Da Agência Petroleira de Notícias
Quando Dilma Rousseff colocar a faixa presidencial, em janeiro, a postura de grande parte dos movimentos sociais e sindicais que chegaram a apoiar a candidata, no segundo turno, começará a mudar. “É hora de cobrar as promessas de campanha” – já anunciaram representantes de diferentes campos, como movimentos contra a segregação étnica, de gênero e pelas reformas agrária e urbana. Com a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, o tom é o mesmo.
A campanha contra a privatização das riquezas naturais protagonizou, no Rio, o maior ato de rua realizado no segundo turno das eleições. Para muitos dos que se integraram à passeata contra “o retrocesso e as privatizações”, no dia 21 de outubro, o objetivo era rejeitar aquele candidato mais identificado com as propostas neoliberais e privatistas. Por outro lado, este gesto, por exclusão, também representou um voto de confiança na então candidata Dilma. Logo, passadas as eleições, o entendimento da maior parte dos movimentos sociais e sindicais é de que a organização e a resistência popular, em favor das suas bandeiras de luta, devem ser retomadas, imediatamente.
Na próxima semana, com o objetivo de retomar a unidade nacional em torno da campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso, haverá uma reunião em Brasília. A meta é convocar uma nova plenária nacional. O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), um dos mais importantes atores na construção da resistência popular, propõe que a nova plenária seja realizada no Rio, sede da Petrobrás, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e palco dos principais confrontos, até agora, entre os privatistas e aqueles que defendem a reestatização da Petrobrás, em nome dos interesses da nação e do povo brasileiro.
Os desafios já estão colocados.
O primeiro deles é a iminência de uma nova rodada de leilão do petróleo. “Não aos leilões” é uma palavra de ordem que unifica os movimentos sociais e sindicais reunidos na campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso. Já os entreguistas pressionam pela realização de uma licitação, na área do pré-sal. O governo Dilma será o fiel da balança: para onde vai pender?
Caberá aos movimentos que integram a campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso fazer a sua parte. Organizar a resistência e ir para as ruas. As próximas semanas serão de intenso esforço, para que esta campanha, que tem potencial para construir unidade, se reestruture com força suficiente para derrotar os entreguistas. Por uma Petrobrás 100% pública e estatal! Não aos leilões do nosso petróleo e gás!
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