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sábado, 23 de outubro de 2010

Para encerrar o 'Bolinhagate'

Há que se tocar em debates urgentes da eleição presidencial, mas a partir da tarde de ontem e até o início da madrugada deste sábado surgiram evidências de que a Rede Globo de Televisão exibiu no Jornal Nacional de quinta, 21, não exatamente uma videoreportagem avaliada pelo perito Ricardo Molina, mas em realidade montagem grosseira tentando convencer a opinião pública de que um segundo objeto atingiu José Serra no Calçadão de Campo Grande. Na verdade, tudo indica que nenhuma outra "bolinha" foi jogada contra a cabeça do candidato do PSDB. Pior, agora para a estratégia tucana de vitimização de Serra, um vídeo mostra que o autor do "disparo" mostrado pelo SBT foi provavelmente alguém de sua própria comitiva.

Do website Meira da Rocha
A grande armação pró-Serra do Jornal Nacional
José Antonio Meira da Rocha

Toda a produção jornalística pode ser digitalizada. Tudo o que é publicado está à mercê de chatos que salvam, gravam, colecionam, digitalizam com plaquinhas de 120 reais. Como eu, que gosto de gravar TV na minha Pixelview PlayTV Pro.

Por isso, hoje, é inconcebível que a grande imprensa, sofrendo há muito com as mudanças provocadas pela digitalização, tente enganar seu digitalizado público com armações grotescas como esta aprontada pelo Jornal Nacional de 2010-10-22, com ajuda da Folha.com e do repórter Ítalo Nogueira.

Será que a velha mídia não se dá conta que qualquer pessoa pode gravar TV e passar quadro-a-quadro? E que, fazendo isto, a pessoa pode ver que não há nenhum rolo de fita crepe sendo atirado contra o candidato José Serra? Que o detalhe salientado em zoom numa extensa matéria de 7 minutos não passava de um artifact de compressão de vídeo sobreposto à cabeça de alguém ao fundo? Que não se vê no vídeo quadro-a-quadro nenhum objeto indo ou vindo à cabeça do candidato?

E a Globo ainda vai procurar a opinião de um “especialista” de reputação duvidosa…

Tudo pode ser digitalizado, menos a credibilidade de um veículo jornalístico. E este único ativo que sobra à velha mídia, ela joga fora…

Continue lendo a reportagem e veja as imagens que comprovam a fraude global.

Vídeo que reforça a tese de Meira da Rocha, professor de jornalismo gráfico da UFSM. Repare: onde a Globo mostra um suposto "objeto" atingindo Serra, não há nada.


Pá de cal na estratégia de Serra e da Globo. Um homem de camisa azul, uniforme dos políticos de PSDB e DEM no ato de campanha, é quem atira a bobina com fitas adesivas em Serra.


Como começou a polêmica do "Bolinhagate"

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O que a mídia não falou: 3 considerações sobre o incidente desta quarta no Rio de Janeiro

1.Leia este relato do blogueiro Flávio Loureiro, nosso colega no movimento #Rio Blog Prog e que entrevistou testemunhas oculares da polêmica caminhada de José Serra pelo Calçadão de Campo Grande.

Prezados (as)

Acabei de conversar com companheiros petistas que se envolveram no incidente e soube o seguinte:

1 – Serra marcou uma caminhada no calçadão de Campo Grande com forte aparato de segurança.

2 – O sindicato dos mata-mosquitos, demitidos na época em que Serra era ministro da Saúde de FHC, se localiza nas imediações.

3 – O processo de demissão dos mata-mosquitos foi traumático, a ponto de trabalhadores perderem tudo, e foi registrado cinco suicídios entre os mata-mosquitos demitidos.

4 – Portanto, a categoria tem ódio mortal de Serra e se organizaram para manifestar contra a presença dele no calçadão de Campo Grande.

5 – Os petistas da região, que organizam panfletagens no calçadão, sabendo do quadro, foram para lá evitar confrontos.

6 – Mas os seguranças de Serra, liderados por Júnior, filho da vereadora e deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), rasgaram os cartazes dos mata-mosquitos, aí o tumulto começou. Vale lembrar que a comitiva de Serra estava distante do local do conflito, mas Serra foi visto entrando numa Van sem qualquer ferimento.

7 – O miltante petista, Carlos Calixto, lotado no gabinete da dep. Inês Pandeló, foi agredido teve o supercílio rasgado, e ainda sangrando foi para a Delegacia Policial registrar a ocorrência.

8 – Segundo o militante petista Sebastião Moraes, a confusão só não foi maior, porque a tropa de mata-mosquitos que vinha se incorporar à manifestação, chegou atrasada, mas saiu em perseguição à comitiva de Serra. É bom que eles não tenham alcançado a comitiva, caso isso ocorra novos conflitos a vista, para a exploração política de Serra.

9 – O pessoal mata-mosquitos que estava na manifestação não tem vínculo com o PT. Eles têm dois sentimentos básicos, paixão por Lula que os reincorporou e ódio por Serra/FHC que os demitiu.

Abs,
Flávio Loureiro


2.Assista estas reportagens do SBT e da própria Rede Globo com a descrição dos fatos. O SBT mostra uma bobina com fitas adesivas atingindo Serra, seguido de um telefonema atendido pelo ex-governador paulista e, ato contínuo, o político levando as mãos à cabeça. Já a Globo mostra que o candidato tucano não teve ferimentos, apesar de logo depois ir a um hospital para "fazer exames". Repare que a matéria do plantão do fim de tarde tinha um teor bem diferente da reportagem levada ao ar à noite pelo JN, pasmem, com a mesma apresentadora.





3.O blog amigo Cloaca News flagrou a agressão sofrida por Serra! Se você é tuiteiro vai uma dica: use a tag #serrarojas. Já está nos TT.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Grupo de Sarney invade Sindicato em lançamento de livro



publicado no Blog do Rovai em 5 de novembro de 2009
Ontem à noite o jornalista Palmério Dória lançou em São Luis, Maranhão, o livro Honoráveis Bandidos, onde trata da história da oligarquia Sarney. O evento acontecia na sede do Sindicato dos Bancários, no centro da cidade, quando um grupo ligado à família do senador invadiu o auditório e atacou os presentes segundo depoimento do deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) que estava no local. Segue a entrevista de Dutra, que chama Sarney de quadrilheiro.

RENATO ROVAI - O que aconteceu ontem, deputado?
DOMINGOS DUTRA - Estávamos reunidos para o lançamento do livro do Palmério Dória quando de 15 a 20 pessoas invadiram o recinto e começaram a lançar ovos, pedras, cadeiras. Virou um tumulto muito grande. Esse livro está exposto em livrarias de todas as capitais do país, mas no Maranhão você não encontra em nenhuma. Além disso, para divulgar o evento a gente contratou uma empresa que coloca outdoors nas ruas da cidade. Mas a 48 horas do evento eles devolveram o dinheiro dizendo que tinham sido ameaçados e que não tinham como fazer o trabalho.

RR - Vocês identificaram os agressores?
DUTRA - É uma garotada secundarista. No Maranhão, os Sarney tem tradição de fazer isso. Eles pegam uns grupos de jovens para fazer esses tumultos. Uma delas deixou a bolsa cair, chama-se Ana Paula, e nós já entregamos os documentos dela na polícia.

RR - Alguém ficou ferido, deputado?
DUTRA - Da nossa parte, quatro pessoas.

RR - Quantas pessoas haviam no lançamento?
DUTRA - Umas 300 pessoas ou mais. O auditório estava lotado. Sai de lá às 23h30 e ainda tinha muita gente na fila para o autógrafo. Agora o que precisa ser dito é que o que o Sarney está fazendo no Maranhão é terrorismo. Recentemente foi cassado um juiz de direito. Há 15 dias cassaram o prefeito de Barreirinhas, do PT, capital dos Lençóis, onde a Petrobras está prospectando petróleo e gás. No lugar foi colocado o sobrinho do Sarney. Além disso, o Sarney conseguiu censurar até o Estadão e está tentando fechar o Jornal Pequeno, mas não imaginávamos que eles teriam coragem de fazer algo como isso, até porque a sede do Sindicato dos Bancários fica no centro da cidade.

RR - Mas o PT é aliado do Sarney no plano nacional?
DUTRA - Lamento o equívoco do presidente Lula e de parte do PT que dá sustentação a esse quadrilheiro. O presidente Lula deve sofrer chantagem todos os dias do Renan e do Sarney. Este pessoal vota a favor do governo, mas mediante pagamentos. Eles tem a Funasa, o Correio, três ministérios e cargos nos estados. No Maranhão, nós do PT só temos a delegacia de agricultura familiar e os escritórios da pesca e da terra legal. No resto, ele manda em tudo. Respeito as opções do presidente Lula, mas eu nem morto estarei com o Sarney. O governo Lula é bom no social, no econômico, mas no político é um retrocesso. Eles juram amor eterno ao Lula aqui em Brasília e nos estados querem matar o PT.
Saiba mais sobre o livro que provocou a ira da família Sarney