17/03/2013 - da Redação do site RedeDemocratica
Um dos maiores crimes contra o povo brasileiro está com data marcada para acontecer em maio.
Não é a derrota da seleção brasileira. Nem o atraso das obras de um estádio para a Copa.
Também não se trata da separação de um casal de artistas famosos.
Nem de uma armadilha para o mocinho da novela das oito.
Isso mesmo, o petróleo que deveria ser nosso, do povo brasileiro irá para as mãos de empresários megamilionários, brasileiros e estrangeiros.
Se aceitarmos esse crime esqueça a ideia de utilizar esse recurso para transformar a educação e saúde públicas, construção de moradias populares, fazer acontecer a reforma agrária, desenvolver transportes de massa, espalhando metrôs, trens e barcas confortáveis e baratos pelo Brasil.
Inclusive, iremos perder a possibilidade de definir o ritmo de exploração do petróleo nacional e construir um plano concreto de mudança de matriz energética, desenvolvendo em larga escala energias limpas que substituam os poluentes combustíveis atuais.
Os movimentos sociais são contra a privatização do petróleo por entender que esse recurso deve ser de todo o povo e não apenas gerar lucro para poucos.
O governo do presidente Fernando Henrique criou um modo de entregar nosso ouro negro, o que ele chamou de Rodadas de Licitação de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás.
O Lula continuou com esse processo de leilões.
E Dilma, infelizmente, marcou a 11ª rodada para maio desse ano.
Vamos assistir calados à entrega desses recursos que poderiam mudar a vida do nosso povo tão sofrido?
Muitos lutadores brasileiros, jovens e idosos, estudantes e trabalhadores, mulheres e homens, decidiram que não!
A questão dos leilões é muito mais grave que a questão dos royalties.
Enquanto os royalties representam apenas 10% da renda do petróleo, os leilões envolvem todos esses recursos.
Queremos discutir “o elefante inteiro” e não “apenas o seu rabo”.
Enquanto todos brigam pelos royalties, para onde vão os outros 90%?
Mas por que a urgência?
No dia 11 de março, a Agência Nacional de Petróleo apresentou o edital sobre a 11ª Rodada de Licitação do Petróleo.
No edital, estava prevista a realização de um seminário.
Em plenária dos movimentos sociais que participam da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, foi aprovada um ato de protesto durante o evento.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias [http://www.apn.org.br/w3/index.php/manchetes/urgente/5349-urgente-ato-contra-a-venda-do-petroleo-brasileiro]
Vergonha e Covardia
- Por Francisco Soriano de Souza Nunes
Você sabia que a Audiência Pública sobre a 11ª Rodada, pela primeira vez na História do Brasil, foi realizada dentro de um quartel das Forças Armadas?
Foi na Escola de Guerra Naval, avenida Pasteur, 480, na Urca (RJ), no dia 19/02/2013, quase em segredo.
Nove dias depois da audiência já realizada, foram colocados a venda mais 117 Blocos, o que constitui mais uma aberração porque tais blocos não constaram da referida Audiência.
Vide a notícia abaixo:
28/02/2013 - autorizado mais 117 blocos exploratórios de petróleo e gás na 11ª rodada de licitações - Gabriel Palma - Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou hoje (28), por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União, que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) inclua 117 áreas na 11ª rodada de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural.
O governo acrescentou 65 blocos na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá; seis na do Espírito Santo; dez na de Pernambuco-Paraíba e 36 na bacia terrestre de Tucano Sul, na Bahia.
Agora serão 289 blocos a serem leiloados em 14 e 15 de maio. A ampliação foi solicitada pela presidenta Dilma Rousseff no mês passado, de acordo com a Agência Brasil.
Fonte:
http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=4098:ato-contra-a-venda-do-petr%C3%B3leo-brasileiro
Nota:
A inserção de algumas imagens adicionais, capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade, elas inexistem no texto original.