Por Fernando Britto, do Tijolaço
O Blog ContextoLivre (leia O herói da Veja diz que bandido bom é bandido morto) publica e a gente foi conferir. E achou muito mais.
Maycon Freitas, o entrevistado das Páginas Amarelas da Veja desta semana, como “representante” dos manifestantes da onda de protestos que tomou as ruas, presta serviços como dublê a Rede Globo de Televisão.
A Veja, é claro, nem se importou que Maycon tenha quase o dobro da idade da maioria dos manifestantes, mas o transformou num grande ativista cibernético.
Apresentado como “a voz que emergiu das ruas”, Maycon é apresentado como líder de uma comunidade no Facebook , a União Contra a Corrupção, onde se publica ou republica coisas como essa imagem aí do lado, dizendo que os médicos cubanos (cadê?) são guerrilheiros disfarçados e que um golpe comunista está em marcha. É mentira, a página é mantida por Marcello Cristiano Reis, um advogado paulista.
Se tivesse ido olhar o perfil de Maycon no Facebook veria que, antes de virar “celebridade”, suas últimas postagens foram em janeiro, com pérolas do tipo:
“Mulher que diz que homem é tudo igual. É porque nunca soube fazer a diferença na vida de um.”, ou
“No carnaval as mina pira , em novembro as mina 'pari'". “No carnaval os mano come, em novembro os mano some.”
Antes, em 2012, a vida estava boa para Maycon, como você pode ver nas fotos do líder de massas em Cancún, no México, num turismo “padrão FIFA” de deixar a gente com inveja.
Como está sofrendo o revoltado Maycon!
Ah, essa internet…
Ah, essa Veja…
PS. Até de um mistificador como o Maycon a gente respeita a privacidade. Todas as fotos são públicas no seu Facebook, não necessitam de compartilhamento.
Construir a cidadania a partir do exercício do direito de todos a expressão, comunicação e informação
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sexta-feira, 5 de julho de 2013
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Censura no Facebook
26/Jan/12 - por Atilio A. Boron [*] - resistir.info
Há alguns dias cometi um "erro imperdoável": criticar asperamente a secretária de Estado Hillary Clinton quando, diante do quinto assassinato de um cientista iraniano, limitou-se a encolher os ombros e dizer que isso era o resultado das provocações de Teerão ao negar-se a suspender o seu programa nuclear. Disse então, e repito agora, que a Clinton é "o elo perdido entre as aves carniceiras e a espécie humana", recordando a sua gargalhada quando lhe comunicaram o linchamento de Kadafi.
Mas o meu "erro" foi colocar essa opinião no Facebook: "poucas horas depois foi-me proibido o acesso à minha conta e a ter contacto com os meus mais de sete mil seguidores. O que se seguiu depois é uma história kafkiana, ainda não concluída, para tentar recuperar o acesso à minha conta. Toda classe de truques e obstáculos foram levantados e ainda hoje, quinta-feira 19 de Janeiro, quase três dias depois do incidente, não pude tornar a utilizar a minha conta. Para cúmulo, jamais pude ter contacto com pessoa alguma do Facebook e todas as perguntas que podia fazer eram estereotipadas e obtinha, de um robot, respostas igualmente estúpidas e estereotipadas. Nenhuma respondia à pergunta crucial: por que me haviam bloqueado o acesso à minha conta do Facebook?
A conclusão de tudo isto é algo que já sabia e que venho dizendo desde há longos anos, em contraposição a ilustres sociólogos e analistas que dizem tontices tais como "a rede é o universo da liberdade, não há centro, não há controle, é democracia em grau superlativo". Estes teóricos da resignação e do desalento parecem ignorar que a web está super controlada – não que vá estar e sim que já está, de facto – e as infames iniciativas legislativas estado-unidenses como a SOPA e a PIPA não são senão tentativas de legalizar o que já estão fazendo.
Como também venho dizendo há anos, nada mais perigoso que um império em decadência: tornam-se mais brutais, imorais, inescrupulosos. Agora, perante o surgimento de uma perigosa onda mundial anti-capitalista na Europa e mesmo nos EUA (com o movimento dos Ocupem Wall Street) que se soma ao que vem ocorrendo na América Latina desde há uma década, os drones e os assassinatos selectivos de líderes tornam-se insuficientes.
Devem cortar a comunicação "a partir de baixo" e "entre os de baixo" porque sabem muito bem que um pré-requisito para a organização da resistência ante – e a ofensiva contra – a burguesia imperial e seus sequazes na periferia é precisamente a possibilidade de estabelecer comunicações e trocar informações entre os oprimidos e as vítimas do sistema. Sabem muito bem que isso é essencial para frustrar esta onda insurgente, muito mais grave e de maiores repercussões que as que teve na altura o Maio francês.
Por isso estão a apertar todos os parafusos. Por isso devemos redobrar a luta para democratizar não só o Estado e as empresas como também as comunicações, a imprensa e, sobretudo, a web. Não é por acaso que um dos generais do exército estado-unidense declarou numa audiência do Congresso que "hoje a luta anti-subversiva trava-se nos media", um dos quais, talvez o mais importante, é a Internet. Daí tantos controles.
Facebook Shuts Down “Free Ricardo Palmera!” Group
O original encontra-se em http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-185840-2012-01-20.html
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
Página no Facebook pede morte da líder estudantil Camila Vallejo
O conflito entre estudantes e simpatizantes do governo registrou mais um capítulo de agressão nas mídias sociais. A líder universitária e presidente da Confech (Confederação dos Estudantes da Universidade do Chile) foi alvo de uma página no Facebook que desejava sua morte. A página "Que matem Camila Vallejo" foi retirada do ar. O perfil de seu usuário, Marco Flores Conejeros também não se encontra no ar.
A página foi criada como um evento, marcado para o dia 20 de agosto. A descrição, em espanhol, dizia: "Tem que matar esta infeliz de m..., que se acha legal e está cag... para os estudantes no ano letivo".
Até o evento ter saído do ar, catorze pessoas já haviam aderido à página.
Camila Vallejo é o rosto principal do movimento estudantil que luta por reformas na Educação chilena. Nos últimos meses, os estudantes chilenos, com o apoio de professores e movimentos sindicalistas, realizaram uma série de passeatas com centenas de milhares de participantes em todo o país contra o projeto de reforma no setor apresentado pelo governo do presidente Sebastián Piñera.
Nota: Camila Antonia Vallejo Dowling tem apenas 23 anos, nasceu no dia 28 de abril de l988. Ela é a segunda mulher, no Chile, que ocupa a presidência da Confech.
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