terça-feira, 29 de novembro de 2011

O mau cheiro do petróleo

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 Por Mauro Santayana*
 
Seria a hora de voltar novamente às ruas, como nelas estivemos há mais de meio século, e com a mesma palavra de ordem, a de que “o petróleo é nosso”. Todo o petróleo que a natureza nos destinou
 
O petróleo foi o mais importante parteiro da alucinada civilização contemporânea. A causa objetiva da Primeira Guerra Mundial já estava no controle das fontes mundiais de matérias-primas — como o petróleo — indispensáveis na corrida pela prosperidade e poder das nações.

Há maldições de que não podemos escapar: uma delas é a necessidade da corrida armamentista, a fim de garantir a incolumidade das nações. Essa competição alucinada depende de uma complexidade de operações econômicas e industriais interdependentes e, acima de tudo, do acelerado desenvolvimento tecnológico.

É preciso ter em conta que, para impedir o terrorismo bélico das nações mais poderosas de hoje, teremos que encontrar caminhos novos, que as contenham. Seus investimentos na indústria da guerra vão do aprimoramento de pistolas de combate à exploração do solo de Marte, sem falar nas atividades diplomáticas e atos criminosos clandestinos.

"Sem o petróleo, não haveria o desenvolvimento da medicina nem o aumento da expectativa de vida em países desenvolvidos"


Sem o petróleo, é fácil deduzir, não haveria bombas nucleares. Sem o petróleo, dirão outros, não haveria tampouco o desenvolvimento da medicina, e o notável aumento da expectativa de vida dos homens dos países desenvolvidos. Nem o crescimento da produção agrícola no mundo inteiro. Em suma, sem o óleo, fonte de numerosos derivados, também a química se arrastaria lentamente, e não com a extraordinária velocidade em que ela produz centenas de novas substâncias quase todos os dias.

Chegamos tarde à era do petróleo, e é constrangedor constatar que, para esse atraso, tenham contribuído muitos brasileiros. As oligarquias rurais, que dominavam o Império e a República, durante as primeiras décadas, temiam a industrialização autônoma do país, que reduziria sua força econômica e seu poder político.

Com esse perverso instinto de sobrevivência de classe, aceitavam o imperialismo britânico e sabotavam o esforço de industrialização nacional. Foi assim que chegaram a somar-se aos ingleses, no pleito que esses moveram contra Mauá — e ganharam, com a providencial ajuda do tribunal mais elevado do país no período de declínio do Segundo Reinado.

É necessário que se leia, com as devidas ressalvas, tendo em vista seu interesse pessoal no caso, o excelente ensaio de Monteiro Lobato sobre o petróleo. Ele mostra como já naquele tempo — no fim da República Velha e início do governo provisório de Vargas — os norte-americanos impediam o livre comércio dos brasileiros. Lobato conta que os soviéticos queriam trocar petróleo, que tinham em abundância, por café, cujo consumo queriam disseminar no Exército Vermelho, com o propósito de combater o alcoolismo — e o governo do paulista Washington Luiz não se dispôs ao negócio extremamente vantajoso.

O café que não trocamos pelo petróleo foi, em seguida, queimado, com a crise de 29, a fim de assegurar o preço internacional — medida que não trouxe qualquer efeito prático.

A crise, sendo capitalista, não impediria negócio de troca de mercadorias, sem o uso de moedas, como o que Moscou nos oferecia — e seria vantajoso para ambas as nações a fim de enfrentar as dificuldades dos anos 30. Quando ainda estávamos nessas indecisões, os argentinos já contavam com a YPF, empresa estatal, detentora do monopólio da exploração de seu petróleo, estabelecido no governo de Yrigoyen.

A campanha pelo petróleo foi um dos grandes momentos da história de nosso país, porque uniu, na mesma consciência de nação, altos oficiais das Forças Armadas, intelectuais, estudantes, sindicatos de trabalhadores, partidos políticos e até mesmo parlamentares conservadores. Foi um belo momento que os norte-americanos trataram de esvaziar, com a cumplicidade de seus agentes brasileiros, na primeira tentativa de golpe de Estado, que levou Vargas ao suicídio. É bom lembrar a coligação de quase todos os grandes meios de comunicação do país no combate sem tréguas ao presidente — o estadista brasileiro que melhor entendeu a necessidade de desenvolvimento econômico autônomo, como fundamento da soberania nacional.

O problema do petróleo retorna às preocupações brasileiras, com a descoberta das grandes jazidas situadas abaixo da camada de sal no litoral do país. Provavelmente a fim de criar a cizânia que favoreça as empresas estrangeiras, não satisfeitas com a legislação do governo neoliberal de 1995 a 2003, surgiu o problema da distribuição dos royalties. Para quem conhece a história política do mundo, trata-se de uma bem urdida manobra de diversão.

Enquanto se discute a participação dos estados produtores e não produtores na parcela que ficará com o Brasil, fatos mais graves são esquecidos. Como se sabe, a não ser que caia veto presidencial à emenda do senador Pedro Simon à lei do pré-sal, que impede a devolução dos royalties a serem pagos pelas empresas exploradoras, é um roubo contra os brasileiros. Como já é comum, assessores parlamentares e deputados amaciados pelos argumentos conhecidos dos lobistas, conseguiram o inimaginável: determinar que seja devolvido às empresas o valor dos royalties em petróleo. Trocando em miúdos: não pagarão coisa alguma — a União, isto é, o povo, é que pagará. Trata-se de entregar com uma mão e receber de volta com a outra.

Há mais: a tática é a de ganhar tempo a fim de aumentar a brecha já existente, desde a emenda que acabou com o monopólio da atividade pela Petrobras, e se conceda a licitação de áreas do pré-sal a empresas estrangeiras, em lugar de assegurá-las à empresa nacional, que deveria ser apenas estatal.

"Se no Ministério de Minas e Energia estivessem Leonel Brizola ou Itamar Franco, Moshiri seria convidado a sair do gabinete"

O episódio da Chevron vai além da desídia técnica, que ocasionou o vazamento no Campo de Frade. Mais grave ainda do que o acidente, foi a arrogância com que o dirigente mundial da empresa, Ali Moshiri, se dirigiu ao ministro Edison Lobão, ao reclamar que uma empresa do porte da Chevron não pode ser tratada da maneira com que as autoridades brasileiras a estariam tratando. Só isso bastaria para que o Brasil exigisse o fim de suas atividades imediatamente em nosso país.

Se no Ministério de Minas e Energia estivessem homens como Leonel Brizola ou Itamar Franco, o senhor Moshiri seria convidado a sair do gabinete, no mesmo momento de seu desaforo, antes que as autoridades de imigração o instassem a deixar o Brasil, como persona non grata. Aconselhamos os leitores a acompanharem os fatos pelo blog do deputado Brizola Neto, o Tijolaço.

Quando assistimos à insolência dos dirigentes da empresa petrolífera texana, constatamos como foi criminosa a política entreguista do governo dos tucanos de São Paulo. Já não basta às multinacionais do petróleo obter os lucros que obtêm em nosso país, nem causar os danos que causaram. Querem, além disso, tratar os brasileiros como um povo colonizado e de joelhos.

Seria a hora de voltar novamente às ruas, como nelas estivemos há mais de meio século, e com a mesma palavra de ordem, a de que “o petróleo é nosso”. Todo o petróleo que a natureza nos destinou.
 
 
Publicado  originalmente  no Jornal do Brasil 
Extraído da Agência Petroleira de Notícias 

Crônica do desastre anunciado



por Luciano Martins Costa*
1610 Crônica do desastre anunciadoComeçou nessa segunda-feira, dia 28, em Durban, na África do Sul, a 17a. Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas, considerado um ensaio geral para a conferência Rio+20, marcada para o ano que vem no Rio de Janeiro.
O clima é de absoluto pessimismo, não apenas porque todas as energias e recursos financeiros estão bloqueados pela crise econômica que afeta os países ricos, mas também porque, no resto do mundo, salvo algumas ilhas de tranquilidade, emergências sociais deixam em segundo plano a urgência ambiental.
Considerando-se que as mudanças climáticas têm potencial para colocar sob risco a própria sobrevivência da sociedade humana como a conhecemos, está colocada uma questão filosófica instigante para quem ainda tem estômago para tais reflexões.
A possibilidade do fracasso é admitida abertamente por alguns dos mais destacados participantes da COP-17.
Em entrevista publicada com destaque nos jornais dessa segunda-feira, o embaixador André Corrêa do Lago, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty e principal negociador brasileiro no encontro de Durban, afirma não ter dúvidas de que a crise econômica tem um efeito muito grande porque “com ela a preocupação com o futuro do planeta diminui”.
Esse o centro da contradição que se coloca: se a emergência de uma crise financeira coloca em risco o futuro do planeta, de que servem as preocupações de curto prazo com a questão econômica?
A entrevista alinha algumas queixas dos países desenvolvidos, que exigem o compartilhamento das medidas contra os efeitos das mudanças climáticas com os países em desenvolvimento.
Em dificuldades econômicas desde 2008, os Estados Unidos e a Europa não aceitam mais ter que arcar com a maior parte das responsabilidades pelo bem-estar da humanidade, na visão de seus líderes.
Alguns emergentes, como o Brasil, aceitam assumir um papel mais relevante, por exemplo, ampliando e até mesmo antecipando algumas das metas de redução do desmatamento.
Mas relutam em transformar essas metas voluntárias em compromissos obrigatórios.
Além disso, outros países, como o Canadá, a Rússia, o Japão e a Austrália, anunciam que não pretendem assinar o compromisso de continuidade do Protocolo de Kyoto.
Se houver essa defecção, a conferência Rio+20 nasce enfraquecida e praticamente perde o sentido.
A democracia em perigo
O que representaria um fracasso absoluto da COP-17, se a Europa não encontrar rapidamente uma saída para a crise e a economia dos Estados Unidos não consolidar sua recuperação até o final de 2012?
Não há mente humana capaz de calcular as perdas para a humanidade com a combinação entre uma recessão prolongada e o agravamento das emissões de gases que provocam as mudanças climáticas, justamente na década crucial para evitar o desastre ambiental previsto pelos cientistas que acompanham a evolução do aquecimento global.
Mas alguns elementos que circulam em boletins de instituições de pesquisa e nas redes de observadores sociais ao redor do mundo permitem antever um cenário catastrófico, com graves riscos para a democracia e mesmo para o processo civilizatório.
Um relatório divulgado na semana passada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – Pnuma – informa que a atmosfera da Terra terá em 2020, na hipótese mais otimista, 6 bilhões de toneladas de carbono acima da meta anunciada para evitar um aquecimento maior do que 2o.C neste século.
Conforme lembram os jornais, a única possibilidade de reduzir esse índice de emissões seria criada se todos os países cumprissem, nos limites mais ambiciosos, as metas que foram anunciadas no encerramento da Cúpula de Copenhague, em dezembro de 2009.
Infelizmente, essa não é a realidade.
Os países em desenvolvimento estão empenhados em consolidar suas chances de crescimento, e nem sempre suas estratégias contemplam as decisões mais corretas em termos de sustentabilidade.
Os países desenvolvidos, mergulhados em grave crise econômica, são reféns do sistema financeiro e se encontram diante do desafio de impor à suas sociedades enormes perdas em termos de bem-estar –  e os investimentos na redução das emissões de gases nocivos podem ficar em segundo plano.
Por outro lado, a humanidade não produziu líderes qualificados para articular uma reflexão sobre os riscos de escolhas erradas neste momento crucial.
E a imprensa, perdida entre os fragmentos da crise econômica, não se mostra capaz de ao menos expor o dilema que a humanidade precisa solucionar.

*publicado originalmernte no Observatório da Imprensa.
Fonte: Extraído do site Envolverde

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CORRUPÇÃO DEMOTUCANA

A GOTA D’ÁGUA – OS “NEGÓCIOS” DE KASSAB, SERRA, OS AMIGOS DE AGRIPINO MAIA


Laerte Braga


Tem horas que nem a chamada grande mídia consegue evitar que um ou outro, ou outros, dos bandidos que integram a grande quadrilha das elites políticas e econômicas do País, além de seus prepostos no Congresso, nas prefeituras, governos estaduais, em mandatos públicos, saiam ilesos de tanta bandalheira.

Quando isso acontece a maior parte da mídia ignora o fato, ou noticia superficialmente. O dinheiro que sustenta essa turma vem dessas quadrilhas (lembre-se do contrato de Alckimin com a Editora Abril sem licitação, foi feito também por José Serra) e o jeito acaba sendo a crucificação de um dos aliados, o bode expiatório, um anel para salvar os dedos dos esquemas podres que sustentam o capitalismo no Brasil.

É o que começa a acontecer com o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab acusado de corrupção num inquérito policial sobre contrato sem licitação com uma empresa de nome CONTROLAR. Cuida da vistoria de veículos e outras coisas mais. Opera também no Rio Grande do Norte, braço da quadrilha, ou vice versa, versa vice, tanto faz.

No caso de Kassab são dois aspectos. A necessidade de um bode expiatório para livrar a cara de José Serra – Kassab e outros – e isolar o prefeito de São Paulo. É que Kassab ao fundar o PSD imaginou-se maior do que é e nesse jogo sórdido tentou criar um partido/moeda para trocas vantajosas em curto e médio prazo num primeiro momento, consolidando a longo prazo um poder sem tamanho nos subterrâneos do Poder Público.

Pensou que pudesse virar Serra, ou FHC. Pelo jeito vai se estrepar nos “negócios”, ou nos sonhos. Nem por isso deixa a Prefeitura pobre ou vai para a cadeia em termos de condenação, de cumprir sentença (tem sempre um Gilmar Mendes para salvar essa turma).

O que significa dizer que, numa certa e boa medida, o crime compensa.

Quando viajou para Londres Kassab estava informado que poderia ser preso, a tal prisão administrativa e tratou de “negociar” com seu comparsas um jeito de evitar o incômodo, digamos assim.

A Operação Sinal Fechado (Polícia Federal, Ministério Público Federal e juízes decentes), entre outras, resultou na prisão de João Faustino, suplente do senador Agripino Maia (DEM/RN) e tucano de filiação. Foi sub-chefe da Casa Civil do governo de José Serra em São Paulo (o chefe da Casa Civil é o atual senador Aluísio Nunes, ex-ministro da Justiça de FHC), deputado federal pelo Rio Grande do Norte em três mandatos e encarregado de arrecadar fundos para a campanha presidencial do tucano em outros estados que não São Paulo.

O filho de Faustino foi solto no fim de semana passado de uma prisão em Minas Gerais. Estava detido para responder sobre os “negócios”.

Kassab foi da base política de Paulo Maluf, secretário do governo de Celso Pitta e vice-prefeito na chapa de José Serra (2004). Assumiu a Prefeitura de São Paulo quando Serra saiu para ser candidato a governador. Foi reeleito em 2008 depois de uma disputa intra muros tucano/democratas com Geraldo Alckimin. O governador José Serra peitado pelos DEMocratas mandou Alckimin às favas – liderava as pesquisas, Kassab era o terceiro colocado – e colocou todo o esquema a trabalhar para o seu sucessor.

Peitar Serra equivale dizer a chantagear. Naquele momento Serra não tinha como sair da chantagem, iria liquidar com sua campanha presidencial em 2010, pagou o preço. Mais ou menos como FHC no escândalo da concorrência do SIVAM, logo no início de seu primeiro mandato. Chantageado engoliu em seco, aceitou o acordo e pagou. São fatos comuns entre bandidos, o tal rabo preso. Um com outro.

No Rio Grande do Norte esse esquema envolve desde João Faustino, um coordenador geral, ao senador Agripino Maia, ao senador Garibaldi Alves, a ex-governadora Wilma qualquer coisa, todos em partidos diferentes (PSDB, DEM, PMDB e PSB), uma oligarquia que tem o controle da máquina pública e se reveza no saque aos cofres públicos, mais primos, sobrinhos, cunhados, genros, filhos, etc.

O ex-governador de Brasília José Roberto Arruda, quando preso, era o preferido de José Serra para seu companheiro de chapa. Os inquéritos abertos contra Arruda mostravam que recursos públicos estavam, entre outros cofres particulares, sendo desviados para a pré-campanha do candidato tucano. Serra, numa reunião em Brasília, chegou a dizer que a chapa seria de “dois carecas”, ele e Arruda.

A quadrilha opera em todo o País.

Outro fato que chama atenção são os telegramas da embaixada dos EUA para Washington, dando conta da “indignação” das companhias petrolíferas estrangeiras com a decisão de manter a PETROBRAS como operadora do pré-sal, o fracasso do lobby no Congresso (compraram muitos, mas tem quem não se vende) e a declaração de José Serra, num dos telegramas. O então pré-candidato às eleições de 2010 dizia que era para deixar eles fazerem o que bem entendessem que quando fosse ele, Serra, o presidente, tudo chegaria ao desejado pelos chefes maiores.

O fecho de ouro do esquema iniciado com FHC. O Brasil entreposto do capital estrangeiro. Uma espécie de vice-reinado para a América Latina.

A CONTROLAR começou a operar o esquema de vistoria de veículos no governo Paulo Maluf, se manteve no governo Celso Pitta – já com restrições do MP e do Tribunal de Contas, além de técnicos da Prefeitura –, saiu do circuito no governo Marta Suplicy e voltou a toda no governo Serra. Permanece intocada no governo Kassab. Estendeu seu esquema para o Rio Grande do Norte e os planos de João Faustino eram de um faturamento de um bilhão de reais neste ano com os “negócios.

A íntegra da denúncia do Ministério Público pode ser vista em



Já no governo de Celso Pitta, promotores e juízes conseguiram impedir que o “negócio” funcionasse.

Para se ter uma idéia só dos ganhos em São Paulo, o quarto maior aglomerado urbano do mundo e uma frota de sete milhões de veículos, a CONTROLAR inspecionou cerca de um milhão e quinhentos mil desses veículos em 2009 e quatro milhões e meio em 2010, a um custo de R$ 61,98 cada e um faturamento estimado para o ano passado da ordem de R$ 278,91 milhões. O dono de veículo que não pagasse a tarifa estaria impedido de renovar o licenciamento e a multa para tal era de R$ 550,00.

Negócio da China.  

A grande mídia nem toca no assunto, ou toca de leve. Esse tipo de maracutaia não vai para a capa de VEJA. VEJA está no bolso, foi comprada por nove milhões de reais e mais outros contratos semelhantes, só que em outras áreas de operação da quadrilha.

A CONTROLAR opera no Rio Grande do Norte, como os “negócios” da quadrilha se estendem por todo o Brasil. Foram feitas prisões em vários estados na Operação Sinal Fechado, o Brasil para esse tipo de gente é apenas um “negócio” a mais. Nada além disso.

O esquema da CONTROLAR no Rio Grande do Norte  foi montado após o de São Paulo e José Serra, como governador, estendeu as “operações” a outros 217 municípios paulistas  E no meio do caminho a CONTROLAR foi vendida ao grupo CAMARGO CORRÊA, “patrióticos” empreiteiros e bandidos que operam em todos os ramos de “negócios” no Brasil.

O assunto foi ignorado pelo jornal O GLOBO, pelo portal de Daniel Dantas, o IG, um ou outro toque num ou noutro esquema da mídia e sempre de leve, como é que a mídia vai sobreviver sem o dinheiro dessa turma?

Edson José Fernandes Ferreira, o “Edson Faustino” foi preso em Minas, na Operação João Barro, solto agora no dia 25 de novembro. É filho de João Faustino, o do Rio Grande do Norte que operava em São Paulo e no estado nordestino. Serra não trouxe só esse esquema do Rio Grande do Norte não. Roberto Freire veio também, virou conselheiro dum trem qualquer em São Paulo, havia perdido as eleições em Pernambuco e acabou de novo deputado, agora por São Paulo. Fundiu o PPS com a quadrilha DEM/PSDB/PMDB tucano/PSB e outros.

O volume de “negócios” da quadrilha é maior que o revelado pela operação Sinal Fechado. Cobre todos os setores do Estado brasileiro, das máquinas estaduais onde a quadrilha colocou as garras, envolve as elites empresariais, financeiras e latifundiários no País e fora do País.

Vai da inspeção de veículos ao lixo, aos serviços de saúde terceirizados, tem campo fértil em Minas Gerais onde Aécio pontifica com a aberração Antônio Anastasia. As brigas internas são brigas de poder, coisa comum e corriqueira em máfias. Às grandes obras públicas, não há um setor onde não tenham presença, tudo.

As informações obtidas e reveladas aqui passam pelo NOMINUTO, como por 


ou


e, ainda


mais


Há um monte de operações da Polícia Federal onde a turma está envolvida, com um detalhe fundamental. É grande o número de prefeituras em todo o País onde a quadrilha tem ramificações. Em todos os estados sem exceção.
Como se vê, de tudo isso se pode inferir que o grande erro de Lula foi não ter percebido que esse esquema era e é maior que seu carisma, que a forma escolhida para contornar esses obstáculos em seu mandato, que figuras como Luppi, Orlando Silva e outros se beneficiaram do modelo implantado a partir do governo FHC, ideal das máfias que vem desde Collor de Mello. Sarney era e é amador perto dessa gente.

Não existe alternativa dentro desse modelo, do chamado mundo institucional. O cineasta Sílvio Tendler em proposta que faz para o Congresso Nacional mostra a falência de toda essa estrutura e propõe reações que, certamente, os mafiosos montados em cavalos com a bandeira da integridade – para inglês ver – não vão aceitar.

O que acontece em São Paulo, no Rio Grande do Norte, no Espírito Santo, em Minas, no Rio com Sérgio Cabral e no Espírito Santo com Casagrande (fantoche), a luta pelos royalties é fachada para a entrega do pré-sal.

Os caras são criminosos e o faturamento de Nem da Rocinha perto dessas quadrilhas faz do traficante “micro-empresário”.

Acabar com essas máfias é só querer. Não vão querer, eles próprios se julgam e se auto absolvem a despeito de promotores e juízes dignos (tem sempre um Gilmar Mendes).

A luta é nas ruas, é contra eles e o modelo. E antes que o vendaval de podridão caia sobre os trabalhadores e a própria classe média, embevecida porque troca de carro todos os anos perca o sono, porque vai acabar andando a pé.

Nessa altura do campeonato Nem, Fernandinho Beira-mar e outros devem estar imaginando em suas celas que teria sido melhor virar tucano e  tentar um mandato qualquer, ou em qualquer partido.

Esse modelo político e econômico foi desenhado para quadrilhas e os que lutam com bravura de caráter, dignidade, acabam como na igreja onde o sino é de madeira. Não ecoa.             


        

SELO DE QUALIDADE NA CORRUPÇÃO? - VAI PARA OS TUCANOS



Laerte Braga

Se você encontrar pelas ruas de sua cidade um cidadão parecido com José Serra e ele lhe disser “eu sou seu presidente”. Não se assuste e nem se preocupe. É o próprio Serra e não está louco, é cretino mesmo.

Eu não sei que critérios norteiam essa concessão, digamos assim, de selo de qualidade. Eduardo Galeano matou a charada – mata sempre – sobre esse negócio de verde. É só um exemplo. O Banco Mundial resolveu trabalhar com a cor verde, pinta a sujeira de verde e pronto, vira ambientalista.

Fica igual Marina da Silva e seus vários “tons” de verde, inclusive o tal verde marrom. Sei lá como é que é, mas sei que existe.

É o mesmo notável Galeano que mostra num trabalho exemplar – como sempre – que 80% dos danos ambientais são causados por 20% da população do planeta, logo, fácil entender que por banqueiros, grandes corporações e latifundiários.


Há alguns anos atrás um desses “sábios” da política, ou tecnocrata, não me lembro, sugeriu pintar de cores vivas os barracos nas favelas do Rio para atenuar o impacto da miséria sobre os turistas. “Miséria colorida”. Virou música/crítica.

O WIKILEAKS divulgou na sexta-feira, dia 18, telegramas que mostram o lobby de petroleiras norte-americanas sobre o Congresso brasileiro para que a exploração do pré-sal viesse a ser regulamentada dentro dos interesses dessas empresas. Ou seja, saquear o petróleo brasileiro.

Lobista um trem que pode ser definido assim – a legalização da atividade de corruptor.

À frente a embaixada dos EUA, diplomatas norte-americanos, empresários, toda a corja e a preocupação – “a indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” Ficaram aborrecidos, embora contem hoje com figuras como Sérgio Cabral, Renato Casagrande e outros maiores e menores (Casagrande é boneco ventríloquo, por exemplo).

O mais importante foi o contato feito com José Serra, então candidato a presidente. Chamado a cumprir seu dever de agente estrangeiro, “tranqüilizou os patrões”.

“Deixem esses caras fazer o que quiserem, depois a gente muda tudo”. Em linha reta, contando com a sua vitória, garantiu a entrega do pré-sal às companhias norte-americanas.

Os telegramas da embaixada dos EUA, de consulados, mostram que as empresas se enfureceram em 2009 com a definição que a PETROBRAS seria a única operadora. Os parceiros dessas empresas eram – são – Eike Batista, a FIESP e a CNI – Confederação Nacional das Indústrias. A Chevron, note-se que os telegramas são documentos oficiais, fez pressão junto ao governo dos EUA para manter no Brasil o embaixador Thomas Shannon “considerando que ele pode ter grande influência nesse debate”.

A estratégia era simples. Esperar as eleições, a posse de José Serra e mudar tudo, entregar tudo.

O acidente com um poço da Chevron na bacia de Santos não foi só um acidente. A quadrilha estava perfurando em áreas fora dos seus limites e tentando chegar à camada do pré-sal para piratear petróleo brasileiro.

São criminosos. Compram empresários brasileiros – o que não é muito difícil e nem são tão caros assim, qualquer cacho de bananas e um apartamento em Paris resolve – e disponibilizam lobistas para atuar junto a deputados e senadores dispostos a aceitar uma grana extra – não são poucos, pelo contrário –.

No Parlamento o PSDB é a porta de entrada. Na ação conjugada, na mídia, a GLOBO é o canal e William Waack o preferido de Hilary Clinton. Hoje, 27 de novembro, ao comentar os movimentos populares no Egito, evidente a mando e seguindo instruções dos patrões, afirmou que “são puxados por um fio de fora”. Estava insinuando o Irã.

Quando se trata da Síria reclamam sanções contra violações dos direitos humanos. Manifestantes no Egito são massa enfurecida organizada pelo Irã. E na hora de jogar bombas despejam sobre a Líbia, o Afeganistão, o Iraque, ocupam e colonizam a Colômbia, quebram as colônias da Comunidade Européia e David Cameron é o porta-voz de sua majestade embalsamada, Elizabeth II. Obama até hoje não perdoou não ter sido convidado para o casamento do príncipe Williams.

Selo de qualidade é por aí. No Brasil o selo de submissão e faço qualquer negócio vai para os tucanos. Não existe tucano inocente. O ser tucano já é atividade criminosa. Alguém escreveu dias da semana passada que a presença de José Serra na política nacional e seu desespero de representar qualquer coisa, “é patética”.

Acho que pior, mas em dimensão menor, é Míriam Leitão. No Natal então a moça desespera com previsões de cataclismas para o próximo ano. Aquele negócio que o Fantástico apresenta sempre, todo janeiro. Tipo um vulcão vai causar muitos danos, uma figura célebre vai morrer, um avião vai cair, FHC não vai pagar o financiamento que pegou com o governo para construir sua pirâmide, coisas óbvias e a mais óbvia delas, que José Serra vai continuar a imaginar que despacho no Planalto.

Que Dilma não é lá essas coisas tudo bem. Que o PT é um partido que cada vez mais se assemelha ao PSDB é fato.

Mas o selo de qualidade na corrupção vai para os tucanos. É conferido por Wall Street, pelas grandes corporações e bancos internacionais e costumam preferir hotéis de Foz do Iguaçu para “fazer negócios”.

Juntam uma horda de criminosos, mandam fazer um grande bolo de onde emerge uma pin up com cara de Regina Duarte trinta anos atrás e mandam rodar um filme “patriótico” sobre a entrega da Amazônia.

O porteiro dessa história toda para não entrar nenhum estranho ao ninho é o coronel Brilhante Ulstra, especialista em pau de arara, estupros, seqüestros, assassinatos, folha corrida de dar inveja a qualquer mequetrefe em tortura.

O tradutor é Hélio Costa, global que lustrava as botas de Dan Mitrione.

E estou falando de tucanos e afins (tem os braços, os tentáculos, etc) de alto coturno. Nem falei do prefeito de minha cidade, o tal Custódio Matos. Juiz de Fora corre o risco de acabar transformando-se num grande loteamento da quadrilha tucana, em todos os sentidos. O mínimo para liberar pagamento de fatura devida pela Prefeitura é vinte por cento.

Nem falo dos estragos causados por aterros sanitários aqui e ali. Estão comprando até prefeito de Ewbank da Câmara para despejar lixo hospitalar, “gerar empregos”, trazer progresso.

Tudo com selo de qualidade de corrupção plena, absoluta e pintado de verde. Inclusive os restos de corpos despejados pela TRUSCHER quadrilha especializada nesse negócio de selo de qualidade.




domingo, 27 de novembro de 2011

HOMENAGEM A JOAB, UM CÃO

Martha Arruda*


Joab era cão vira-lata, mas seu amor a Cacilda era ilimitado. Onde quer que ela fosse, ia atrás.
Cacylda era terna e acariciava a cabeça do seu cão, que em resposta lambia-lhe as mãos. Todas as tardes, ela preparava um
panelão de comida: ossos, carne de segunda, arroz e um pouco de verdura. Joab comia e labia o focinho. Entre os dois havia
forte empatia.
Em visita ao dentista, Joab ficou abanando o rabo a sua espera. Ao mexer com um dos dentes da paciente tocou em um nervo e
Cacylda gritou. O cão agarrou a mão de Dr. Chiquito e não chegou a morder, porque ela mandou que sossegasse. "Joab, quieto!
Não machuque o doutor!" Ainda com raiva, seu rabo mais parecia um ventilador. Girava...girava...
Ai de que se aproximasse dela e não fosse de seu agrado. Avançava e mordia.
Até um tio que em brincadeira deu-lhe uma palmada, não foi poupado pelo cão que lhe deu uma mordida leve no braço.
Quando Cacylda preparava os bolos para os filhos venderem nas casas cuiabanas, Joab seguia os garotos. Era como um guarda-
costa. Um rapaz abusado avançou no cesto e roubou um bolo. Pobre rapaz! Levou uma mordida na perna e foi encaminhado ao
Pronto Socorro.
Cachorro tem alma! - repetia Cacylda. Quando tinha 12 anos, Cacylda leu uma frase que marcou sua vida. "Se você pega um
cachorro faminto e o torna próspero, ele não morderá você. Esta é a principal diferença entre um cachorro e um homem." É de
autoria de Mark Twain.
Foi o que aconteceu com Joab que, numa Semana Santa andava a esmo pela Rua dos Porcos, sem saber para onde ir. Ela o pegou e
colocou em seu colo, levou para casa, deu-lhe caprichoso banho, secou, deu comida e a partir daquele dia tornaram-se
amigos. Nas horas em que se aborrecia com alguma coisa, Joab lambia as lágrimas que derramava. Nos momentos de alegria,
Joaba repetia aus..aus.aus... Não era um au-au comum, mas parecia uma melodia. Era um cão extraoordinário, fora do comum
Outro pensador de nome Josh Billibg destacou: "Um cão é a única coisa na terra que o ama mais do que ama a sí mesmo."
Era verdade, porque Joab vigiava as horas vividas por Cacylda.
Mãe de muitos filhos, Cacylda ainda arrumava tempo para dar banho, dar de comer e acariciar os pelos do seu cão.
Como tudo tem um porém, um dia Cacylda deu a luz e não superou a hemorragia. Fechou os olhos para sempre!
Na hora do enterro, além do viúvo, o mais triste era Joab, que chorave feito um menino. Uivava até os confins!
Após o enterro, todos voltaram para casa, mas Joab ficou deitado sobre a sepultura. Dia seguinte, umm dos filhos veio
buscar o cão, mas quem disse que ele foi. Que nada! Olavo trouxe comida, mas recusou. Deu-lhe água fresca, e não bebeu. Dentro
de uma semana, Oder, filho de Cacylda, foi ao cemitério e encontrou Joab morto.
Gente, porque não baixar a cabeça e reconhecer que não somos os únicos filhos de Deus? Deus criou o animais e, certamente
possuem alma. Temos que ter a humildade de reconhecer que os cães podem ser mais humanos que muitos de nós. Vamos lutar por um
animal abandonado. Há bandidos em todos os lados, porque presenciei o fato de uma família ir viajar e abandonar seu cão à
própria sorte. Ficou à deriva, até que uma Santa Alma cuidou dele.
Ezequiel Siqueira foi um sábio cuiabano que enlouqueceu de tanto estudar, mas vivia entre seus muitos cães. Era a sua
felicidade! No dia em que Ezequiel fechou os olhos, o uivar de seus cães chamou atenção do bairro e muitos vieram fechar-
lhe os olhos, vesti-lo e fazer seu funeral. Os cinco cães permaneceram junto dele no cemitério. Uma cristã diariamente
levava-lhes comida e água. Viveram mais alguns anos, mas jamais abandonaram a última morada de Ezequiel.
Precisamos abaixar muito a nossa “crista” e reconhecer que não somos os únicos a fazer parte da criação divina. Devemos
ter a hombridade de lutar pelo não sofrimento dos animais, pois ainda virá o dia em que, boquiabertos, assistiremos novas
realidades comprovando a existência da Alma Animal.
Vinícius de Moraes, famoso boêmio, poeta, cantor e compositor, disse um dia: "O uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado."

 
 Martha de Arruda é jornalista e escritora. Ela é uma cuibana que ama o Rio  de Janeiro, mas adora a vida de Florianópolis, onde mora.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CELSO FURTADO E A MULHER



Laerte Braga


O ex-governador de Minas Hélio Garcia, numa das greves do professorado mineiro, chamou as professoras de “mal amadas”. A expressão é do jornalista Antônio Maria e aconteceu num contexto completamente diverso. Foi durante a campanha eleitoral de 1960.

Num programa de televisão Maria chamou as integrantes de um comitê de Carlos Lacerda de “malamadas” (ele próprio passou a escrever a palavra dessa forma). À época o jornalista foi um dos responsáveis pela extraordinária votação do candidato Sérgio Magalhães, uma dos grandes figuras do Parlamento na História do Brasil.

Feliz ou infeliz a expressão usada por Antônio Maria não tinha o mesmo caráter quando usada por Hélio Garcia. O ex-governador de Minas apelidado de “maverick” – tinha um tanque maior para combustível – afogava no combustível as mágoas de uma paixão não correspondida. Sua ofensa aos professores foi uma sórdida vingança de sua perda, sua fraqueza.

Celso Furtado afirmou que “a revolução feminista foi o maior movimento revolucionário do século XX”. Ao contrário do que pode pensar a Mulher Melancia, ou a Miss Laje essa afirmação não se refere a exibir a bunda na revista PLAYBOY.

Trata da conquista da condição de ser humano pleno de direitos políticos, econômicos e sociais. Nada daquele negócio de levar dois ou três tiros do marido por conta de legítima defesa da honra e a absolvição garantida.

Jorge Amado fala disso em GRABRIELA CRAVO E CANELA. A idéia que tiro lava a honra é complicada.

Grupos muçulmanos hoje buscam formas de interpretação do Islã que elimine os preconceitos e os costumes bárbaros em determinadas parte do mundo do Islã contra a mulher. No Irã onde a evolução foi significativa com a Revolução Islâmica se consegue preservar os fundamentos religiosos/culturais com a percepção dessa necessidade, embora em alguns cantos do país prevaleça a cultura milenar da submissão. É um processo a busca de avanços.

Na Praça Tahir no Egito as mulheres são parte da luta do povo daquele país contra a opressão de militares, norte-americanos e o governo de Israel.

As dificuldades que mulheres encontram pela frente, em países como o Brasil, ou nos Estados Unidos, para citar dois, decorrem de um fenômeno típico dos nossos tempos. A imensa goela do capitalismo se apropria de cada movimento popular e transforma, por exemplo, calça jeans em símbolo de liberdade.

É o grande dilema dessa revolução fantástica. Que traz a mulher da condição de objeto de cama e mesa para o centro de decisão e parte do processo maior de vida e de construção de um mundo alternativo, diverso do que temos. É claro, pois nele a mulher continua sendo subjugada na forma espetáculo.

É só lembrar a transmissão ao vivo e exclusiva do parto de Xuxa. Do nascimento de Sasha. Serve para ilustrar várias situações.

Não é possível construir um mundo alternativo ao mundo do espetáculo e da barbárie se não estivermos juntos homens e mulheres, no mesmo patamar. Boçais como Jair Bolsonaro sempre existirão e sempre se farão presentes.

E nem importa que seja caso de psiquiatra, importa que encontra eco em parcela da opinião pública para o amontoado de sandices que diz cada vez que abre a boca. Reflete o pensamento fascista da ordem unida em torno dos porões da estupidez, onde o estupro era regra geral em nome do “patriotismo”.

O desafio hoje é maior que as passeatas pelo direito ao voto – nas primeiras décadas do século XX – ou por queimar sutiãs.

O direito de cada mulher ser dona de si, portanto, do seu corpo, vai mais além. É o de estar presente no processo decisório. Temos hoje uma presidente da República e essa afirmação exclui ser contra ou a favor, mas é inegável o caráter pessoal de Dilma Roussef.

Há outra goela imensa a serviço do modelo na tarefa de se apropriar da revolução feminista e de todos os movimentos sociais que possam colocar em risco não o mundo dos homens propriamente dito, mas da estupidez que é regra geral do capitalismo.

É a goela da mídia.

A construção da mulher objeto fazendo-a crer que um reality show é um momento supremo de revelações e afirmações. Vivemos um tempo em que se estimula expor de público as nossas vísceras. Uma das “preocupações” da mídia no caso Nardoni foi sobre como a mãe reagiria ao assédio de outras mulheres na prisão, acostumada a uma vida confortável. Um debate se gerou em torno disso, até com “análises” de especialistas, enquanto a violência contra a mulher era deixada de lado. Ou a questão do trabalho, os salários mais baixos que os pagos aos homens.

Nem toda mulher tem a dimensão de Frida Khalo e nem todo homem tem a dimensão Lenine.

Mas isso não significa que todos temos que ser Frida Khalo ou Lenine. Temos que ser apenas humanos conscientes dos nossos papéis e da igualdade plena de direitos. Isso porque, certamente, a mulher bóia fria que cata laranjas num latifúndio hoje, o faz sob condições desumanas e é desrespeitada a cada momento em cada situação de vida.

E tem a dimensão de Frida.

Há um caminho imenso a ser percorrido e uma encruzilhada a ser vencida hoje. O da apropriação pelo capitalismo das conquistas da mulher, moldadas ao sabor do espetáculo, enquanto permanecem a violência, o preconceito, enfim a barbárie, numa igualdade de fantasia, acessível na prática a poucas diante da totalidade do universo feminino.

Num campeonato feminino de futebol, quem prestar atenção, vai notar que os que transmitem os jogos vão eximir-se de comentar o que consideram “tipos estranhos”, sempre achados por uma câmera indiscreta na arquibancada, mas em seguida, ato contínuo, vão de forma asséptica, comentar a beleza de uma ou outra jogadora, num outro jogo, esse sórdido, de tentar execrar o que consideram “aberrações” ao padrão de beleza e comportamento estabelecido pelos ditadores do “o que deve ser e como deve ser”. Chegam ao desplante de “até essas mulheres têm o direito de ter seu espaço”.

O modelo paulista quatrocentão, por exemplo. Reunido e discutindo questões como a ocupação da USP em torno de salgadinhos, sucos naturais, temendo que Chávez possa descer em Brasília montado num cavalo baio e afetar a pipoca dançante de cada dia em favor dos que sofrem.

Há um longo caminho a ser percorrido pela mulher em todos os cantos do mundo, para que manifeste em sua totalidade a revolução feminista que e sua importância definidas por Celso Furtado.

Não passa só pela mulher. Passa por todo o conjunto que equivocadamente chamam de “minorias”. Minorias são eles, os donos, os que estampam objetos melancia, morango, laje, melão, Xuxa, Angélica, dóceis ao mundo dos refletores, para o gáudio do que William Bonner chama de idiota, a tradução correta de Homer Simpson.

Uma vez perguntaram ao pintor Degas, filho de banqueiro, sobre a razão de quadros tão grandes e especificamente em torno de bailarinas. Ele respondeu de uma forma direta, sem vacilar – “você queria que eu pintasse o que? A hipocrisia dos desejos reprimidos das mulheres dos salões dos banqueiros de Paris? Pois eu pinto a leveza e a pureza da dança e das bailarinas. Você não sente o cheiro de paz e vida em cada quadro desses? Se não sente não entendeu nada. Nem as imperfeições que são perfeitas”

É uma luta da mulher e dessas “minorias” contra um modelo opressor. 

Imagine se um Brilhante Ulstra da vida vai entender tudo isso.



A educomunicação e suas contribuições na educação integral



por Daniele Próspero*
1266 A educomunicação e suas contribuições na educação integralDiante dos novos desafios da sociedade contemporânea, a educação, cada vez mais, precisa ampliar os espaços, tempos e oportunidades educativas, o que busca justamente a promoção de uma educação integral, ou seja, a formação dos alunos nas suas multidimensões. Isso passa, necessariamente, pela possibilidade de converter-se num espaço privilegiado para garantir às novas gerações os conhecimentos e as habilidades indispensáveis, para que se comuniquem com autonomia e autenticidade.
Sendo assim, não há como não falar em comunicação. Essa aproximação entre comunicação e educação se torna essencial. É o que chamamos de educomunicação, ou seja, um conjunto das ações voltadas ao planejamento e implementação de práticas des-tinadas a criar e desenvolver ecossistemas comunicativos abertos e criativos em espaços educativos, garantindo, dessa forma, crescentes possibilidades de expressão a todos os membros das comunidades educativas.
Diversas experiências e práticas educomunicativas têm alcançado resultados im-portantes no processo de aprendizagem das crianças e jovens. Algumas, inclusive, avançaram e se tornaram políticas públicas, como o projeto Educom.radio, em São Pau-lo. O governo federal percebeu o valor da proposta e sua importância para a busca de uma nova educação e inseriu, pela primeira vez, como política pública nacional – no Programa Mais Educação -, o conceito e pressupostos da educomunicação como uma forma de agregar à busca constante por uma educação integral.
O programa, criado como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), tem como proposta articular diferentes ações, projetos e programas nos Estados, e municípios, em consonância com o projeto pedagógico da escola, ampliando tempo, espaços e oportunidades educativas, através da articulação das políticas setoriais envol-vidas e possibilitando a todos o “direito de aprender”.
O programa vem sendo ampliado ao longo destes anos. Em 2008, 1378 escolas no país foram contempladas pelo Mais Educação; em 2009, foram 5040; e, em 2010, foram mais de 10 mil. Em 2011, 15.018 escolas públicas passam a oferecer educação integral, por meio do programa. Do total, 5.256 participam pela primeira vez. Todas as novas escolas são de ensino fundamental. A previsão é atingir 3 milhões de alunos, com esti-mativa de recursos aplicados de R$ 574 milhões.
O Mais Educação prevê a implantação de uma jornada mínima escolar de sete ho-ras, com a previsão de atividades de pelo menos três dos dez macrocampos estabeleci-dos: acompanhamento pedagógico (obrigatório); meio ambiente; esporte; direitos hu-manos; cultura e arte; inclusão digital; prevenção e promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; educação científica; e educação econômica e cidadania. São mais de 62 atividades nestes dez macrocampos.
A educomunicação insere-se como proposta no macrocampo “Comunicação e Uso de Mídias”. As escolas podem optar por atividades de rádio, jornal, fotografia, vídeo e histórias em quadrinhos e recebem recursos para a compra de equipamentos e contrata-ção de monitores.
O direcionamento do MEC para as atividades neste macrocampo é que as ações “utilizem os recursos da mídia no desenvolvimento de projetos educativos dentro dos espaços escolares, com a construção de propostas de cidadania engajando os alunos em ações de colaboração para a melhoria das relações entre as pessoas, além de projetos de aprendizagem por meio da reflexão crítica e da possibilidade de intervenção na escola e na comunidade”.
Este enfoque apontado pelo programa traz uma série de contribuições para a educação integral.
Em primeiro lugar, trata-se, portanto, de colaborar com as relações no próprio am-biente escolar. Ao permitir que os alunos, juntamente com professores ou monitores, discutam no jornal ou na rádio questões da escola e da comunidade, um novo ambiente pode ser elaborado.
A própria produção destes veículos escolares, que necessita uma intensa pesquisa, discussão e produção em grupo, abre a possibilidade para o estabele-cimento de novas relações entre os próprios alunos.
Outra contribuição é em relação às novas linguagens. De acordo com o caderno orientativo do macrocampo, a Comunicação e Uso de Mídias, sobretudo, será tratada como o conjunto de processos que promovem a formação de cidadãos participativos política e socialmente, que interajam na sociedade da informação, na condição de emis-sores e, não apenas, consumidores de mensagens, garantindo assim seu Direito à Comunicação.
Sendo assim, os alunos no Mais Educação são envolvidos diretamente na produção destes veículos de comunicação, permitindo exercerem o seu direito a se expressarem. Abrir esse espaço de participação para os alunos se configura, portanto, numa pos-sibilidade de despertar o interesse por novos conhecimentos, novas práticas, novas ações de intervenção social.
É no fazer que os alunos, justamente, encontram sentido para muitas questões co-locadas pela escola que, até então, pareciam desconectadas. Os alunos podem utilizar-se da rádio para falar sobre suas propostas e ainda praticar a expressão verbal; ao produzi-rem um vídeo, por exemplo, os estudantes conhecerão de forma mais clara como é o processo de produção e, por isso, terão um olhar mais crítico ao assistirem programas televisivos; nos jornais ou quadrinhos, os estudantes poderão discutir temas como a sexualidade.
Diversos estudos já têm demonstrado o impacto positivo ao permitir que as crian-ças e jovens participem do processo de produção da mídia. De acordo com a Unesco (2002), os projetos que atuam neste perspectiva têm demonstrado consequências inte-ressantes nos envolvidos, como: orgulho, poder e auto-estima. Os participantes apontam o desejo de encontrar na mídia os sonhos cotidianos e a realidade local; compreensão crítica e maior competência de mídia; fortalecimento da capacidade e da curiosidade; maior justiça social com a mídia audiovisual; e interesse na sociedade. Os participantes ainda ampliaram seu vocabulário e repertório cultural, aumentaram suas habilidades de comunicação, desenvolveram competências de trabalho em grupo, fizeram negociação de conflitos e planejamento de projetos e melhoram o desempenho escolar.
Outro ponto de simbiose entre a educomunicação e a proposta da educação inte-gral é a própria interdisciplinaridade. Por meio das práticas educomunicativas, é possível uma maior flexibilização do currículo e da construção de uma proposta interdisciplinar. A fotografia pode ser uma ótima maneira de trabalhar, junto à disciplina de Física, princípios básicos de luz. A Matemática e a Geometria, por exemplo, são fundamentais na diagramação de um jornal. Já, a Redação e a Língua Portuguesa serão utilizadas em qualquer tipo de mídia proposta, pois estão ligadas à expressão. Além disso, ao pro-duzirem um jornal, os alunos podem discutir temas dos demais macrocampos do Pro-grama Mais Educação, como educação financeira, por exemplo.
E as escolas vêm, gradativamente, descobrindo o valor das práticas educomunica-tivas junto aos seus alunos. Em 2011, mais de 4200 instituições escolares, em 842 cida-des, estão desenvolvendo atividades educomunicativas com cerca de 825 mil alunos participantes.


* Daniele Próspero é jornalista, especialista em jornalismo social e em educação comunitária, e pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da Universidade de São Paulo (USP).
** Publicado originalmente no Portal Aprendiz.

 Fonte: Site Envolverde

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Carvalho diz que solução de problemas indígenas em Mato Grosso do Sul é "questão de honra"


 Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal considera “uma questão de honra” a solução dos problemas enfrentados pelas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Além da questão do território, a saúde e a educação são as principais preocupações do Estado.
“Para nós, a questão indígena mais importante é Mato Grosso do Sul, onde a incidência de violência e morte é acentuada e a situação de perdas de criança nos ofende profundamente. Estamos fazendo todo o esforço [para reverter essa situação]”, disse o ministro à Agência Brasil.
No dia 20 de outubro, representantes do governo visitaram a comunidade indígena Y’Poi, da etnia Guarani-Kaiowá, no município de Paranhos. Segundo Carvalho, um grupo de trabalho dedicado especificamente à questão indígena foi constituído. A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo estadual participam do grupo.
Um vídeo produzido pelo projeto Rede de Saberes, divulgado ontem (23), mostra como foi a visita de representantes do governo ao acampamento. Além de denunciar as ameaças de morte sofridas, os  indígenas pediram a conclusão do processo de demarcação de terras, escola para as crianças, liberdade para passar pela estrada entre o acampamento e uma fazenda, a oportunidade de plantar na área e condições de segurança.
O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, aparece no vídeo comprometendo-se a atender a todos os pedidos da comunidade, principalmente os referentes à segurança. “Se um pistoleiro chegar, quero que a informação seja passada no mesmo dia para o meu telefone".

Menos de um mês após a visita, houve um ataque de pistoleiros ao Acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambai. Os índios disseram que o cacique Nísio Gomes foi morto e três moradores do acampamento sequestrados na última sexta-feira (18). O corpo do cacique desapareceu e ainda não há pistas sobre os desaparecimentos. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal abriram inquérito para investigar o caso.
No próximo dia 28, um comitê gestor será instalado na cidade de Dourados. De acordo com o ministro Gilberto Carvalho, o governo federal vai divulgar uma série de políticas públicas para os cerca de 44 mil índios da região. “Está próximo [o fechamento de] um acordo com o governo do estado para que a gente consiga ter uma área delimitada para os Guarani-Kaiowá. É uma preocupação, um compromisso”, garantiu Carvalho.
De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), nos últimos oito anos cerca de 200 índios foram mortos em conflitos de terra.




Fonte: agência Brasil.
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A BOMBA SUPERSÔNICA



Laerte Braga


Habitantes das ilhas de Faroe, província dinamarquesa, se refestelam em matança de baleias num festival que se repete todos os anos. Matam e comem a carne desses mamíferos. É uma prova de masculinidade segundo explicações de lideranças locais.

Para quem tiver estômago, o massacre de baleias está em



O governo dos EUA testou um míssil supersônico capaz de atingir qualquer parte do planeta em uma hora. O míssil, óbvio, destina-se ao transportes de ogivas nucleares de poder muitas vezes maior que as duas bombas que destruíram Hiroshima e Nagazaki na insensatez histórica de norte-americanos.

No início de seu mandato o presidente Barack Obama denunciou publicamente os contratos de privatizações e terceirizações do governo de George Bush em áreas militares. Abrangiam desde o recrutamento e treinamento de soldados, o setor de logística e o de inteligência. Em alguns casos as empresas contratavam mercenários (de preferência latinos, negros, europeus do leste para servirem de bucha de canhão) para atuação de campo propriamente dito. Foi o que aconteceu e continua a acontecer na Somália e em alguns países não oficialmente invadidos, caso da Colômbia.

Obama ao fazer a denúncia afirmou que não conseguiria anular todos os contratos por conta de garantias legais deixadas pelo governo Bush, mas chegaria ao fim do seu governo reduzindo em 7% o número deles. Quis deixar claro que não concordava com a privatização de funções militares dadas a natureza e o caráter dessas atividades.

Fez o contrário. Faz o contrário. Rendeu-se ao poder dos acionistas que detêm o controle da Casa Branca (grandes corporações industriais, banqueiros, grupos sionistas e militares, lógico).

Os Estados Unidos têm militares e agentes de inteligência em todos os países do mundo. Ocupados ou não. Monitoram cada canto do planeta através de satélites com as mais variadas funções e conhecem, por exemplo, com maior riqueza de detalhes e precisão o subsolo brasileiro, que os próprios brasileiros.

Arnold Toynbee dizia que não há sentido em tantas armas nucleares, em investimentos pesados nesses artefatos, se não houvesse disposição de usá-los.

À época da guerra do Iraque George Bush disse com todas as letras que se a resistência iraquiana fosse maior que o previsto não hesitaria em usar armas nucleares de pequeno porte.

Insânia pura.

O massacre de baleias nas ilhas de Faroe é um exemplo claro do significado da civilização cristã, ocidental e democrática. O governo da Dinamarca nunca fez e nem faz nenhuma ação efetiva para acabar com a barbárie.

Aos domingos todos estão nas igrejas agradecendo a caça pródiga e farta.

O míssil supersônico tem um objetivo primeiro. O Irã. Obsessão do governo terrorista de Benjamin Netanyahu e de grupos radicais norte-americanos. Um dos principais pré candidatos a presidente pelo Partido Republicano já avisou que se eleito destrói o Irã.

Ao mesmo tempo sinaliza a países como o Brasil, a Índia e a China que tudo tem limites, não importa que no caso do governo brasileiro as portas estejam abertas aos EUA e Israel no tratado de livre comércio com o governo de Tel Aviv – firmado no governo Lula – uma espécie de operação triangular para compensar a negativa ao projeto da ALCA – Aliança de Livre Comércio das Américas – o “mercado de um trilhão de dólares” na visão do general Colin Powell, então secretário de Estado do governo Bush – primeiro mandato.

O “acidente” com a CHEVRON na bacia de campos não se esgota num poço que vazou. Mas na tentativa da empresa de chegar de forma ilegal às camadas do pré-sal. O poço é o bode expiatório da ação criminosa da empresa. O assunto está sendo investigado pela Polícia Federal, mas duvido que se chegue a uma conclusão efetiva. Não a Polícia Federal, mas o governo, sem forças e sem pernas para enfrentar o avanço de empresas estrangeiras sobre o petróleo e as reservas de água doce do País.

O problema é que segundo um senador de quinta categoria – existem muitos – disse no Senado que “ninguém pede para nascer negro”. É Magno Malta o nome do distinto. Especialista em superfaturamento de ambulâncias e, segundo alguns, acusado de pedofília num inquérito que corre ou correria de forma secreta no Espírito Santo.

O que aparentemente são fatos distintos, um não tem nada a ver com o outro, refletem apenas o modelo político e econômico falido. O institucional a serviço de elites e uma sociedade dominada pela alienação imposta pela mídia que a tem como idiota na definição do jornalista William Bonner – “nosso telespectador é como Homer Simpson”.

Se somarmos cada ponta desde as menores em todo esse processo vamos chegar sempre ao mesmo lugar. O capitalismo imperialista a desafiar os povos de todo o mundo a uma unidade capaz de enfrentar o modelo nas ruas.

É o que começa a acontecer no Egito. O povo derrubou Mubarack e Mubarack continua na figura de generais corruptos e golpistas. Foi o que aconteceu na Líbia onde a eventual criação de uma moeda diferente do dólar para o petróleo levou a OTAN – braço terrorista europeu de ISRAEL/ EUA a destruir o país. Como fizeram com o Iraque, não estão conseguindo completar no Afeganistão e se fartam na Colômbia e agora no Chile, novamente em mãos de grupos ligados à ditadura de Pinochet. Pior, começam a ocupar o Brasil em cavalos de Tróia que não têm nada a ver com a pantomima de atores da GLOBO contra Belo Monte e a “favor” do Brasil.

Estudantes cubanos decidiram comemorar o DIA DOS ESTUDANTES com um festival de arte e música em solidariedade aos estudantes do Chile. Milhares acorreram à praça pública para o evento. Cuba é o país com o maior índice de desenvolvimento humano em todo o mundo segundo a ONU.

A festa pode ser vista em


ou

no blog BRASIL MOBILIZADO


Nesse festival de barbárie promovido pelo complexo terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A o ex-primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, dublê de banqueiro e boneco de Mussolini, lançou um CD em que canta canções românticas.

Já os trabalhadores gregos, italianos, espanhóis, portugueses, franceses, alemães e britânicos, além dos de todos dos países da Comunidade Européia – colônia do complexo terrorista na Europa – pagam a conta dos bancos falidos, do capitalismo/imperialista tentando de todas as formas evitar sua morte.

A propósito, Berlusconi cantando canções românticas lembra Nero enquanto morria – “que grande artista perde o mundo”.

E nem falo dos imigrantes que vivem nos EUA e em países da Comunidade Européia. Breve serão afastados como leprosos para que os “superiores” possam viver segundo suas tradições boçais na “festa da masculinidade” nas ilhas de Faroe.

E noutra ponta desse novelo capitalista/imperialista, tem o centro e dele é irradiada a barbárie, são como peças de encaixe, as presas grávidas em São Paulo quando levadas a hospitais públicos para o parto permanecem algemadas durante todo o procedimento.

O governador do estado, funcionário da OPUS DEI S/A, controladora de VATICANO S/A, disse que vai mudar esse estado de tortura, digamos assim e nomeou um policial militar assassino (massacre do Carandiru) para comandante da ROTA, versão paulista do BOPE.

Tudo supersônico.