Laerte Braga
É uma ilusão vendida pela mídia privada em quase todo o mundo a neutralidade do exército egípcio na crise que vai levando de roldão a ditadura do general Hosni Mubarak. Os velhos generais que controlam as forças armadas são ligados ao ditador, aliados de Israel e corrompidos pelos trinta anos de poder e privilégios.
Se ainda não houve um massacre de revoltosos civis e desarmados é porquebuscam uma alternativa a Mubarak que não mude coisa alguma. E porque não querem chocar o mundo com um banho de sangue. É resultado da ação dos Estados Unidos e suas colônias européias e dos interesses do governo nazi/sionista de Israel. É necessário não deixar rastros da barbárie.
A mídia independente em países europeus, mesmo privada, já noticia que aviões israelenses desembarcaram no Cairo com armas especiais para dispersar protestos, manifestações, enfim, por fim à rebelião.
Em dois de setembro de 1945 Ho Chi Min proclamou a independência da República Democrática do Vietnã. Na derrota militar francesa em Dien Bien Phu, a partilha do Vietnã ficou consolidada até a expulsão dos norte-americanos, no início da década de 70 do século passado.
Os norte-americanos ao perceberem a iminência da derrota dos franceses ofereceram duas bombas atômicas emprestadas para que Paris pudesse fim à guerra. Os franceses tiveram o bom senso de não aceitá-las.
Na década de 80 do século XX Israel colocou à disposição do presidente branco da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, uma bomba atômica para acabar com a luta do povo negro e garantir a hegemonia da população branca, minoritária.
Era tarde. A mesma bomba foi oferecida a Pieter Willem Botha. Em 1994, após anos na prisão, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul e terminava o regime do apartheid.
São Tomás de Aquino entendia que a guerra pode ser justa desde que preencha condições como ser declarada por uma autoridade legítima, ser por uma causa justa e ser conduzida sem ódio e excluindo a mentira (Suma Teológica, II, 40.).
Se ainda não houve um massacre de revoltosos civis e desarmados é porquebuscam uma alternativa a Mubarak que não mude coisa alguma. E porque não querem chocar o mundo com um banho de sangue. É resultado da ação dos Estados Unidos e suas colônias européias e dos interesses do governo nazi/sionista de Israel. É necessário não deixar rastros da barbárie.
A mídia independente em países europeus, mesmo privada, já noticia que aviões israelenses desembarcaram no Cairo com armas especiais para dispersar protestos, manifestações, enfim, por fim à rebelião.
Em dois de setembro de 1945 Ho Chi Min proclamou a independência da República Democrática do Vietnã. Na derrota militar francesa em Dien Bien Phu, a partilha do Vietnã ficou consolidada até a expulsão dos norte-americanos, no início da década de 70 do século passado.
Os norte-americanos ao perceberem a iminência da derrota dos franceses ofereceram duas bombas atômicas emprestadas para que Paris pudesse fim à guerra. Os franceses tiveram o bom senso de não aceitá-las.
Na década de 80 do século XX Israel colocou à disposição do presidente branco da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, uma bomba atômica para acabar com a luta do povo negro e garantir a hegemonia da população branca, minoritária.
Era tarde. A mesma bomba foi oferecida a Pieter Willem Botha. Em 1994, após anos na prisão, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul e terminava o regime do apartheid.
São Tomás de Aquino entendia que a guerra pode ser justa desde que preencha condições como ser declarada por uma autoridade legítima, ser por uma causa justa e ser conduzida sem ódio e excluindo a mentira (Suma Teológica, II, 40.).
João XXIII na encíclica MATER ET MAGISTRA considera válidos os recursos da luta armada quando esgotados todos os demais. Essa posição não foi revista pelo papa Paulo VI e nem no breve período de João Paulo I, o cardeal Albino Luciani. Os dois “papas” seguintes, João Paulo II e o atual Bento XVI tiveram e têm o caráter fascista da igreja absolutista e medieval. Bárbara.
São criminosos.
Os egípcios vivem um dilema. Não querem a ditadura militar de Mubarak e seus generais. Não toleram Omar Suleiman, o vice-presidente, ligado aos EUA e a Israel (responsável pelo massacre de milhares de palestinos que fugiam do genocídio do estado nazi/sionista, pela fronteira entre os dois países, Egito e Israel) e não acreditam que os velhos e corrompidos generais sejam capazes de restaurar a dignidade nacional e os direitos elementares do povo.
A neutralidade dos militares é apenas a impossibilidade de massacrar o povo, o temor de um conflito que se espalhe por todo o Oriente Médio e ponha em risco os interesses dos norte-americanos e de Israel.
Quando os EUA ofereceram à França duas bombas atômicas para por fim à guerra da antiga Indochina nem por um instante se preocuparam com os milhares de mortos caso o governo de Paris tivesse aceito a oferta.
Não tiveram essa preocupação nem em Hiroshima e nem em Nagazaki quando a guerra já estava ganha e as duas bombas foram manifestações estúpidas de força e terrorismo.
Nem Israel se preocupou com os negros africanos quando ofereceu uma bomba nuclear ao governo racista da África do Sul.
O que importava ali, nas duas ocasiões, como o que importa hoje, são os “negócios”.
A Europa Ocidental é uma região do mundo colonizada pelos Estados Unidos. Países como a Grã Bretanha, Suécia, Itália, Alemanha não têm autonomia alguma diante de Washington.
Os povos africanos, asiáticos, latino-americanos e o povo muçulmano são os alvos do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
Na década de 60 assumiram o controle das forças armadas dos países latino-americanos (a exceção de Cuba) e impuseram ditaduras cruéis e um poder militar sem entranhas. No Brasil inclusive.
Despejam na Somália lixo atômico e consideram os somalis piratas por se revoltarem contra essa violação clara de sua soberania.
Controlam a mídia privada em boa parte do mundo e se sustentam tanto no espetáculo como no terror dos seqüestros, assassinatos seletivos, campos de concentração, guerras contínuas onde a vitória não importa, importam os negócios.
Os velhos generais egípcios e toda a sua arrogância – Mubarak é um deles –foram derrotados em todas as ações militares que tentaram empreender contra Israel e acabaram aceitando a tutela norte-americana (e o dinheiro lógico). São podres, estão carcomidos pela incompetência, pela corrupção e pela absoluta ausência de compromisso com o Egito.
Não são diferentes da maioria esmagadora das forças armadas em todo o mundo, inclusive a nossa (não aceita a história real da ditadura, prefere manter oculta toda a barbárie do período).
O indicativo de todo esse preconceito veio no discurso do primeiro-ministro britânico, David Cameron, moleque de recados dos EUA, ao anunciar que o multiculturalismo fracassou. Não é bem assim. Não interessa aos “donos” que o multiculturalismo seja uma realidade à medida que atrapalha os negócios e
tanto a guerra como o terrorismo são grandes negócios.
A revolução egípcia não se resume à queda de Hosni Mubarak, um velho corrupto general/ditador. Omar Suleiman é inaceitável para o povo.
Reformas constitucionais não vão garantir aos egípcios que suas vontades e aspirações se materializem. A constituição é autoritária, resulta de um regime ilegítimo.
Estamos assistindo ao começo do fim de um grande império, o norte-americano. O presidente que cava mais fundo a cova desse império é um branco engraxado com graxa preta.
Esse tempo é o tempo da história, não é o tempo cronológico que quase sempre temos como referência.
A revolução egípcia, como antes a revolução islâmica no Irã, transcendem ao Egito, estão para além das fronteiras do Irã e não diz respeito apenas aos muçulmanos.
Mas a todos os africanos, a todos os asiáticos, a todos os latino-americanos. Aos povos do leste europeu onde as hordas de bárbaros dos EUA tentam chegar das mais variadas formas.
É mais ou menos como disse um cidadão comum da Ucrânia. “Estamos ficando cansados de ver nossas mulheres prostituídas pelo Ocidente e os nossos povos escravizados pelo imperialismo dos americanos”.
É bem mais amplo o espectro da revolta de egípcios.
Querem nos fazer crer, através da mídia privada e podre, que muçulmanos são bárbaros, são cruéis, atrasados, para que aceitemos a realidade de assassinos que matam professores e colegas em escolas por conta de uma nota baixa. Querem nos tornar obesos em todos os sentidos com os sanduíches Mcdonalds e toda a parafernália hollywoodiana que exportam.
O império está em declínio e a sociedade norte-americana está doente.
EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, a despeito dos discursos de paz e democracia, neste momento, se tornam bem mais perigosos, pois estão começando a perceber que não basta dar os anéis, terão que dar os dedos também.
E não há ódio no coração dos egípcios. Maomé não revelou o ódio. A misericórdia sim. Mas a passividade diante dos inumanos não. Norte-americanos e nazi/sionistas não são humanos e o próprio povo de Israel
começa a perceber essa realidade.
O mundo não se encerra em minúsculas doença Faustão ou BBB, mas na grandeza do ser humano como tal.
É o que começa a ser mostrada no Egito, uma nação que traz consigo o germe de uma cultura extraordinária e uma história que não comporta nem gente como os velhos e corruptos generais Mubarak, muito menos Suleiman.