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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Se os EUA não fizerem o que Israel diz que Deus disse... estamos fritos

22/04/2013 - Institute for Political Economy
- em 21/4/2013, por Paul Craig Roberts
- Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Os governos dos EUA estão em guerra há 11 anos.

Os militares norte-americanos destruíram o Iraque, deixando em ruínas o país e milhões de vidas, e abriram as porteiras do sectarismo sanguinário que o governo secular de Saddam Hussein mantivera bem contido.

Qualquer dia que se observe o Iraque hoje “libertado”, o número de mortos é maior do que durante o auge da tentativa norte-americana para ocupar o país.

No Afeganistão, depois de 11 anos de tentativas norte-americanas para ocupar o (outro) país, o sucesso é ainda menor que depois de uma década de tentativas soviéticas.

Os afegãos não se entregam, apesar de duas décadas de guerra contra duas superpotências.

Como os soviéticos, os norte-americanos também deram jeito de matar muitas mulheres, crianças e velhos, mas número bem menor de valentes combatentes, que continuam vivos.

Em lugar do governo fantoche dos soviéticos, há lá um governo fantoche dos EUA.

Só isso mudou, e o fantoche dos norte-americanos é ainda mais frágil que o fantoche dos soviéticos.


Na Líbia, Washington usou seus fantoches corruptos da OTAN e bandidos recrutados pela CIA para derrubar outro governo estável, de Muammar Gaddafi, e deixou a Líbia entregue à violência sectária.

Um país estável e próspero foi simplesmente destruído por governos ocidentais que muito falam sobre respeito aos direitos humanos e tanto condenam China e Rússia por não fazer o que eles fazem.


No Paquistão e no Iêmen, Washington mata civis, usando drones em ataques aéreos.

Paquistão e Iêmen são dois países com os quais Washington não está em guerra, mas cujos governos foram subornados para que dessem aos EUA direito de assassinar os paquistaneses e iemenitas e norte-americanos em seu território, para assim desestabilizar também os dois países.

E agora, na Síria, Washington está ocupadíssima destruindo mais um governo secular e estável, chefiado por um médico oftalmologista [ao lado] formado na Inglaterra.

Os 11 anos de agressão ilegal a países muçulmanos cometida por Washington – que configura crime de guerra, nos termos definidos pelo Tribunal de Nuremberg que condenou nazistas – resultaram em número muito maior de civis mortos que de militares mortos.

Resultaram também numa política doméstica, cá nos EUA, que já destruiu o Estado de Direito e todas as proteções constitucionais de que gozavam os cidadãos norte-americanos.

Washington e sua imprensa-empresa prostituída (presstitutes) vivem a repetir que esse seria o preço a pagar para salvar os norte-americanos dos ataques dos terroristas da al-Qaeda [emblema ao lado] – nenhum dos quais foi jamais encontrado ou preso em território dos EUA.

Submetido à agressão ininterrupta da propaganda com a qual Washington e seu Ministério da Propaganda “midiático” bombardeiam meus ouvidos e olhos há 11 anos, imaginem qual não foi minha surpresa, atônito e boquiaberto, ao ver duas manchetes justapostas:

Frente Al-Nusra jura fidelidade à al-Qaeda” (BBC) e

Movimento para ampliar ajuda aos rebeldes sírios ganha velocidade no Ocidente” (NY Times).

Frente al-Nusra, [acima] terroristas da al-Qaeda financiados pelos EUA na Síria

A Frente Al-Nusra é o principal grupo militarizado dos “rebeldes sírios” e jurou fidelidade ao mais mortal inimigo dos EUA – a al-Qaeda de Osama bin Laden.

Parem as máquinas!
O governo dos EUA jurou a nós, cidadãos, durante 11 anos, que estava torrando trilhões de dólares em guerras e mais guerras para proteger os norte-americanos contra os ataques da al-Qaeda.

Em nome disso, destroçaram a assistência social, Social Security, Medicare, toda a rede de seguridade social, o valor de câmbio do dólar, a avaliação do valor de câmbio dos papéis do Tesouro Norte-americano e todas as nossas liberdades civis.

TUDO, para salvar os EUA, dos ataques dos terroristas da al-Qaeda.

Assim sendo... por que, agora, Washington está apoiando a mesma al-Qaeda que trabalha para derrubar um governo secular não islamista na Síria, o qual nunca, em tempo algum, ameaçou, nem de longe, os norte-americanos!?

Duas presstitutes do The New York Times, Michael R. Gordon e Mark Landler, encarregaram-se de elevar a organização terrorista al-Qaeda ao status de “oposição síria”.

Numa reunião-almoço, reunida com esse fantoche de Washington, o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague [abaixo], e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry [ao lado], a “oposição síria” – quer dizer: a al-Qaeda – “solicitou” jatos bombardeiros e armamento antitanques.

Um alto funcionário norte-americano esclareceu que “nossa ajuda está em trajetória ascendente. O presidente Obama ordenou que sua equipe de segurança nacional identifique outros meios pelos quais possamos ampliar nossa ajuda” (à al-Qaeda!).

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou um “pacote de ajuda para defesa”, no valor de $123 milhões, para a “oposição síria” (hoje comandada pela al-Qaeda!).

Washington já enviou $117 milhões em “alimentos e suprimentos médicos e hospitalares” para a “oposição síria”; e ordenou que seus fantoches no Oriente Médio mandem armas.

Observem o duplifalar orwelliano: os EUA estão fornecendo armas a uma força terrorista estrangeira, para que destrua um governo secular e uma população inteira com os quais os EUA não estão em guerra; e a isso se dá o nome de “pacote de ajuda para defesa”.

Dia 11/4, o jornal Le Monde, do establishment francês, noticiou que a Frente al-Nusra afiliada à al-Qaeda é a força militar que domina a “oposição síria”, não algum grupo de democratas revolucionários.

Apesar disso, os fantoches de Washington, França e Grã-Bretanha, estão empurrando a União Europeia para que também forneça armas à tal “oposição síria”, quero dizer, à al-Qaeda.

E o senador John McCain [ao lado] quer que os EUA ataquem diretamente o governo Sírio (bombardeio aéreo, é o que ele quer), apesar de os EUA não estarem em guerra contra a Síria, porque o senador McCain acha imprescindível que os EUA ajudem a al-Qaeda a assumir o governo por lá.

Simultaneamente, os xiitas islamistas, aos quais os EUA entregaram o controle do Iraque, anunciaram que se aliaram às forças de al-Qaeda-EUA (?!), interessados em também radicalizar e fundamentalizar a Síria.

Os números mais recentes da ONU indicam que os ataques contra a Síria organizados por procuração pelos fantoches de Washington já mataram 70 mil pessoas.

Mas os norte-americanos só pensam nas bombas da Maratona de Boston, que mataram três pessoas.

Mais uma vez “a única nação indispensável” está levando morte e destruição a um país inteiro... talvez para oferecer “liberdade e democracia” a pilhas de cadáveres.

Nenhum sírio jamais pediu para ser assim “libertado” da própria vida.

Americanos, orgulhem-se!

Estamos cumprindo nosso dever com nossa arrogante hegemonia sobre o mundo e também nosso dever com Israel, que já alugou o governo dos EUA.

Temos todo o direito de nos impor como potência hegemônica no planeta Terra, passando pelo Mar Mediterrâneo. Portanto... Washington tem todo o direito de destruir a Síria... para acabar com a base naval russa!

Os romanos jamais toleraram que potência estrangeira tivesse base naval ali.

Não podemos deixar por menos! Afinal, não somos estado-pateta, com medo da própria sombra.

O Mediterrâneo foi mare nostrum – nosso mar – dos romanos. Agora é nosso. Portanto... temos todo o direito de destruir a Síria.

Israel, claro, recebeu o título de “Grande Israel” das mãos de Deus em pessoa – e quem sou eu para discordar dos pregadores cristãos sionistas que engordam com o dinheiro israelense – para os quais parte da “Grande Israel” seria o rio no sul do Líbano que fornece preciosa água.

Militantes do Hezbollah
O Hezbollah, ajudado por Síria e Irã impediu que Israel confiscasse o sul do Líbano para pôr as mãos na água que Deus dera pessoalmente aos israelenses.

Portanto, os EUA, para fazermos nosso dever de fantoches de Israel, temos agora de destruir tudo – a Síria e o Irã, para isolar o Hezbollah [ao lado], tirá-lo do caminho que nos leva à água, indispensável à “Grande Israel”.

As igrejas cristãs sionistas nos EUA repetem essa mensagem todos os domingos.

Se você não acredita neles, é porque é algum tipo de antiamericano antissemita e tem de se exterminado.

Ou talvez seja um desprezível terrorista muçulmano a ser submetido a simulação de afogamento, até confessar.

A Segurança Doméstica fará picadinho de você, como fizeram dos russos/chechenos muçulmanos terroristas em Boston, que tentaram explodir a Maratona.

Quero dizer é que... como nós, povo indispensável, levaremos liberdade e democracia ao mundo, se os russos mantêm uma base naval em nosso mar?

Como projetaremos força, se projetamos tal fraqueza a ponto de admitir base de potência estrangeira na nossa exclusiva esfera de influência, a milhares de milhas de distância de nossas fronteiras?

Não esqueçam: as fronteiras dos EUA são as fronteiras do mundo. Como diz nosso hino: “Do mar ao mar brilhante”. Não esqueçam.

Claro, não queremos confrontos com outra potência militar nuclear, mas o jeito de contornar isso é demonizar o governo sírio e a Rússia por apoiar o governo de um oftalmologista e “brutal ditador” que resiste contra a tentativa da al-Qaeda para tomar a Síria e financiada com dinheiro de Washington.

Nossos mestres em Washington podem usar a ONU e todos os nossos bem pagos estados-satélites para pressionar os russos a calarem o bico e saírem do nosso caminho.

Quero dizer: por que Putin não aceita todas aquelas ONGs pagas com nosso dinheiro pelas ruas de Moscou empenhadas em derrubar seu governo?

Quero dizer, quem Putin [acima] pensa que é, para atravessar-se à frente de nossa hegemonia sobre o universo e, além do mais, também à frente da hegemonia sobre o Oriente Médio que Deus deu a Israel?

Quero dizer, Putin está em campo, e em campo estão aqueles malditos chineses.

Quero dizer, sério, quem essa gente pensa que é? Norte-americanos?! Aqueles chinas nunca ouviram falar do nosso controle sobre todo o Pacífico?

Quero dizer, qual é? Os chinas são surdos? Saíram para o almoço?

Quero dizer, sério, como poderemos os norte-americanos chegar ao Paraíso, se não obedecemos ao que Deus mandou fazer e entregamos todo o Oriente Médio a Israel, como Israel reza e rezam as sagradas escrituras?

Quero dizer, sério, vocês querem desobedecer à vontade de Deus e assar no Inferno?

Ali, em vez das virgens que os muçulmanos prometem, é só fogo, você será queimado vivo. Melhor você escolher o lado certo, antes de morrer.

Quero dizer, sério, quem quer acabar assim?

Melhor os EUA darmos cabo da Síria, o mais depressa possível, como Israel ordenou.

Se os EUA não obedecerem ao que Israel diz-que Deus disse... estamos fritos! 

Fonte:
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/04/se-os-eua-nao-fizermos-o-que-israel-diz.html

Nota:
A inserção de imagens adicionais, capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade, elas inexistem no texto original.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Al-Qaeda - a hora e a vez da Rússia

17/10/2012 - “Blitzkrieg da Al-Qaeda”: Terrorismo ocidental contra a Rússia 
- em 01/09/2012, no Global Research, por Tony Cartalucci
- Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu para a redecastorphoto
“O truque jornalístico-propagandístico é entregue a profissionais (...). E a imprensa-empresa – Reuters, CNN, BBC e outras – põe-se a “noticiar” que “jovens éticos” opõem-se à corrupção.
A corrupção é apresentada como se fosse criação exclusiva do governo a ser derrubado; como se não houvesse jamais havido corrupção em outros governos.
Na verdade, é corrupção que só muito seletivamente atrai a atenção das agências de notícias, da mídia-empresa em todo o mundo e do Departamento de Estado dos EUA...”
O título e a matéria aí vão, para que todos vejam, porque é preciso ver para acreditar

Trata-se de artigo publicado na revista Foreign Policy, sob título de, literalmente, “Dois vivas aos islamistas sírios”[1]. O autor, Gary Gambill, vem do Fórum do Oriente Médio [orig. Middle East Forum] que reúne os mais dedicados neoconservadores fabricadores de guerras, como Daniel Pipes, e propagandistas também dedicados do mais ensandecido e furioso islamofobismo, como Robert Spencer. Agora que o ocidente está aliado a “islamistas” (aliou-se à Al-Qaeda), todos esses especialistas e jornalistas propagandistas já começaram a propagandear diretamente o terror, defendendo a causa dos terroristas na região do Cáucaso, na Rússia.

Embora tenha havido época em que os EUA fingiam solidariedade ao governo russo, que combatia grupos afiliados à Al-Qaeda que promoviam ataques terroristas nas montanhas do Cáucaso, no sul da Rússia – além de ataques por todo o país, inclusive em Moscou –, informações recentes [2] mostram que os EUA estão hoje apoiando clandestinamente aqueles mesmos terroristas, nas mesmas áreas.


Assim como os EUA criaram, financiaram, armaram e dirigiram a Al-Qaeda pelas montanhas do Afeganistão nos anos 1980s, os EUA hoje estão financiando, armando e dirigindo a Al-Qaeda, da Líbia para a Síria, e na Rússia.

Os EUA tentam hoje minar e desestabilizar a ordem política na Rússia. 

Recentemente houve provas de que o Departamento de Estado dos EUA está interferindo pesadamente na política russa [3]. Desde financiar a empresa GOLOS [4], de monitoramento de eleições e dita empresa “independente”, e que tentou apresentar as eleições na Rússia como “fraudadas”, até protestos de rua coordenados por membros da oposição que são pagos pelos EUA (muitos desses “membros da oposição” foram apanhados literalmente “com a mão na massa”, dentro da embaixada dos EUA em Moscou [5]), os EUA estão muito visivelmente empenhados em minar e desestabilizar a ordem política na Rússia.



O recente golpe de propaganda operado pelo grupo Pussy Riot” [Agito das Bucetas[6] também foi instrumentalizado pela oposição financiada pelos EUA, além de “repercutido” pelos mesmos agentes, patrocinadores ocidentais e toda a imprensa-empresa ocidental.

Enquanto essas ações apresentadas como o "o poder suave” [orig. soft-power] seguem seu curso e vão operando os efeitos para os quais foram concebidas, por outra via, essa nada soft, os EUA vão promovendo o ressurgimento do terrorismo no Cáucaso russo [7] – e terrorismo que, com certeza, será encaminhado para respingar por todo o país. O que os fatos começam a mostrar é que muitos dos centros de reunião e organizações de militantes chechenos foram fronts de propaganda subsidiadas, de fato, pelos EUA.

A imprensa-empresa global dá os primeiros passos na direção de “reciclar” o terrorismo.

Como foi feito na Síria, onde terroristas vindos de vários pontos foram e ainda são apresentados mentirosamente pela imprensa-empresa do ocidente como “o povo sírio”, “combatentes da liberdade” e “lutadores democráticos”, a mesma imprensa-empresa já começa a operar para “limpar” os vários grupos terroristas que já estão em ação nas montanhas do Cáucaso russo.



A Agência Reuters, por exemplo, dizia em matéria recente: “Brutalidade e fúria do governo Putin alimentam a jihad no Cáucaso russo” [8]. Era a senha, para o início de fogo cerrado de propaganda para implantar na opinião pública um específico conjunto de “causas” da violência na região.

Em tom que muito se assemelha ao dos press-releases distribuídos pelo Departamento de Estado, a matéria diz que os chechenos estão “fartos da corrupção governamental” e querem mudanças “semelhantes às que se viram ano passado na revolução egípcia”.

O que a Reuters não informa é que a “revolução egípcia do ano passado” já está convertida, esse ano, em nova ditadura, dessa vez da Fraternidade Muçulmana, que já começou a atacar liberdades civis e que apóia as aventuras de intervenção de Wall Street e Londres [9].

Como no caso da Síria, quando somos repetidamente “informados” de que a revolução rejeita “principalmente” o extremismo sectário, a agência Reuters tenta agora implantar na opinião pública também a ideia de que a violência na Rússia exibiria traços “religiosos”.

Na mesma operação de propaganda, somos também apresentados a Doku Umarov, o qual, diz a Reuters, seria “líder de movimento clandestino para criar um Emirado na região do Cáucaso”.

Outra vez, o que a Reuters não informa é que, segundo relatórios da própria ONU, Umarov é associado à Al-Qaeda (o que se lê na página da ONU, “QI.U.290.11. DOKU KHAMATOVICH UMAROV”):

"Doku Umarov esteve diretamente envolvido na organização de vários grandes atos terroristas: a captura de áreas residenciais dos distritos de Vedenski e Urus-Martanovski da República Chechena da Federação Russa (agosto 2002); sequestro de funcionários do Gabinete do Procurador
Geral da República Chechena (dezembro de 2002); e explosão do prédio onde operava o Departamento do Serviço de Segurança Federal Russa
para a República da Ingushetia, na cidade de Magas, e de dois trens em Kislovodsk (setembro de 2003). 

Foi dos principais organizadores do ataque contra a Ingushetia, por militantes, dia 22/6/2004, um ataque em Grozny, dia 21/8/2004, sequestro com reféns em Beslan, dias 1-3/9/2004 e ataques terroristas contra estações de metrô em Moscou dia 29/3/2010."
Umarov e os terroristas do grupo sob seu comando, que estariam – como a Reuters insiste em repetir – em luta santa, numa Jihad, não passam, na verdade, de terroristas associados à Al-Qaeda. Não são, de modo algum, "combatentes da liberdade”. São terroristas, cuja causa e cujos métodos 
são absolutamente injustificáveis.



O principal centro de organização e propaganda de Umarov, esse “Bin Laden russo”, o conhecido Kavkaz Center, foi criado e mantido pelo Departamento de Estado dos EUA; e outros programas norte-americanos, como a Sociedade de Amizade Russo-chechena, são financiados pelo programa National Endowment for Democracy (NED), do governo dos EUA.

Hoje, esse programa NED trabalha para derrubar o governo sírio. E ajudou a divulgar também, em todo o mundo, a “Operação Pussy Riot” [Operação Agito das Bucetas], na qual a manifestação de um grupo de performers russas foi cooptada e usada como ação de propaganda anti-Putin, em todo o planeta. (...)

A Agência Reuters trabalha também para implantar a ideia de que haveria militantes armados em levante contra o governo russo; tudo é feito para implantar na opinião pública mundial a ideia de que os russos estariam começando a recorrer ao terrorismo, por falta de melhor via de luta. Mas, paradoxalmente, a Reuters escreve, na mesma matéria, que os terroristas têm atacado também grupos de muçulmanos locais na Rússia, os quais, diz a Reuters, seriam “apoiados pelo governo russo”.

A verdade é que essa militância liderada pela Al-Qaeda está tentando implantar-se em toda a região do Cáucaso, por doutrinação religiosa ou por ataques contra e assassinato de moradores da região. E esse é, precisamente, o modo como opera o imperialismo nessa região do mundo, apoiado, aqui, por EUA e Arábia Saudita. Em todos os tipos de noticiário que a Reuters distribui, o “culpado” de todos os crimes sempre é o governo Putin... 

Não os EUA ou os sauditas.

Rússia: Como a oposição financiada pelo Departamento de Estado dos EUA uniu-se aos terroristas armados pelos sauditas



Tudo começa na obcecada oposição que o ocidente faz à volta do presidente Putin ao poder na Rússia.
Sobre isso ver:
- 8/3/2012, redecastorphoto em: “Entra Vlad, para ENLOUQUECER Washington”, Pepe Escobar, Asia Times Online, em português;
 
- 9/5/2012, redecastorphoto “O poder do PUTINATOR”, idem, ibidem, em português
O ocidente não admite a ideia de que Putin encontre espaços para promover mudanças que levem a ampliar ou a gerar estabilidade, social, econômica e geopolítica na Rússia – e que não sejam mudanças absolutamente alinhadas e subordinadas ao que estabelece o “consenso” Wall Street-Londres. Então, o ocidente decidiu que, em vez de expor-se ao mundo na ação de oposição a um governo russo não completamente alinhado, inventaria e construiria (na mídia e no mundo real) uma militância mercenária armada...



As ações dessa militância armada, “noticiada” pela imprensa-empresa alinhada e subordinada ao eixo” Wall Street-Londres, implantariam na opinião pública a ideia de que Putin governa nação em crise, em surto grave de instabilidade social.

A ferramenta que volta a ser usada agora é a mesma que os EUA usaram nos anos 1980s no Afeganistão: terroristas pagos por EUA-sauditas, doutrinados no sectarismo mais extremista, armados até os dentes e “liberados” para espalhar atraso e destruição contra todos os que se oponham às políticas ocidentais para o Oriente Médio. (...)

De fato, os movimentos no Afeganistão nos anos 1980s e na Rússia em 2012, nada têm em comum... além dos apoiadores (EUA-Sauditas) e dos terroristas que aqueles apoiadores apoiam: a Al-Qaeda.

E, como também já foi feito no Afeganistão, o truque “propagandístico” é entregue ao trabalho de profissionais. Os representantes e agentes clandestinos abrigados na embaixada dos EUA aproximam-se e misturam-se com os militantes chechenos. E a imprensa-empresa – Reuters, CNN, BBC e outras – põe-se a “noticiar” que “jovens” opõem-se à corrupção, à opressão, apresentadas como se fossem criação exclusiva do governo de Putin e não houvessem jamais acontecido em outros pontos do mundo, sem que, por existirem, tivessem algum dia atraído qualquer simpatia do Departamento de Estado dos EUA ou dos sauditas ou da agências ocidentais de “notícias”.

Abrindo caminho para as hordas de terroristas: da Líbia às montanhas do Cáucaso
A criação de uma frente unida contra o Irã foi o objetivo imediato da Primavera Árabe. Agitou e desestabilizou o Mundo Árabe, depôs governos nacionalistas, substituindo-os por clientes obedientes do Ocidente. A Tunísia, a Líbia e o Egito são hoje governados por representantes procuradores diretos da política exterior dos EUA; enquanto Síria, Líbano e Irã são deixados sós para enfrentar terroristas estrangeiros alimentados por governos sectários extremistas que emergem em toda a região.

Al-Qaeda-no-Magheb (AQUIM) do norte do Mali; LIFG da Líbia; Fraternidade  Muçulmana do Egito; e com apoio de Arábia Saudita, Israel, Qatar, Turquia e outros – convergem todos contra a Síria e, depois, contra o Irã. Caso Síria ou Irã caia, no confronto contra brigadas terroristas financiadas

pelo ocidente, e se o ocidente conseguir usar os curdos na Turquia e norte do Iraque para criar uma ‘linha de condução’, estará aberto caminho
diretamente até as Montanhas do Cáucaso russo e, de fato, estará aberto caminho para atacar diretamente Moscou. Nações que apareçam no
caminho dessa horda, inclusive a Turquia e a Georgia, arriscam-se a acabar empurradas para um conflito difícil e caríssimo para elas. Outras nações que, hoje, estão expostas ao grave risco de serem atacadas pelo terrorismo apoiado pelo ocidente são Argélia, Paquistão e China.



A Líbia já está convertida em paraíso seguro para a Al-Qaeda, hoje um campo de treinamento gigante para grupos terroristas, abastecido incansavelmente pelas armas da OTAN, além de dinheiro e combatentes treinados, que se vão concentrando nas fronteiras dos estados inimigos do Ocidente. A Síria já enfrenta o que já é, na essência, invasão militar comandada por terroristas líbios, facilitada pela OTAN, especificamente pela Turquia e por países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), especificamente Arábia Saudita e Qatar.

No caso de a Síria, o Irã ou ambos caírem, e de o ocidente conseguir implantar uma região controlada por militantes armados e servidores do ocidente, militantes de todo o Mundo Árabe poderão ser treinados do Mali à Líbia, Síria e Curdistão, com armas e suprimentos que lhes chegarão de todos os pontos aí compreendidos e canalizados todos para a mesma direção, através das Montanhas do Cáucaso e contra a Rússia.



A Turquia, é claro, será a principal perdedora, escolhida, como parte do Curdistão, para integrar a linha de transmissão do “projeto” – um gambito que o atual primeiro-ministro da Turquia Recep Tayyip Erdoğan [foto ao lado] ao mesmo tempo conhece e ao qual se mostra ardilosamente indiferente – na direção que mais interessa à elite de Wall Street-Londres, e em detrimento da Turquia e de seu futuro de curto prazo.

Embora esse gambito pareça difícil de conceber e mais ainda de executar, não se pode esquecer que a Primavera Árabe e a subsequente violenta subversão da Síria estavam já planejadas desde 2007-2008, para, como consequência indireta, minar o Irã – sempre o Irã, o eterno inimigo. Não é difícil compreender que esse gambito é parte de uma estratégia maior que está sendo maquinada desde 1991, orquestrada por estrategistas norte-americanos que comparam a geopolítica e o mapa do mundo a um “Grande Tabuleiro de Xadrez”.



Não há melhor modo para controlar os vastos recursos, a geografia e as populações da Eurásia e além, do que entregar tudo – norte da África, Oriente Médio e Eurásia a governos medievais, comandados por conspiradores que agirão como um só corpo com os financistas ocidentais, ao mesmo tempo em que manterão as populações paralisadas pelo medo e pela ignorância.

Perpetuar a Al Qaeda em todo o mundo em desenvolvimento habilita o ocidente a impor medidas cada vez mais repressivas draconianas também em casa, minando assim qualquer tentativa também das populações ocidentais para construir autonomia e independência econômica.


O resultado é hegemonia global não contestada e controle autoritário nos respectivos países, com as populações submetidas às maquinações e planos de ditadura científica, que tem raízes no eugenismo hitlerista e na ideologia malthusiana – e que é pautada para a sociedade, incansavelmente, pela imprensa-empresa.

Notas de rodapé
[1] 23/8/2012, Foreign Policy, Gary Gambill em: “Two Cheers for Syrian Islamists

[2] 22/8/2012, Land Destroyer Report, Eric Dreitser em: “BOMBSHELL: US Neo-Cons, State Department Behind Terror Wave in Russia

[3] 6/5/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “West Undermines Putin's Return to Power in Russia”.

[4] 4/12/2011, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “BOMBSHELL: US Caught Meddling in Russian Elections!”.

[5] 6/5/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em:  “Unbelievable: Russian Opposition's Confab At US Embassy”.

[6] 5/8/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em: “Who or What is Russia's ‘Pussy Riot’?

[7] Idem Nota [2]

[8] 31/8/2012, Reuters, Alissa de Carbonnel em: “Insight: Brutality, anger fuel jihad in Russia's Caucasus

[9] 13/8/2012, Land Destroyer Report, Tony Cartalucci em:  “West Celebrates as Dark Age Descends over Egypt”.

Fonte:
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2012/10/blitzkrieg-da-al-qaeda-terrorismo.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dilma pede substituição de armas por alimentos

25/09/2012 - Eleutério Guevane, da Rádio ONU
- extraído do site Mercado Ético


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu à comunidade internacional que as armas de destruição em massa sejam transformadas em recursos para beneficiar as vítimas da fome no mundo.

No discurso da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, a presidente disse que, a nível regional, o Brasil está envolvido em ações para deter os armamentos.


Alimentos
Quero lembrar a existência de imensos arsenais que além de ameaçar toda a humanidade, agravam tensões e prejudicam os esforços de paz."

"O mundo pede, em lugar de armas, alimentos para bilhões de homens que padecem do mais cruel castigo que se abate sobre a humanidade, a fome”.

No seu segundo pronunciamento no plenário, desde que foi eleita, Dilma Rousseff abordou, principalmente a crise econômica e defendeu o posicionamento brasileiro sobre política monetária e protecionismo.


Manifestação
O Oriente Médio também foi tema do discurso, com destaque para a busca de uma solução para a crise síria. Ela condenou a violência gerada por “motivos religiosos.”

Registro neste plenário, nosso mais veemente repúdio à escalada do preconceito islamofóbico nos países ocidentais."

"O Brasil é um dos protagonistas da iniciativa generosa da Aliança de Civilizações, convocada originalmente pelo Governo Turco."

"Com a mesma veemência, senhor presidente, repudiamos também os atos de terrorismo que vitimaram diplomatas americanos na Líbia”.

Ainda nesta terça-feira, Dilma Rousseff foi recebida pelo Secretário-Geral da ONU. Ban Ki-moon agradeceu pela contribuição brasileira no Haiti.


(Rádio ONU)

Fonte
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/dilma-pede-substituicao-de-armas-por-alimentos/

sábado, 15 de setembro de 2012

Terror em Benghazi

 14/09/2012 - O dilema de informar - Por Magda Almeida
- edição 711 do Observatório da Imprensa

Os últimos episódios envolvendo os Estados Unidos e seus inimigos, mais uma vez, colocam a mídia no centro dos acontecimentos.

A foto que mostra o embaixador americano na Líbia sendo arrastado, já morto, para fora do consulado, chocou a América, dividiu opiniões mundo afora e levou as principais emissoras de televisão americanas a justificar-se perante a opinião pública – que preferia não ter visto o que viu.

Não é difícil imaginar o impacto dessas imagens no emocional de uma nação que, desde 11 de setembro de 2001, não sabe mais o que é dormir em paz.

No dia seguinte ao ataque em Benghazi (12/9), a jornalista Margaret Sullivan, ombudsman (public editor) do New York Times, escreveu um artigo respondendo às centenas de e-mails que chegavam ao jornal, protestando contra a decisão editorial de levar para a primeira página a dramática foto do diplomata, feita por um fotógrafo da agência France Presse e a única publicada, numa galeria de outras tantas ainda mais chocantes que foram deslocadas para o banco de dados.

Margaret referiu-se, principalmente, à reação de um leitora que parecia estar falando em nome de toda a nação, ainda não recuperada do tiroteio que duas semanas antes havia matado duas pessoas e ferido nove, em frente ao Empire State Building, em Nova York. As imagens de uma das vítimas sangrando até morrer numa das calçadas mais famosas do planeta provocou uma onda de protestos e debates que mobilizaram diferentes setores sociais e culturais da sociedade. E, mais uma vez, esta mesma sociedade vê-se diante de fotos e fatos que mexem com seus nervos e mentes. It’s too much...”, queixou-se a raivosa leitora, para quem a descrição dos fatos já seria o suficiente para bem informar o público. Que o Times tivesse mais cuidado da próxima vez, se quisesse manter seus fieis leitores. Outras cartas se seguiram, no mesmo tom.

Primeira vítima
A decisão de publicar a foto do embaixador foi, com toda certeza, resultado de um consenso editorial. E Margaret lembrou isso, ao mesmo tempo em que perguntava aos seus leitores por que não reagiam com o mesmo rigor e sensibilidade diante de milhares de outras imagens do Times, e de toda mídia americana, mostrando os milhares de corpos mutilados pelas ações terroristas no Iraque e na Síria, só para citar alguns países com espaço permanente na mídia internacional.

O editor Ian Fischer, que fechou a primeira página de terça-feira (11/9), foi mais veemente:

Cobrimos centenas de guerras ao longo da nossa existência, mostramos a sua crueza em todos os seus sórdidos detalhes, exibimos para o mundo inteiro as fotos exclusivas de Kadafi sendo morto e martirizado. Ninguém reclamou. Posso entender que a foto de um diplomata americano naquela situação tenha um impacto mais forte, mas não se pode brigar com a informação e com os fatos, como eles se apresentam”.

Quem está certo, pergunta Margaret em seu artigo: o leitor que hoje protesta ou os editores compromissados com a informação e com a verdade?

Se a gente aceita a ideia que a vida de cada ser humano tem o mesmo valor e a mesma dignidade, por que nos chocamos com a foto do nosso embaixador e não mostramos a mesma sensibilidade quando se trata de cidadãos de outros países, igualmente vítimas do mesmo terror?, pergunta ela.

Quarta-feira (12) à noite foi a vez do âncora de um dos principais programas da CNN, também acossada por centenas de mensagens protestando contra as imagens do embaixador morto, reservar uma parte do seu horário para defender a empresa e justificar a sua linha editorial em relação aos últimos episódios no consulado americano em Benghazi. Foi dito que a CNN entende a posição de seus telespectadores, conhece suas motivações, procura ater-se ao essencial em momentos assim, mas não pode transformar a verdade na primeira vítima dessa infame realidade.

Festa e foguetes
Vendo e ouvindo tudo isso recuei anos atrás, quando me vi escrevendo cartas a O Globo, Jornal do Brasil e O Estado de S.Paulo protestando contra a foto publicada em importante revista semanal, mostrando um já terminal Mario Covas urinando nas calças. Seu constrangimento diante da própria fragilidade física me emocionou, assim como me tirou do sério aquela foto que mal disfarçava uma intenção subliminar.

Covas estava com câncer de próstata, que tem na incontinência urinária uma de suas muitas sequelas. Não estava prevenido e não conseguiu segurar os efeitos de sua doença. Fiquei indignada, me perguntando que jornalismo era aquele, o que haveria de intencional por trás daquela decisão editorial. A revista não publicou minha indignação (que não foi a única), mas O Globo, JB e Estadão deram-lhes bastante destaque.

Agora, refletindo sobre esses últimos acontecimentos internacionais e o papel da imprensa sobre eles, fiz um passeio mental e emocional por situações semelhantes, aqui e lá fora, e as diferentes reações dos leitores. Que consequências teriam esses fatos para todos aqueles que, como nós, travam essa luta quase inglória por um jornalismo sério, justo e ético. O que é certo e o que está errado nesse processo?

Recuei para a mesma Líbia de poucos meses atrás. Ver, em tempo real, um Muamar Kadafi sendo linchado em praça pública não foi das coisas mais agradáveis de se ver e de se relembrar, mesmo sendo quem era. Mas a verdadeira Justiça não passa por aí. Entretanto, pouquíssimos foram aqueles que escreveram para seus jornais protestando contra aquelas chocantes imagens, como bem lembrou o editor do Times. Vi, isso sim, regozijo e foguetório, até na Times Square.

Jornalismo limpo
Não sei como aqui nos comportaríamos se nossa imprensa publicasse as imagens de um ilustre cidadão brasileiro em situação semelhante à do embaixador americano. Faríamos uma sádica fila nas bancas de jornais para ver e rever a cena? Escreveríamos para os jornais exigindo mais comedimento no uso das imagens? Ou simplesmente acharíamos que a vida é assim mesmo, enquanto uns nascem, outros morrem?

Não tenho respostas para essas perguntas. Mas faço aqui algumas provocações, tanto melhor se elas levarem às necessárias reflexões. Alguém se lembra de ter visto, em vídeo ou em fotos, a imagem de uma Jacqueline Kennedy dizimada fisicamente pelo câncer? Ou o pulmão do ex-presidente Ronald Reagan explodindo pelas balas que o atingiram num atentado em Nova York? Ou o corpo destroçado da princesa Diane, em meio às ferragens de seu carro, só para citar alguns poucos exemplos?

Ainda assim, ninguém deixou de ser bem informado sobre todas as circunstâncias que antecederam e precederam esses acontecimentos. Por que a mídia aceitou aqueles limites?

Lembram das rotineiras cenas dos caixões desembarcando em aeroportos militares americanos com os corpos (ou o que sobrou deles) dos militares mortos na Guerra do Vietnã, sempre transmitidas ao vivo pelas principais emissoras de TV americanas? Comoviam o público americano. Era tão intenso o impacto que isso acabou forçando um amplo debate nacional sobre sua legitimidade. Venceu a opinião pública e essas imagens nunca mais foram divulgadas. Puseram um fim àquela cobertura.

Mas, chocantes ou não, ninguém hoje duvida o quanto contribuíram para o fim daquela guerra.

Qual é o limite da informação, afinal?

Devemos permiti-lo ou vale tudo para vender mais? Dizem que uma grande parcela da população brasileira gosta não só de samba, chope e mulher, mas também de sangue, muito sangue. O sucesso dos jornais ditos populares não parece desmentir essa versão.

Trabalhei 19 anos em um deles e testemunhei as lutas internas de alguns editores para qualificar a informação que saía dos esgotos da cidade, diminuindo a sangreira, ocultando a porção diabólica do ser humano, buscando um jornalismo mais limpo.

As vendas caíram a níveis preocupantes. Era preciso atender as expectativas do público, dar o que exigiam: cenas “mais reais”.

Eis um belo e proveitoso debate.

[Magda Almeida é jornalista]

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