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sábado, 3 de setembro de 2011

O MST e a saúde dos brasileiros


Por Emanuel Cancella
A única entidade de visibilidade nacional e internacional que faz campanha em defesa da saúde dos brasileiros, denunciando o uso indiscriminado de agrotóxicos e transgênicos, é o MST.

O Brasil já é o país que mais utiliza agrotóxicos, desde 2008. Ativistas ambientais e pesquisadores,como a professora Raquel Rigotto, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, denunciam: além de contaminar a água, os agrotóxicos são responsáveis por diversos tipos de câncer e chegam até a provocar abortos.

Os transgênicos são ruins para os produtores e para os consumidores: os produtores serão obrigados a pagar pelas sementes; os consumidores correm alto risco, já que as pesquisas que estudam o efeitos desses alimentos em nossos organismos ainda não estão concluídas.

Os trabalhadores rurais ligados ao MST e à Via Campesina, através da Agricultura Familiar, praticam a agricultura orgânica sem o uso de agrotóxicos e transgênicos. A Agricultura Familiar é responsável pela maior parte dos alimentos produzidos no campo que vão para a mesa dos brasileiros.

É preciso que as entidades ligadas ao governo, o Ministério Público e os produtores rurais
previnam a população sobre os riscos do uso de alimentos que utilizam agrotóxicos e transgênicos.

O filme "O veneno está na mesa", do cineasta Silvio Tendler, faz esse alerta. Além das campanhas que chamam atenção para os riscos provocados pelos cigarros, bebidas e drogas, também é preciso alertar a sociedade para o perigo dos agrotóxicos e transgênicos.

Se não querem proibir uso dos agrotóxicos e dos transgênicos, pelo menos alertem à população, nos rótulos dos alimentos e em campanhas publicitárias, sobre os riscos que se corre. Até quando vamos continuar agindo como se o veneno não estivesse na mesa!

Fonte: Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ/Agência Petroleira de Notícias. 

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

ANP: a raposa tomando conta do galinheiro

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Tomou posse na Agência Nacional do Petróleo (ANP), agora em julho, dois diretores: Florival Carvalho e Helder Queiroz. Nada de novo, todos membros da agencia são defensores da lei entreguista de FHC [9478/97], a começar pelo diretor-geral, Haroldo Lima

Por Emanuel Cancella *


Haroldo, um comunista, filiado ao PcdoB, que deixaria incrédulo um ativista da campanha "O Petróleo É Nosso!". Os comunistas foram vanguarda da campanha que movimentou brasileiros no maior movimento cívico nas décadas de 1940 e 1950, resultando na criação da Petrobrás e na introdução do Monopólio Estatal do Petróleo [Lei 2004/53].
Ver agora Haroldo (um camarada) defender leilões de petróleo, a presença das multinacionais do petróleo em nosso país, é dose. Na posse dos novos diretores, estavam presentes figuras como Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que dispensa comentários; ex-diretores da ANP, como David Zylbersztajn – ex-genro de FHC, autor da celebre frase em sua primeira entrevista como diretor-geral da ANP: "O petróleo é vosso!". Parafraseando com extremo mau gosto e desrespeito aos nossos antepassados "O Petróleo É Nosso!".
Agência do petróleo, como todas as outras existentes no país, estão a serviço do capital. Se contemporânea fosse a ANP da campanha do petróleo no passado, seria a principal inimiga do movimento, pois a agência assume a defesa de empresas privadas estrangeiras e a entrega do nosso petróleo por meio de leilões às multinacionais.
O presidente Lula mandou desengavetar e dar prioridade ao projeto do pré-sal, que há trinta anos dormia nas gavetas da Petrobrás. Lula também mudou o marco regulatório do petróleo, porém, somente para área do pré-sal. Além disso, Lula afastou a ameaça de privatização da Petrobrás e retomou a indústria naval. Lula deu o tom nacionalista à indústria do petróleo, mas ainda é pouco diante das perspectivas do setor. E o pior: Lula manteve os leilões de petróleo. Vamos ver o comportamento da presidenta Dilma frente ao setor.
Já Haroldo, defende dois leilões ao ano. Haroldo se defende das críticas dizendo que na ANP segue a política de Lula, e agora de Dilma. Teria razão o camarada Haroldo se estivesse numa ditadura e se a ordem viesse de um torturador. Mesmo nessas circunstancias, vários comunistas morreram e não traíram seus ideais.
Como não estamos numa ditadura, muito pelo contrario, e cá para nós, Haroldo se sente muito a vontade no papel que exerce. Resta-nos, precursores da campanha do petróleo, agora denominada "O Petróleo Tem que Ser Nosso”, combater as multinacionais, o governo e a ANP!

* Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ
.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias