Laerte Braga


O ministro das Ciências e Tecnologia Aluísio Mercadante precisa vir a público confirmar ou desmentir as notícias que correm soltas as negociações para que o governo dos EUA alcancem, finalmente, a Base de Alcântara.

O assunto não é pacifico na sociedade brasileira, pelo contrário e muito menos nas forças armadas.

Houvesse o mínimo de empenho dos três últimos presidentes FHC. Lula e Dilma (em menor proporção evidente, três meses) e a Marinha do Brasil já teria colocado em águas brasileiras submarinos movidos a energia nuclear com tecnologia inteiramente nacional e indispensáveis à proteção da costa e do mar territorial do País.

Não tivessem sido sucateadas IMBEL e ENGESA e seríamos hoje um dos grandes produtores de armas com tecnologia de ponta possibilitando ao Exército nacional condições de garantir a integridade do território brasileiro, a assegurar a nossa soberania.

E não tivesse sido privatizada a EMBRAER – americanos têm o poder de veto em qualquer iniciativa da empresa – os projetos de desenvolvimento de um caça brasileiro estariam em fase final.

Não haveria essa chantagem feita ao governo Dilma (foi feita a FHC e Lula e nenhum dos dois decidiu coisa alguma, empurraram com a barriga) para a compra de aviões caças fabricados pela BOEING, sem transferência de tecnologia chave, o que, na hipótese da compra, vai nos colocar à reboque dos norte-americanos. Força aérea no chão.

Fossem os governos anteriores comprometidos com a importância do processo democrático em seu todo e teriam aberto os baús da ditadura militar no Brasil, revelando as sombras e trevas das operações de prisões, tortura, estupros, assassinatos e ligações com outras ditaduras (Operação Condor) e por esse motivo teríamos tido oportunidade de reconstruir a força armada e termos de brasileira, sem esse viés golpista que permanece (enfraquecido, mas permanece) e submissa, em sua esmagadora maioria, aos EUA.

O fato do coronel Brilhante Ulstra ter prendido, torturado, estuprado, assassinado presos políticos indefesos, companheiros de farda (caso do major Cerveira), não o transforma num patriota e muitos menos obriga a força armada a proteger um criminoso.

E como ele muitos outros.

Somos um País incompleto, um ornitorrinco como afirma o notável Chico Oliveira, em tudo e por tudo.

Uma criatura estranha, exótica, que não evoluiu e quando algum espaço é conseguido logo vem uma presidente disfarçada de progressista comer o mingau pelas beiradas para negociar um tratado limitado (mas nocivo) de livre comércio com a maior potência terrorista do mundo, os Estados Unidos.

Não há conluio e nem se presta aos propósitos da mídia privada, golpista e mentira, criticar Dilma Roussef. Ou Lula.

É aquele negócio de marchar. Você marcha para não pensar, disciplinadamente. Se parar e olhar para o céu, ai dana tudo, começa a pensar e dá um nó danado até encontrar o caminho e ver que não é nada disso, ou daquilo.

É lógico que Lula não iria criticar a presidente num seminário em Montevidéu, Uruguai, pois, entre outras coisas, não é louco e conhece as regras mínimas de ética política.

Se tiver alguma pretensão para o futuro sabe que vai ter que disputar com o PT chapa branca, ávido de cargos, setoriais, etc, do contrário vira de fato reserva moral do partido e do País.

Cada vez mais o PT é o PSDB preferido dos grandes empresários, do latifúndio e dos banqueiros. Perguntem ao Aécio se estou errado?

Sobra o Bracarense para a revolução (aliás, o Bracarense não tem nada com isso).

Vem aí o novo Código Florestal patrocinado pelo deputado Aldo Rebelo, um dos executivos de PC do B S/A

Tem muita coisa debaixo dessa moita e chapa branca pode ter muitos significados. O do soldado que não enxerga patavina da realidade ou daquele agregado ao poder e dono de mesa, carimbo, clips, e um telefone com a presunção que conduz um processo revolucionário sem perceber que a sede é, agora, em Washington.

Ou como disse a embaixadora do Brasil na Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, “as pessoas precisam perceber que a política externa mudou”. Claro, a ordem no Itamaraty de Anthony Patriot é andar descalços para prevenir e evitar demora naquele negócio de encosta na parece com os braços para cima e abra as pernas.

Mercadante, Pimentel, Lobão (esse está acostumado a isso, faz qualquer negócio pelo poder) e Manteca, além do presidente do Banco Central comem uma omelete diariamente e telefonam para a titular da receita para dizer que estão plenos de saúde.

O problema todo é que como disse Celso Amorim, os “americanos têm mania de querer resolver os problemas do mundo como se fossem cowboys”.

Aí, o dia que John Wayne chegar aqui e montar xerifado nas imediações do Planalto acabou.

Passa que nem trator em cima da moita.

E olha que o presidente do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A não é Bush. Mas já chegaram ao sionista que presidente o STJ – Superior Tribunal de Justiça – através de um acordo pronto e acabado para preservar a propriedade privada.

O Congresso nada. Está de olho naquele negócio de lista fechada, de preferência sem participação popular, a partir de iluminados e sábios, uma tal lista que mantém intocados os privilégios até de múmias milenares como José Sarney.

E traz de volta alguns desesperados que no momento estão fora do palco, mas loucos para protagonizarem outras tragédias.

Aí é aquele história. O cavalo de John Wayne esta acostumado a disparar e pular o abismo caindo do outro lado sem problemas, num ufa da platéia. Pára, dá dois passos para trás, se é que cavalo dá passos e salta.

Os nativos não. Estamos voltando ao estágio de produtores e exportadores de matéria prima, sob a batuta e o chicote da MONSANTO. E o PAC é gerido por empresas que acreditam piamente que escravidão é progresso.

Não vai sobrar moita nem para esconder.

Estouro da boiada em plena extinta – nos próximos capítulos – selva amazônica.

A palavra guy com que Obama saudou Lula à época que era ele o presidente, pode se aplicar a Dilma também. É afago do cacique Aurora Radiante que, neste momento, se dedica ao esporte de eliminar – matar – líbios e em breve toma posse da nova Colômbia latino-americana.

Patriot vai abrir a porta do porto e esperar nas pedras pisadas por polacas e francesas.

Só que agora, com coturnos e numa babel de mercenários usados pelo conglomerado terrorista para assombrar nativos em qualquer parte do mundo.

As pedras terão sido “pedradas” pelos escravos. Uma hora para almoço com direito a tevê GLOBO no final de semana. Como dizia Sérgio Porto, “máquina de fazer doido”.

Você é linda menina, mas...

“Plus d’ question de phrases sobres/Ni dau Revolution d’Ocotobre/On n’en etait plus là/Finis le tombeau de Lénine/Le chocolat de chez Pouchkine/C’est c’etait loin déjá/.

É tudo da Nestlé e de gendarmes.

É moita demais.