Por Sérgio Bertoni
A realização do 1º Encontro Mundial de Blogueir@s, de 27 a 29 de outubro de 2011, em Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, encerrou com chave de ouro uma etapa e dá início a uma nova fase do processo de organização de Blogueir@s e ativistas das redes sociais que lutam pela Democratização das Comunicações no Brasil e no Mundo.
Desde o 1º Encontro Nacional, realizado em agosto de 2010 em São Paulo, os encontros realizados serviram para que pudéssemos nos conhecer, criar laços de amizade e companheirismo, trocar informações e estabelecer relações e alianças entre blogueir@s de diversas regiões, além de aprender a separar o joio do trigo. Os encontros permitiram também fazer um diagnóstico bastante amplo da situação das comunicações no Brasil e no Mundo, assim como avaliar o verdadeiro papel da novas mídias neste contexto e apontar novos desafios.
Painéis de debates estiveram presentes em todos os encontros realizados. Personalidades e estudiosos deram contribuições fundamentais à nossa discussão. Trabalhos em grupos, que aconteceram em maior ou menor grau em cada um dos estados onde os encontros foram realizados, deram o ponta-pé inicial ao processo de troca de experiências e debate de ações concretas. Redes se formaram e novas ideias se disseminaram.
Agora é hora de ousarmos na construção dos próximos encontros, sejam eles regionais, estaduais, nacionais ou mundial. Precisamos unir todo o conteúdo acumulado até aqui e partir para debates ainda mais profundos e democráticos que envolvam um número cada vez maior de pessoas e temas. Para isso precisamos inovar:
- na elaboração dos programas dos encontros, tornando seus processos de construção coletivos e ainda mais colaborativos;
- no formato dos próximos encontros, dando mais espaço para os debates entre os participantes de forma a proporcionar a elaboração de planos de ação concreta; e
- abrindo espaço para temas não abordados até aqui.
É preciso que as comissões organizadoras, dentro de sua proposta democrática e horizontal, assumam o papel de facilitadores do processo e ajudem no estabelecimento de pontes entre o movimento de blogueir@s e ativistas das redes sociais, da cultura digital, do movimento sindical e dos movimentos sociais.
É fundamental também que @s blogueir@s assumam mais responsabilidades nos processos de preparação dos encontros, estabeleçam contatos, apresentem propostas, criem alianças, compartilhem informações e conteúdo e não fiquem esperando que as comissões organizadoras cuidem de tudo, entregando-lhes pacotes "prontos". Precisamos manter a horizontalidade do movimento e isso só será possível com ampla participação de cada blogueir@.
Passada a etapa de análise e diagnóstico é chegada a hora de passar para o campo da ação concreta, aquela que nos permitirá construir efetivamente a tão sonhada Democratização da Comunicações. Para tanto, se faz premente estabelecer alianças estratégicas com os distintos movimentos supra-citados, criar laços sólidos com eles, ouví-los e juntos identificar pontos de convergência entre as distintas lutas e, a partir daí, elaborar planos de ação comuns.
Como bem diz a Carta de Foz "O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica" , ou seja, é uma bandeira de luta de toda a Humanidade e para que alcance resultados concretos precisa estar articulada em várias frentes, unindo movimentos distintos "preservando e valorizando a diversidade".
É um grande desafio, mas é um desafio gostoso!
Imaginem o efeito multiplicador que teria uma aliança entre Blogueir@s, Rádios e TVs comunitárias, por exemplo. Blogueir@s produzindo conteúdo e estes meios de comunicação transmitindo-o às suas comunidades em lugar de repetir notícias veiculada pela velha mídia, como muitas vezes acontece nos dias de hoje. Ou ainda, sindicatos e o movimento de sem-terras colocando a questão da Democratização das Comunicações como direito humano fundamental em suas pautas e a Blogosfera repercutindo as lutas desta companheirada de forma contínua e sistemática. Com certeza, todos os movimentos envolvidos ganhariam com isso, aumentando a ressonância de suas reivindicações na sociedade brasileira e mundial.
Não podemos esquecer também da juventude engajada nos movimentos de Cultura Digital e Software Livre que lutam pela Democratização e Compartilhamento do Conhecimento e produz instrumentos essenciais ao trabalho d@s blogueir@s: software e soluções para o trabalho em redes. Quanto mais trocarmos informações e experiências, mais nos entenderemos mutuamente e mais coesos seremos nessa luta pela Democratização de nossas Sociedades reais ou virtuais.
Fica aqui, então, a nossa sugestão: avançar mais na democracia, ousar mais na formulação dos próximos encontros e estabelecer alianças estratégicas com vários setores da sociedade civil.
Construir a cidadania a partir do exercício do direito de todos a expressão, comunicação e informação
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quinta-feira, 3 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
Carta de Foz do Iguaçu
Encontro Mundial de Blogueiros.
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação.
O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
Fonte: Blogueiros Progressistas do Estado de São Paulo (Esmaeel)
Fonte: Blogueiros Progressistas do Estado de São Paulo (Esmaeel)
sexta-feira, 8 de julho de 2011
A internet e a rebelião dos homens
por Mauro Santayana*
Imagine o leitor que em fevereiro de 1848 já houvesse a rede mundial de computadores. Vamos supor que, em lugar de imprimir os primeiros e poucos exemplares do Manifesto Comunista, Marx e Engels tivessem usado a internet, de forma a que todos os trabalhadores europeus e norte-americanos pudessem ler o texto. Qual teria sido o desenvolvimento do processo? Como sabemos, o ano de 1848 foi de rebeliões operárias na Europa, reprimidas com toda a violência.
O capitalismo selvagem de então, um dos filhos bastardos da Revolução Francesa, sentiu-se animado pela derrota dos trabalhadores. Na França a burguesia tomou conta do poder e, derrotada a monarquia, assumiu-o sem disfarces e sem intermediários, em um período que os historiadores denominam de “A República dos homens de negócios”. Os trabalhadores e intelectuais tentaram, mais tarde, em 1871, logo depois de a França ser derrotada pelos alemães, criar um governo autônomo e igualitário em Paris. Com a ajuda dos invasores, o Exército de Thiers executou 20.000 parisienses nas ruas.
As manifestações populares dos países árabes, que os governos e a imprensa dos Estados Unidos e da Europa saudaram como o fim dos tiranos e o início da democratização do mundo islâmico, entram em nova etapa, ao atingir os países ricos. Os analistas apressados são conduzidos a rever suas conclusões. O mal-estar que levou os povos às ruas não se limita ao norte da África: é fenômeno mundial.
Uma das contradições do capitalismo, principalmente nessa nova etapa, a do imperialismo desembuçado, no qual os governos nacionais não passam de meros servidores dos donos do dinheiro, é a de sua incapacidade em estabelecer limites. Hoje, nos Estados Unidos – que foram, em um tempo, o espaço para a realização de milhões de pessoas mediante o trabalho – a diferença entre os ricos e os pobres é maior do que durante toda a sua História, incluído o tempo da escravidão. Um por cento da população norte-americana detém 40% de toda a riqueza nacional. A mesma situação se repete em quase todos os paises nórdicos.
Quando redigíamos este texto, milhares de pessoas se encontravam acampadas no centro de Madri, em continuidade ao movimento Democracia Real, Já, que se iniciou em 15 de maio, com protestos em todas as grandes cidades espanholas. A Espanha hoje está dominada pelos grandes banqueiros e companhias multinacionais, que não só exploram o trabalho nacional, como vivem de explorar os paises latino-americanos. Bancos como o Santander – cujos resultados mais expressivos ele os obtém no Brasil – dividem com os dois partidos que se revezam no poder (os socialistas e os conservadores) o resultado do assalto à economia do país. É contra esse sistema odioso que os espanhóis foram às ruas, e nas ruas continuam.
Não são apenas os jovens desempregados que se indignam. São principalmente as mulheres e homens maduros, os que estimulam o movimento. Eles sentem que seus filhos e netos estarão condenados a um futuro a cada dia mais tenebroso e mais violento, se os cidadãos não reagirem imediatamente. Os espanhóis estão promovendo a articulação internacional de movimentos semelhantes, que ocorrem em outros países, como a Islândia, a França, a Inglaterra e mesmo os Estados Unidos. Se o sistema financeiro se articulou, com o Consenso de Washington e os encontros periódicos entre os homens mais ricos do planeta, a fim de dominar e explorar globalmente os povos, é preciso que os cidadãos do mundo inteiro reajam.
Marx queria a união de todos os proletários do mundo. O movimento de hoje é mais amplo e seu lema poderia ser: Seres humanos do mundo inteiro, uni-vos.
Imagine o leitor que em fevereiro de 1848 já houvesse a rede mundial de computadores. Vamos supor que, em lugar de imprimir os primeiros e poucos exemplares do Manifesto Comunista, Marx e Engels tivessem usado a internet, de forma a que todos os trabalhadores europeus e norte-americanos pudessem ler o texto. Qual teria sido o desenvolvimento do processo? Como sabemos, o ano de 1848 foi de rebeliões operárias na Europa, reprimidas com toda a violência.
O capitalismo selvagem de então, um dos filhos bastardos da Revolução Francesa, sentiu-se animado pela derrota dos trabalhadores. Na França a burguesia tomou conta do poder e, derrotada a monarquia, assumiu-o sem disfarces e sem intermediários, em um período que os historiadores denominam de “A República dos homens de negócios”. Os trabalhadores e intelectuais tentaram, mais tarde, em 1871, logo depois de a França ser derrotada pelos alemães, criar um governo autônomo e igualitário em Paris. Com a ajuda dos invasores, o Exército de Thiers executou 20.000 parisienses nas ruas.
As manifestações populares dos países árabes, que os governos e a imprensa dos Estados Unidos e da Europa saudaram como o fim dos tiranos e o início da democratização do mundo islâmico, entram em nova etapa, ao atingir os países ricos. Os analistas apressados são conduzidos a rever suas conclusões. O mal-estar que levou os povos às ruas não se limita ao norte da África: é fenômeno mundial.
Uma das contradições do capitalismo, principalmente nessa nova etapa, a do imperialismo desembuçado, no qual os governos nacionais não passam de meros servidores dos donos do dinheiro, é a de sua incapacidade em estabelecer limites. Hoje, nos Estados Unidos – que foram, em um tempo, o espaço para a realização de milhões de pessoas mediante o trabalho – a diferença entre os ricos e os pobres é maior do que durante toda a sua História, incluído o tempo da escravidão. Um por cento da população norte-americana detém 40% de toda a riqueza nacional. A mesma situação se repete em quase todos os paises nórdicos.
Quando redigíamos este texto, milhares de pessoas se encontravam acampadas no centro de Madri, em continuidade ao movimento Democracia Real, Já, que se iniciou em 15 de maio, com protestos em todas as grandes cidades espanholas. A Espanha hoje está dominada pelos grandes banqueiros e companhias multinacionais, que não só exploram o trabalho nacional, como vivem de explorar os paises latino-americanos. Bancos como o Santander – cujos resultados mais expressivos ele os obtém no Brasil – dividem com os dois partidos que se revezam no poder (os socialistas e os conservadores) o resultado do assalto à economia do país. É contra esse sistema odioso que os espanhóis foram às ruas, e nas ruas continuam.
Não são apenas os jovens desempregados que se indignam. São principalmente as mulheres e homens maduros, os que estimulam o movimento. Eles sentem que seus filhos e netos estarão condenados a um futuro a cada dia mais tenebroso e mais violento, se os cidadãos não reagirem imediatamente. Os espanhóis estão promovendo a articulação internacional de movimentos semelhantes, que ocorrem em outros países, como a Islândia, a França, a Inglaterra e mesmo os Estados Unidos. Se o sistema financeiro se articulou, com o Consenso de Washington e os encontros periódicos entre os homens mais ricos do planeta, a fim de dominar e explorar globalmente os povos, é preciso que os cidadãos do mundo inteiro reajam.
Marx queria a união de todos os proletários do mundo. O movimento de hoje é mais amplo e seu lema poderia ser: Seres humanos do mundo inteiro, uni-vos.
Fonte: publicado originalmente no Blog do Mauro Santayana e retirado do Blog do Miro.
Nota: republicamos porque além do belo texto de Santayana, é uma verdadeira aula de história
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
A última Geni
Antonio Fernando Araujo*
Apesar disso foi com silêncio que a Geni, alguém "que sofre e ama verdadeiramente seus semelhantes", se fez ouvir na ópera e esfregou na cara das pessoas suas próprias hipocrisias. Um silêncio que, aparentemente as Marchas da Liberdade que pipocaram em todos o país no último fim de semana (18/06), não estão mais dispostas a levar adiante. Ao contrário, optaram por fazer barulho, agora um barulho que nasce silencioso nas redes sociais e se espalha ensurdecedor pelas praças. E curioso, a Geni é um travestí que parece ter se dedicado à missão de ajudar os seus iguais, os excluídos como ela, e como tal se apresenta como o símbolo apropriado de exclusão e solidariedade, esse binômio que costuma permear os humilhados, os castigados, vitimizados pelas calúnias dos que procuram rebaixá-los moralmente, já que não é tarefa fácil prá ninguém reconhecer e engolir a própria hipocrisia. E é com os anseios por justiça e reconhecimento, dessa Geni "tão coitada e tão singela" que as Marchas da Liberdade buscam uma identificação.
Pois bem, na do Rio, parecia que estavam todos lá, todas as "cidades misturadas..., toda a garotada, os que andam por terreiros, quilombos ou por terras digitais", como disse Beto Moreira, até os gritos e os lutos da floresta, a marcha das vadias que denunciam a exclusão e o estupro, cuja culpabilidade Bispo algum pode atribuir à própria mulher, o aroma da maconha medicinal de 5.000 anos, a luta contra a homofobia repulsiva e a consequente discriminação aos homossexuais ("o Senhor é meu Pastor e ele sabe que sou gay"), a recusa da paz das UPP's quando imposta sem voz às comunidades, o sistema financeiro que apodreceu e ameaça empobrecer ainda mais o mundo, a liberdade religiosa e o conselho tutelar que se quer livre e transparente, cuja ordenação e dignidade não sejam objeto de manipulação alguma, as camareiras e os bombeiros (tanto as de lá quanto os de cá, com os quais os maconheiros se solidarizavam enquanto propunham a legalização da erva), o direito ao aborto assistido - que meninas pobres e seus fetos rejeitados parem de morrer um ao lado do outro -, a valorização do trabalho das empregadas domésticas, a certeza enfim dessa Geni empunhando cartazes, faixas e estandartes, de estar contribuindo para a construção de um mundo que, ora todos apostam será melhor, pois para isso acalentam a esperança de que em breve a liberdade estará integralmente legalizada e com ela a honestidade e a sincera convicção de que até lá suas utopias é que irão prevalecer. E, com certeza, falarão mais alto do que o atual conservadorismo dos clérigos, do que a cobiça daqueles que detem o poder das armas, do capital e da mídia e muito mais do que a alienação imposta às grandes massas dos excluídos.
"A Marcha da Liberdade ..., decolou e virou o embrião de um novo movimento político e cultural: a marcha pela liberdade de expressão, a marcha dos diferenciados, dos insatisfeitos, dos indignados, dos que estão construindo futuros alternativos. Liberdade pra protestar! Liberdade pra morar! Liberdade pra circular! Liberdade para expressar os afetos! Liberdade de culto! Liberdade para o funk, o hip hop, o samba e o rap e todos os ritmos! Liberdade para agir e para pensar", escreveu ainda Beto Moreira. "Quando um futuro intolerante se precipita e parece inevitável é preciso reagir, deter, interceptar, barrar, desviar. A Marcha da Liberdade é a manifestação dos que não aceitam ser calados pela policia, pelos ruralistas, monoteístas, corporativistas, monetaristas, monopolistas... A Marcha da Liberdade Rio apoia qualquer causa que defenda a liberdade de todos se expressarem e se reunirem em nome daquilo que acreditam ser justo", conclue.
Estamos portanto diante de uma multiplicidade de demandas heterogêneas, porém além disso, de uma das características principais do "espírito" desta época, propícia para a emergência de novos paradigmas e que basicamente consiste numa certa aversão aos sistemas políticos e filosóficos já arrumadinhos, estruturados que foram no seio de algum partido ou agremiação, como se eles proclamassem “todos unidos [também] contra slogans e símbolos de partidos, religiões ou etnias”.
A grande sacada parece ser a descoberta do outro, essa alteralidade que insiste em apontar para uma ética comprometida até o pescoço com um processo de inclusão social de todas as minorias, onde qualquer Geni cuspida e maltratada possa ser capaz de gerar um sentimento de indignação tal que denunciada a violência, velada ou explícita, a qualquer segmento social, ele caia de imediato na rede da urbi, sobrepujando assim em questão de minutos os arcos da Lapa e varrendo pra longe o que ainda sobrar da perfídia. E volto a lembrar: não se trata de criar uma nova seita, partido ou confraria, mas tão somente de propor empreitadas múltiplas que no plano tático não desgrude o olho das grandes metas que ora vicejam no solo promissor deste jovem século XXI, tal como esboçadas aqui.
Nesse sentido, as ruas e praças do mundo, e do Brasil em especial, passam a ser a vanguarda dos que querem direitos sociais amplamente reconhecidos e dos que almejam navegar em águas da plena democracia política e da democracia social que se deseja presente em todos os espaços.
Tomara apenas que o capitalismo e sua feição neoliberal mais terrível não venha se somar aos sonhos desse punhado de Genis, apoderando-se deles e acabando por destroçá-los, como aparentemente é o destino que ora se vislumbra para a "primavera árabe", com o Egito, manipulado pelo sionismo, voltando a protagonizar a miséria e a opulência do capitalismo nosso de cada dia.
Apesar de tudo resta-nos uma certeza, e quem não entender isso será retirado da cadeira da história, de que esta geração sepultará de vez a Geni "feita pra apanhar..., que dá pra qualquer um" e ainda assim é "maldita", essa estupenda Geni do Chico, a do "enorme zepelim" da Lapa, "dos cegos, dos retirantes e de quem não tem mais nada", essa mesma que, por enquanto ainda vimos na Marcha da Liberdade.
Essa Geni, certamente, será a última.
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domingo, 19 de junho de 2011
"Pedacinhos" do II BlogProg mostram que o novo marco regulatório só sai com muita mobilização
Vera Paoloni*
Lula e Maria Frô, na mesa de abertura, dia 17 de junho de 2011. Foto: Luiz Carlos Azenha
O II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília juntou gente, diversidade, ideias e 30 mil na internet. Reafirmou uma certeza velha conhecida da blogosfera combativa: a de que só sai o novo marco regulatório com muita mobilização, muita pressão popular em todos os espaços.
Em seu site, a CUT resume os debates do 2º dia, sábado 18 de junho:
a) sem democratização das comunicações, não será possível realizar as outras reformas necessárias – como a agrária, a política e a tributária –, uma vez que a concentração dos meios de comunicação na mão de poucos grupos impede a difusão das informações transformadoras;
b) os sucessivos governos, incluindo os oitos anos de governo Lula e os primeiros instantes do governo Dilma, não enfrentaram a questão do monopólio das comunicações.
Recolhi alguns trechos de falas bem interessantes no 2º BlogProg:
Lula, a grande estrela do encontro: “os blogueiros tiveram um papel extraordinário, mostraram que o povo não precisa mais de intermediário mais na comunicação.”
Da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP): “Eu como tenho origem na militância da luta pela terra, percebi que o dia em que a gente democratizar de fato a comunicação, teremos condições de fazer todas as reformas necessárias, inclusive a reforma agrária”.
Erundina, que é integrante da Frente Parlamentar pela Democratização das Comunicações, lembrou igualmente da imensa dificuldade de realizar audiências públicas para tratar de renovação de concessões de canais de TV e rádio. “Deputado tem muito medo de se indispor com a mídia, é impressionante. Aí desaparecem e não votam”, informou a parlamentar.
E instigou a plenária: “Por que vocês mesmos não criam conselhos estaduais e regionais de comunicação, sem esperar o aval de governador, de prefeito? Isso é luta”. Aplaudida de pé, retomou o microfone para dizer: “Sabe por que vocês gostaram? Porque isso está dentro de vocês”
...............
Do professor Venício Santos Lima, autor e pesquisador de livros sobre o tema comunicação, , citando o padre Antonio Vieira: “O problema do Brasil é que ele não tem voz. O povo pobre não pode se expressar”.
Do jurista Fabio Konder Comparato: “A dominação dos meios faz parte dos núcleos, e não da superfície do poder capitalista”. Destacou que foi a necessidade de dominar os meios que levou o capitalismo a desenvolver novas tecnologias na área e chegar ao rádio e à TV, um instrumento de informação instantâneo, mas que circula a mensagem apenas em sentido único. Quem a recebe não participa do processo.
Autor de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), todas para cobrar o cumprimento da regulamentação do dispositivo constitucional que determina revisão periódica das concessões de rádio e TV, Comparato comentou: “Faz três meses que o Ministério Público Federal recebeu as ADOs e não proferiu nenhum parecer, e nem parece que vai emitir um parecer”.
Fábio Comparato mostrou caminhos para a população enfrentar o poder desses monopólios: a regulamentação da democracia direta no país e a “liberação” – termos dele – dos plebiscitos e referendos no País. “Se pudéssemos usar os referendos e plebiscitos como instrumento da luta popular, é evidente que a casa ia cair”.
.................
Zé Dirceu: Acho que estamos na hora de organizar mobilizações para pressionar pelo novo marco regulatório".
Ah!, acabou não dando pra eu ir ao Encontro. Me inscrevi, paguei, comprei passagem de avião e na hora agá, não deu pra eu ir. Uma pena. Mas fui muito bem representada.
Saiba mais o que aconteceu no 2º Blog Prog, lendo:
--
Verita (Vera Paoloni)*
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sábado, 18 de junho de 2011
Lula no II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
"Durante os meus oitos anos de governo e sobretudo nas eleições do ano passado, vocês evitaram que a sociedade brasileira fosse manipulada como durante muito tempo ela foi manipulada."
O 2° Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, está acontecendo neste momento. A abretura foi feita pelo governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, o qual disse que está trabalhando para que o Distrito Federal, seja o primeiro a receber Banda Larga. Parabenizou a iniciativa do evento, elogiou os Blogueiros afirmando que esta é a mais nova ferramenta na comunicação brasileira. Despediu-se e passou a palavra para o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Foi tão ovacionado que levou uns cinco minutos para poder iniciar a sua fala. Visivelmente emocionado, Lula cumprimentou as autoridades presentes: Luiza Erundina, Brizola Neto, Paulo Bernardo, além do jornalista Franklin Martins e do sempre presente aos encontros dos Blogueiros Emir Sader. Lula começou elogiando os Blogueiros Proguessistas, afirmando que estes foram os pricinpais responsáveis pelo crescimento da campanha da presidenta Dilma na reta final. Enfatizou que os Blogueiros desmascararam o adversário Serra quando este fingiu que fora atingido e ferido por um objeto pesado. Chamou esse ato de absurdo e sujo. Isto porque Jose Serra havia chamado de blogueiros sujos. Lula pediu ao Ministro Paulo Bernardo que acelere o processo da implantação da Banda Larga. Disse ainda que sonha com um Brasil de norte a sul com todos de posse de um computador. Acredita que a partir desta iniciativa dos blogueiros, o País ganhou um novo instrumento de informação e formação de opinião popular. Prometeu apoiar o movimento e se colocou a disposição. Agradeceu a todos, despediu-se e quando ameaçou levantar, foi cercado pelo povo e novamente emocionado ouvia o auditório cantar: Olê, Olê Olá, Lula, Lula, claro parei de fotografar o fui fazer parte do coral.
publicada originalmente na Rede Democrática.
Nota: O II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas começou ontem, dia 17, em Brasília e termina amanhã, dia 19.
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
O CONTROLE DA INFORMAÇÃO
Laerte Braga
As diversas manifestações estudantis em vários pontos do Brasil, basicamente em protesto contra aumento de tarifas de transportes coletivos urbanos, começam a ganhar um vulto maior e atrair lideranças sindicais e os cidadãos comuns.
Num dado momento dessa reta houve e está acontecendo a intercessão do perceber a necessidade de acordar, levantar, sacudir a poeira da verdade única e ir às ruas mostrar o desejo de uma sociedade diferente da que temos, calcada na verdade única e absoluta do capitalismo.
A mídia exerce papel preponderante nesse processo. No Brasil, como de resto em muitos países, a chamada mídia privada (redes nacionais de rádio e tevê, jornais e revistas) é propriedade de algumas famílias, pouco mais de oito, literalmente a palavra família nesse caso tem o sentido mafioso.
A importância do controle da informação antiga. À época da guerra fria os dois lados faziam uso de potentes emissoras de rádio para veicular suas verdades, ou os fatos segundo seus interesses.
O mundo como é hoje, sob a tutela de uma única potência assentada em milhares de ogivas nucleares e com caráter terrorista, faz com que a informação seja decisiva noutra ponta do processo. O de desinformar e alienar o que levou um apresentador do principal telejornal brasileiro (o de maior audiência) a rotular o telespectador de idiota, comparando-o ao personagem Homer Simpson de uma famosa série de tevê nos EUA.
A rede mundial de computadores é uma realidade que neste momento coloca os donos do mundo (e da informação) em alerta. Acendeu a luz laranja, em alguns momentos a luz vermelha.
A necessidade de domar esse instrumento de liberdade está manifesta na farsa montada contra Julian Assange, fundador do site WIKIELEAKS, que trouxe a público documentos secretos do governo de Washington e revelou toda a barbárie, todo o cinismo que se esconde por trás da tal democracia exportada pelo complexo terroristas EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A para o resto do mundo.
Toda a teia intrincada de manobras, assassinatos seletivos, mentiras para justificar guerras, tortura, enfim, o que se possa imaginar em termos de boçalidade e principalmente objetivo final de controle absoluto de todo o mundo. O governo mundial submetido a verdade única (criada por eles, vendida por eles), bem mais cruel que o que se leu e se viu em O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO de Aldous Huxley, ou em 1984, de George Orwell.
O grande irmão é uma realidade.
Na prática, regredimos à Idade Média e já é possível encontrar filmes produzidos em Hollywood (meca do capitalismo/sionista), uma perspectiva de mundo destroçado, mas repleto de tecnologias de destruição (MAD MAX, lançado em 1979 na Austrália, dirigido por George Miller e que acabou conferindo a Mel Gibson o status de estrela do mundo do cinema).
Num futuro não tão distante do que temos hoje, num quadro apocalíptico, num deserto, gangues de motociclistas lutam pelo poder e aterrorizam as populações por um pouco de gasolina.
Qualquer semelhança com a ação dos EUA no Oriente Médio não é mera coincidência. O país sumiu, dissolveu-se, hoje é um complexo antevisto pelo general e ex-presidente Dwight Eisenhower (complexo industrial e militar), controlado por empresas petrolíferas, indústria de armas e setor financeiro. O próprio cidadão norte-americano perdeu sentido nesse processo, à medida que o ATO PATRIOTICO, base do terrorismo de Estado, permite o assassinato sem julgamento daqueles suspeitos de atos anti-EUA.
Esse terror se espalha pelo mundo inteiro e neste momento dissolve a Grécia, a Irlanda, a Espanha, como o fez com a antiga Grã Bretanha (hoje Micro-Bretanha), começa a chegar a Portugal e certamente vai chegar ao Brasil. Os últimos dados da política externa dos EUA mostram a secretária de Estado Hilary Clinton, uma das operadoras do terror, jantando com ex-presidente sul-americanos, dentre eles FHC, discípulos dessa seita doentia e insana, acima de tudo amoral.
Julian Assange está em prisão domiciliar na Inglaterra acusado de crimes sexuais, farsa montada pelo governo norte-americano através da colônia européia chamada Suécia, à espera de ser extraditado ou não e em seguida entregue a Washington, onde, é óbvio, vai sumir num campo de concentração Guantánamo ou qualquer outro.
A OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE –, principal braço terrorista do complexo na Europa, está alarmada com a presença de hackers identificados como ANONIMOUS, que invadiram seus computadores, seus sistemas de defesa e mostraram ao mundo que o ataque cruel e covarde à Líbia tem objetivos bem diversos daqueles veiculados pela GLOBO no Brasil, ou qualquer outra similar, o enorme braço midiático do terrorismo.
Jovens em todas as partes começam a se levantar à revelia de partidos carcomidos pelo poder de suas cúpulas podres (vale para o PT no Brasil) e a ir às ruas a partir de intensas mobilizações em redes sociais na Internet, sem uma definição precisa do que querem, muitas questões pontuais, mas acima de tudo um grito sobre o que não querem.
O modelo capitalista vigente, escravagista e que transforma o ser humano em robô, em peça de uma engrenagem perversa e montada em colunas imensas de hipocrisia.
Uma pesquisa recente revela que a maioria dos jovens não enxerga nos partidos a opção por mudanças e têm a Internet como “ferramenta política”.
A pesquisa foi realizada pela AGÊNCIA BOX 1824 e o Instituto Data Folha (ligado à FOLHA DE SÃO PAULO, um dos principais instrumentos da ditadura militar no Brasil, inclusive cúmplice de assassinato de presos políticos e hoje, porta-voz do braço partidário dos EUA, o PSDB).
Não há isenção no dado em si, ou boa informação na sua divulgação. Os resultados servem para orientar a necessidade – que é mundial do terrorismo de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A – de buscar caminhos para cercear a liberdade absoluta da rede mundial de computadores e ao mesmo tempo retomar o controle sobre a juventude.
Mais ou menos como em LARANJA MECÂNICA, livro do escritor inglês Anthony Burgess, que o notável diretor Stanley Kubrick transformou em um filme extraordinário e revelador do caráter opressor e doentio das elites políticas e econômicas inspiradas pelo poder divino do qual se revestem em sua hipocrisia santa.
Os dados revelados pela pesquisa são expressivos para uma análise simples.
Vamos voltar ao Espírito Santo e as manifestações estudantis. No estado não existe propriamente um governador, mas um capataz de empresas. O dinheiro público sustenta – estamos falando de informação – uma das muitas redes regionais de comunicação onde a venalidade é a regra geral, o item principal da razão de ser, falo da REDE GAZETA. Tevê (retransmite a GLOBO), rádio e jornal.
Noticiar as manifestações tudo bem, é um fato jornalístico. Definir as manifestações é outra história. É justificar o dinheiro público que sustenta a empresa (se sair esse dinheiro quebra). Dentro dessa lógica os protestos são noticiados, os manifestantes transformados em “baderneiros” e a Polícia Militar (organização terrorista escorada no tal mundo institucional) é sempre “obrigada” a intervir com “vigor”, para evitar “danos ao “patrimônio público” (esse patrimônio é usado por eles donos, para eles, serve a eles, mas é pago pelo cidadão comum).
À época da ditadura militar um dos instrumentos usados na resistência era repassar a barbárie do regime de terror à imprensa estrangeira para que repercutisse no País e poucos brasileiros pudessem tomar conhecimento do que de fato acontecia, tendo em vista a censura e a submissão de jornais, rádios e tevês como a GLOBO, a FOLHA DE SÃO PAULO, etc. Mas era e foi essencial para desmascarar a farsa democrática decidida em Washington.
Quando acontece, por exemplo, um crime como o que vitimou o ambientalista Chico Mendes, líder dos seringueiros na Amazônia e personagem mundial por sua luta, é como se um pouco de água tivesse feito transbordar o copo e aí não tem jeito. A notícia é dada, o fato é revelado e os responsáveis pelo crime demonizados, mas permanecem impunes, como garantidos permanecem os seus negócios, na exata medida que o assunto fica logo esquecido, ao contrário do caso Nardoni, onde a exacerbação do crime – que não tem motivos políticos e nem causa danos ao modelo, o que é fundamental para eles – se torna fator de alienação. De comoção nacional.
Qualquer mulher melancia, ou mulher laje mostrando seus atributos ao mercado será sempre bem vinda, ao contrário de protestos contra governos e empresas que controlam a mídia e fazem da mídia braço do controle que exercem sobre o País, no caso o Brasil.
A tevê RECORDE iniciou no último domingo uma série de reportagens sobre irregularidades cometidas por Ricardo Teixeira, presidente da CBF – CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL –. Ano passado a justiça decidiu contra a GLOBO sobre o direito de transmissão dos jogos do campeonato brasileiro e a RECORDE, como outras, entrou na briga junto aos clubes e a CBF para ficar com esse filé mignon do futebol – milhões de reais e índices elevados de audiência –,
Na briga das máfias da comunicação a GLOBO levou vantagem. Fez ofertas melhores que a RECORDE, que a REDE TEVÊ, manteve a exclusividade de transmissão de jogos do campeonato brasileiro. Briga de máfias.
Neste momento Ricardo Teixeira passa a não prestar para a RECORDE. Fosse o contrário, não prestaria para a GLOBO. No duro mesmo não presta para nada. Não há coragem alguma e nem compromisso com a informação séria nas denúncias contra o presidente da CBF. Há interesses e pseudo-jornalismo livre, independente.
A RECORDE pertence a um grupo de mafiosos liderados por Edir Macedo, com projetos políticos para o Brasil e ligado a estranhas operações da CIA e da MOSSAD em países do Oriente Médio. Tenta implantar seus templos/lojas de dízimo para ludibriar incautos cidadãos, na mesma forma que, neste momento, tenta mostrar jornalismo independente, tudo com objetivo político e ganhos, evidente.
Num dos programas da RECORDE, dentro de um planejamento estratégico, tático, uma cidade mineira foi alvo de reportagem sobre o terror dos bailes funks (droga, brigas de gangues, sexo em via pública, toda essa “cultura” vendida pela comunicação, vendida e combatida, uma ponta e outra).
Na semana seguinte o jornal O GLOBO circulou com um caderno especial sobre a dita cidade, acordo entre a Prefeitura – que é tucana, mas poderia ser petista, ou DEMocrata, é um clube de amigos e inimigos cordiais- e a empresa, publicidade arrecadada entre empresários muitos deles distantes dos objetivos do tal caderno e verba pública para custear o grosso do negócio.
A denúncia feita pela RECORDE é correta, até porque o jornalista que a fez é sério, ao contrário do caso Ricardo Teixeira. Mas o jogo dos grandes grupos não, e está presente em cada momento da comunicação no Brasil.
A expressão progressista encobre uma artimanha da falta de coragem de assumir o viés de luta popular. Falo agora de Internet. Antônio Ermírio de Moraes que devasta florestas Brasil afora e planta milhões de pés de eucaliptos para manter seus negócios, poderia se auto rotular progressista. Por que não? Na cabeça dele ele leva progresso onde chega. Como o cavalo de Átila. A grama não medra, mas é progresso, no entendimento deles e nas loas tecidas pela mídia.
Há um outdoor célebre quando da implantação da ARACRUZ no Espírito Santo, em que a agência de publicidade colocou o seguinte – “A ARACRUZ TRAZ O PROGRESSO, A FUNAI TRAZ OS ÍNDIOS”.
Ora a empresa e Ermírio de Moraes tomou, saqueou, roubou propriedade dos índios que estão lá desde a descoberta do Brasil. No afã de enganar o cidadão comum com essa conversa de progresso (dele e dos seus evidente), cunhou essa “preciosidade” preconceituosa e criminosa.
O ministro das Comunicações Paulo Bernardo vai dizer a “progressistas” que entregar a banda larga às grandes empresas de comunicação é um excelente negócio, vai levar Internet a todos os brasileiros e propiciar “democracia” nas comunicações. Progressistas vão bater palmas e achar que é assim.
Mas é o contrário. O custo da banda larga “democrática” que o ministro das empresas vai vender é pelo menos três vezes maior que a banda larga administrada pelo Governo ou pela comunidade.
Mas progressistas vão bater palmas.
O governo Dilma Roussef até agora é uma sucessão de equívocos, de biruta desgovernada, de direção contrária aos compromissos assumidos em campanha, mas chapas brancas vão estremecer de emoção à vista do ex-ministro José Dirceu, uma espécie de Cauby Peixoto da política (as fãs tentam agarrar, arrancar pedaços da roupa, etc, etc).
Mas e daí? É o que temos, o que escolhemos no segundo turno (votei em Ivan Pinheiro e depois em Dilma por exclusão).
Só que a presidente está prestes a transformar a PETROBRAS em única empresa petrolífera do mundo a não dispor de uma frota de petroleiros própria. Vai privatizar o esquema.
Os progressistas vão dizer que a decisão é fundamental para avançar mais à frente noutros pontos. Que pontos? Ajoelhar quando os colonizadores instalarem suas bases/negócios?
O tal Programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobras (PROMEF) está repassando a uma empresa chamada SETE BRASIL, a responsabilidade pela construção de 49 navios contratados pelo programa.
A PETROBRAS tem dez por cento da empresa SETE BRASIL, junto com a PREVI, PETROS, FUNCEF E VALIA e os bancos BRADESCO E SANTANDER os restantes noventa por cento. São os donos da frota petrolífera da empresa estatal. Está privatizada no acordo.
O governo é de Dilma, eleita por Lula, prometeu o contrário, não tem nada de progressista.
Essa empresa vai ser responsável pela construção futura de sondas para exploração do pré-sal. O dinheiro sai do cidadão via BNDES, os bancos lucram e o Brasil fica a ver os navios da privatização.
Progressismo?
O governo pagou a revitalização dos estaleiros existentes, a construção do estaleiro Atlântico Sul, mas os juros e os prazos para a SETE BRASIL são menores e subsidiados com prazos maiores, além das tarifas pagas a PETROBRAS menores que as de mercado, digamos assim, o custo dos afretamentos maiores (para a PETROBRAS que vai pagar por seus próprio navios), para “remunerar o capital desta nova empresa formada por banqueiros”.
Quem pode dizer que isso não é ser progressista?
É outra tentativa de controle da informação principalmente na Internet. Mas por trás disso estão inocentes e ingênuos lutadores, ludibriados por espertalhões dos grandes negócios da comunicação.
A luta que os estudantes do Espírito Santo, de São Paulo e várias partes do País nos mostra é que a comunicação não pode ter dono é nem sempre o que parece ser o é de fato.
Caso de Dilma (até agora pelo menos) e dos tais “progressistas”.
Entreguistas cairia melhor.
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
Blogueiros, organizai-vos!...., mas nem tanto.
Antonio Fernando Araujo*
Fala-se nos dias de hoje e podemos mesmo presumir que nas eleições presidenciais de 2002 alguns
dos atuais blogueiros já eram de certa forma atuantes na blogosfera e, com seus pitacos, certamente
deram uma colaboração ainda que modesta para a primeira eleição de Lula. Entretanto, foi só em
2010, mais precisamente em agosto, que esses precursores, junto com outros que foram surgindo
desde então, puderam reunir-se formalmente. Em janeiro de 2009, a ideia de um encontro chegou a
ser aventado no Fórum Social Mundial, de Belém do Pará. Mais tarde, em dezembro, ela foi
relembrada no Fórum de Mídia Livre e meses depois num Sujinho paulista com cerca de dez ativistas
blogueiros, aparentemente cutucados pelo jornalista Luiz Carlos Azenha foi finalmente aprovada, seria
em São Paulo. Ele teria se inspirado nos blogueiros progressistas norte-americanos que
aglutinaram-se numa cooperativa e conceberam o Netroots. Um encontro similar a esse marco
constituiu-se naquela noite em um objetivo daquele grupo. Em seguida foi a vez do Centro de Estudos
da Mídia Alternativa Barão de Itararé, fundado quase que na mesma ocasião, maio de 2010, à frente os
blogueiros Altamiro Borges e Cristina Lemes, esta do blog Viomundo, mobilizar o universo de
internautas em todo o Brasil. Finalmente, em 22 de agosto, sob o emblema “a liberdade da internet é
ainda maior que a liberdade de imprensa”, que o sr. Ayres Britto, ministro do STF garantira, puderam
então, ao final desse encontro, proclamar aquela que mais tarde seria conhecida como a Primeira
Carta dos Blogueiros Progressistas.
É claro que, só porque essa Carta reconheceu a necessidade de integrar mais os blogues, de
aprimorar a diversidade informativa, defendeu a neutralidade na rede, a regulamentação dos artigos da
Constituição que tratam da comunicação, o combate sem trégua às formas de censura e proposto o
acesso público e universal à banda larga, isso signifique que o projeto desafiante mais amplo de tornar mais democrático o espaço por onde hoje transitam as informações, o saber e a cultura já tenha sido edificado em seus termos estruturais, decorrido já quase um ano, quando cerca de 330 blogueiros e
ativistas, oriundos de 19 estados, a redigiram e aprovaram-na por unanimidade.
Entretanto, ainda que aquela Carta produzida em 2010, tenha se imposto para esse grupo de entusiasmados blogueiros como necessária, ela só ocorreu por ter sido preparada por uma espécie de mutação que se verificou no campo da percepção de que a mídia impressa tradicional já não satisfazia inteiramente as exigências de setores mais conscientes e intelectualizados e portanto mais exigentes que na sociedade buscam informações de conteúdo mais denso e, principalmente mais merecedoras de crédito. A velha mídia, à qual estava sujeito quase todo o time de consagrados jornalistas, há pouco mais de uma década viu seu poder econômico e político começar a definhar em favor de uma nova geração de articulistas, os blogueiros, forjada no bojo do desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação verificadas especialmente no campo da informática, via internet. E se imaginarmos que em 1999, segundo o blogueiro Renato Rovai, não havia mais do que 50 blogues e em fins de 2010, segundo estudo da Technorati “State of Blogosphere”, citada por ele, já somavam mais de 130 milhões, não há dúvida de que "o fim da era do monopólio da informação, há muito já foi decretado".
A par dessa realidade - que não é nosso objetivo rever aqui -, trago à tona uma questão que também salta aos olhos. De que forma esses pioneiros da blogosfera começaram a se articular a tal ponto de, num tempo relativamente curto, tenha sido possível perceber que, de fato, essas novas mídias eletrônicas - e agora destaco as redes sociais que germinaram nesse mesmo período - começaram a fazer um contraponto jornalístico às opiniões e fatos divulgados pela imprensa tradicional - jornais, revistas, rádios e TVs - controlada por meia dúzia de famílias no Brasil? Ora, respondo, simplesmente, não se articularam e ainda assim passaram a contribuir para que mudasse radicalmente a face da comunicação ao inaugurarem, de uma forma quase anárquica, um capítulo novo na história da modernidade ao recusarem organizar-se nos velhos moldes dos sistemas jornalísticos em que uma estrutura piramidal estabelece o conteúdo do que será impresso ou exibido, levando em conta quase
sempre e apenas os interesses mercadológicos ou políticos do conjunto patronal que os dirige. Nada
disso, respondem ainda os blogueiros, não há nenhuma "autoridade" acima deste cidadão ou cidadã,
senhor ou senhora de suas opiniões, fontes e autores de suas próprias verdades porque são capazes
de avaliar o mundo e os acontecimentos em volta, desenvolver com os olhos da inteligência, da honestidade, da ética e da boa-fé, uma intensa atividade civilizatória, livres e soberanos no exercício
das suas razões, libertos das ordens emanadas de patrões e refletindo assim a imensa pluralidade de
opiniões e valores existentes no conjunto da sociedade.
Está claro então que no horizonte da luta blogueira se interpõem uma nova "classe" em ascensão de
comunicadores independentes, jornalistas, ativistas das redes, colaboradores e comentadores na
trincheira dos seus blogues e microblogues, e a velha mídia, estruturada como fonte de receita e lucro,
dependente dos esquemas tradicionais de produção, distribuição e consumo. Os primeiros, em espaços de debates múltiplos, não raro sobre um mesmo assunto, trocas e mais trocas de opiniões, o contraditório à flor da pele, o vai-e-vem de comentários, de concordâncias e discordâncias num ambiente dinâmico, ágil e gratuito, totalmente inconcebível quando se pensa nos diagramas engessados, de opiniões e relatos de mão e pensamentos únicos da imprensa tradicional, aquela que, por ter se partidarizado, inspirou o veterano jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim a cunhar a bem-humorada sigla PiG, do Partido da imprensa Golpista, inspirado naquilo ao qual o deputado
Fernando Ferro (PT-PE) aludia enquanto analisava o papel que essa poderosa imprensa desempenhou em 2005-2006 - até então, ainda a única formadora de opinião -, tendo em mente a ideia de desestabilizar e depor o governo Lula, às voltas com o fantasioso esquema do "mensalão".
Mas engana-se quem imagina que, ao longo desse tempo, os blogueiros tornaram-se uma espécie de
confraria, de uma seita ou de um partido político e daí teria advindo essa força que já incomoda tanto. Nada disso. Nenhum laço orgânico os une a não ser eventuais convergências de ideias, algumas metas comuns em decorrência de uma empreitada a ser levada a cabo, uma determinada atmosfera cultural ou política que os aproxima e os fazem participar de uma espécie de "espírito comum" ainda que tudo isso se manifeste através de múltiplos pontos de vista, em uma imensa variedade de blogues distintos, cada um portando sua "cara", como se fosse a marca própria da sua vitalidade e da aversão aos vícios e maus costumes dos grandes veículos da mídia tradicional que com o passar do tempo cristalizaram-se em torno do descomunal poder de quem eu chamo de "a grande família G.A.F.E. da imprensa", o onipresente quarteto, Globo, Abril, Folha e Estadão.
"O que fazem agora, esses blogueiros históricos de modo audaz, é tomar para si o necessário e autêntico protagonismo de quem escreve, diariamente, essa nova história que constroem com sua militância nacionalista, desinteressada, democrática, 'utópica'. Esses brasileiros audazes, que caminham 'sobre as águas desse momento', estão mudando a cara da comunicação no Brasil. Quem viver verá. O Brasil muda e a gente muda junto com ele", vibrou com acerto Lula Miranda, no sítio Carta Maior.
Assim, é com natural apreensão que vejo surgir na dimensão desses verdadeiros propagandistas e
agitadores de uma nova era no campo da comunicação, alguns esboços de projetos que visam
aglutinar os blogueiros em associações, cooperativas ou movimentos. Mal percebem que esses revolucionários, não necessariamente progressistas (ou pelo menos até que se acure melhor o significado do termo) que há 10 anos partiram para o assalto do poder midiático foram beber na fonte de um rico manancial de ideias que desde a aurora da humanidade teima em se manter viva no espírito de todos os povos e no de cada cidadão, a independência. A luta de cada um no sentido de dissipar qualquer ranço de arcaísmo oriundo da imprensa comercial fica evidente e logo transparece na ânsia de reconstruir com a sociedade um vínculo da lealdade que foi quebrado no instante em que aquela mídia abandonou seus compromissos com a verdade. E como já foi dito, essa reconstrução, para ser autêntica, para que represente de fato uma ligação umbilical com o novo, terá que ser múltipla, não se apresentar como um uno, como uma doutrina sistemática oriunda de um partido ou condomínio homogêneos, provedores de um aparato ideológico mais do que suficiente para que, em pouco tempo, se reproduzam os habituais rachas nessa "unidade na diversidade" e proliferem um sem número de associações, cada uma atada às idéias próprias de seu grupo partidário numa disputa que em nada traduzirá os anseios que a história lhes reservou como o seu momento: a construção de um antídoto a esse "porre que é o pensamento único" (L.C. Azenha), tão bem definido, pensamentos únicos que a partir daí encontrarão abrigo nos diversos agrupamentos, que passarão então a reproduzir entre os seus, os mesmos conflitos e as mesmas feições da mídia arcaica que está em crise e contra a qual tanto lutaram. Como quase sempre se constata entre as esquerdas o adversário original então cede lugar ao grupo ideológico vizinho que tendo desafinado num parágrafo do texto ou numa esquina da luta tornou-se o inimigo maior a ser desmoralizado e abatido.
A par desses temores é importante contudo assinalar que, sem que representem ameaças à autonomia dos autores, se criem mecanismos para prover de recursos financeiros blogueiros, ativistas e colaboradores, entre outras iniciativas, democratizando as verbas publicitárias governamentais. É inadiável que esforços sejam feitos para que uma manta de proteção jurídica se estenda sobre a liberdade de expressão dos que se dedicam ou colaboram com os blogues. É vital que se crie o Conselho Nacional de Comunicação e que políticas públicas ampliem o acesso da população a essa mídia eletrônica para que as mensagens desses visionários e livres pensadores cheguem intactas a uma sociedade que se almeja emancipada, autônoma, livre dos preconceitos do passado, moderna e educada para perceber o papel político que lhes cabe desempenhar a cada virada de página.
Qual organização horizontal ou transversal deverá brotar, fruto dessa necessidade objetiva, é algo que
concretamente surgirá da prática política como tem sido até hoje, ancorada primordialmente na ampla
autonomia exercida em todo o seu potencial por cada blogueiro ou ativista e em encontros locais como já vimos acontecer, como nesse nacional que ora ocorre em Brasília e em outros que ainda veremos ao longo deste 2011 e nos anos vindouros. Propostas de lutas, linhas de atuação e mobilização, os novos fatos suscitando outros debates que a dinâmica da comunicação se incumbirá de ir dando feições originais e, a pleno vapor, a "liberdade da internet", a mesma preconizada pelo ministro Britto, livre das amarras que se utilizam para frear as utopias. Daí reafirmo, blogueiros e ativistas, organizai-vos!..., mas nem tanto.
*Antonio Fernado Araujo é colaborador deste Blog
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sexta-feira, 3 de junho de 2011
Carta dos Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro
Somos jovens, somos não tão jovens. Somos homens e mulheres, meninas e meninos. Temos todas as cores, todas as religiões, diferentes crenças ideológicas, mas apenas um compromisso: liberdade com justiça social. Somos centenas e não baixamos a cabeça para ninguém. Somos os blogueiros progressistas do estado do Rio de Janeiro.
No atual estágio da luta de classes, a blogosfera é uma trincheira fundamental na defesa dos trabalhadores contra a selvageria e crueldade do capitalismo. Nossos blogs tornaram-se ferramentas de grande utilidade nas batalhas cotidianas contra as mentiras contadas e recontadas diariamente pela velha mídia golpista. Milhares de blogs nascem a cada dia, como flores anunciando a primavera. A cada embuste desferido pelos tradicionais meios de comunicação, ganha força o ativismo nas redes sociais, temperado no fogo da luta!
Como na bela canção de Chico Science, percebemos que “nos organizando podemos desorganizar”. Seguiremos nessa toada enquanto a ditadura da mídia prosseguir obstruindo um debate político mais livre. Depois disso, outras frentes de batalha virão, porque a luta pela justiça social é eterna.
Nos dias 6 a 8 de maio deste ano, realizamos o I Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro. Com a presença de mais de 200 blogueiros de todo o estado (e vários de outras regiões do país) trocamos experiências, acumulamos debate, confraternizamo-nos alegremente, manifestamo-nos corajosamente em frente à sede da Rádio CBN - a rádio que troca a notícia –, e aprovamos a criação da Associação de Blogueiros do Estado do Rio de Janeiro (ABERJ).
Se você é blogueiro ou simpatizante da blogosfera e se indigna com a opressão midiática, então você é nosso companheiro.
Blogueiros Progressistas de todo o mundo, uni-vos!
Entre as propostas aprovadas na assembleia final do I Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas do Rio de Janeiro estão:
- Apoio a PEC da Banda Larga;
- Defesa da neutralidade da rede;
- Luta pela aprovação do Conselho Estadual de Comunicação;
- Criação do Marco regulatório da comunicação;
- Pela simplificação da regularização das rádios comunitárias;
- Criação da "Associação dos Blogueiros do estado do Rio de Janeiro - ABERJ";
- Criação de uma linha de publicidade pública para blogs;
- Apoio a PEC da Banda Larga;
- Defesa da neutralidade da rede;
- Luta pela aprovação do Conselho Estadual de Comunicação;
- Criação do Marco regulatório da comunicação;
- Pela simplificação da regularização das rádios comunitárias;
- Criação da "Associação dos Blogueiros do estado do Rio de Janeiro - ABERJ";
- Criação de uma linha de publicidade pública para blogs;
- Defender a simplificação dos processos de legalização de rádios comunitários;
- Moção de solidariedade ao blogueiro Esmael Morais, do Paraná, perseguido pelo governo daquele estado;
- Moção de solidariedade ao blogueiro carioca Ricardo Gama, que sofreu um hediondo atentado, no Rio de Janeiro, provavelmente em virtude de suas denúncias políticas.
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domingo, 1 de maio de 2011
Encontro de blogueiros e mídias sociais do Espirito Santo A informação como direito fundamental do cidadão - Direitos humanos
Nos dias 3, 4 e 5 de junho estarão reunidos em Vitória, Espírito Santo, blogueiros do estado, de outras regiões do País e organizações sindicais, do movimento popular, no ENCONTRO DE BLOGUEIROS E MÍDIAS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO – A INFORMAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DO CIDADÃO, cujo objetivo é o de debater o papel da rede mundial de computadores – INTERNET – no processo de comunicações, o seu caráter revolucionário e temas políticos no sentido lato, sem qualquer caráter partidário, ou de grupos, dentro do campo progressista.
O ENCONTRO DE BLOGUEIROS E MÍDIAS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO – A INFORMAÇÃO COMO DIREITO FUNDAMENTAL DO CIDADÃO acontecerá na Assembléia Legislativa do Estado e será aberto na sexta-feira, dia 3, com a exibição do filme UTOPIA E BARBÁRIE do diretor Sílvio Tendler, seguida de um debate com a presença do próprio Tendler.
O mandato do deputado GENIVALDO LIEVORI, membro da Comissão de Direitos da Assembléia, disponibilizou o local, através de procedimentos para tal e os instrumentos necessários para viabilizar a operacionalidade do evento.
No sábado, dia 4, e domingo, dia 5, os presentes se debruçarão sobre temas como
A INTERNET COMO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO, A QUESTÃO JURÍDICA, O FINANCIAMENTO E AS NOVAS FORMAS DE JORNALISMO.
A PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PROCESSO POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL A PARTIR DAS CIDADES, ESTADOS E MUNICÍPIOS – OS MOVIMENTOS SOCIAIS
O MUNDO QUE VIVEMOS, O MUNDO QUE QUEREMOS.
A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA. AS REVOLTAS ÁRABES e
A REFORMA POLÍTICA .
Estarão presentes entre os conferencistas convidados o ex-deputado Milton Temer, o advogado Carlos Cobacho, os jornalistas Mário Augusto Jakobskind, José Milbs e Laerte Braga, que tentarão, junto a outros nomes buscar um debate amplo, sem limites impostos por partidos, grupos, ou mídias tradicionais, governos, etc, reafirmando os caminhos da liberdade de expressão e que possam fazer dessa nova realidade do mundo das comunicações, um agente transformador com avanços concretos consolidando posições básicas, a principal delas, INFORMAÇÃO, DIREITO FUNDAMENTAL DO CIDADÃO.
Dentro de dez dias a comissão organizadora irá divulgar o programa completo, já que mostras paralelas de artes, cinema, teatro e apresentações de grupos culturais do Espírito Santo estarão acontecendo no local do evento.
Uma delas, o resgate do papel da mídia alternativa no combate à ditadura militar e da luta pela abertura dos baús do regime que sufocou o País por vinte anos.
Marcelo Saldanha, consultor de Tecnologias da Informação, estará presente num evento e num stand do encontro discutindo e informando sobre a BANDA LARGA COM AUTONOMIA CIDADÃ, sem interferência das grandes empresas privadas, que limitam e transformam essa importante conquista em fator de lucro dificultando o processo de formação popular.
O encontro deixará claro o absoluto repúdio a toda e qualquer espécie de censura na INTERNET, ou controle por grandes veículos desse canal de comunicação, acentuando sua força transformadora.
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