Laerte Braga
Suponha que numa escola a professora pergunte a seus alunos qual o nome do governador do extinto estado do Espírito Santo e um aluno ou aluna levante o dedo e responda – Renato Casagrande.
Errado. Renato Casagrande ocupa o palácio do governo nominalmente, o capataz da propriedade de empresas – falo do extinto estado – como ARACRUZ, SAMARCO, VALE e outras menores é Paulo Hartung. Tem o controle da máquina estatal e daquele que é tido como governador (marionete). O vice então, via de regra é conhecido como clássico “pamonha”.
Há cerca de três semanas a organização terrorista que sustenta esse braço das empresas – o que chamam governo estadual – me refiro à uma pseudo instituição chamada Polícia Militar, desocupou uma área onde moravam centenas de pessoas, através de uma operação de guerra digna de qualquer ação de forças de maior porte como as da OTAN, por exemplo, ao bombardear e matar civis na Líbia.
Num protesto contra o aumento das passagens dos transportes coletivos a mesma organização terrorista espancou, barbarizou e prendeu estudantes e cidadãos sob o olhar complacente do “pamonha” que no papel é o vice-governador do extinto estado estava posto em cadeira de “governador” (pertence ao PT e chama Givaldo sei lá das quantas), já que o laranja que ocupa o cargo – de mentirinha – estava em vilegiatura por outras plagas.
Máfias de um modo geral, as clássicas, onde existe ainda um pingo de dignidade, honra, leis próprias de respeito, etc, escolhem lugares paradisíacos para suas “convenções” (máfias empresariais, financeiras e políticas não têm noção do que seja isso, nunca ouviram falar, as do Espírito Santo estão na Idade da Pedra, é só conversar com um deputado qualquer do PT do extinto estado. Vai precisar de um especialista para entender linguagem de hienas).
Tais convenções, há um filme clássico com Marilyn Monroe – QUANTO MAIS QUENTE MELHOR, do excelente diretor Billy Wilde – que mostra como funciona esse “esquema” de convenções. Uma divisão dos negócios lucrativos no mundo do crime.
No extinto estado do Espírito Santo existe uma ONG – praga de um modo geral – chamada ESPÍRITO SANTO EM AÇÃO. Funciona financiada por grandes empresas e bancos, tem o apoio da gerência que chamam de governo do estado como se isso ainda existisse e a garantia das hordas de bárbaros que chamam de Polícia Militar para enquadrar aqueles que não paguem a “proteção” em dia.
Em curso no Brasil um trem chamado reforma política, ou reforma eleitoral (são coisas distintas, mas interessa às máfias misturar tudo). Gera pavor nas elites políticas de um modo geral, as oligarquias tipo Sarney, as famílias que controlam a política em Minas (Azeredo, Neves, etc), noutras plagas deste imenso Brasil. Em se tratando do extinto Espírito Santo então, pânico nas máfias que operam disfarçadas de bancos, de grandes empresas promotoras do progresso (A ARACRUZ por exemplo desmata sem qualquer controle e depois patrocina um seminário de defesa do ambiente, tal e qual Capone fazia em Chicago. Matava e depois mandava presentes de natal para as famílias das vítimas ou promovia o natal dos pobres) e lógico, na classe política subordinada a essa gente.
Como a deputada Rita Camata iria construir uma casa modesta de um quarteirão inteiro numa Ilha vigiada pela PM a fim de que não sejam molestados esses abnegados defensores do povo (Os Camata, ela e o ex-marido Gérson são sócios de Aécio Neves em pesquisas genéticas), se não fosse essa “preocupação patriótica” com as organizações mafiosas da “fazenda”?
Vai daí que decidiram fazer uma “convenção” em Vitória, capital do antigo estado. TRE – TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL – um resquício dos tempos de coronéis, de ditaduras, justiça eleitoral é um adereço desnecessário à democracia, a ONG ESPÍRITO SANTO EM AÇÃO, tudo financiado por bancos, ARACRUZ, VALE, SAMARCO, etc, sem povo para sujar o piso, melar as mãos em refinados salgados e doces de lanches britânicos, etc, tudo para discutir a tal reforma, mas de um jeito que nada mude. Permaneçam intocados os cartórios dessas quadrihas.
Arranjaram um marqueteiro pilantra que chamou o negócio de FÓRUM NACIONAL DA REFORMA ELEITORAL.
De quebra levam o apoio do jornal A GAZETA (é uma rede, anomalia monopolista que existe no Brasil e retransmite a doença GLOBO para todos os cidadãos que se aventurem a sintonizar o canal ou ler o jornal). O diretor/dono da dita quando instado a denunciar as condições sub-humanas dos presídios no Espírito Santo, o feitor ainda era Paulo Hartung e essas condições foram observadas pela ONU e condenadas internacionalmente, respondeu assim ao dizer que não noticiaria – “boa sorte com a mídia nacional e internacional, aqui mandamos nós” Um criacionista o chamaria de Caim, um evolucionista de Ornitorrinco (um ser incompleto, nem mamífero, nem ovíparo, mas canalha, só isso)
Estudantes da UFES – UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – e cidadãos indignados com a presença de mafiosos de grande calibre em sua cidade, Michel Temer, José Sarney e outros, resolveram exercer o direito constitucional de protestar contra o processo que vitima o Espírito Santo.
Foram para o local manifestar o descontentamento.
De imediato a Polícia Militar foi orientada a sentar a borduna, baixar o cacete, prender e arrebentar, especialidade dessa organização terrorista, onde vociferar é a língua mater. E bombas com gás de pimenta é tratamento que aplicam sem a menor piedade ou respeito por nada que não seja o prazer doentio da violência
E o fez com esse incrível prazer que a barbárie desperta em sádicos e boçais.
Como é que pode estudantes e cidadãos dignos não compreenderem os elevados desígnios das máfias? Organizações voltadas para o progresso (deles), o bem estar (deles) e que segundo o paladino da ARACRUZ Antônio Ermírio de Moraes, trazem o progresso? Cidades inteiras estão sendo dizimadas por tal progresso predador. Praias e reservas florestais destruídas por esse tipo de gente, criminosos lato senso.
A histórica praia onde o padre José Anchieta escreveu seu poema a Maria já não existe mais. O progresso da ARACRUZ ou outra similar chegou e se instalou.
Os protestos dos estudantes e cidadãos dignos refletem a aspiração popular de reconstruir o estado do Espírito Santo, tirando-o das mãos de criminosos (meio tribunal de justiça foi preso numa operação da Polícia Federal ano passado). Refazer a história do Espírito Santo segundo a vontade popular e com ampla participação popular.
Sem políticos como Casagrande, como Hartung, como o tal Givaldo, sem dirigentes petistas convocando o povo – é de matar de rir – para o debate, sem figuras execráveis como Gerson Camata, ou João Coser o prefeito da capital e novo milionário desde que assumiu o cargo, enfim, livrar o território das máfias canalhas e reerguer as tradições de gente brava e corajosa na defesa da liberdade e dos compromissos com o progresso como sinônimo de bem estar coletivo, respeito ao ambiente, nunca de privilégios como acontece. Tomar a história nas mãos sem intermediários.
Há um detalhe importante em tudo isso. O protesto corajoso e digno dos estudantes e cidadãos, a despeito da boçalidade da organização terrorista PM, uma anomalia num estado democrático, mais cedo do que se imagina, vai eclodir por todo o País.
Os brasileiros estão percebendo que o nosso Brasil está sendo transformado em grande território de máfias internacionais associadas a máfias nacionais, numa cumplicidade vergonhosa e já começam a sentir que o governo Dilma Roussef está mais para Michel Temer e José Sarney que qualquer outra coisa.
São protestos que devem ser apoiados em todo o País, mesmo que a mídia que janta com Hilary Clinton e recebe desses bandidos para definir o cidadão como idiota – “nosso telespectador é como Homer Simpson”, frase do robô William Bonner ao referir-se aos que assistem o JORNAL DA MENTIRA, que chamam de JORNAL NACIONAL – não os noticie, ou então noticie de forma deturpada chamando estudante e trabalhadores de “baderneiros”, como se fazia no tempo da ditadura militar.
Que venham esses “baderneiros”, bem vindos, para que o País possa acordar, levantar e caminhar, para varrer com essas máfias e seus integrantes.
É essa a lição maior dos estudantes do Espírito Santo, dos cidadãos honrados que não se curvam a quadrilhas financeiras, empresariais e políticas.*PS - Os bandidos cancelaram o seminário diante da indignação popular. Na noite de quarta-feira o vice-presidente Michel Temer quando viu o protesto cancelou sua fala e deixou o Espírito Santo na manhã de quinta-feira deixou Vitória. Os mafiosos do Espírito Santo, neste momento, vivem uma guerra de quadrilhas para definir quem é culpado de tanta lambança e canalhice.
Construir a cidadania a partir do exercício do direito de todos a expressão, comunicação e informação
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Espírito Santo - o exemplo dos estudantes e cidadãos honrados*
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