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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dilma pede substituição de armas por alimentos

25/09/2012 - Eleutério Guevane, da Rádio ONU
- extraído do site Mercado Ético


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, pediu à comunidade internacional que as armas de destruição em massa sejam transformadas em recursos para beneficiar as vítimas da fome no mundo.

No discurso da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, a presidente disse que, a nível regional, o Brasil está envolvido em ações para deter os armamentos.


Alimentos
Quero lembrar a existência de imensos arsenais que além de ameaçar toda a humanidade, agravam tensões e prejudicam os esforços de paz."

"O mundo pede, em lugar de armas, alimentos para bilhões de homens que padecem do mais cruel castigo que se abate sobre a humanidade, a fome”.

No seu segundo pronunciamento no plenário, desde que foi eleita, Dilma Rousseff abordou, principalmente a crise econômica e defendeu o posicionamento brasileiro sobre política monetária e protecionismo.


Manifestação
O Oriente Médio também foi tema do discurso, com destaque para a busca de uma solução para a crise síria. Ela condenou a violência gerada por “motivos religiosos.”

Registro neste plenário, nosso mais veemente repúdio à escalada do preconceito islamofóbico nos países ocidentais."

"O Brasil é um dos protagonistas da iniciativa generosa da Aliança de Civilizações, convocada originalmente pelo Governo Turco."

"Com a mesma veemência, senhor presidente, repudiamos também os atos de terrorismo que vitimaram diplomatas americanos na Líbia”.

Ainda nesta terça-feira, Dilma Rousseff foi recebida pelo Secretário-Geral da ONU. Ban Ki-moon agradeceu pela contribuição brasileira no Haiti.


(Rádio ONU)

Fonte
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/dilma-pede-substituicao-de-armas-por-alimentos/

sábado, 5 de maio de 2012

Quem tem medo de Dilma?

04/05/2012 - extraído do Portal Brasil 247
por Hélio Doyle


Os banqueiros financiaram campanhas, mas não foram eleitos para governar o país


De um lado: os trabalhadores, os profissionais liberais, a classe média em geral, os empresários da indústria, do comércio e da agropecuária. De outro: os banqueiros.

A presidente Dilma Rousseff está, pois, do lado certo ao pregar e trabalhar pela queda dos juros e dos spreads bancários. Certa sob o ponto de vista da direção da economia do país e certa porque está ao lado da população que trabalha e produz, contra o setor que pode até trabalhar, mas nada produz e é o que mais lucra. “Agora é tudo agiotagem”, disse o ex-banqueiro José Eduardo Andrade Vieira (do extinto Bamerindus) ao Valor Econômico. E, ao combater os juros abusivos, Dilma ainda cria condições para aumentar ainda mais sua já alta popularidade.

Só quem ganha com os juros altos, com as altíssimas tarifas bancárias e com os elevados spreads são os banqueiros e os acionistas dos bancos. Seus lucros são estratosféricos. Seu negócio é guardar, comprar e vender dinheiro, em última análise. Quem perde com essa “lógica perversa”, nas palavras de Dilma, é o país e o setor produtivo, que inclui capital e trabalho. Se existem hoje as condições objetivas para que esses juros sejam reduzidos e para que o custo dos empréstimos sejam menores, é natural que a presidente da República defenda isso e o governo trabalhe nesse sentido.

As reações contrárias não vêm, porém, apenas dos banqueiros e seus porta-vozes, economistas, jornalistas e relações-públicas muito bem remunerados.

Há reações também, algumas meio envergonhadas, de segmentos que nada perdem e muito ganham com a redução dos juros.

Mas não é difícil entendê-las: são políticas ou ideológicas.

O fortalecimento do governo de Dilma e o sucesso de sua política econômica não interessam, naturalmente, aos que lhe fazem oposição.

Quanto mais popular a presidente e seu governo, menores as chances de vitórias eleitorais dos oposicionistas à direita e maior a perspectiva de que o PT continue no Palácio do Planalto. Nesse aspecto, inclusive, os tucanos, presumivelmente social-democratas, discrepam da social-democracia europeia, que hoje se opõe com nitidez ao domínio do setor financeiro sobre o Estado.

Há também, além da política, a questão ideológica.

Embora existam historicamente contradições entre o capital industrial, o capital comercial e o capital do agronegócio, por um lado, e o capital financeiro e especulativo, por outro, ideologicamente todos esses segmentos estão do mesmo lado.

E esse lado teme governos que interferem demais, segundo seu ponto de vista, na economia e em seus negócios. O Estado, para eles, deve ser mínimo.

Daí as reações contraditórias. Apoiam as medidas para reduzir os juros, pois lhes interessam, mas não querem dar razão demais ao governo. Por isso falam em populismo, em demagogia, reclamam que Dilma está se aproveitando de seu alto índice de aprovação popular para “pressionar” setores da economia que não se enquadram nas orientações do governo. Investidores têm aversão a interferências do governo, advertem porta-voz dos bancos.

Alguns empresários, especialmente grandes empresários, aferram-se ainda à ideia de que o mercado tudo pode e faz o que quer, e governos só atrapalham – a não ser quando assinam contratos com eles.


O setor financeiro, sempre todo poderoso, considera-se acima do Estado e do poder político. Tem sido assim, e em um país de economia capitalista é natural que o capital predomine inclusive sobre o poder político. Mas isso está mudando, com a crise mundial. O liberalismo exacerbado e o domínio absoluto do mercado já fracassaram nos seus países-ícones, na América e na Europa.



Nenhum governo pode impedir o funcionamento do mercado, mas cabe ao poder legitimamente constituído definir as diretrizes econômicas de um país e estabelecer as políticas para cumpri-las, e não aos banqueiros ou qualquer outro segmento empresarial.

No Brasil, o poder legitimamente constituído é exercido, em última instância, pela presidente Dilma, e não pelos banqueiros multimilionários.

Mesmo que eles tenham financiado boa parte das campanhas eleitorais.

sábado, 18 de junho de 2011

"HAPPY BIRTH DAY MISTER PRESIDENT" - CADÊ "HERANÇA MALDITA" QUE ESTAVA AQUI? A DILMA COMEU



Laerte Braga


No momento em que o governo Dilma Roussef começa a privatizar a frota nacional de petroleiros através da empresa SETE BRASIL (noventa por cento do controle acionário ficam com o BRADESCO e o SANTANDER – cliente da consultoria de Palocci) morre em Belo Horizonte o professor Washington Peluso Albino de Souza, talvez o último dos brasileiros, 94 anos de idade, dentre os participantes da luta “O PETRÓLEO É NOSSO”.

Um dos maiores vultos do nosso Direito o professor foi o responsável pela famosa tese mineira do petróleo. Foi também um dos últimos grandes pensadores do Direito e não se alinhava com o entreguismo udenista que fazia coro, àquela época, a entrega do petróleo a empresas estrangeiras.

Que Dilma Roussef tenha telefonado a Fernando Henrique Cardoso para cumprimentá-lo pelo aniversário, nada demais. Um gesto de educação e pronto.

Que Dilma Roussef tenha dito que FHC foi o responsável pela “estabilidade econômica” no Brasil, isso é de envergonhar.

Em 1978 FHC foi candidato a uma vaga no Senado por São Paulo numa sublegenda do antigo MDB. Eram uma vaga em disputa, renovação de um terço da Casa e Franco Montoro, à época também do MDB foi o eleito. Segundo colocado em seu partido, como determinava a lei FHC virou suplente de senador.

Em 1982 Franco Montoro foi eleito governador do estado e FHC assumiu sua vaga no Senado, restavam quatro anos a serem cumpridos do mandato original. Foi reeleito em 1986. Aí eram duas as vagas em disputa,  conseguiu a segunda na esteira da extraordinária votação conferida a Mário Covas, já PMDB, algo em torno ou superior a sete milhões de votos.

O projeto FHC começa anos atrás quando o ex-presidente estava exilado no Chile e era custeado pela Mercedes Benz e outras empresas interessadas em negócios na América Latina. A amoralidade de FHC o tornava um quadro perfeito para os interesses dessas empresas. O permanecer como um político de esquerda também, já que os temores das elites econômicas internacionais eram a de eleição de Leonel Brizola para a presidência do Brasil num eventual pleito direto, no retorno à democracia, algo que só iria acontecer em 1989 – a primeira eleição direta desde 1960 – quando Jânio Quadros venceu o marechal Teixeira Lott. Era conveniente o que chamavam de contra ponto de bom senso à esquerda. Mais ou menos esquerda comprável, dócil.

No auge da crise que acabou no impedimento do ex-presidente Collor de Mello essas forças políticas e econômicas, na tentativa de salvar o caçador de marajás, tentaram fazer de FHC ministro plenipotenciário do governo, o próprio Collor, no desespero de não perder o cargo, referiu-se à nomeação como “uma espécie de primeiro-ministro”, mas Covas e outras lideranças tucanas vetaram. FHC nunca perdoou Covas por isso.

Foi Itamar Franco – vice de Collor – quem tirou Fernando Henrique do ostracismo político. Havia feito várias declarações que não tentaria a reeleição para o Senado, não teria como consegui-la (não havia mais puxadores de votos como Montoro e Covas para carregá-lo) e disputaria uma vaga na Câmara dos Deputados.

Primeiro Itamar colocou-o no Ministério das Relações Exteriores e na primeira fraude do então ministro da Fazenda Elizeu Resende, o que delineava uma crise política que poderia ganhar peso e importância maiores, levou FHC para o Ministério da Fazenda. Pedro Malan era o homem de Washington e então presidente do Banco Central.

Um processo semelhante acontecia na Argentina e o eleito pelo chamado Consenso de Washington – a verdade única – era Carlos Menem.

Um alvo direto, os dois maiores países latino-americanos sob o tacão do neoliberalismo.

Nomeado ministro da Fazenda FHC na prática assumiu a condução dos principais negócios do governo e como ele próprio disse aos autores do Plano Real sobre Itamar aceitá-lo ou não, “deixa o Itamar comigo que eu o convenço”.

Itamar até hoje pensa que foi presidente de fato.

O Plano Real ressuscitou FHC, transformou-o em candidato a presidente da República, num acordo com o ex-presidente Itamar Franco. “Agora você, daqui a quatro anos eu de volta”. É célebre a gafe do ex-ministro Ruben Ricúpero ao afirmar na tevê – não sabia que estava no ar -, que o Plano, entre outras coisas, estava sendo usado para vender a candidatura de FHC.

A reeleição foi um golpe de estado branco. Sérgio Motta, ministro das Comunicações e sócio em alguns negócios do presidente, conduziu a compra de deputados, senadores, a concordância da mídia e tratou de afastar os obstáculos a um novo mandato para FHC (o mesmo na Argentina para Menem).

Há um inquérito sobre compra de votos na Procuradoria Geral da República em torno do processo de votação da emenda constitucional que permitiu a reeleição de FHC que está parado até hoje. A compra foi escancarada e muitas vezes em dinheiro vivo está provada nesse inquérito. Só não foi à frente.

Em 1998, ano da reeleição, FHC precisava do apoio do PMDB para derrotar Lula (Brizola foi o candidato a vice na chapa do petista) e Itamar Franco estava disposto a disputar a indicação, como disputou, dentro do seu partido, então PMDB. Feitas as contas a candidatura Itamar de saída levava a eleição para o segundo turno e tornava a vitória de FHC – objetivo do golpe branco – uma incógnita. Tanto poderia disputar um segundo turno com o próprio Itamar, ou com Lula e sem certeza de vitória. Era preciso ter essa certeza.

Houve de tudo na convenção do PMDB para barrar a candidatura Itamar. Ulisses já não mais comandava o partido, morrera e o que era um bloco monolítico em torno daquele notável homem público, havia virado um conglomerado que tanto tinha figuras íntegras como bandidos assim do porte de Íris Resende, antigo donatário da capitania de Goiás e principal articulador da derrubada da candidatura Itamar. Virou ministro de FHC depois.

Íris chegou a contratar – o fato foi noticiado amplamente à época – professores de uma academia de jiu jiutsi em Goiânia e Brasília, para intimidar delegados, coagir delegados e garantir o apoio da quadrilha a FHC.

Conseguiu. FHC foi reeleito com menos de um terço dos votos de todo o eleitorado brasileiro.

O processo de venda do Brasil prosseguiria com velas desfraldadas e a todo vapor.

Naquele momento tornavam-se necessários alguns ajustes do primeiro mandato e todos de caráter impopular, mas a essa altura do campeonato a posse da chave do cofre, da caneta que nomeia, demite, transfere e vende (o que vale dizer, recebe também) estavam asseguradas.

Há um aspecto interessante nesse processo. FHC era presidente até um determinado ponto. A autoridade real era do ministro da Fazenda Pedro Malan, homem de Washington designado para evitar besteiras e assegurar toda a sorte de bandalheiras do governo tucano.

Um exemplo? No primeiro Ministério José Serra – então senador – fora designado ministro do Planejamento. Unha e carne com FHC cometeu o erro de avaliação mais simples em todo o esquema. Entrou em choque com Malan achando que venceria a disputa. Voltou para o Senado.

No período que se seguiu a reeleição o ministro das Comunicações Mendonça de Barros – que havia recolhido fundos para a campanha junto a empresas que receberam de presente via BNDES estatais como a VALE e outras – foi à Espanha a convite da Telefônica Espanhola com despesas pagas e todas as regalias possíveis, na busca de novos negócios para aquela empresa.

Chega ao Brasil, pega o governo em meio a uma crise, a desvalorização do real, bate de frente com Malan, fica esperando a queda do ministro da Fazenda e termina demitido, pois Malan vaza todas as informações envolvendo Mendonça de Barros em episódios de corrupção.

A força de Malan era maior que a de FHC.

E assim foram os oito anos de FHC. O escândalo do SIVAM (que gerou uma chantagem em que o presidente pagou para ficar livre garantindo o Superintendente da Polícia Federal por quatro anos), as propinas no curso das privatizações, a compra constante e permanente de deputados e senadores dispostos a vender seus votos no Congresso Nacional, um amontoado de barbáries que levou-o a tornar-se num dos mais impopulares dentre os presidentes nos últimos tempos – tal e qual Collor e Sarney – fato visível na posse de Lula em primeiro de janeiro de 2003, quando FHC pede ao novo presidente que o permita sair pela porta dos fundos ao invés de descerem juntos a rampa do Planalto, sabedor das vaias que receberia como um político rejeitado e desprezado pelos brasileiros.

Crápula lato senso. Só não está na cadeia porque “isto aqui é Brasil”.

Em meio a tudo isso há uma imensidão de fatos, detalhes que revelam o que foi o período FHC. Um deles é a personalidade do ex-presidente. Se acredita enviado divino, oráculo supremo de tudo e todos e isso muitas vezes levou-o a dizer besteiras, como agora, quando diz que Lula deve ter um problema psicológico em relação a ele.

Escondeu um filho de forma perversa – fora do casamento – (todos os outros políticos que viveram situações semelhantes, até o poderoso ACM tiveram situações semelhantes reveladas publicamente pela mídia, FHC não, pagava mais e o que a mídia queria), enfim, um período a servir de exemplo de como um país não pode e não deve ser governado e como figuras assim não podem e não devem ser presidentes.

Ao assumir o governo Lula através de vários ministros falou em “herança maldita”, um país falido, conduzido segundo os interesses e determinações do FMI, do Banco Mundial e todas as quadrilhas financeiras que operam e controlam os principais negócios do mundo (agora vão controlar a frota petroleira do Brasil). Ou seguia os rumos pré-traçados pelo neoliberalismo ou iríamos viver a mesma situação caótica que viveu a Argentina pós Menem. Um presidente a cada três dias depois da renúncia de De la Rúa. 

Em torno dessa herança maldita muitas concessões foram feitas, um preço alto foi pago pelos brasileiros até que se tivesse o mínimo de avanços – políticas sociais principalmente – e na própria economia, sem contar as armações tucanas e da mídia nos oito anos Lula.

Mas sem mudanças significativas, estruturais, decisivas para o futuro do País.

Vai daí que vem Dilma Roussef, produto de Lula, ministra do governo Lula nos dois mandatos e proclama que FHC foi o responsável pela “estabilidade econômica do Brasil”.

E aí? Cadê a “herança maldita” que estava aqui? Dilma comeu.

Há um processo gradual de transformação do PT em partido social democrata, empurrando o PSDB mais ainda para a direita e um modelo de “capitalismo a brasileira” definido pelo secretário geral do PCB Ivan Pinheiro.

Não leram Barbosa Lima Sobrinho na obra que escreveu sobre o milagre japonês.

E há uma burocratização corrupta das cúpulas petistas – caso agora de Palocci –. Isso não faz do PT um partido em estado terminal como força de esquerda, como partido das lutas populares, afinal existe a militância, mas começa a produzir uma lenta agonia que vai levá-lo a essa situação.

Tornou-se o centro da verdade absoluta. Não aceita críticas e rotula os críticos de outros setores de esquerda como “estão fazendo o jogo da direita”. Querem submissão plena e absoluta aos negócios SANTANDER/PALOCCI e dane-se a PETROBRAS.

Dane-se o Brasil.

As manifestações que começam a ocorrer em todos os pontos do País e protagonizadas por várias categorias de trabalhadores não têm cor partidária – por mais que esse ou aquele partido ache que esteja conduzindo essa luta –, pela simples razão que o modelo político e partidário no Brasil está falido. Ou para lembrar Trotsky (não sou trotskista e nunca fui) “o povo está à frente dos dirigentes”.

O institucional como um todo está corroído pelo cupim do neoliberalismo. A corrupção é conseqüência. É intrínseca ao modelo, parte indispensável.

E nem o PT se entende mais. O ex-presidente Lula disse na noite de sexta-feira em Brasília, num evento, que a Internet é um meio revolucionário de comunicação e democrático, fundamental, deve ser popularizado, mas Paulo Bernardo, ministro das empresas de Comunicações, no mesmo dia e no mesmo lugar, disse que se a Internet for popularizada a 35 reais vai haver congestionamento. Ou seja. Lula fala para um lado, Paulo Bernardo fala para outro, as teles vão lucrar com esse negócio da banda larga e o PT bate palmas.

Não se trata de ser livre agora, mas amanhã. Trata-se de perceber a teia desse arremedo de capitalismo chinês que está se montando no Brasil e que na China se sustenta em trabalho escravo, salários de fome, milhões abaixo da linha da pobreza, enquanto partido e elites econômicas, além de forças armadas lógico, vivem os privilégios do tal milagre.

E a reforma agrária? O agronegócio comeu. E a reforma tributária e fiscal? Os ricos não permitem, pois querem que os pobres continuem a pagar os impostos.

E a integração latino-americana? O ministro Anthony Patriot acha que tem que ser pragmático. Pragmatismo é mais ou menos o velho ou dá ou desce. Como a distância a ser caminhada é muito longa, é noite, está escuro...

E muita coisa mais.

Criticar Dilma não significa criticar a primeira presidente mulher. Significa criticar uma presidente que não disse a que veio e quando esboçou falar se enrolou na terceira palavra, além de estar cercada de figuras da pior espécie na política brasileira.

Por que não o povo? Criar canais e mecanismos de participação popular?

A História não deixa nunca de cobrar o seu preço. Vai ter que ser pago.

Não estranhem se José Serra sai por aí dizendo que Dilma está vendendo o Brasil.

Essas cobras são venenosas, imunes a qualquer soro antiofídico e já perceberam que a presidente adora pegar o telefone e dizer “happy birth day mister president”, como Marilyn Monroe disse para Kennedy.

O caso Dilma começa a me trazer à lembrança a frase de Caio Júlio César ao ser assassinado – “até tu Brutus?”

        

terça-feira, 7 de junho de 2011

Força-tarefa deve chegar hoje ao Norte do País para conter a violência no campo



por Renata Giraldi*, da Agência Brasil
forcanacional 300x168 Força tarefa deve chegar hoje ao Norte do país para conter violência no campoBrasília – Uma equipe formada por homens da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas chega hoje (7) ao Norte do país para intensificar os esforços de combate à violência no campo. A ação é denominada Operação Proteção à Vida. A ordem para executar a operação foi dada pela presidenta Dilma Rousseff na semana passada, depois que quatro ambientalistas foram assassinados na região.
As informações são do governo do estado do Pará. Em reunião no último dia 3, no Palácio do Planalto, Dilma ouviu os governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Aziz Elias, e de Rondônia, Confúcio Moura.
Também estavam presentes na reunião em Brasília seis ministros – Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Dutra (Justiça), Maria do Rosário (Secretaria de Defesa dos Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário).
Na reunião, Jatene disse que é necessário identificar e punir de forma rigorosa os envolvidos em assassinatos no campo. Segundo ele, só dessa maneira será possível evitar o ambiente de impunidade que domina a região.  “Não vamos reproduzir o passado e o ponto de partida deve ser a união de todos no enfrentamento à violência”, afirmou ele, na reunião.
Ontem (6), o secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes, disse que as áreas mais críticas do estado são o sul e o sudeste. Em 2010, houve 13 assassinatos sem apuração em  Pacajás. Ele informou ainda que as investigações sobre o assassinato do casal de ambientalistas – José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo – estão “em curso”.
Para o secretário, as mortes refletem a “situação de intolerância dentro do assentamento” e foram estimuladas pela ganância de alguns madeireiros. “Falta o Estado sim, mas o Estado como um todo. Faltam políticas públicas, não o Estado policial, mas o Estado que educa, que cuida da saúde, que ajuda a preservar a natureza e o homem, que dá ao colono a condição de trabalhar e criar sua renda”, disse Fernandes.
No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados no Brasil – três no Pará e um em Rondônia. Para a Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica, a lista dos que estão ameaçados chega a mil pessoas, sendo que 125 correm mais riscos.

*Publicado originalmente na Agência Brasil.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Campanha 'O Petróleo Tem que Ser Nosso' discute nova plenária nacional

Da Agência Petroleira de Notícias
Quando Dilma Rousseff colocar a faixa presidencial, em janeiro, a postura de grande parte dos movimentos sociais e sindicais que chegaram a apoiar a candidata, no segundo turno, começará a mudar. “É hora de cobrar as promessas de campanha” – já anunciaram representantes de diferentes campos, como movimentos contra a segregação étnica, de gênero e pelas reformas agrária e urbana. Com a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, o tom é o mesmo.

A campanha contra a privatização das riquezas naturais protagonizou, no Rio, o maior ato de rua realizado no segundo turno das eleições. Para muitos dos que se integraram à passeata contra “o retrocesso e as privatizações”, no dia 21 de outubro, o objetivo era rejeitar aquele candidato mais identificado com as propostas neoliberais e privatistas. Por outro lado, este gesto, por exclusão, também representou um voto de confiança na então candidata Dilma. Logo, passadas as eleições, o entendimento da maior parte dos movimentos sociais e sindicais é de que a organização e a resistência popular, em favor das suas bandeiras de luta, devem ser retomadas, imediatamente.

Na próxima semana, com o objetivo de retomar a unidade nacional em torno da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, haverá uma reunião em Brasília. A meta é convocar uma nova plenária nacional. O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), um dos mais importantes atores na construção da resistência popular, propõe que a nova plenária seja realizada no Rio, sede da Petrobrás, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e palco dos principais confrontos, até agora, entre os privatistas e aqueles que defendem a reestatização da Petrobrás, em nome dos interesses da nação e do povo brasileiro.
Os desafios já estão colocados.

O primeiro deles é a iminência de uma nova rodada de leilão do petróleo. “Não aos leilões” é uma palavra de ordem que unifica os movimentos sociais e sindicais reunidos na campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. Já os entreguistas pressionam pela realização de uma licitação, na área do pré-sal. O governo Dilma será o fiel da balança: para onde vai pender?

Caberá aos movimentos que integram a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso fazer a sua parte. Organizar a resistência e ir para as ruas. As próximas semanas serão de intenso esforço, para que esta campanha, que tem potencial para construir unidade, se reestruture com força suficiente para derrotar os entreguistas. Por uma Petrobrás 100% pública e estatal! Não aos leilões do nosso petróleo e gás!