. Do contrário se ganha um cunho pessoal, meramente pessoal  não tem razão de ser. Acaba não sendo crítica.


A situação dramática dos índios brasileiros, agora com repercussão internacional face à chacina contra Guarani-Kayowás, é a mesma que transformou o general Custer e sua cavalaria em herói de vários filmes de John Wayne dizimando índios para que o “progresso” pudesse chegar. Há uma prática de longos anos de criminalizar o índio, de transformá-lo em bárbaro, em um ser cruel e atrasado e a mania de catequizá-lo com as idéias do “homem branco”.

Não busca transformá-lo em branco, mas em escravo, ir eliminando os povos nativos, no caso do Brasil por exemplo, enquanto o tal progresso não passa do transgênico/veneno que comemos todos os dias nas tecnologias capitalistas de empresas como a MONSANTO, associada a boçais que permanecem assim desde o primeiro pingo de vida no Planeta, falo dos latifundiários. E são parte do governo na tal base aliada.

O genocídio que se estende a todas as nações indígenas do Brasil, como em outros países, como antes nos EUA, é o mesmo, por exemplo, que criminaliza muçulmanos, negros, pobres, que despeja Pinheirinhos e que implanta modelos cosméticos, mas violentos de “pacificação”, sem que o trafico de droga, alvo das UPPs, sofra um só arranhão.

Permaneça intacto, até com a cumplicidade dessa aberração chamada Polícia Militar, inaceitável num estado dito democrático.



Pessoas. Marilyn Monroe num determinado momento de sua carreira, quando atingiu o ápice, fez uma declaração interessante e definitiva sobre determinadas situações que viveu. “Agora não preciso mais fazer trabalho de blow job em donos de estúdio para conseguir papéis. Sou uma mina de ouro para eles”.

Quando o privado se mistura ao público a crítica à pessoa é correta, necessária e importante para que se possa ter a real dimensão do problema, refiro-me à questão dos índios, ao genocídio impune, com guarida no STF (Supremo Tribunal Federal) e, especificamente a ex-atriz Regina Duarte. É necessária porque a pessoa se transforma em instrumento da classe dominante por si e por seu mau caratismo.

Tentar compará-la, por exemplo, em qualquer plano, a Marilyn Monroe seria um ato de insanidade, o problema é outro. O blow job é um expediente usado e pode ser em si, ou como conceito de forma de ser. O que em muitos momentos é um ato de amor vira um aríete a serviço dos donos.



Tenho medo, estou com muito medo”. Foi uma declaração da ex-atriz feita em 2002, pouco antes da eleição de Lula, atendendo a um pedido de FHC. Protagonizou situações constrangedoras ao ex-presidente, quando ainda senador e  era a principal “cabo eleitoral” de FHC em São Paulo. Constrangedoras do ponto de vista público e do ponto de vista familiar.


Entre atores é considerada por muitos como “mau caráter”, por ter usado todos os expedientes para alcançar papéis, até consolidar uma situação, ou seja, a hipocrisia da patroa e sua única bolinha que acabou se transformando em 365 bolas.

Celso Furtado, um dos maiores pensadores do País, do mundo, fez uma constatação importante já no final do século XX. “A revolução feminista foi a mais importante revolução do século XX”. Segundo ele, maior que a própria revolução bolchevique. Estendia-se ao mundo inteiro e trazia, como trouxe, a mulher para o centro do palco, tirava-a da condição de espectadora para a de protagonista do processo político e econômico.


Quem vê as fotos de Ernesto Chê Guevara em camisas dos mais variados tipos, cores, etc, muitas vezes não percebe que o capitalismo se apropriou do Chê e o transformou em lucro, o que não diminui sua extraordinária importância histórica e seu exemplo de conduta como “lutador do povo” (expressão criada por César Benjamin). Mostra a amoralidade do capitalismo.



Ao perceber a ascensão da mulher ao centro do protagonismo político e econômico o capitalismo se apropriou dessa conquista fantástica, para criar a mulher objeto. Ou seja, a liberdade da mulher continua sendo uma luta para que possa ser mulher e não mercadoria. O machismo é bem mais que ser senhor de alguma mulher, mas é manter intocado o sistema capitalista preso ainda à Idade Média, agora a Idade Média da Tecnologia, os castelos complexos dessa tecnologia. São simples – exploradores e explorados.

Regina Duarte nesse contexto é mercadoria.
Ao comparecer a um seminário da Sociedade Interamericana de Imprensa está vendendo sua imagem (ou o que resta dela) à defesa da “liberdade de expressão”, a intocabilidade das famílias que controlam a mídia de mercado no País. 

Ou seja, lutando para o JORNAL NACIONAL continue sendo o símbolo de um poder que se criou na ditadura militar e tem o telespectador em tudo o que envolve a GLOBO, o grupo, estou tomando-o aqui como síntese, na conta de idiota, ou “Homer Simpson”, o ingênuo que acredita piamente em tudo o que se lhe é passado em nome do patriotismo, do modelo, do sistema. 

Ou defendendo as mentiras largamente demonstradas de VEJA e todo o contexto que significa mídia como braço do capitalismo, da classe dominante.

Na novela ROQUE SANTEIRO, de um dos maiores autores teatrais do País, Dias Gomes, a moça de um cabaré, o cabaré da cidade, sonha com um rico fazendeiro se apaixonando por ela e levando-a, depois do pedido de casamento, para sua grande fazenda. No último capítulo o fazendeiro se materializa em Tarcísio Meira e a moça, Ísis de Oliveira alcança seu sonho.


Latifundiários desprezam o romantismo/crítico que Dias Gomes imprimiu ao fato, para simplesmente comprar quem se dispõe ao blow job.

A mercadoria/latifundiária Regina Duarte é, neste momento, o principal porta-voz da barbárie capitalista contra os índios Guarani-Kayowás

Não entende nada de revolução feminista e nem do papel da mulher na construção de um modelo alternativo que, entre outras coisas, exclua a barbárie, a vitória pelo blow job, ou aquele em que o blow job seja um ato de amor como o da empregada/trabalhadora. Bem longe da hipocrisia da patroa.

E até na visão do anjo segundo a historinha.

Fonte:
http://juntosomos-fortes.blogspot.com.br/2012/10/o-saquinho-de-bolas-os-guarani-kayowas.html?spref=fb 

domingo, 29 de abril de 2012

A QUEM INTERESSAM OS CONFLITOS NA AMÉRICA DO SUL?

28/04/2012 - Laerte Braga (*)
Original no blog Juntos Somos Fortes



A história real dos países latino-americanos, especialmente os sul-americanos é contada em regime de conta gotas, uma forma de fugir do oficialismo e do ufanismo que historicamente as elites buscam vender desde os bancos escolares.

E há uma explicação simples para isso. As elites econômicas (cidade e campo) da América do Sul não têm uma identidade nacional, mas reportam-se aos modelos europeu e norte-americano, vale dizer, cingem-se às normas do capitalismo internacional.


É comum, por exemplo, contar os feitos heróicos de brasileiros na guerra contra o Paraguai a pintar Solano Lopez como um ditador sem entranhas.

A realidade só é encontrada em publicações independentes que mostram que o País entrou em guerra com o Paraguai a soldo da Inglaterra – da qual estava afastada, mas o dinheiro fala mais alto – e porque o Paraguai de Solano Lopez afetava os negócios dos britânicos. O governante paraguaio implementava um programa de reforma agrária, concorria com as indústrias têxteis dos britânicos e afetava os negócios” do mate. Fomos apenas o instrumento do poder imperial da Grã Bretanha. Não houve patriotismo algum no confronto.

Para registro, os Estados Unidos, à época, já buscando hegemonia junto ao império britânico se opôs ao Brasil e a seus aliados.

Os governos e forças armadas comprados pelos ingleses.


As Ilhas Malvinas, território argentino, até hoje são mantidas sob controle militar do falido império de sua majestade Elizabeth II e num flagrante desrespeito às leis internacionais, mantêm na região submarinos com armas nucleares, aí já noutra conjuntura, a que envolve os Estados Unidos, antiga colônia britânica e hoje proprietário do outrora império “onde o sol não se põe”.

Quando Nixon disse que o Brasil arrastaria a América Latina para onde se inclinasse, estava levando em conta o nível de desenvolvimento de nosso País, seu tamanho continental e justificando o apoio de seu governo à ditadura militar que encharcou de sangue o território nacional e preserva até hoje intocada em boa parte a barbárie militar.

A exceção do movimento tenentista, que mesmo assim se dissolveu em boa parte absorvido pela ditadura Vargas, nossas forças armadas são forças auxiliares do poder maior, sem identidade, e de uma polícia maior e melhor qualificada da grande potência de hoje. Estamos no Haiti sem saber por quê, em vias de irmos à Síria para fazer não sei o quê e mantendo um fragata na frota de “paz” nas proximidades do estreito de Ormuz para garantir os interesses das companhias que transformaram os EUA em conglomerado terrorista ao lado de Israel.

Máquina de guerra
O governo de Lula não privatizou setores essenciais, mas abriu as portas do País ao nazi/sionismo no tal tratado bi-lateral de livre comércio com Israel. São os donos dos setores estratégicos dos Brasil. Governos como o do presidente Chávez, ou do presidente Evo Morales, do presidente Rafael Corrêa, de Cristina Kirchner, de Daniel Ortega não interessam ao grande irmão. Promovem a reforma agrária, o fim do analfabetismo, estabelecem políticas públicas de participação popular, constroem habitações de qualidade para as pessoas, democratizam as relações do Estado com o cidadão, a despeito de uma ou outra limitação. Abrem caminhos para uma revolução popular a partir da consciência política.

Cuba desafia os EUA desde 1959 e se mantém heroicamente a despeito de todas as tentativas golpistas e do bloqueio imposto pelo conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.

A Colômbia no entanto é o caso mais grave.

Em guerra civil há anos o país está mergulhado num regime de terror e barbárie e é hoje o maior produtor de cocaína do mundo – o governo não tem interesse na paz, a guerra favorece os grupos produtores da droga e o presidente, todos são meros quadrilheiros ao lado de militares e latifundiários, os chefes dos grandes cartéis. No país são frequentes os assassinatos de lideranças de oposição, sindicalistas, camponeses, há mais de 10 mil presos políticos e milhares de assessores militares norte-americanos, que controlam polícias, forças armadas e governo, além dos grupos paramilitares formados por latifundiários e pistoleiros de grandes conglomerados, os principais controladores da produção e distribuição de droga.

O próprio jornal brasileiro (brasileiro?) O GLOBO, noticiou que o traficante Fernandinho Beira-Mar havia sido preso com as FARC-EP, para anos depois num canto de página admitir que Beira-Mar foi entregue pelos paramilitares numa tentativa de minimizar os conflitos com o Brasil em torno do bandido.

A ex-senadora Ingrid Betancourt, prisioneira de guerra durante anos das FARC-EP, quando liberada estava em perfeita integração com a guerrilha, tinha um filho com um líder guerrilheiro, filho que abandonou – fato denunciado por sua secretária – e foi tentar o prêmio Nobel da Paz patrocinada por uma indústria de cosméticos para mostrar que os anos na selva não a envelheceram.

É a história vendida pela mídia de mercado, fabricada na sociedade do espetáculo, com o objetivo de transformar o ser humano em zumbi diante de um projeto de poder que é mundial. Ao perceber que um controle como o que exercem na Colômbia – até porque o tráfico de drogas paga os custos da guerra e com sobras, já que a guerra hoje é privatizada, empresas cuidam do “negócio”, não seria possível no Brasil, os norte-americanos criaram o chamado PLANO GRANDE COLÔMBIA, que inclui parte do Brasil, a Amazônia, enquanto tentam, através de um governador provincial na Argentina, a instalação de uma base militar para controle total da América do Sul.


Na piedosa prece que Obama faz todos os dias a morte de Chávez é um pedido que a mídia dos EUA não esconde.

A Colômbia hoje é sócia do Brasil no antigo projeto SIVAM – monitoramento aéreo da Amazônia –, ao lado dos EUA e aviões de fabricação brasileira, mas capital e tecnologia norte-americanos (ao privatizar a EMBRAER FHC abriu mão de dispormos de tecnologia nossa no campo). Detêm informações estratégicas sobre nosso País, inclusive e principalmente sobre nossas reservas minerais estratégicas, caso do nióbio.

Marchamos para deixarmos de ser uma nação e caminhamos celeremente para o formato conglomerado da chamada nova ordem econômica, criada com o fim da União Soviética. Lula inventou - frase do secretário geral do PCB Ivan Pinheiro, “o capitalismo a brasileira".

Só que os donos são os norte-americanos e grupos sionistas (controlam a indústria bélica brasileira). Como leite em pó instantâneo estamos nos dissolvendo na obsessão da guerra cambial que custou o poder a Kadafi.

Um estudo das Nações Unidas feito na década de 70 mostra que a América do Sul é uma futura área de conflitos. Não são conflitos provocados pelos povos sul americanos, mas pelos interesses de elites políticas, econômicas do campo e da cidade que controlam o País sem que o governo reaja, pelo contrário, se deixa levar pela crença de potência de ilusão. Estamos sendo engolidos, tragados nessa voracidade falida do capitalismo, mas montado em milhares de ogivas nucleares.


Um Eike Batista, um Daniel Dantas, um FHC, um Serra, um Alckmin, um Aécio (já apareceu uma prima de Cachoeira nomeada pelo ex-governador do bafômetro ou corruptômetro) e os políticos que controlam, parte expressiva do Poder Judiciário, tudo isso nos transforma definitivamente numa república de bananas, onde um Brilhante Ulstra tortura, assassina e permanece impune e a mídia faz e fala o que bem entende. Um banqueiro de jogo de bicho faz tremer a república. Coloca na berlinda um governador corrupto como Sérgio Cabral e abre perspectiva para outro criminoso Anthony Garotinho, que chega em nome do “senhor.”

Que república?


Somos uma democracia consentida. O Código Florestal nos condena a sermos um futuro deserto e a reforma agrária vai para o brejo. Mas somos uma potência, só que de ilusão. Não há saída dentro do processo político vigente, dentro do jogo sujo das eleições financiadas por empresas privadas, por bancos e latifundiários. Ou vamos às ruas e viramos essa mesa para rearrumá-la segundo a vontade popular, que tem que ser despertada, está anestesiada pela mídia, ou vamos de fato virar apenas um departamento do PLANO GRANDE COLÔMBIA.


Esse é o desafio que as forças populares enfrentam. Os conflitos aqui interessam aos donos para que sejamos sempre o gado marcado que fala José Ramalho. Só isso, mais nada.

(*) Laerte Braga é jornalista e reside em Juiz de Fora. Colabora no blog Juntos Somos Fortes

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O CACHOEIRA É CACHOEIRINHA

segunda-feira, 2 de abril de 2012 - Laerte Braga
Original no blog Juntos Somos fortes

A corrupção no Brasil é conseqüência do sistema político e econômico. A expressão “desprivatizar o Estado” foi usada, pelo menos eu a ouvi pela primeira vez, na campanha de 1989. E da boca de Roberto Freire, hoje um dos principais aliados da privataria tucana. Foi em resposta a uma pergunta numa palestra sobre os propósitos anunciados por Collor de Mello, ambos eram candidatos a presidente, de privatizar setores essenciais da economia.

Collor chamava isso de “modernizar o Estado”. Como não deu certo chamaram FHC.

Quem?
Os principais acionistas do Estado brasileiro. Banqueiros, grandes corporações nacionais e internacionais e latifúndio.

Quando a REDE GLOBO através do FANTÁSTICO denunciou uma série de contratos fraudulentos de terceirização de serviços públicos e colocou-se como paladina da moral e dos bons costumes, estava, na prática, denunciando bagrinhos que despencavam nessas várias cachoeiras da corrupção.

Se quisesse mesmo denunciar corrupção de alto coturno teria pego empresas como a QUEIROZ GALVÃO, a NORBERTO ODEBRECHT, a ANDRADE GUTIERREZ, os grandes bancos que operam no País, as companhias que foram agraciadas com os serviços de telefonia e energia no governo de FHC e todo o entorno da PETROBRAS que FHC conseguiu colocar em mãos de companhias estrangeiras, descaracterizando a empresa brasileira.

Ou toda a malha de máfias que opera os serviços públicos privatizados ou terceirizados e ainda os que executam obras públicas sob contrato.

Não o fez e nem o fará, existe concorrência entre essas máfias e a GLOBO é parte delas.

O mesmo vale para VEJA, hoje caracterizada como revista de uma banda do crime organizado.


Carlinhos Cachoeira é uma queda de pequeno porte diante das grandes quadrilhas financeiras e empresariais e Demóstenes Torres um anão perto de FHC, José Serra, Pedro Malan, Geraldo Alckimin, Aécio Neves, Daniel Dantas, Nagi Nahas, etc. Um fio d’água nesse processo.

Capitalismo e corrupção são inseparáveis. Um é parte intrínseca do outro.

Quando o então delegado Protógenes Queiroz chegou perto da cúpula dessas máfias, a prisão de Daniel Dantas, a reação foi imediata e fulminante. Gilmar Mendes, à época presidente do Supremo Tribunal Federal – STF – concedeu dois habeas corpus em menos de duas horas, a Operação Satiagraha foi desqualificada e Protógenes jogado no inferno da execração pública por supostas irregularidades na investigação. Ele, o juiz e o procurador que participaram da Operação.

Para tirar o foco da repercussão negativa dos habeas corpus, num espaço ínfimo de tempo arranjaram uma gravação de conversa entre o senador Demóstenes Torres e o ministro Gilmar Mendes, virou capa de VEJA e a acusação estrondosa – o gabinete de Gilmar Mendes estava sendo alvo de escutas ilegais por parte da ABIN. Lula não comprou a briga, como de fato não comprou nenhuma briga grande em seu governo, contornou os momentos difíceis – afinal é um clube de amigos e inimigos cordiais – e afastou o diretor da ABIN.

Mataram o assunto, esvaziaram a Satiagraha, recolocaram a “reputação” de Gilmar Mendes no seu lugar (um lugar complicado), mas essencial dentro do clube.

A maior parte, esmagadora, de deputados e senadores faz suas campanhas com doações de bancos, empresas e latifundiários. É uma forma de ver o problema dos financiamentos de campanhas eleitorais. No duro mesmo a esmagadora maioria dos deputados, senadores, governadores, prefeitos, deputados estaduais, etc, etc, é resultado de ajustes entre os principais acionistas do Estado. Compram, é simples.

Demóstenes Torres é um dos que integram o grupo de faz tudo. Fac totum. Opera para bancos, para empreiteiras, como opera para Carlinhos Cachoeira.

Desde as grandes quedas d’água como a QUEIROZ GALVÃO, os bancos, etc, como as pequenas, aquelas denunciadas pela GLOBO no FANTÁSTICO.

Há uma regra básica nas máfias. Se alguém cai as “famílias” cuidam das famílias do que caiu, mas esse vai para o brejo sozinho, pois se abrir a boca acorda no fundo de uma cachoeira preso a um bloco de concreto.

Demóstenes sabe disso. Não vai colocar em risco uma aposentadoria tranqüila. O argumento de seu advogado, segundo o qual as escutas eram ilegais, pois como senador tem foro privilegiado são ridículas. Carlinhos Cachoeira era o alvo das investigações, Demóstenes foi um peixe pego em meio a queda do fio d’água. No momento da denúncia basta ao procurador denunciá-lo ao STF e pronto. Não há como excluir essas escutas, essas gravações.

Qualquer governo que se disponha a governar segundo as regras do jogo acaba dentro dessa armadilha. Bancada evangélica, bancada ruralista, quadrilhas específicas que atuam no Congresso Nacional ao lado de figuras como Demóstenes, Stephan Nercessian, Roberto Freire, ACM Neto e por conta disso acaba desfigurado em seus propósitos como aconteceu com o governo Lula e acontece com o governo Dilma.

Refém de figuras como Michel Temer por exemplo.

Sob constante ameaça de escândalos fabricados pela mídia de mercado.

Verdadeiros ou não.

Um exemplo?

A GLOBO sabe que o sogro de Sérgio Cabral é o “dono” do negócio de transportes coletivos em boa parte dos municípios do estado do Rio, quer colocar as mãos no bonde de Santa Teresa e transformá-lo em privilégio para turistas, mas não denuncia.

O que há é guerra de quadrilhas, ou ajuste da placas tectônicas das máfias que operam e controlam o Estado como instituição em suas três dimensões (nacional, estaduais e municipais), situação que se repete historicamente desde a primeira quadrilha de banqueiros, ou grandes empresários, ou latifundiários, na história da humanidade.

Num dado momento alguém vai para o sacrifício. É preciso mostrar ao povo que “estão atentos” na vigilância da coisa pública.

Não é nem o caso da Polícia Federal nessa situação de Carlinhos Cachoeira. No duro mesmo entra de gaiato nessa conversa toda. No tempo de FHC nem se movia diante de verdadeiras monstruosidades no processo de privatizações.

Carlinhos Cachoeira, bandido sim, vai pagar o pato até um determinado ponto. Demóstenes Torres idem ibidem e o rio volta a correr normalmente até o momento em que vira a grande cachoeira de banqueiros, empreiteiros, latifundiários, as grandes corporações multinacionais que controlam o Brasil, o de sempre.

A questão é de modelo político e sistema econômico. O capitalismo não leva a lugar nenhum diferente disso que estamos vendo. A ênfase que a mídia de mercado coloca nas denúncias faz parte do espetáculo, do show para manter inerte e ludibriada a esmagadora maioria dos brasileiros.

Eike Batista, outro exemplo. Vira modelo de empreendedor, de gerador de progresso, etc, mas salva o seu, afunda suas empresas com o dinheiro do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – e vende tudo para um fundo de Abu Dhabi.

E o Brasil e os brasileiros vamos para as cucuias.

Ao lado as privatizações do governo FHC, um dos maiores crimes que se cometeu contra o País foi o acordo de livre comércio entre o Brasil e Israel, no governo Lula. Grupos econômicos sionistas começaram a comprar o País de forma voraz e o que chamam de potência emergente, aquela que surge no cenário como protagonista, é apenas potência de ocasião, ou seja, no tempo certo, a critério dos donos, vira entreposto.

Estão infiltrados em setores chaves do Estado.


Por trás do fio d’água Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres, o governador Marcondes Perillo, de Goiás (que retirou de circulação a revista CARTA CAPITAL em seu estado por revelar suas ligações com Cachoeira), existe uma corja muito maior.

Está aboletada no Estado, controla o mundo institucional e nenhuma eleição vai resolver esse tipo de problema.

A luta é nas ruas até porque nem somos mais o ponto nevrálgico da América Latina, como dizia Nixon e sempre imaginaram os norte-americanos. Somos agora parte da Grande Colômbia.

E isso tudo com governo petista. Imagine se fosse tucano.

segunda-feira, 19 de março de 2012

UM MOMENTO DE DECISÃO

sábado, 17 de março de 2012 - Laerte Braga - blog Juntos Somos Fortes

O que os militares dessa geração pós golpe 1964 precisam enxergar é que não há revanchismo nos trabalhos da Comissão da Verdade, nas denúncias de tortura, assassinatos e nas várias ações para que a História de um período brutal seja conhecida por todos os brasileiros. Houve um golpe de estado em 1964, foi organizado e comandado por potência estrangeira através de dois agentes, o embaixador Lincoln Gordon e o general Vernon Walthers, contra um governo legítimo, dentro de um processo maior, a guerra-fria. A máxima de Nixon “para onde se inclinar o Brasil se inclinará a América Latina” foi dita anos depois, mas não passou de uma constatação da realidade daquela época. E tanto é assim que golpes semelhantes foram desfechados em países desta parte do mundo, alguns, com níveis de estupidez absolutos. Caso da Argentina e do Chile.


Emb. Lincoln Gordon

Gen. Vernon Walthers 

A ação dos governos gerados pelos golpes foi de caça pura e simples dos adversários, inclusive e grande número de militares comprometidos com o seu país. A forma de agir em momento algum fugiu do comando externo. O que foi a Operação Condor? Uma aliança de governos golpistas do chamado Cone Sul para promover

Letelier

 o assassinato de líderes oposicionistas exilados em qualquer parte do mundo. Orlando Letelier, ex-chanceler do governo de Salvador Allende, foi morto em New York, onde ocupava um cargo de funcionário nas Nações Unidas.

Os chamados projetos nacionais, ou seja, de busca do crescimento econômico para esses países circunscreveram-se ao permitido por Washington e às políticas de dominação impostas pelos EUA. Nada além disso.

No breve momento que o Brasil virou exportador de armas, por exemplo, a ENGESA, estatal que produzia artefatos bélicos de alta qualidade, foi sufocada violentamente pelo governo dos EUA, inclusive com seqüestro em alto mar de navios brasileiros que levavam seus produtos para compradores no Oriente Médio.

Em linhas gerais não mudou essa característica nos últimos anos, com alguns intervalos no governo Lula. O Brasil não conseguiu ainda sair da rede tecida durante os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso e nosso crescimento econômico, ou nossa condição de potência emergente, não é capaz de produzir um carro nacional. Somos dependentes em tudo e por quase tudo de tecnologias estrangeiras e gradativamente, mas de forma acelerada, vamos voltando à condição de exportadores de matérias primas.

Ou seja, andando para trás, por maiores que sejam os números do PIB.

Num mundo unipolar, onde o controle se exerce a partir de um complexo militar/terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A, gerido por bancos, grandes conglomerados e latifúndio, não percebemos que estamos sendo engolidos pelas beiradas e na prática somos potência de ocasião até que caia a ficha e tenhamos que refazer um caminho que já poderia ter sido feito desde muito.

Forças armadas existem para a garantia da soberania nacional, da integridade do território nacional e para isso devem estar preparadas e equipadas. Não duvido da capacidade dos nossos militares, mas num eventual conflito hoje, só para citar, iríamos de mosquetão, contra inimigos com bombas de alto poder destrutivo.

Ignorar essa realidade é desconhecer o tamanho do buraco aberto pelos golpes militares, pelos governos inconseqüentes de Sarney e Collor e pela trama consciente e traidora de Fernando Henrique Cardoso e tucanos no todo. A primeira atitude de Collor, depois de confiscar o dinheiro dos brasileiros, foi fechar o buraco da Serra do Cachimbo, sinalizando aos EUA que estava cumprindo rigorosamente o que fora acordado com intermediação da GLOBO.

Cel. Brilhante Ulstra

Cel. Curió














Deixar de lado as atrocidades cometidas por militares como Curió (ficou milionário achacando garimpeiros em Serra Pelada), Brilhante Ulstra e outros tantos é macular a história das forças armadas brasileiras e transformá-las, hoje, em cúmplices de um tempo sombrio, cruel e anti-nacional.

Puro espírito de corpo sem sentido e sem razão de ser, pois acaba sendo mancha. Inserir as forças armadas no processo de construção democrática e popular do Brasil, isso sim, dá um desenho claro das obrigações de garantir a soberania nacional e a integridade de nosso território.

As privatizações da VALE e da EMBRAER, para ficar em duas, foram dois crimes de lesa pátria sem tamanho. A constituição de 1946, feita por liberais em sua maioria, garantiu ao Brasil a posse do seu subsolo. Hoje sequer somos proprietários do solo que começa a ser comprado em várias regiões brasileiras por grupos estrangeiros.

Ou seja, reiterando, somos uma potência de ocasião, um entreposto do grande capital internacional.

Esse papo de Eike Batista como um dos mais ricos do mundo não exclui a participação estrangeira nos seus negócios e ser mais do rico mundo, ou um dos, não significa progresso que é algo que tem que ser comum a todos e não privilégio de alguns.

Ou os militares da nova geração entendem que os golpistas de 1964, notadamente os torturadores, os assassinos, os estupradores, são criminosos e praticaram crimes imprescritíveis – já denunciados por organizações internacionais -, ou essa mancha vai atravancar o cumprimento do real papel de uma força armada nacional.

 Têm que responder pelos seus crimes. Esses enxovalham inclusive as forças armadas através do falso patriotismo, aquele que Samuel Johnson chama de “último refúgio dos canalhas”. Foi a estupidez dita por um general num programa de televisão que “tortura existe em qualquer época, até hoje”.

O fato da tortura existir não significa que deixa de ser crime. Pelo contrário, se existe, tem que ser combatida. E boa parte da tortura que ainda resiste no Brasil é herança acumulada desde tempos do Brasil colônia, até os tempos da ditadura militar, exatamente por nunca ter sido punida, combatida de peito aberto e através de aparelhos que, numa democracia, no chamado estado de direito, não têm sentido, caso das polícias militares. Polícia é uma instituição civil.

Nesta semana a jornalista Hildegard Angel enviou uma carta a um ato de homenagem às vítimas da ditadura militar onde fala de justiça. Sua mãe Zuzu Angel foi morta pela ditadura ao buscar o paradeiro de seu filho Stuart Angel, também executado pela ditadura. O prestígio internacional de Zuzu e a mobilização que promovia, estavam incomodando e trazendo transtornos a um regime que usou o pretexto de restaurar “a ordem e a democracia”, para derrubar um governo legítimo.

Um documento comovente e repleto de sensatez.
Dilma Roussef dá sinais que começa acordar para a realidade de seu governo. Isola o partido dos pastores, sempre com os olhos ávidos – eles pastores – nos ministérios mais rentáveis para a “obra divina”, ou o loteamento que abriram no “paraíso”. É uma das ameaças mais graves e sérias que o País enfrenta e da qual apenas começa a se dar conta. O velho expediente de transformar a fé – direito de consciência de cada um e indiscutível e inalienável – em instrumento de político a partir das cúpulas.

A débâcle da Igreja Católica Apostólica Romana, no retrocesso dos papados de João Paulo II e agora de Bento XVI (estão sendo acusados de permitir lavagem de dinheiro criminoso no banco do Vaticano e cardeais disputam abertamente o botim), a perseguição implacável aos sobreviventes da Teologia da Libertação, escancara as portas para a venda de sprays que espantam o “capeta” e transformam legiões de incautos ludibriados em sua boa fé em eleitores cegos e conduzidos qual manada de cordeiros.

The silence of the lambs. O sangue que escorre é o do trabalhador.

Ou Dilma encurrala os bandidos na beira do despenhadeiro ou 2014 será o ano da tragédia prevista para 2012, pelo menos no Brasil, com as alianças espúrias capazes de levar qualquer Aécio Neves ao poder, seja ele José Serra ou Geraldo Alckimin e busca traduzir o seu governo em luta popular, como deveria ter feito desde o primeiro momento, a sua história sinaliza isso. Um retrocesso significa passar a escritura definitiva do Brasil e incorporá-lo ao complexo militar e terrorista que controla o que chamam de “globalização”.

FHC e dois outros ex-presidentes latino-americanos foram à Venezuela a convite de um “banco privado”, para aconselhar o candidato de oposição a Chávez. As eleições de outubro naquele país são o alvo preferencial do complexo terrorista e militar em se tratando de América Latina.

A mídia de mercado faz sua parte, vai manipulando as notícias sobre o estado de saúde de Chávez, da mesma forma que o faz em relação à Síria e ignora o prenúncio de uma crise entre Israel e o Egito, reflexo da vontade popular dos egípcios manifesta em eleições livres e democráticas.

Democracia e capitalismo são incompatíveis. Como água e óleo. Não se misturam, exceto como farsa.

Um acordo de Obama com Israel vai deixar o ataque ao Irã para depois das eleições nos EUA, em novembro. A posição da Rússia e da China contrárias as sanções maiores

Romney

Santorum

 ao Irã, logo, contra esse tipo de ação militar, além do desconhecimento da real capacidade de defesa daquele país, recomendam cautela, caldo de galinha e prudência. Um desastre militar antes das eleições seria o caos para o presidente em seu projeto de reeleição. E ainda mais se levarmos em conta que seus adversários – Rick Santorum e Milt Romney – estão criticando a saída das tropas “humanitárias” do Iraque e do Afeganistão. Destruíram, não alcançaram a totalidade de seus objetivos, mas na Líbia e no Iraque ficaram com o petróleo.

A filha do senador John McCain, um dos arquitetos do golpe militar em Honduras, disse em seu blog que se seu pai tivesse sido eleito presidente ela seria a primeira filha “mais doida de todos os tempos”. Megham McCain afirma taxativamente que com o pai a situação no Iraque e no Afeganistão seria outra.

Em Itaguaçu, Espírito Santo, feudo de companhias como a ARACRUZ, a VALE, a CST e outras, uma estrada vicinal aumenta de custo várias vezes a inflação somada de três anos. Passa de 600 mil reais o quilômetro, para 2,3 milhões e vereadores, prefeito e a mídia local, se irritam com denúncias de irregularidades.

O latifúndio agradece.
Nos EUA um grupo de cidadãos ainda não afetados pelo vírus da mediocridade que domina boa parte da população (aquela que limpa boca depois de um sanduíche do McDonald’s com as costas da mão), inicia uma campanha contra a MONSANTO. A empresa é uma das responsáveis pelo veneno de cada dia em nossas mesas, o transgênico com molho de agrotóxicos. Querem produtos orgânicos.

Para fechar, nesta semana, nenhum tresloucado invadiu alguma escola nos EUA e disparou contra professores e colegas. O alerta deve aumentar, significa que breve outra loucura desse gênero vai acontecer, embora em território afegão um ataque de nervos – versão oficial – levou um soldado do Tio Sam a matar civis indefesos.

Brad Manning, acusado de vazar documentos secretos divulgados pelo site Wikileaks continua preso em condições desumanas, denunciam organizações internacionais dos direitos humanos. É a tática de fazer servir de exemplo para dissuadir a outros de feitos dessa natureza. Mostrar a podridão.

A STRATFOR, companhia privada de inteligência, com sede no Texas, contrata jornalistas para veicular a “verdade” do grande espetáculo de Hollywood por todo o mundo. No Brasil é desnecessário dizer quais, até Hilary Clinton, a possessa, tem um preferido.

No fundo é tudo culpa do Irã ou dos palestinos. O governo de Israel é de santos, ou de profetas enviados por Jeová. Por via das dúvidas, com um vasto arsenal nuclear. Deve ser por isso, parceria, que Edir Macedo montou umas igrejas por lá. O próprio povo judeu começa a acordar da insânia de seus governantes.