terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em Cuba votam os cidadãos, não as empresas-imprensa

20/10/2012 - Eleições em Cuba: votam os cidadãos, não as empresas-imprensa
- Postado por Marco Antônio Nogueira no Portal Luis Nassif
- por Luisa María González García, para Prensa Latina 




Havana - O sistema eleitoral cubano distingue-se do que se vê em outros países, sobretudo, porque, em Cuba, todos os cidadãos têm igual possibilidade de assumir responsabilidades públicas – explicou o professor Juan Mendoza, vice-decano da Faculdade de Direito da Universidad de La Habana, em conversa com Prensa Latina sobre as particularidades do modelo eleitoral cubano, na véspera dos comícios que começam no domingo, 20/10, e que elegerão os delegados de bairro (concejales) às assembleias municipais do Poder Popular.





Falando sobre o processo pelo qual se apresentam os candidatos, disse que o que se vê em muitos países são listas eleitorais montadas por partidos políticos, às quais só os mais ricos têm acesso: “Considera-se o desempenho financeiro dos candidatos, não algum compromisso com os eleitores ou com o futuro das pessoas e do país”.

Nesse cenário” – disse o professor Juan Mendoza –, “é muito difícil alguém conseguir candidatar-se como candidato independente, porque as campanhas eleitorais são caríssimas.”

Em Cuba, tudo isso é diferente. Em Cuba, para apresentar-se como candidato no início do processo eleitoral, basta ter mais de 16 anos, residir em Cuba e ser apoiado pelos vizinhos de bairro. Essa é uma das razões pelas quais o modelo eleitoral cubano é “específico, profundamente democrático e socialmente muito avançado” – explicou o professor.



Mendoza lembra que na maioria dos países, as empresas da imprensa corporativa, os grandes grupos ‘de mídia’ louvam como se fossem muito democráticas eleições que, de fato, não passam de jogo tradicional, de cartas marcadas, entre partidos que disputam, menos o poder político, que o acesso não controlado às riquezas do país e do povo.

Para vários estudiosos, aquilo não passa de uma 'partidocracia', bem pouco democrática, porque os partidos representam interesses de diferentes setores do capital, mas apresentam-se como se fossem representantes de parcelas do povo. Só muito raramente, nessas partidocracias, algum partido manifesta desejo político realmente popular. Disputa partidarizada entre diferentes interesses setoriais dos mais ricos não é o que se possa chamar de disputa democrática” – continuou o professor Mendoza.


Por que, em Cuba, é diferente?
O modelo eleitoral cubano foi criado depois da Constituição aprovada em 1976, que serviu de base à primeira lei eleitoral. Depois da reforma da Constituição, em 1992, também a lei eleitoral foi reestruturada, e continua vigente até hoje.

Nos termos da lei eleitoral cubana há dois momentos: eleições gerais a cada cinco anos, para eleger os deputados à Assembleia Nacional e os delegados à Assembleia Provincial; e eleições parciais, a cada dois anos e meio, em que se elegem delegados às Assembleias municipais.

Nas eleições parciais, o fator decisivo é a ‘nomeação’ [orig, nominación], que é ato de participação eminentemente cidadã, dado que, para fazer a nomeação, reúnem-se as próprias comunidades, que apresentam pessoas que as comunidades entendam que tenham condições de representá-las.

Nomes e propostas aprovadas nas reuniões das comunidades passam diretamente a integrar a chapa de candidatos de cada comunidade. “Assim”, explica o professor Mendoza, “evidencia-se o conceito amplamente democrático das eleições em Cuba”.

Em Cuba não há campanhas eleitorais como se conhecem em outros países. Cabe a cada Comissão Eleitoral local divulgar para os eleitores as biografias e fotos dos candidatos.



Em Cuba, as eleições são universais e baseiam-se “no direito de todos a manifestar-se nas eleições”. Não há inscrição eleitoral: todos os cubanos que atinjam os 16 anos, idade considerada mínima para votar e ser votado, convertem-se imediatamente em eleitores, sem qualquer outro tipo de registro ‘de eleitor’ como há em outros países.

O professor Mendoza lembra que “essa é diferença importante, porque, quando se lê que, em outros países, votaram 40% dos eleitores, essa porcentagem não é calculada sobre a população, mas só sobre o universo dos eleitores inscritos como tal”. Quando se diz que, em Cuba, votaram mais de 90% de eleitores, a porcentagem indica que praticamente toda a população votou”.

Eleições, democracia e sistema político 
Um dos objetivos da Comissão Nacional Eleitoral é facilitar o acesso da população às urnas. Mas, lembra o professor Mendoza, “o voto não é obrigatório em Cuba. Nada acontece se alguém preferir não votar. Mas votar é um direito do cidadão e toda a sociedade deseja que todos exerçam esse direito e, assim, manifestem o compromisso individual, de cada cidadão, com todos os demais.

É importante que todos votem, porque as eleições são um mecanismo de validação social do sistema político.



O professor Mendoza lembra que há países que se pressupõem democráticos e promovem seus sistemas políticos, mas, se se examinam aquelas ‘democracias’ e sistemas, se se comparam o número de votos e a população, por exemplo, vê-se que não passam de democracias apenas formais, que mostram só uma fachada de formalidade legal, porque nenhum sistema político pode ser considerado socialmente validado e legitimado se a população nacional não encontra vias abertas para manifestar-se e participar efetivamente do processo político.

Em Cuba, quando alguém vota, está legitimando, validando e consolidando o sistema eleitoral cubano. Assim, com o tempo, quanto mais cubanos votem, mais se democratiza o sistema eleitoral e o voto. Em Cuba, os altos índices de comparecimento às urnas ao longo das últimas décadas já demonstraram que os cubanos estão firmemente envolvidos e comprometidos com o direito democrático de votar, que é de todos. Assim se fortalece o modelo político” – concluiu o professor Mendoza.


Segundo dados oficiais, em todos os comícios realizados desde 1976 votaram mais de 95% dos eleitores das comunidades e bairros, vale dizer, da população cubana.


Fonte:
http://blogln.ning.com/profiles/blogs/elei-es-em-cuba-votam-os-cidad-os-n-o-as-empresas-imprensa?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+MensagensDeBlogDeTodos-PortalLuisNassif+%28Mensagens+de+blog+-+Portal+Luis+Nassif%29

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Por que a Europa do euro afunda na crise que ela própria alimenta

20/10/2012 - por J. Carlos de Assis(*)
- para o portal Carta Maior


Qualquer pessoa com nível razoável de reflexão é capaz de entender a essência da crise financeira mundial que se concentra, sobretudo, nos países mais ricos do mundo, e principalmente na área do euro.

Entretanto, essa percepção fica comprometida por um bombardeio ideológico de mídia que se manifesta ora pela distorção dos fatos ora pela manipulação de conceitos econômicos tendo em vista a defesa de interesses específicos de grupos.

Vejamos como isso tem funcionado.

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A crise originou-se de uma bacanal especulativa nos Estados Unidos e na Europa pela qual trilhões de dólares emprestados e rolados no mercado virtual de tomadores essencialmente insolventes revelaram-se impagáveis. Diante da quebra iminente, o Governo norte-americano, isto é, o Tesouro e o Fed intervieram no mercado para salvar os bancos ilíquidos. A crise financeira privada migrou para a Europa, forçando os governos locais a também intervirem para salvar os bancos.


A contrapartida do socorro aos bancos foi a absorção das suas dívidas pelos governos. No caso norte-americano, o Fed e o Tesouro atuaram conjuntamente, no primeiro caso através de trilhões de dólares de empréstimos de liquidez, e no segundo através de um programa especial (TARF) adotado ainda no Governo Bush, da ordem de 700 bilhões. Além disso, no caso americano, já no Governo Obama aprovou-se um programa adicional de 767 bilhões de dólares de estímulos fiscais, que em parte funcionou.


Disso tudo resultou um aumento vertiginoso do déficit e da dívida pública norte-americana, esta alcançando cerca de 90% do PIB. Não é uma dívida nada extraordinária, considerando-se o tamanho da recessão e do desemprego. Contudo, é uma dívida muito grande para o Partido Republicano. Tendo este último ganhado as eleições para a Câmara em 2009, tratou imediatamente de bloquear no Congresso um novo programa de estímulo proposto por Obama em 2010 de 400 bilhões de dólares. Portanto, os Estados Unidos poderiam ter perfeitamente insistido no programa de recuperação não fosse a postura fundamentalmente ideológica republicana.


Isso teria custado alguns pontos percentuais adicionais da dívida pública, os quais seriam provavelmente recuperados com uma aceleração do crescimento e da receita pública, como acontece em todos os ciclos de crises. Afinal, a despeito do valor absoluto da dívida, o país continua financiando-a a taxas extremamente baixas (3,5%). De qualquer modo, é preciso esperar o resultado das eleições para especular sobre qual destino os Estados Unidos escolherão levando boa parte do mundo consigo.


Na área do euro a situação tornou-se bem mais complexa. Os governos, para salvar os bancos, tiveram de levar a níveis recordes o déficit e a dívida pública. O que surgiu como crise financeira devida à pornográfica especulação foi transformada em crise fiscal pelos governos neoliberais. Assim mesmo, teria sido possível enfrentar a crise mediante um programa de estímulo fiscal caso esses governos, justamente por serem neoliberais, não estivessem obcecados pela ideia de cortar o déficit e a dívida.


E aqui não se trata apenas de ideologia, mas da institucionalidade européia estabelecida a partir da ideologia neoliberal. A Europa do euro criou um Banco Central independente (BCE) que se subordina aos mercados privados, não aos governos. Quando um governo, digamos, a Espanha, decide captar empréstimos, aumentando a dívida pública, fica exclusivamente em mãos do mercado financeiro, que exige a taxa de juros que quiser. Diferentemente do Fed americano, que irriga o mercado de moeda para facilitar a colocação desses títulos a taxas mais baixas, o BCE mantém rígida a oferta monetária, não prestando qualquer ajuda aos governos.


Mais recentemente, Mario Draghi [foto], o presidente do BCE, anunciou a disposição do banco de adquirir títulos dos governos em dificuldade de forma ilimitada desde que subordinem sua política fiscal a programas de austeridade. Isso ajuda muito pouco. É que a compra será no mercado secundário, criando grande conforto para os investidores, mas não liberando dinheiro diretamente para os governos A hipótese é que os donos privados dos títulos no mercado secundário vendam esses títulos ao BCE criando espaço para a compra de títulos novos emitidos pelos governos. Contudo, atenção: os governos não poderão fazer gastos novos financiados por esses títulos porque estarão limitados pelo programa de austeridade.


Assim, a Europa do euro, pela ideologia de seus dirigentes e por sua institucionalidade, mergulhou nas tramas de um oximoro: com a decisão do BCE, ela pode ter uma maior capacidade de gasto público, sim, mas desde que não use essa capacidade do lado fiscal, já que tem que reduzir o déficit e a dívida pública.






Enquanto isso, a demanda continua estagnada, o desemprego se eleva às nuvens – 13% em média, 25% na Espanha e na Grécia, 50% entre jovens, contração na maioria dos países e queda da taxa de crescimento até na orgulhosa Alemanha, que tem feito tudo para matar o seu mercado impondo-lhe políticas restritivas do gasto público!



(*) Economista, professor de Economia Internacional da UEPB, autor, entre outros livros, do recém-lançado “A Razão de Deus”, pela editora Civilização Brasileira.
Esta coluna sai também nos sites Brasilianas e Rumos do Brasil, e, às terças, no jornal carioca “Monitor Mercantil”.

Fonte:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21114

domingo, 21 de outubro de 2012

ONU: Ley de Medios argentina é modelo

17/10/2012 - diário Página/12, de Buenos Aires
- traduzido por Katarina Peixoto para o portal Carta Maior

A Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo”, afirmou Frank La Rue, relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Liberdade de Opinião e de Expressão, ao se referir à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual.


"Eu a considero um modelo e a mencionei no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. E ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias é fundamental”, defendeu.
(Página/12) 
  




Buenos Aires - “A Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo”, afirmou Frank La Rue, relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Liberdade de Opinião e de Expressão, ao se referir à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, logo após reunir-se com Martín Sabbatella, titular da Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual).

Falamos da importância da aplicação plena desta lei”, assinalou Sabbatella após o encontro que manteve com o funcionário guatemalteco da ONU na sede portenha da Afsca.

Durante a reunião com Sabbatella, La Rue voltou a expressar seu especial interesse na implementação da chamada “Ley de Medios” da Argentina.


Essa é uma lei muito importante. Eu a considero um modelo e a mencionei no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

E ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias é fundamental”, defendeu o relator da ONU após o encontro na Afsca.



Eu venho de um país multicultural, muito pequeno, mas com 22 idiomas indígenas, onde essa diversidade de meios e esse pluralismo de expressão, assim como o manejo dos serviços de comunicação audiovisual, desempenham um papel muito importante para garantir essa riqueza cultural”, disse o guatemalteco, para quem “neste sentido a lei argentina é realmente muito importante”.

Por sua parte, Sabbatella [foto ao lado] destacou ao término da reunião que “para os argentinos e as argentinas é um orgulho ter uma lei modelo e é extremamente importante o acompanhamento de Frank La Rue, uma pessoa que tem um forte compromisso com a liberdade, a pluralidade, a diversidade e a democratização da palavra”.

La Rue tem uma profunda valoração da lei e expressou em várias oportunidades a importância de sua aplicação. Contar com sua atenção sobre o andamento desse processo é fundamental”, acrescentou o titular da Afsca, destacando que foi discutida com o relator da ONU “a importância da aplicação da lei”.


O funcionário da ONU se mostrou interessado pelas medidas que a Afsca deve tomar no dia 7 de dezembro, quando vence o prazo fixado pela Corte Suprema para a medida cautelar com a qual o Grupo Clarín paralisou a implementação da lei, durante três anos, após sua aprovação no Congresso.


Assim como o cabo de guerra no Conselho da Magistratura, onde a oposição impede a nomeação de um juiz titular no tribunal que deve resolver a questão da inconstitucionalidade defendida pelo grupo quanto ao artigo 161 da lei, que obriga as empresas a abrir mão das licenças que superam o limite estabelecido pela nova legislação para evitar práticas monopólicas.

La Rue, que foi a Argentina para participar de um congresso mundial sobre direitos da infância em San Juan, também assinalou que logo após sua passagem pela Argentina visitará o Uruguai onde, destacou, “vem ocorrendo uma discussão parecida com a que ocorreu aqui (sobre a ‘ley de medios’ audivovisuais), mas ainda não foi aprovada a lei, o que eu gostaria muito que acontecesse”.


O relator da ONU também se mostrou disposto a promover fóruns em toda a América Latina para debater a lei implementada pela Argentina.

Fonte:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21094

sábado, 20 de outubro de 2012

A segurança das usinas nucleares europeias em xeque


 18/10/2012 - por Julio Godoy, da IPS (Inter Press Service)
- extraído do site Envolverde

Muitas centrais nucleares da Europa estão fora dos padrões mínimos de segurança.
Foto: Monica S/CC-BY-ND-2.0

Berlim, Alemanha, 18/10/2012

 A chamada “prova de resistência” realizada nas usinas nucleares da União Europeia (UE) confirmaram os piores temores de ambientalistas e opositores às centrais atômicas: que estas não cumprem os padrões mínimos de segurança.

Os testes realizados em 134 reatores nucleares em 14 países do bloco obedeceram à preocupação da população diante da possibilidade de um desastre como o ocorrido na central japonesa de Fukushima Daiichi, em março de 2011.


O informe assegura que “os cidadãos da UE devem ter confiança em que a indústria nuclear da Europa é segura”. Contudo, as conclusões do documento, apresentado no dia 4 em Bruxelas, sugerem o contrário, que os cidadãos da União Europeia têm muitos motivos para sentir medo. Apenas quatro países “contam com sistemas de segurança adicionais, independentes dos normais, localizados em áreas bem protegidas de fenômenos externos”, afirma.

O estudo também conclui que, “em quatro reatores (em dois países diferentes), os operadores têm menos de uma hora para restabelecer as funções de segurança em caso de falhas”. Além disso, “em outros dez ainda não há instrumentos sísmicos instalados no local”, acrescenta o documento.

Apenas sete países contam com um “equipamento móvel, em particular geradores a óleo combustível, necessários em caso de total falta de eletricidade, fenômenos externos ou acidentes graves”, alerta o estudo. Os ativistas questionam que os testes foram quase totalmente teóricos, e que suas conclusões e recomendações não foram legalmente vinculantes.

O próprio informe diz que “grupos de revisão principalmente compostos por especialistas dos países-membros visitaram 24 locais, dos 68 existentes, levando em conta o tipo de reator e sua localização geográfica.” Detalha também que “as visitas a cada país foram concebidas para consolidar a implantação dos testes de resistência, sem invadir as responsabilidades das autoridades nacionais em matéria de inspeções na área de segurança nuclear”.


A catástrofe de Fukushima, considerada a pior deste tipo desde o acidente de 1986 em Chernobil, na Ucrânia, provou que as centrais atômicas precisam estar protegidas contra os fenômenos considerados “altamente improváveis”.

Segundo a própria União Europeia, “o ocorrido em Fukushima revelou elementos muito conhecidos e recorrentes: projetos ruins, sistemas de apoio insuficientes, erros humanos, planos de contingência inadequados e falta de comunicação”.

Os testes de resistência apenas confirmaram o que organizações ambientais e contrárias à energia nuclear temem há anos. Agora, aproveitam as conclusões do estudo para reclamar sua eliminação gradual do continente.

Tobias Muenchmeyer, especialista do escritório alemão do Greenpeace, declarou à IPS que “os testes de resistência confirmam que os sistemas de alerta são insuficientes e que a aplicação das diretrizes em caso de acidentes graves também o é. Nessas situações, as usinas devem ser fechadas. Os testes constituem um sinal de alarme para a eliminação gradual das usinas nucleares em toda a Europa”.



Segundo outros ativistas e dirigentes políticos, pelo menos as conclusões da avaliação devem levar ao fechamento imediato de todas as centrais nas regiões fronteiriças, nas quais os acidentes não teriam impactos apenas na população e no meio ambiente locais, mas também em regiões externas e em seus cidadãos. Tais medidas afetariam instalações de Bélgica, Bulgária, Eslováquia, França, Holanda, Hungria, República Checa e Romênia.

Johannes Remmel, ministro do Meio Ambiente do estado alemão de Renânia do Norte-Westfalia, disse aos jornalistas que todas as centrais nucleares deficientes instaladas nas regiões de fronteira da Europa deveriam ser fechadas ou, pelo menos, não funcionarem após sua “vida operacional”. Segundo Remmel, “um acidente com vazamento radiativo afetaria as populações de vários países”. Ele se referiu em especial às centrais belgas de Tihange e Doel, consideradas particularmente frágeis e localizadas, respectivamente, a 60 e 120 quilômetros do território alemão. Houve reclamações semelhantes na Áustria pelas usinas nucleares de Eslováquia e República Checa.


Os testes de resistência lançaram luz sobre o alto preço que as centrais atômicas podem ter. Contudo, a UE assegurou que “os países participantes começaram a tomar medidas para melhorar a segurança de suas usinas nucleares."

O custo para melhorar a segurança iria de US$ 39 milhões a US$ 258 milhões para cada um dos 132 reatores existentes. Os números se baseiam em estimativas da autoridade de segurança nuclear francesa, que cobre mais de um terço dos reatores da UE e estão sujeitas a confirmação pelos planos nacionais de ação.

Jo Leinen, ex-ministro do Meio Ambiente do Estado alemão de Sarre, considera que poderia ser feito melhor uso desse dinheiro. “Ou a UE e seus membros investem para melhorar as usinas nucleares a fim de torná-las mais seguras, ou as fecham”, disse à IPS o atual deputado do Parlamento Europeu. “Se as melhoras custam, realmente, US$ 32 milhões no total, seria melhor investi-los em fontes alternativas de energia”, ressaltou.


Fukushima também fortaleceu a oposição popular à energia nuclear no mundo. Enquanto isso, numerosas centrais em construção, como Olkiluoto 3, na Finlândia, e Flamanville, na França, incorrem em custos elevadíssimos.

Agora, os testes de resistência feitos pela UE acrescentaram outra pedra no sapato da energia nuclear.

O crescente peso das fontes renováveis na geração de eletricidade revela que é possível e factível um mundo sem energia nuclear, a qual, por outro lado, diminuiu de forma regular em relação ao máximo histórico de 17%, em 1993, para 11% no ano passado.

Envolverde/IPS

Fonte:
http://envolverde.com.br/ips/inter-press-service-reportagens/a-seguranca-das-usinas-nucleares-europeias-em-xeque/?utm_source=CRM&utm_medium=cpc&utm_campaign=18

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Al-Qaeda - a hora e a vez da Rússia

17/10/2012 - “Blitzkrieg da Al-Qaeda”: Terrorismo ocidental contra a Rússia 
- em 01/09/2012, no Global Research, por Tony Cartalucci
- Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu para a redecastorphoto
“O truque jornalístico-propagandístico é entregue a profissionais (...). E a imprensa-empresa – Reuters, CNN, BBC e outras – põe-se a “noticiar” que “jovens éticos” opõem-se à corrupção.
A corrupção é apresentada como se fosse criação exclusiva do governo a ser derrubado; como se não houvesse jamais havido corrupção em outros governos.
Na verdade, é corrupção que só muito seletivamente atrai a atenção das agências de notícias, da mídia-empresa em todo o mundo e do Departamento de Estado dos EUA...”
O título e a matéria aí vão, para que todos vejam, porque é preciso ver para acreditar

Trata-se de artigo publicado na revista Foreign Policy, sob título de, literalmente, “Dois vivas aos islamistas sírios”[1]. O autor, Gary Gambill, vem do Fórum do Oriente Médio [orig. Middle East Forum] que reúne os mais dedicados neoconservadores fabricadores de guerras, como Daniel Pipes, e propagandistas também dedicados do mais ensandecido e furioso islamofobismo, como Robert Spencer. Agora que o ocidente está aliado a “islamistas” (aliou-se à Al-Qaeda), todos esses especialistas e jornalistas propagandistas já começaram a propagandear diretamente o terror, defendendo a causa dos terroristas na região do Cáucaso, na Rússia.

Embora tenha havido época em que os EUA fingiam solidariedade ao governo russo, que combatia grupos afiliados à Al-Qaeda que promoviam ataques terroristas nas montanhas do Cáucaso, no sul da Rússia – além de ataques por todo o país, inclusive em Moscou –, informações recentes [2] mostram que os EUA estão hoje apoiando clandestinamente aqueles mesmos terroristas, nas mesmas áreas.


Assim como os EUA criaram, financiaram, armaram e dirigiram a Al-Qaeda pelas montanhas do Afeganistão nos anos 1980s, os EUA hoje estão financiando, armando e dirigindo a Al-Qaeda, da Líbia para a Síria, e na Rússia.

Os EUA tentam hoje minar e desestabilizar a ordem política na Rússia. 

Recentemente houve provas de que o Departamento de Estado dos EUA está interferindo pesadamente na política russa [3]. Desde financiar a empresa GOLOS [4], de monitoramento de eleições e dita empresa “independente”, e que tentou apresentar as eleições na Rússia como “fraudadas”, até protestos de rua coordenados por membros da oposição que são pagos pelos EUA (muitos desses “membros da oposição” foram apanhados literalmente “com a mão na massa”, dentro da embaixada dos EUA em Moscou [5]), os EUA estão muito visivelmente empenhados em minar e desestabilizar a ordem política na Rússia.



O recente golpe de propaganda operado pelo grupo Pussy Riot” [Agito das Bucetas[6] também foi instrumentalizado pela oposição financiada pelos EUA, além de “repercutido” pelos mesmos agentes, patrocinadores ocidentais e toda a imprensa-empresa ocidental.

Enquanto essas ações apresentadas como o "o poder suave” [orig. soft-power] seguem seu curso e vão operando os efeitos para os quais foram concebidas, por outra via, essa nada soft, os EUA vão promovendo o ressurgimento do terrorismo no Cáucaso russo [7] – e terrorismo que, com certeza, será encaminhado para respingar por todo o país. O que os fatos começam a mostrar é que muitos dos centros de reunião e organizações de militantes chechenos foram fronts de propaganda subsidiadas, de fato, pelos EUA.

A imprensa-empresa global dá os primeiros passos na direção de “reciclar” o terrorismo.

Como foi feito na Síria, onde terroristas vindos de vários pontos foram e ainda são apresentados mentirosamente pela imprensa-empresa do ocidente como “o povo sírio”, “combatentes da liberdade” e “lutadores democráticos”, a mesma imprensa-empresa já começa a operar para “limpar” os vários grupos terroristas que já estão em ação nas montanhas do Cáucaso russo.



A Agência Reuters, por exemplo, dizia em matéria recente: “Brutalidade e fúria do governo Putin alimentam a jihad no Cáucaso russo” [8]. Era a senha, para o início de fogo cerrado de propaganda para implantar na opinião pública um específico conjunto de “causas” da violência na região.

Em tom que muito se assemelha ao dos press-releases distribuídos pelo Departamento de Estado, a matéria diz que os chechenos estão “fartos da corrupção governamental” e querem mudanças “semelhantes às que se viram ano passado na revolução egípcia”.

O que a Reuters não informa é que a “revolução egípcia do ano passado” já está convertida, esse ano, em nova ditadura, dessa vez da Fraternidade Muçulmana, que já começou a atacar liberdades civis e que apóia as aventuras de intervenção de Wall Street e Londres [9].

Como no caso da Síria, quando somos repetidamente “informados” de que a revolução rejeita “principalmente” o extremismo sectário, a agência Reuters tenta agora implantar na opinião pública também a ideia de que a violência na Rússia exibiria traços “religiosos”.

Na mesma operação de propaganda, somos também apresentados a Doku Umarov, o qual, diz a Reuters, seria “líder de movimento clandestino para criar um Emirado na região do Cáucaso”.

Outra vez, o que a Reuters não informa é que, segundo relatórios da própria ONU, Umarov é associado à Al-Qaeda (o que se lê na página da ONU, “QI.U.290.11. DOKU KHAMATOVICH UMAROV”):

"Doku Umarov esteve diretamente envolvido na organização de vários grandes atos terroristas: a captura de áreas residenciais dos distritos de Vedenski e Urus-Martanovski da República Chechena da Federação Russa (agosto 2002); sequestro de funcionários do Gabinete do Procurador
Geral da República Chechena (dezembro de 2002); e explosão do prédio onde operava o Departamento do Serviço de Segurança Federal Russa
para a República da Ingushetia, na cidade de Magas, e de dois trens em Kislovodsk (setembro de 2003). 

Foi dos principais organizadores do ataque contra a Ingushetia, por militantes, dia 22/6/2004, um ataque em Grozny, dia 21/8/2004, sequestro com reféns em Beslan, dias 1-3/9/2004 e ataques terroristas contra estações de metrô em Moscou dia 29/3/2010."
Umarov e os terroristas do grupo sob seu comando, que estariam – como a Reuters insiste em repetir – em luta santa, numa Jihad, não passam, na verdade, de terroristas associados à Al-Qaeda. Não são, de modo algum, "combatentes da liberdade”. São terroristas, cuja causa e cujos métodos 
são absolutamente injustificáveis.



O principal centro de organização e propaganda de Umarov, esse “Bin Laden russo”, o conhecido Kavkaz Center, foi criado e mantido pelo Departamento de Estado dos EUA; e outros programas norte-americanos, como a Sociedade de Amizade Russo-chechena, são financiados pelo programa National Endowment for Democracy (NED), do governo dos EUA.

Hoje, esse programa NED trabalha para derrubar o governo sírio. E ajudou a divulgar também, em todo o mundo, a “Operação Pussy Riot” [Operação Agito das Bucetas], na qual a manifestação de um grupo de performers russas foi cooptada e usada como ação de propaganda anti-Putin, em todo o planeta. (...)

A Agência Reuters trabalha também para implantar a ideia de que haveria militantes armados em levante contra o governo russo; tudo é feito para implantar na opinião pública mundial a ideia de que os russos estariam começando a recorrer ao terrorismo, por falta de melhor via de luta. Mas, paradoxalmente, a Reuters escreve, na mesma matéria, que os terroristas têm atacado também grupos de muçulmanos locais na Rússia, os quais, diz a Reuters, seriam “apoiados pelo governo russo”.

A verdade é que essa militância liderada pela Al-Qaeda está tentando implantar-se em toda a região do Cáucaso, por doutrinação religiosa ou por ataques contra e assassinato de moradores da região. E esse é, precisamente, o modo como opera o imperialismo nessa região do mundo, apoiado, aqui, por EUA e Arábia Saudita. Em todos os tipos de noticiário que a Reuters distribui, o “culpado” de todos os crimes sempre é o governo Putin... 

Não os EUA ou os sauditas.

Rússia: Como a oposição financiada pelo Departamento de Estado dos EUA uniu-se aos terroristas armados pelos sauditas



Tudo começa na obcecada oposição que o ocidente faz à volta do presidente Putin ao poder na Rússia.
Sobre isso ver:
- 8/3/2012, redecastorphoto em: “Entra Vlad, para ENLOUQUECER Washington”, Pepe Escobar, Asia Times Online, em português;
 
- 9/5/2012, redecastorphoto “O poder do PUTINATOR”, idem, ibidem, em português
O ocidente não admite a ideia de que Putin encontre espaços para promover mudanças que levem a ampliar ou a gerar estabilidade, social, econômica e geopolítica na Rússia – e que não sejam mudanças absolutamente alinhadas e subordinadas ao que estabelece o “consenso” Wall Street-Londres. Então, o ocidente decidiu que, em vez de expor-se ao mundo na ação de oposição a um governo russo não completamente alinhado, inventaria e construiria (na mídia e no mundo real) uma militância mercenária armada...



As ações dessa militância armada, “noticiada” pela imprensa-empresa alinhada e subordinada ao eixo” Wall Street-Londres, implantariam na opinião pública a ideia de que Putin governa nação em crise, em surto grave de instabilidade social.

A ferramenta que volta a ser usada agora é a mesma que os EUA usaram nos anos 1980s no Afeganistão: terroristas pagos por EUA-sauditas, doutrinados no sectarismo mais extremista, armados até os dentes e “liberados” para espalhar atraso e destruição contra todos os que se oponham às políticas ocidentais para o Oriente Médio. (...)

De fato, os movimentos no Afeganistão nos anos 1980s e na Rússia em 2012, nada têm em comum... além dos apoiadores (EUA-Sauditas) e dos terroristas que aqueles apoiadores apoiam: a Al-Qaeda.

E, como também já foi feito no Afeganistão, o truque “propagandístico” é entregue ao trabalho de profissionais. Os representantes e agentes clandestinos abrigados na embaixada dos EUA aproximam-se e misturam-se com os militantes chechenos. E a imprensa-empresa – Reuters, CNN, BBC e outras – põe-se a “noticiar” que “jovens” opõem-se à corrupção, à opressão, apresentadas como se fossem criação exclusiva do governo de Putin e não houvessem jamais acontecido em outros pontos do mundo, sem que, por existirem, tivessem algum dia atraído qualquer simpatia do Departamento de Estado dos EUA ou dos sauditas ou da agências ocidentais de “notícias”.

Abrindo caminho para as hordas de terroristas: da Líbia às montanhas do Cáucaso
A criação de uma frente unida contra o Irã foi o objetivo imediato da Primavera Árabe. Agitou e desestabilizou o Mundo Árabe, depôs governos nacionalistas, substituindo-os por clientes obedientes do Ocidente. A Tunísia, a Líbia e o Egito são hoje governados por representantes procuradores diretos da política exterior dos EUA; enquanto Síria, Líbano e Irã são deixados sós para enfrentar terroristas estrangeiros alimentados por governos sectários extremistas que emergem em toda a região.

Al-Qaeda-no-Magheb (AQUIM) do norte do Mali; LIFG da Líbia; Fraternidade  Muçulmana do Egito; e com apoio de Arábia Saudita, Israel, Qatar, Turquia e outros – convergem todos contra a Síria e, depois, contra o Irã. Caso Síria ou Irã caia, no confronto contra brigadas terroristas financiadas

pelo ocidente, e se o ocidente conseguir usar os curdos na Turquia e norte do Iraque para criar uma ‘linha de condução’, estará aberto caminho
diretamente até as Montanhas do Cáucaso russo e, de fato, estará aberto caminho para atacar diretamente Moscou. Nações que apareçam no
caminho dessa horda, inclusive a Turquia e a Georgia, arriscam-se a acabar empurradas para um conflito difícil e caríssimo para elas. Outras nações que, hoje, estão expostas ao grave risco de serem atacadas pelo terrorismo apoiado pelo ocidente são Argélia, Paquistão e China.



A Líbia já está convertida em paraíso seguro para a Al-Qaeda, hoje um campo de treinamento gigante para grupos terroristas, abastecido incansavelmente pelas armas da OTAN, além de dinheiro e combatentes treinados, que se vão concentrando nas fronteiras dos estados inimigos do Ocidente. A Síria já enfrenta o que já é, na essência, invasão militar comandada por terroristas líbios, facilitada pela OTAN, especificamente pela Turquia e por países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), especificamente Arábia Saudita e Qatar.

No caso de a Síria, o Irã ou ambos caírem, e de o ocidente conseguir implantar uma região controlada por militantes armados e servidores do ocidente, militantes de todo o Mundo Árabe poderão ser treinados do Mali à Líbia, Síria e Curdistão, com armas e suprimentos que lhes chegarão de todos os pontos aí compreendidos e canalizados todos para a mesma direção, através das Montanhas do Cáucaso e contra a Rússia.



A Turquia, é claro, será a principal perdedora, escolhida, como parte do Curdistão, para integrar a linha de transmissão do “projeto” – um gambito que o atual primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdoğan [foto ao lado] ao mesmo tempo conhece e ao qual se mostra ardilosamente indiferente – na direção que mais interessa à elite de Wall Street-Londres, e em detrimento da Turquia e de seu futuro de curto prazo.

Embora esse gambito pareça difícil de conceber e mais ainda de executar, não se pode esquecer que a Primavera Árabe e a subsequente violenta subversão da Síria estavam já planejadas desde 2007-2008, para, como consequência indireta, minar o Irã – sempre o Irã, o eterno inimigo. Não é difícil compreender que esse gambito é parte de uma estratégia maior que está sendo maquinada desde 1991, orquestrada por estrategistas norte-americanos que comparam a geopolítica e o mapa do mundo a um “Grande Tabuleiro de Xadrez”.



Não há melhor modo para controlar os vastos recursos, a geografia e as populações da Eurásia e além, do que entregar tudo – norte da África, Oriente Médio e Eurásia a governos medievais, comandados por conspiradores que agirão como um só corpo com os financistas ocidentais, ao mesmo tempo em que manterão as populações paralisadas pelo medo e pela ignorância.

Perpetuar a Al Qaeda em todo o mundo em desenvolvimento habilita o ocidente a impor medidas cada vez mais repressivas draconianas também em casa, minando assim qualquer tentativa também das populações ocidentais para construir autonomia e independência econômica.


O resultado é hegemonia global não contestada e controle autoritário nos respectivos países, com as populações submetidas às maquinações e planos de ditadura científica, que tem raízes no eugenismo hitlerista e na ideologia malthusiana – e que é pautada para a sociedade, incansavelmente, pela imprensa-empresa.

Notas de rodapé
[1] 23/8/2012, Foreign Policy, Gary Gambill em: “Two Cheers for Syrian Islamists

[2] 22/8/2012, Land Destroyer Report, Eric Dreitser em: “BOMBSHELL: US Neo-Cons, State Department Behind Terror Wave in Russia

[3] 6/5/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “West Undermines Putin's Return to Power in Russia”.

[4] 4/12/2011, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “BOMBSHELL: US Caught Meddling in Russian Elections!”.

[5] 6/5/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em:  “Unbelievable: Russian Opposition's Confab At US Embassy”.

[6] 5/8/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “Who or What is Russia's ‘Pussy Riot’?

[7] Idem Nota [2]

[8] 31/8/2012, Reuters, Alissa de Carbonnel em: “Insight: Brutality, anger fuel jihad in Russia's Caucasus

[9] 13/8/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em:  “West Celebrates as Dark Age Descends over Egypt”.

Fonte:
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/10/blitzkrieg-da-al-qaeda-terrorismo.html