5 de fevereiro de 2012, Yu Zhixiao, Agência Xinhua, Pequim - “Veto of UN draft aims at political solution to Syrian crisis” - redecastorphoto
Traduzido e enviado pelo pessoal da Vila Vudu
O veto de Rússia e China a um projeto de resolução proposto por árabes e europeus sobre a Síria visou a forçar que se trabalhe em busca de solução pacífica para a crise já crônica que sacode a Síria; visou também impedir que se adotem vias drásticas, temerárias e arriscadas.

O projeto de resolução agora rejeitado implicaria afirmar que o Conselho de Segurança da ONU “apóia completamente” o plano apresentado pela Liga Árabe em 22/1, e que exigia que o presidente sírio Bashar al-Assad renunciasse – cláusula que emperrou as discussões desde o primeiro momento nas consultas pré-votação.

Horas antes da votação no Conselho de Segurança, a Rússia distribuiu uma versão emendada do projeto de resolução, na qual se lia que “[essa resolução] visa a equacionar dois problemas básicos”. Primeiro, é preciso criar condições para diálogo político na Síria; segundo, é preciso adotar medidas para influenciar o curso das ações, não só do governo sírio, mas também dos grupos armados da oposição.
“O projeto de resolução que vetamos não reflete satisfatoriamente a realidade em campo na Síria e enviaria sinais conflitantes às forças políticas na Síria”, disse o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, depois da votação.

“A China apóia a revisão da proposta nos termos das emendas que a Rússia apresentou”, disse Li ao Conselho de Segurança, acrescentando que “a sugestão de que se prossiga no processo de consultas para emendar o projeto, encaminhada por vários membros do Conselho, é razoável.”
“Insistir em votar, quando ainda há profundas e graves diferenças de opinião entre os votantes, em nada ajudará a manter a autoridade e a unidade do Conselho de Segurança, nem ajudará a resolver a questão”, disse Li.

Para deter a violência, é indispensável construir e fazer operar imediatamente um processo político inclusivo na Síria. Cabe ao povo sírio, não a forças externas, decidir sobre o próprio destino.