03/09/2013 - por Dale Gavlak and Yahya Ababneh
- publicado por Thoth3126
- Submetido por Tyler Durden em 30/08/2013
- Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
- http://www.zerohedge.com
Sírios sobreviventes em Ghouta acusam a Arábia Saudita pelo fornecimento de armas químicas para ataque dos rebeldes.
Como nós mostramos poucos dias atrás, parece que a verdade sobre quem é o verdadeiro mestre dos fantoches no Oriente Médio está se tornando mais e mais claro de ser observado.
Enquanto o presidente Obama esta ”certo” de que os ataques químicos ocorreram por ordem de al-Assad, a MPN reporta e publica algo bem diferente.
Como nós mostramos poucos dias atrás, parece que a verdade sobre quem é o verdadeiro mestre dos fantoches no Oriente Médio está se tornando mais e mais claro de ser observado.
Enquanto o presidente Obama esta ”certo” de que os ataques químicos ocorreram por ordem de al-Assad, a MPN reporta e publica algo bem diferente.
A discussão incrivelmente franca entre e chefe da espionagem na Arábia Saudita, o príncipe Bandar e Vladimir Putin presidente da Rússia, denunciou um complô muito mais profundo que está em andamento na Síria e com os seguintes detalhes das pessoas reais no terreno na região (Ghouta) quimicamente atacada da Síria que sugerem que o (des)governo de Barack Obama está caindo direto no plano dos sauditas.
Enquanto o presidente Obama está “certo” de que os ataques químicos ocorreram por ordem de al-Assad, a MPN reporta e publica algo bem diferente, com inúmeras entrevistas com médicos residentes em Ghouta, com combatentes rebeldes e suas famílias, um quadro completamente diferente começa a emergir da situação.
O príncipe da Arabia Saudita Bandar bin Sultan, chefe do serviço de inteligência da Arábia Saudita.
Muitos acreditam que "certos rebeldes receberam armas químicas através do chefe da inteligência saudita, o príncipe Bandar bin Sultan, e que os rebeldes foram responsáveis por realizarem o ataque com gás venenoso que matou cerca de um mil e quinhentas pessoas.“
A narrativa dos fatos para consumo público trombeteada pela mídia controlada é bem conhecido e bastante claro – tudo foi culpa de Bashar al-Assad.
Mas a realidade pode ser outra …
Via MPN, a partir de inúmeras entrevistas com médicos, de pessoas residentes em Ghouta, de combatentes rebeldes e suas famílias, um quadro diferente emerge. Muitos acreditam que certos rebeldes receberam armas químicas, através do chefe de inteligência saudita, o príncipe Bandar bin Sultan, e que eles foram responsáveis por realizar o ataque com gás venenoso.
“Meu filho (um rebelde) veio conversar comigo há duas semanas, perguntando o que eu pensava sobre as armas que ele havia sido convidado a utilizar”, disse Abu Abdel-Moneim, o pai de um combatente rebelde lutando para derrubar Assad, que mora em Ghouta.
Abdel-Moneim disse que o seu filho e outros 12 rebeldes foram mortos dentro de um túnel usado para armazenar armas fornecidas por um militante saudita, conhecido como Abu Ayesha, que estava liderando um batalhão de luta dos rebeldes.
O pai descreveu as armas como tendo uma “estrutura do tipo tubular”, enquanto outras armas eram como uma “enorme garrafa de gás”.
Os habitantes da cidade de Ghouta disseram que os rebeldes estavam usando mesquitas e casas particulares para dormir enquanto o armazenamento de suas armas era feito em túneis.
Cerca de um mil e quinhentas pessoas morreram na região de Ghouta vitimadas pelo uso de armas químicas.
Abdel-Moneim disse que seu filho e os outros “rebeldes” morreram durante o ataque com armas químicas. Nesse mesmo dia, o grupo militante Jabhat al-Nusra, que está ligado à al-Qaeda, anunciou que seria semelhante atacar civis no reduto do regime de Assad em Latakia na costa oeste da Síria, em uma suposta retaliação.
“Eles não nos disseram o que essas armas eram ou como usá-las“, queixou-se uma lutadora rebelde chamada ‘K.’ ”Nós não sabíamos que elas eram armas químicas. Nós nunca imaginaríamos que fossem armas químicas.“
“Quando o príncipe saudita Bandar dá tais armas para as pessoas, ele deveria dar para aqueles que soubessem como lidar e usá-las”, ela advertiu.
Ela, assim como outros rebeldes sírios combatentes, não quer usar seu nome completo por medo de represálias.
Um líder rebelde conhecido em Ghouta chamado como ‘J’ concordou. “Militantes da al-Nusra Jabhat não cooperam com outros rebeldes, exceto com os combates em terra. Eles não compartilham informações secretas. Eles simplesmente usaram alguns (n.t. imbecis) rebeldes comuns para transportar e operar este material “, disse ele.
“Nós estávamos muito curiosos sobre essas armas. E, infelizmente, alguns dos nossos combatentes manusearam indevidamente essas armas e detonaram-nas“, declarou o combatente rebelde ’J’.
Médicos que atenderam as vítimas das explosões das armas químicas advertiram aos entrevistadores que deveriam ter cuidado com perguntas a
respeito de quem, exatamente, foi o responsável pelo mortal ataque.
O grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras acrescentou que os trabalhadores de saúde que auxiliaram e socorreram os mais de 3.600 pacientes também relataram ter sintomas semelhantes, incluindo espumar pela boca, dificuldade respiratória, convulsões e visão embaçada.
O grupo de Médicos sem Fronteiras não foi capaz de verificar as informações de forma independente.
Mais de uma dúzia de combatentes “rebeldes” (ou melhor seria dizer mercenários?) entrevistados relataram que seus salários SÃO PAGOS pelo
governo SAUDITA.
Sobre os autores deste relatório:
Dale Gavlak é correspondente no Oriente Médio para a Mint Press News e Associated Press. Gavlak esta estacionado em Amã, capital da vizinha Jordânia para a Associated Press por mais de duas décadas. Um especialista em assuntos do Oriente Médio, Gavlak cobre atualmente a região do Levante do Oriente Médio para a AP, National Public Radio e Mint Press News, escrevendo sobre temas como política, questões sociais e as tendências econômicas. Dale tem um mestrado em Estudos do Oriente Médio da Universidade de Chicago. Contate Dale em dgavlak@mintpressnews.com
Yahya Ababneh é um jornalista freelancer jordâniano e está atualmente trabalhando em um mestrado em jornalismo, ele cobriu eventos na Jordânia,
Líbano, Arábia Saudita, Rússia e Líbia. Suas histórias têm aparecido em Amã Net, Saraya News, Gerasa News e em outros lugares.
Para aqueles que podem ter esquecido, aqui estão os detalhes que foram expostos alguns dias atrás …
Quais foram algumas das revelações impressionantes feitas pelos sauditas?
Primeiro esta:
O príncipe saudita Bandar disse a Vladimir Putin, presidente da Rússia,
“Temos muitos valores em comum. E objetivos que nos unem, principalmente a luta contra o terrorismo e o extremismo em todo o mundo. A Rússia, os EUA, a União Europeia e os sauditas concordam com a promoção e consolidação da paz e da segurança internacional."
"A ameaça terrorista está crescendo em função dos fenômenos gerados pela Primavera Árabe. Perdemos (n.t. O CONTROLE de) alguns regimes. E o que temos em troca foram experiências terroristas, como evidenciado pela experiência da Irmandade Muçulmana no Egito e os grupos extremistas na Líbia”. …
“Como um exemplo, eu posso te dar uma garantia para proteger os Jogos Olímpicos de Inverno na cidade de Sochi, no Mar Negro no próximo ano.
Os grupos tchechenos que ameaçam a segurança dos jogos são controlados por nós, e eles não vão se mover em direção ao território da Síria sem uma coordenação conosco.
Esses grupos não nos assustam. Nós os usamos para enfrentar o regime sírio, mas eles não terão nenhum papel ou influência no futuro político da Síria“
É bom saber que os sauditas admitiram que eles controlam uma organização terrorista criminosa que “ameaça a segurança” dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, e que a casa de SAUD os usa “contra o regime sírio“. Talvez a próxima vez que houver um atentado em Boston por alguns terroristas chechenos relacionados, alguém pode perguntar a Arábia Saudita que, se por acaso, eles saberiam algo a respeito.
Mas a peça de resistência é o que aconteceu no final do diálogo entre os dois homens, o presidente da Rússia e o príncipe saudita, o chefe do serviço de inteligência da Arábia Saudita.
Foi, em poucas palavras, uma ameaça feita pela Arábia Saudita que apontou diretamente para a Rússia.
Assim que Putin terminou seu discurso, o príncipe Bandar advertiu que, à luz do curso das negociações, as coisas estavam propensas a intensificar-se, especialmente na arena da Síria, embora tenha apreciado a compreensão dos russos sobre a posição da Arábia Saudita, o Egito e a sua prontidão para apoiar o exército egípcio, apesar de seus medos com o futuro do Egito.
O príncipe e chefe dos serviços de inteligência saudita disse que a disputa sobre a abordagem da questão síria leva à conclusão de que:
“Não há como escapar da opção militar (o que a Rússia NÃO aceita), porque é a única opção disponível no momento, uma vez que o acordo político terminou em um impasse. Acreditamos que a Conferência de Genebra II vai ser muito difícil, tendo em conta esta situação violenta“.
No final da reunião, os dois lados, a Rússia e a Arábia Saudita concordaram em continuar as negociações, desde que a reunião atual permanecesse em segredo.
Isso foi antes de um dos dois lados vazar a notícia através da imprensa russa.
Desde que agora nós sabemos tudo sobre o assunto, significa que não há mais negociações, um aviso implícito de que os chechenos operando na
proximidade de Sochi podem apenas tornar-se um canhão perdido (com a bênçãos da Arábia Saudita, óbvio), e que cerca de um mês atrás foi dito:
“Na SÍRIA não há como escapar de uma opção militar, porque é a única opção disponível no momento, uma vez que o acordo político terminou em impasse“
Enquanto isso a humanidade… |
Mais uma vez lembramos:
A Rússia e a Arábia Saudita SÃO RESPONSÁVEIS PELA PRODUÇÃO DE 25% da produção mundial de petróleo, mas muito mais
importante estão ausentes do acordo Qatar NatGas (e um gasoduto potencial cruzando a região sob o GOVERNO DE UM NOVO regime sírio receptivo - ou seja, sem Assad - e indo para a Turquia), a Europa permanece em dívida com todos os caprichos dos movimentos de Putin e a Gazpromia.
O pequeno Estado do Qatar, muito rico em gás repassou até US$ 3 bilhões em ARMAS ao longo dos últimos dois anos para apoiar a rebelião (conduzida por
mercenários) na Síria contra Assad, ultrapassando qualquer outro governo nesse período, mas agora está sendo posto de lado pela Arábia Saudita como a principal fonte fornecedora de armas para os “rebeldes da Síria“.
Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.
Fonte:
http://thoth3126.com.br/sirios-acusam-a-arabia-saudita-pelo-fornecimento-de-armas-quimicas/
Leia também: http://contextolivre.blogspot.com.br/2013/09/o-cairo-damasco-e-hipocrisia-norte.html