10/01/2014 - O final de uma era vai chegando. Que mundo será o novo?
- Fernando Brito - Tijolaço
As eras históricas, que se mediam em milênios, depois em séculos, vão se tornando cada vez mais curtas, encolhimento que provém do desenvolvimento produtivo-tecnológico do ser humano, que vai miniaturizando o mundo.

A China tomou o lugar de maior potência comercial do planeta dos Estados Unidos, que o haviam roubado da Inglaterra no início do século passado.
Ano passado haviam empatado, com ambos com 3,8 trilhões de dólares em importações e importações, somadas.

O Brasil anda pouco acima da vigésima posição nesse ranking, ainda.
Beiramos o meio trilhão de dólares, com valor semelhante de entrada e saída de mercadorias.
Tornar-se o maior centro do fluxo comercial não faz da China a maior potência econômica do mundo.

Mas é como dizia o telefonista de um jornal que se acabava, aqui no Rio quando lhe perguntavam: alô, é da Gazeta?
E ele respondia: por enquanto...
Dependendo do critério (paridade de poder de compra ou conversão cambial direta) o PIB chinês superará o dos EUA um pouco antes ou um pouco depois de 2020.
Um estudo, do ano passado, da consultoria PWC, fusão da Price Waterhouse e Coopers & Lybrand inglesas , mostra que em 2050 já será a vez da Índia, outro gigante asiático, deixar para trás os EUA.

Os tigres asiáticos serão outros, porque é preciso tamanho territorial e populacional para ocupar a posição de maiores numa economia que, com todos os seus males, caminha no sentido do distributivismo.
Este é o mundo novo que vai se afirmando, para o qual nossas elites não têm olhos – e nem antevisão.
Os chineses mandam os seus jovens estudarem português, aos milhares, para se prepararem para o relacionamento comercial com o Brasil e a África portuguesa.

Julgam que o centro mundial do comércio é em Miami e que os chineses colocaram uma nave na Lua porque são bons em fogos de artifício.
E se acham…
Nós temos é de olhar esse mundo novo e melhorar nossa inserção nos negócios mundiais.
E escolher se vamos ser parceiros de quem cresce ou vassalos de quem obsolesce.
Fonte:
http://tijolaco.com.br/blog/?p=12433
Nota:
A inserção de algumas imagens adicionais, capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade, elas inexistem no texto original.