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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conferência do IPEA debate desenvolvimento do Brasil

Por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) promove, entre os dias 24 e 26 de novembro, em Brasília, a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code), um encontro destinado a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento para o Brasil. Será uma conferência diferente das tradicionais lembrando um pouco o formato do Fórum Social Mundial. Um espaço de 10 mil metros quadrados foi construído no canteiro central da Esplanada dos Ministérios (em frente à Catedral de Brasília) para a Code.

Durante os três dias, serão nove painéis temáticos sobre o desenvolvimento, 88 oficinas, 50 lançamentos de livros, vídeos, exposições e shows artísticos e culturais. São esperados mais de 200 palestrantes e debatedores, entre conselheiros, diretores e técnicos de planejamento e pesquisa do instituto e acadêmicos de autoridades de todas as regiões do país. Até sexta-feira, já havia cerca de 4 mil inscritos para o encontro.

Marcio Pochmann, presidente do Ipea
Possivelmente, será um dos maiores eventos sobre o tema já realizados no Brasil, diz Marcio Pochmann, presidente do IPEA (foto ao lado). A Code se assemelha às grandes conferências temáticas realizadas no governo Lula, explica Pochmann, com a diferença de que não tratará de apenas um tema. Ao tratar da questão do desenvolvimento, estaremos discutindo estratégias e políticas sobre saúde, educação, ciência e tecnologia, entre outras áreas.

O objetivo do encontro é criar um espaço nacional de debates no coração do Brasil, no momento em que o país volta a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento. Esses debates estarão organizados em torno de sete grandes eixos temáticos do desenvolvimento definidos pelo IPEA: inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.

“Para nós do IPEA”, diz Pochmann, “é uma mudança institucional de grande porte”. “Até aqui, historicamente, os nossos debates sempre foram mais internos. Agora, estamos nos abrindo ao público e convidando representantes da sociedade a debater o presente e o futuro do país”. Essa novidade apareceu já na organização do evento, que conta com o apoio de 45 instituições da sociedade civil, entre sindicatos de trabalhadores e de empresários, entidades de classe, instituições de pesquisa e outras organizações.

O debate de fundo sobre o desenvolvimento do Brasil, observa o presidente do IPEA, ficou congelado durante cerca de 25 anos, a partir das crises que o país enfrentou nas décadas de 80 e de 90. Entre 1930 e 1980, assinala, o Brasil teve um grande salto de crescimento que não foi capaz, contudo, de enfrentar o problema da desigualdade social. A crise da dívida, a partir da década de 80, acabou por desfazer uma maioria política que até então governava o país. Nesse período, a economia brasileira que chegou a ser a oitava do mundo caiu para o 14° lugar. “A desigualdade, que já era grande, ficou congelada”, assinala Pochmann. E acrescenta:

“Agora, na primeira década do século 21, tivemos uma reorganização de uma maioria política em torno dos dois mandatos do presidente Lula. Com ela, abriu-se a possibilidade de um novo padrão de desenvolvimento capaz de combinar crescimento econômico, redução da desigualdade social e sustentabilidade ambiental”.

Os desafios e oportunidades colocados por esse novo padrão de desenvolvimento serão o tema central do encontro de três dias em Brasília. “Estaremos discutindo temas que representam gargalos e entraves ao nosso desenvolvimento. Alguns carregamos do passado, outros são temas do futuro”, resume Pochmann. Entre os temas do passado, destaca-se, por exemplo, o perfil da economia brasileira, ainda preso à produção e exportação de bens primários. “Já sabemos que esse modelo não é capaz de gerar empregos de qualidade, educação de qualidade e melhores salários. O Brasil precisa mudar sua relação com o mundo e isso passa, entre outras coisas, pela integração regional, por investimentos pesados em educação, epelo aprimoramento da nossa estrutura de Defesa que hoje não tem condições de defender todas as nossas fronteiras e recursos naturais”.

Em relação aos temas do futuro, Pochmann destaca a necessidade da refundação do Estado brasileiro, especialmente no que diz respeito ao seu funcionamento. Neste debate, a Reforma Tributária ocupa um lugar central. O Brasil precisa mudar o atual padrão regressivo de tributação, onde quem tem menos acaba pagando mais. Essa mudança é condição básica também para a implementação de investimentos massivos em educação, sem os quais o país não desatará os nós que ainda o amarram a um passado de desigualdades econômicas, sociais e regionais.

O presidente do IPEA também chama a atenção para a mudança do perfil demográfico brasileiro, registrada na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e que deve ser confirmada no Censo que está sendo realizado este ano. A partir de 2030, o Brasil deve ter regressão populacional, ou seja, o número de pessoas que vão nascer deve ser menor do que o número de pessoas que vão morrer. Essa tendência, destaca Pochmann, é diferente das previsões que eram feitas para o Brasil. “O cenário que temos pela frente é de redução da população jovem e de alteração radical da estrutura familiar. Em pouco tempo, teremos que discutir políticas de estímulo à natalidade”.

Outro ponto fundamental neste debate, destaca ainda Pochmann, é o da transição do trabalho material para o trabalho imaterial. “O conhecimento passa a ser cada vez mais estratégico, exigindo uma educação continuada, uma educação para toda a vida. As grandes empresas já perceberam isso e passaram a investir pesadamente em universidades corporativas”. O debate sobre a melhoria do sistema educacional brasileiro deverá enfrentar esse tema que hoje não está elaborado. Pochmann resume assim um dos principais problemas relacionados a esse tema:

Hoje, no Brasil, os filhos dos pobres estão condenados ao ingresso no mercado de trabalho muito cedo, o que implica, muitas vezes, o abandono da escola, quando não a combinação de brutais jornadas de atividades de 16 horas por dia (8 horas de trabalho, 2 a 4 horas de deslocamentos e 4 horas de freqüência escolar). A aprendizagem de qualidade torna-se muito distante nessas condições. Os filhos dos ricos, por sua vez, permanecem mais tempo na escola, ingressam mais tardiamente no mercado de trabalho e acabam ocupando os principais postos, com maior remuneração e status social, enquanto os filhos dos pobres seguem disputando a base da pirâmide do mercado de trabalho, transformado num mecanismo de reprodução das desigualdades no país.

Esse é um dos principais entraves para que o novo modelo de desenvolvimento que se quer implementar no Brasil alie crescimento econômico com justiça social. E esse será também um dos pontos centrais da conferência que ocorrerá esta semana em Brasília.

Maiores informações sobre a conferência, como a programação completa do encontro, podem ser acessadas no site do evento. As principais conferências serão transmitidas ao vivo pela internet.

Seminário Políticas de Telecomunicações

A revista Teletime e o Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias das Comunicações da Universidade de Brasília (CCOM-UnB) promovem em fevereiro de 2011 o Seminário Políticas de (Tele) comunicações. Confira aqui o material de divulgação do evento.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DEM e PSDB com telhados de vidro

Vai ser difícil para o sr. José Serra falar em temas como ética, moralidade e probidade administrativa nas eleições de 2010. Além de Yeda Crusius, governadora do PSDB que vive às voltas com CPIs e pedidos de impeachment no Rio Grande do Sul, agora também o governador DEMOcrata do Distrito Federal, José Roberto Arruda, parceiro de ACM na violação do painel de votações do Senado em 2001 está na berlinda. Para resumir, ele foi flagrado por uma câmera recebendo dinheiro de propina recolhida por um secretário. A seguir, a cobertura do escândalo pela mídia

segunda, 30 de novembro de 2009

Blog do João Bosco Rabello
É só o começo. O escândalo que decretou a morte política do governador José Roberto Arruda tem aspectos que o diferenciam de tantos outros de mesma gênese.O acervo de vídeos e escutas do ex-policial Durval Barbosa é suficiente para comprometer quase uma centena de atores desse processo. Um desses vídeos é especialmente chocante: parlamentares agradecem a Deus pela propina, numa cena inacreditável
blogs.estadao.com.br/joao-bosco/e-so-o-comeco

Luis Nassif
Desdobramentos do caso Arruda. Arruda e integrantes do esquema souberam da investigação. Temendo pela vida, Durval desistiu de prosseguir com grampos
colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/11/30/desdobramentos-do-caso-arruda/

domingo, 29 de novembro de 2009

Está na Folha Online e no You Tube
Vídeo mostra governador do DF recebendo dinheiro. São cinco DVDs, entre os quais um que mostra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), recebendo dinheiro. O vídeo foi feito pelo então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa, que era, até sexta-feira, secretário de Relações Institucionais de Arruda
www.youtube.com/watch?v=BwoascUeti0

sábado, 28 de novembro de 2009

O Estado de S. Paulo
Polícia Federal investiga "mensalão do DEM" no governo Arruda. O próprio governador aparece nos papéis da PF, orientando secretário a entregar R$ 400 mil para pagar a aliados
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091128/not_imp473424,0.php
"Temos confiança no Arruda", diz Rodrigo Maia
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091128/not_imp473439,0.php

Conversa Afiada
Polícia Federal estoura mensalão dos demos. O que dirá o Heráclito? O Agripino? O Rodrigo Maia? O Kassab?
www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23229

Reuters
A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira operação de busca e apreensão com o objetivo de "coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à 'base aliada'" do governo do Distrito Federal, segundo nota divulgada pelo Superior Tribunal de Justiça
br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE5AQ0S420091127?sp=true

Jornal da Tarde
"Homem grampo" revela mensalão do DEM. PF apura esquema de propina para deputados na gestão de José Roberto Arruda no DF
txt.jt.com.br/editorias/2009/11/28/pol-1.94.9.20091128.1.1.xml

sexta, 27 de novembro de 2009

TV Globo
Governo do DF é suspeito de comprar apoio de deputados. O governador Arruda pode estar envolvido. O secretário Durval Barbosa colaborou com a PF por redução da pena em caso de condenação. Ele, secretários e assessores envolvidos foram exonerados
jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1395539-10406,00-GOVERNO+DO+DF+E+SUSPEITO+DE+COMPRAR+APOIO+DE+DEPUTADOS.html

Acréscimo: conversando com um amigo hoje, me dei conta de um detalhe impressionante. O leitor reparou que nenhum destes jornais, sites ou TVs com matérias citadas é de Brasília? Saudações educomunicativistas (R.B, Equipe do Blog EDUCOM - 1/12/09)