O jornalista Mário Augusto Jakobskind lança seu novo livro-reportagem, "Cuba, Apesar do Bloqueio", dia 14 de dezembro, na ABI (Associação Brasileira de Imprensa, 11º andar), centro do Rio de Janeiro, a partir das 18 horas.
A idéia de escrever "Cuba, Apesar do Bloqueio" se deve, sobretudo, ao fato de o autor tentar analisar o cerco midiático que a ilha caribenha sofre desde o início de sua revolução, antes mesmo da declaração de que o país optou pelo socialismo.
Acompanhando os noticiários diários dos principais jornais do eixo Rio-São Paulo, Cuba só aparece como uma ditadura, como se o povo não tivesse o direito de escolher os seus dirigentes. Alguns veículos de imprensa chegam a se referir a Cuba como o país da “ditadura dos Castros”, em referência a Fidel e Raul, o atual Presidente.
Em termos jornalísticos há quase um total desconhecimento sobre o que acontece na ilha caribenha, para não falar em preconceito e o noticiário de um modo geral se basear em fontes que não têm interesse em mostrar os fatos como realmente são.
É dentro deste espírito que o autor decidiu escrever o livro, uma parte sobre os 25 anos da Revolução, ou seja, até 1984, e a outra relacionada com os últimos 26 anos a partir de 1984, ano em que a revolução cubana completava 25 anos, quando Jakobskind lançava "Apesar do Bloqueio, um repórter carioca em Cuba". A primeira parte daquele livro teve o prefácio de Henfil e o pósfácio de João Saldanha.
Em 2009, Mário Augusto Jakobskind lançou no Uruguai, pela Editora Tropicana, o livro "Apesar do Bloqueio, 50 anos de Revolução" (imagem ao lado; reprodução), em função do marco histórico representado pelo ano da comemoração. A edição atual apresentada pela Booklink está atualizada até 2010.
Para falar sobre Cuba, além de mostrar o cerco midiático, o autor lembra as previsões equivocadas de analistas ignorantes da realidade cubana sobre o fim do regime em vigor na ilha caribenha, depois da desintegração da URSS. Muitos desses analistas garantiam que o fim ocorreria em semanas ou meses. A realidade mostrou que as pitonisas falharam redondamente, como mostra o livro de Mário Augusto Jakobskind.
Mais do que adjetivos, "Cuba, Apesar do Bloqueio" apresenta fatos que falam por si só, como, por exemplo, a participação do então Presidente Fidel Castro num encontro de jornalistas latino-americanos, quando o dirigente máximo de Cuba mostrou o seu dom de jornalista.
Seguindo na trilha de que mais valem fatos presenciados do que adjetivos, Jakobskind conta fatos relevantes da vida cotidiana de um país socialista que observou durante algumas estadas em Cuba.
Como o caso ocorrido em 1987, na praia de Santa Maria Mayor, a poucos quilômetros de Alamar, quando o autor conheceu uma adolescente que portava um colar com uma imagem de San Lazaro, do qual ela era devota. Ela mostrou-se entusiasta de Fidel Castro e quando soube que Mario Augusto era brasileiro perguntou “quem era o comandante” do país do repórter.Como a resposta foi de que o Brasil não tinha propriamente um comandante, a adolescente disse que voltaria para casa, iria para a Igreja rezar para que “o seu país tenha um comandante”.
Numa retrospectiva sobre Cuba não poderia faltar a menção da batalha de Cuito Canavale, cujo resultado, segundo Nelson Mandela, que dispensa apresentação, representou o início do fim do odioso apartheid sul africano. E nesta batalha histórica estiveram presentes milhares de militares cubanos, uma forma que os cubanos encontraram para se penitenciarem do passado de escravidão dos negros.
Os tempos difíceis do Período Especial também são lembrados neste livro, da mesma forma que fatos econômicos que marcaram profundamente Cuba e isso numa linguagem acessível a todos os públicos.
Em suma, Cuba, Apesar do Bloqueio é uma vasta reportagem, com uma linguagem jornalística, que a mídia conservadora dos vários quadrantes latino-americanos se nega geralmente a fazer.
O lançamento do livro do conselheiro da ABI, Mário Augusto Jakobskind, tem o Apoio Cultural da Lidador e acontece no 11º andar do histórico edifício, localizado na rua Araújo Porto Alegre, 71.
Atualização do EDUCOM: além da retificação do post, com a nova data de lançamento, confira este comentário do documentarista Silvio Tendler, diretor do recente "Utopia e Barbárie" e de obras emblemáticas como "Jango" e "Os Anos JK":
"Êta Homem obstinado esse Mário Augusto. Caquinho por caquinho vai esculpindo uma catedral gótica de idéias iluminadas e corajosas. Provoca e afronta a mesmice com a tranquilidade de quem pede um simples copo d'água para beber. Escreve sobre sua crenças com ardorosa paixão.
Agora ele volta com a reedição de seu livro sobre Cuba trazendo uma boa dose de idealismo num mundo sem grandes Utopias. Recomendo a leitura do livro do Mario Augusto como uma forma de conhecimento da ilha sitiada pela mídia pero vencedora, no plano das Utopias da minha geração como a mais bem sucedida, junto com o Vietnam. Apesar do bloqueio que já dura mais de cinquenta anos imposto pelo desagradável e prepotente vizinho, Cuba resiste.
Imperdível o livro do Mário Augusto.
Silvio Tendler" (sobre 'Cuba, Apesar do Bloqueio')
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terça-feira, 23 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O caos no Haiti é petróleo
por Laerte Braga, jornalista e analista político
Bráulio Martinez Zerpa, coronel da Aeronáutica boliviana escreveu uma lúcida análise e denúncia em www.aporrea.org, sobre a existência de petróleo em grandes quantidades em solo haitiano. Explica os dez mil soldados norte-americanos para a “ajuda humanitária”. Petróleo, gás natural, urânio e outros minerais considerados estratégicos.
Um artigo publicado no dia 22 de janeiro deste ano no jornal PAGINA WAR IN IRAQ, Marguerite Laurent oferece dados e valores sobre essas reservas de petróleo, gás, ouro e urânio. Cita um outro artigo, de 2000, de Bob Perdue, proprietário da fazenda Dauphine onde estão localizadas grandes jazidas de petróleo. Dá conta que em setembro de 1973, portanto, há 27 anos, a funcionária da embaixada dos EUA no Haiti, Martha Carbone enviou correspondência ao Escritório de Energia e Combustível do Departamento de Estado norte-americano, afirmando que o governo haitiano havia recebido propostas de outros grupos para construir um porto em águas profundas, capazes de receber instalações e petroleiros para o transporte desse petróleo para os EUA.
Em 2004 o presidente dos EUA, George Bush, numa operação relâmpago, ao tomar conhecimento que o presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristides estava tomando outra direção que não os interesses de Washington, seqüestrou e depôs o presidente, mantendo-o no exílio na África do Sul, enquanto vendia a idéia de “reconstrução da democracia no Haiti” e nela embarcou o governo brasileiro.
O prédio da embaixada dos EUA em território haitiano é o quinto em tamanho dentre todos os prédios de embaixadas norte-americanas em todo o mundo, depois da China, Iraque, Irã e Alemanha. As reservas foram mantidas intocadas, pois á época os EUA recebiam fornecimento de petróleo de vários países, dentre os quais a Venezuela. As reservas sauditas têm um limite e a Venezuela passou a tomar conta do seu petróleo em função de seu povo.
O petróleo no Haiti ganha importância capital para os EUA. A idéia que o terremoto possa ter sido fabricado por Washington não é tão despropositada assim, nem mergulha no rótulo de “teoria da conspiração”, como gostam de dizer. O Projeto Haarp (High Frequency Active Auroral Research Program) é uma investigação financiada pela Força Aérea dos EUA, a Marinha e a Universidade do Alaska e visa controlar “processos ionosféricos capazes de mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância”.
Teve início em 1993 e especula-se que é uma arma capaz de controlar o clima provocando inundações e outras catástrofes. O presidente Chávez da Venezuela fez essa denúncia logo após o terremoto que devastou o Haiti.
O Haarp está instalado nas imediações do Monte Sanford, no Alaska.
A crise econômica que afeta os EUA está longe de ser superada. A despeito de todo o esforço que se faz para vender a idéia de recuperação da economia norte-americana, não conseguem esconder dados vitais como o aumento do desemprego, queda no consumo, quebra de pequenas e médias empresas e um número maior de cidadãos daquele país em situação de pobreza.
O que acontece nos EUA é simples de explicar. Mais ou menos como alguém que gasta além da conta no cartão de crédito, no cheque especial, em empréstimos e para contornar o problema toma novos empréstimos, abre novas contas para novos cheques especiais e novos cartões. Bola de neve.
Com a diferença que, ao contrário do cidadão comum que tem que se submeter aos bancos, o governo dos EUA cobra impostos, o Banco Central do país é privado, e detém o porrete capaz de alcançar qualquer parte do mundo.
E vive, os EUA, da exploração e saque de países como o Haiti. Toda aquela arrogância e prepotência típica do povo norte-americano viraria pó se o resto do mundo, principalmente nações não desenvolvidas, deixassem de sustentar o país.
Isso tem um preço que, num determinado momento, fica impagável. A guerra do Afeganistão tem um custo altíssimo e resultados pífios. O Talibã está fortalecido, vencendo batalhas decisivas e o povo afegão cansado da presença militar dos EUA. No Iraque a situação é instável mesmo com a saída de boa parte das tropas.
Um livro “COWBOYS DEL INFIERNO”, escrito pelo sargento Jimmy Massey, dos fuzileiros navais dos EUA, conta em detalhes o que foi a invasão e a ocupação do Iraque. O absoluto desprezo dos militares pelo povo iraquiano.
Jimmy concedeu uma entrevista à jornalista Rosa Miriam Ezalde, cubana, e lá se pode ler o seguinte:
“Tenho 32 anos e sou um assassino psicopata treinado. As únicas coisas que sei fazer é vender aos jovens a idéia de se juntarem aos marines e matar. Sou incapaz de conservar um trabalho. Para mim os civis são depreciáveis, atrasados mentais, uns débeis, uma manada de ovelhas. Eu sou seu cão pastor. Sou um predador. Nas Forcas Armadas me chamam ‘Jimmy o Terrível’”.
Este é o segundo parágrafo do livro escrito há três anos por Jimmy Massey, com a ajuda da jornalista Natasha Saulnier, que foi apresentado na Feira do Livro de Caracas. Cowboys do Inferno é o relato mais violento já escrito sobre a experiência de um ex-membro do Corpo de Marines, um dos primeiros a chegar ao Iraque durante a invasão de 2003 e que decidiu contar todas as vezes que seja necessário o que significa ter sido por 12 anos um desapiedado marine e como a guerra o transformou.
Ou,
“No Iraque, onde cheguei em março de 2003. Meu pelotão foi enviado aos lugares que haviam sido do Exército iraquiano e vimos milhares e milhares de munições em caixas que tinham a etiqueta norteamericana e estavam ali desde que os Estados Unidos ajudaram o governo de Saddan na guerra contra o Iran. Vi caixas com a bandeira norteamericana e tanques dos EUA. Meus marines – eu era sargento de categoria E6, uma categoria superior a sargento, e dirigia 45 marines – me perguntaram porque haviam munições de nosso país no Iraque. Não entendiam. Os informes da CIA afirmavam que Salmon Pac era um campo de terroristas e que íamos encontrar armas químicas e biológicas. Não encontramos nada. Nesse momento comecei a pensar que nossa missão realmente era o petróleo”.
E,
R. M. E.: Você também relata como seu pelotão metralhou uma manifestação pacífica. Foi isso?
J. M.: Sim. Nos arredores do Complexo Militar de Rashees, ao sul de Bagdá, perto do rio Tigre. Haviam manifestantes ao final da rua. Eram jovens e tinham armas. Quando avançamos havia um tanque que estava estacionado de um lado da rua. O motorista do tanque nos disse que eram manifestantes pacíficos. Se os iraquianos quisessem fazer algo podiam ter feito apontando o tanque. Mas não fizeram. Só estavam se manifestando. Isso nós sentimos bem porque pensamos: “Se fossem disparar, teriam feito naquele momento”. Eles estavam a cerca de 200 metros de nossa tropa.
R. M. E.: Quem deu a ordem de metralhar os manifestantes?
J. M.: O Alto Comando nos disse que não perdêssemos de vista os civis porque muitos combatentes da Guarda Republicana haviam tirado os uniformes, vestiam-se com roupas civis e estavam desencadeando ataques terroristas contra os soldados americanos. Os informes da inteligência que nos davam eram conhecidos basicamente por cada membro da cadeia de comando. Todos os marines tinham muito claro a estrutura da cadeia de comando que se organizou no Iraque. Creio que a ordem de disparar nos manifestantes veio de altos funcionários da Administração, isso incluía tanto os centros de inteligência militar como governamental.
R. M. E.: Você, o que fez?
J. M.: Regressei ao meu veículo, um jipe altamente equipado, e escutei um tiro por cima de minha cabeça. Meus marines começaram a atirar e eu também. Não nos devolveram nenhum disparo, mesmo eu tendo disparado 12 vezes.
Quis assegurar-me de que havíamos matado segundo as normas de combate, da Convenção de Genebra e dos procedimentos operacionais regulamentares. Tentei evitar seus rostos e procurei pelas armas, mas não havia nenhuma.
R. M. E.: E seus superiores, como reagiram?
J. M.: Me disseram que “a merda acontece”.
O livro de Massey foi lançado numa Feira de Livros em Caracas, onde concedeu a entrevista e torna desnecessário dizer que terroristas são os norte-americanos.
Os EUA são exportadores dessa doença para todo o mundo.
A propósito, o presidente eleito do Chile, o tal Sebastián Piñera ganhou uma fábula com a alta das ações da Lan Chile, empresa de sua propriedade. No curso da campanha eleitoral o antigo assessor de Pinochet disse que não tinha mais a posse da empresa e iria vender suas ações. Tem a posse da empresa e não vendeu suas ações. Mas já disse que Chávez está errado.
Sugiro uma conferência nacional sobre o Big Brother Brasil para que se possa analisar as palavras sábias e fundamentais de Anamara, uma das integrantes da casa. Podem ser vistas em
bbb.globo.com/BBB10/Noticias/0,,MUL1461758-17402,00-ANAMARA+EU+FICARIA+COM+QUALQUER+UM+DA+CASA.html
Quem sabe não resolve o problema do Haiti?
E dizem que Obama é negro. Que seja. Tem a pele negra. A ideologia branca, pior, sionista/ariana, o que é a mesma coisa.
Bráulio Martinez Zerpa, coronel da Aeronáutica boliviana escreveu uma lúcida análise e denúncia em www.aporrea.org, sobre a existência de petróleo em grandes quantidades em solo haitiano. Explica os dez mil soldados norte-americanos para a “ajuda humanitária”. Petróleo, gás natural, urânio e outros minerais considerados estratégicos.
Um artigo publicado no dia 22 de janeiro deste ano no jornal PAGINA WAR IN IRAQ, Marguerite Laurent oferece dados e valores sobre essas reservas de petróleo, gás, ouro e urânio. Cita um outro artigo, de 2000, de Bob Perdue, proprietário da fazenda Dauphine onde estão localizadas grandes jazidas de petróleo. Dá conta que em setembro de 1973, portanto, há 27 anos, a funcionária da embaixada dos EUA no Haiti, Martha Carbone enviou correspondência ao Escritório de Energia e Combustível do Departamento de Estado norte-americano, afirmando que o governo haitiano havia recebido propostas de outros grupos para construir um porto em águas profundas, capazes de receber instalações e petroleiros para o transporte desse petróleo para os EUA.
Em 2004 o presidente dos EUA, George Bush, numa operação relâmpago, ao tomar conhecimento que o presidente do Haiti, Jean Bertrand Aristides estava tomando outra direção que não os interesses de Washington, seqüestrou e depôs o presidente, mantendo-o no exílio na África do Sul, enquanto vendia a idéia de “reconstrução da democracia no Haiti” e nela embarcou o governo brasileiro.
O prédio da embaixada dos EUA em território haitiano é o quinto em tamanho dentre todos os prédios de embaixadas norte-americanas em todo o mundo, depois da China, Iraque, Irã e Alemanha. As reservas foram mantidas intocadas, pois á época os EUA recebiam fornecimento de petróleo de vários países, dentre os quais a Venezuela. As reservas sauditas têm um limite e a Venezuela passou a tomar conta do seu petróleo em função de seu povo.
O petróleo no Haiti ganha importância capital para os EUA. A idéia que o terremoto possa ter sido fabricado por Washington não é tão despropositada assim, nem mergulha no rótulo de “teoria da conspiração”, como gostam de dizer. O Projeto Haarp (High Frequency Active Auroral Research Program) é uma investigação financiada pela Força Aérea dos EUA, a Marinha e a Universidade do Alaska e visa controlar “processos ionosféricos capazes de mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância”.
Teve início em 1993 e especula-se que é uma arma capaz de controlar o clima provocando inundações e outras catástrofes. O presidente Chávez da Venezuela fez essa denúncia logo após o terremoto que devastou o Haiti.
O Haarp está instalado nas imediações do Monte Sanford, no Alaska.
A crise econômica que afeta os EUA está longe de ser superada. A despeito de todo o esforço que se faz para vender a idéia de recuperação da economia norte-americana, não conseguem esconder dados vitais como o aumento do desemprego, queda no consumo, quebra de pequenas e médias empresas e um número maior de cidadãos daquele país em situação de pobreza.
O que acontece nos EUA é simples de explicar. Mais ou menos como alguém que gasta além da conta no cartão de crédito, no cheque especial, em empréstimos e para contornar o problema toma novos empréstimos, abre novas contas para novos cheques especiais e novos cartões. Bola de neve.
Com a diferença que, ao contrário do cidadão comum que tem que se submeter aos bancos, o governo dos EUA cobra impostos, o Banco Central do país é privado, e detém o porrete capaz de alcançar qualquer parte do mundo.
E vive, os EUA, da exploração e saque de países como o Haiti. Toda aquela arrogância e prepotência típica do povo norte-americano viraria pó se o resto do mundo, principalmente nações não desenvolvidas, deixassem de sustentar o país.
Isso tem um preço que, num determinado momento, fica impagável. A guerra do Afeganistão tem um custo altíssimo e resultados pífios. O Talibã está fortalecido, vencendo batalhas decisivas e o povo afegão cansado da presença militar dos EUA. No Iraque a situação é instável mesmo com a saída de boa parte das tropas.
Um livro “COWBOYS DEL INFIERNO”, escrito pelo sargento Jimmy Massey, dos fuzileiros navais dos EUA, conta em detalhes o que foi a invasão e a ocupação do Iraque. O absoluto desprezo dos militares pelo povo iraquiano.
Jimmy concedeu uma entrevista à jornalista Rosa Miriam Ezalde, cubana, e lá se pode ler o seguinte:
“Tenho 32 anos e sou um assassino psicopata treinado. As únicas coisas que sei fazer é vender aos jovens a idéia de se juntarem aos marines e matar. Sou incapaz de conservar um trabalho. Para mim os civis são depreciáveis, atrasados mentais, uns débeis, uma manada de ovelhas. Eu sou seu cão pastor. Sou um predador. Nas Forcas Armadas me chamam ‘Jimmy o Terrível’”.
Este é o segundo parágrafo do livro escrito há três anos por Jimmy Massey, com a ajuda da jornalista Natasha Saulnier, que foi apresentado na Feira do Livro de Caracas. Cowboys do Inferno é o relato mais violento já escrito sobre a experiência de um ex-membro do Corpo de Marines, um dos primeiros a chegar ao Iraque durante a invasão de 2003 e que decidiu contar todas as vezes que seja necessário o que significa ter sido por 12 anos um desapiedado marine e como a guerra o transformou.
Ou,
“No Iraque, onde cheguei em março de 2003. Meu pelotão foi enviado aos lugares que haviam sido do Exército iraquiano e vimos milhares e milhares de munições em caixas que tinham a etiqueta norteamericana e estavam ali desde que os Estados Unidos ajudaram o governo de Saddan na guerra contra o Iran. Vi caixas com a bandeira norteamericana e tanques dos EUA. Meus marines – eu era sargento de categoria E6, uma categoria superior a sargento, e dirigia 45 marines – me perguntaram porque haviam munições de nosso país no Iraque. Não entendiam. Os informes da CIA afirmavam que Salmon Pac era um campo de terroristas e que íamos encontrar armas químicas e biológicas. Não encontramos nada. Nesse momento comecei a pensar que nossa missão realmente era o petróleo”.
E,
R. M. E.: Você também relata como seu pelotão metralhou uma manifestação pacífica. Foi isso?
J. M.: Sim. Nos arredores do Complexo Militar de Rashees, ao sul de Bagdá, perto do rio Tigre. Haviam manifestantes ao final da rua. Eram jovens e tinham armas. Quando avançamos havia um tanque que estava estacionado de um lado da rua. O motorista do tanque nos disse que eram manifestantes pacíficos. Se os iraquianos quisessem fazer algo podiam ter feito apontando o tanque. Mas não fizeram. Só estavam se manifestando. Isso nós sentimos bem porque pensamos: “Se fossem disparar, teriam feito naquele momento”. Eles estavam a cerca de 200 metros de nossa tropa.
R. M. E.: Quem deu a ordem de metralhar os manifestantes?
J. M.: O Alto Comando nos disse que não perdêssemos de vista os civis porque muitos combatentes da Guarda Republicana haviam tirado os uniformes, vestiam-se com roupas civis e estavam desencadeando ataques terroristas contra os soldados americanos. Os informes da inteligência que nos davam eram conhecidos basicamente por cada membro da cadeia de comando. Todos os marines tinham muito claro a estrutura da cadeia de comando que se organizou no Iraque. Creio que a ordem de disparar nos manifestantes veio de altos funcionários da Administração, isso incluía tanto os centros de inteligência militar como governamental.
R. M. E.: Você, o que fez?
J. M.: Regressei ao meu veículo, um jipe altamente equipado, e escutei um tiro por cima de minha cabeça. Meus marines começaram a atirar e eu também. Não nos devolveram nenhum disparo, mesmo eu tendo disparado 12 vezes.
Quis assegurar-me de que havíamos matado segundo as normas de combate, da Convenção de Genebra e dos procedimentos operacionais regulamentares. Tentei evitar seus rostos e procurei pelas armas, mas não havia nenhuma.
R. M. E.: E seus superiores, como reagiram?
J. M.: Me disseram que “a merda acontece”.
O livro de Massey foi lançado numa Feira de Livros em Caracas, onde concedeu a entrevista e torna desnecessário dizer que terroristas são os norte-americanos.
Os EUA são exportadores dessa doença para todo o mundo.
A propósito, o presidente eleito do Chile, o tal Sebastián Piñera ganhou uma fábula com a alta das ações da Lan Chile, empresa de sua propriedade. No curso da campanha eleitoral o antigo assessor de Pinochet disse que não tinha mais a posse da empresa e iria vender suas ações. Tem a posse da empresa e não vendeu suas ações. Mas já disse que Chávez está errado.
Sugiro uma conferência nacional sobre o Big Brother Brasil para que se possa analisar as palavras sábias e fundamentais de Anamara, uma das integrantes da casa. Podem ser vistas em
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Quem sabe não resolve o problema do Haiti?
E dizem que Obama é negro. Que seja. Tem a pele negra. A ideologia branca, pior, sionista/ariana, o que é a mesma coisa.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Um café com Bruno Miranda Neves
por Alessandra Bizoni, do blog Alebizoni. Publicado em 17/1/10
Professor da rede pública, pedagogo e ativista social, Bruno Miranda Neves, o Bruno Nareba, lança nesta semana o seu primeiro livro.
Fruto de seu trabalho de conclusão de curso, o livro "O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital" revela as preocupações do jovem autor com as discussões sobre trabalho e educação.
Por isso, nesta semana, Bruno toma café conosco e explica como surgiu seu interesse por essa discussão e também aponta caminhos para uma educação transformadora.
Ex-integrante do movimento estudantil, o pedagogo tece críticas ao sistema capitalista e aponta o investimento em tecnologias ecologicamente comprometidas como alternativa para os rumos do país.
Nesta segunda, dia 18, você lança o livro "O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital". Quais são as idéias apresentadas na obra?
No livro, tentei fazer uma análise da situação atual da sociedade brasileira para entender, principalmente, como os processos de trabalho atuais se relacionam com a educação escolar. Fiz uma reflexão sobre as possibilidades de unificação do ensino médio com a educação profissional numa perspectiva de garantia da formação humana, científica e tecnológica. Consideram que há uma separação perversa entre os tipos de trabalhos (manual e intelectual) com reflexos nos processos educativos.
Como sabemos os empresários estão interessados em profissionais adaptáveis as suas necessidades, e, não em contratar pessoas capazes de produzir ao mesmo tempo em que atuam para transformar as relações sociais mais humanas e solidárias.
Como foi o processo de elaboração do livro? Por que resolveu pesquisar esse tema?
Trabalho e educação são duas coisas fundamentais em nossas vidas. E por isso, tem recebido tanta atenção. Acontece que o pensamento hegemônico faz uma verdadeira pregação responsabilizando os trabalhadores desempregados e subempregados por suas próprias condições. Dizem sempre: "estude e conseguirá emprego" ou "estude e será promovido". Resta dizer como nessa sociedade excludente na qual vivemos garantirá emprego para todos que se qualificarem.
Quanto tempo durou e como foi feita a pesquisa?
O trabalho foi feito durante um ano e envolveu leitura, discussões, participações em seminários, debates, etc. Na verdade a pesquisa não tem fim, é parte das minhas preocupações e da minha vida. Tenho estabelecido diálogos com pesquisadores e educadores que estudam este tema. Sobre o livro em sim, ele é oriundo da minha monografia de conclusão de curso.
Quais são as principais diferenças entre o ensino médio integrado e o antigo ensino médio técnico, proposto, inclusive, pela lei 5.672/71?
Naquele período, buscava-se formar mão-de-obra de forma rápida ainda sob o ideário da Teoria do Capital Humano e ainda havia a preocupação com o conhecimento das ciências da natureza. Por outro lado, era sonegado o conhecimento das relações humanas. Aquela lei também tentou diminuir a pressão pelo ingresso no ensino superior das classes subalternas. Entre fazer um curso técnico para tentar trabalhar e buscar uma formação que desse alguma perspectiva de entrar numa universidade, obviamente, os trabalhadores tenderam a escolher os curso técnicos, o que daria alguma melhoria na chance de conseguir um emprego. O que é perverso.
Hoje, a educação como um todo está pautada na lógica das competências. Por ela, quem souber aprender, souber ser, souber estar, alcançará e manterá seu emprego. Balela! Estamos vendo a preocupação com a apropriação das ciências sociais e naturais, da filosofia e das artes irem por água abaixo. Quem se beneficia com os produtos das riquezas quer que nos enquadremos no "Comportamento geral" como denunciou Gonzaguinha.
A proposta de Ensino Médio Integrado busca, justamente, articular num todo estruturado os conhecimentos das culturas que nos constituem, dos modos de produzir e do desenvolvimento das ciências, para que possamos nos entender no mundo contemporâneo e termos mais opções de ajudar a melhorá-lo.
Após a lei 5.672/71, a maior parte das escolas de ensino médio oferecia uma formação profissional para os alunos. No entanto, a proposta não deu certo e, muitos críticos apontam esse como um dos aspectos que contribui para a perda da qualidade de ensino nas escolas públicas. Mais
Professor da rede pública, pedagogo e ativista social, Bruno Miranda Neves, o Bruno Nareba, lança nesta semana o seu primeiro livro.
Fruto de seu trabalho de conclusão de curso, o livro "O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital" revela as preocupações do jovem autor com as discussões sobre trabalho e educação.
Por isso, nesta semana, Bruno toma café conosco e explica como surgiu seu interesse por essa discussão e também aponta caminhos para uma educação transformadora.
Ex-integrante do movimento estudantil, o pedagogo tece críticas ao sistema capitalista e aponta o investimento em tecnologias ecologicamente comprometidas como alternativa para os rumos do país.
Nesta segunda, dia 18, você lança o livro "O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital". Quais são as idéias apresentadas na obra?
No livro, tentei fazer uma análise da situação atual da sociedade brasileira para entender, principalmente, como os processos de trabalho atuais se relacionam com a educação escolar. Fiz uma reflexão sobre as possibilidades de unificação do ensino médio com a educação profissional numa perspectiva de garantia da formação humana, científica e tecnológica. Consideram que há uma separação perversa entre os tipos de trabalhos (manual e intelectual) com reflexos nos processos educativos.
Como sabemos os empresários estão interessados em profissionais adaptáveis as suas necessidades, e, não em contratar pessoas capazes de produzir ao mesmo tempo em que atuam para transformar as relações sociais mais humanas e solidárias.
Como foi o processo de elaboração do livro? Por que resolveu pesquisar esse tema?
Trabalho e educação são duas coisas fundamentais em nossas vidas. E por isso, tem recebido tanta atenção. Acontece que o pensamento hegemônico faz uma verdadeira pregação responsabilizando os trabalhadores desempregados e subempregados por suas próprias condições. Dizem sempre: "estude e conseguirá emprego" ou "estude e será promovido". Resta dizer como nessa sociedade excludente na qual vivemos garantirá emprego para todos que se qualificarem.
Quanto tempo durou e como foi feita a pesquisa?
O trabalho foi feito durante um ano e envolveu leitura, discussões, participações em seminários, debates, etc. Na verdade a pesquisa não tem fim, é parte das minhas preocupações e da minha vida. Tenho estabelecido diálogos com pesquisadores e educadores que estudam este tema. Sobre o livro em sim, ele é oriundo da minha monografia de conclusão de curso.
Quais são as principais diferenças entre o ensino médio integrado e o antigo ensino médio técnico, proposto, inclusive, pela lei 5.672/71?
Naquele período, buscava-se formar mão-de-obra de forma rápida ainda sob o ideário da Teoria do Capital Humano e ainda havia a preocupação com o conhecimento das ciências da natureza. Por outro lado, era sonegado o conhecimento das relações humanas. Aquela lei também tentou diminuir a pressão pelo ingresso no ensino superior das classes subalternas. Entre fazer um curso técnico para tentar trabalhar e buscar uma formação que desse alguma perspectiva de entrar numa universidade, obviamente, os trabalhadores tenderam a escolher os curso técnicos, o que daria alguma melhoria na chance de conseguir um emprego. O que é perverso.
Hoje, a educação como um todo está pautada na lógica das competências. Por ela, quem souber aprender, souber ser, souber estar, alcançará e manterá seu emprego. Balela! Estamos vendo a preocupação com a apropriação das ciências sociais e naturais, da filosofia e das artes irem por água abaixo. Quem se beneficia com os produtos das riquezas quer que nos enquadremos no "Comportamento geral" como denunciou Gonzaguinha.
A proposta de Ensino Médio Integrado busca, justamente, articular num todo estruturado os conhecimentos das culturas que nos constituem, dos modos de produzir e do desenvolvimento das ciências, para que possamos nos entender no mundo contemporâneo e termos mais opções de ajudar a melhorá-lo.
Após a lei 5.672/71, a maior parte das escolas de ensino médio oferecia uma formação profissional para os alunos. No entanto, a proposta não deu certo e, muitos críticos apontam esse como um dos aspectos que contribui para a perda da qualidade de ensino nas escolas públicas. Mais
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domingo, 15 de novembro de 2009
Livro que debate mídia e América Latina será lançado nesta terça, 17, no Rio
De autoria do jornalista Mário Augusto Jakobskind, o livro A América que não está na mídia (Altadena, R$ 25) será lançado nesta terça, dia 17 de novembro, às 19 horas, no mais carioca dos bares do Rio de Janeiro, o Bip-Bip, em Copacabana.
Com prefácio do jornalista Flavio Tavares e apresentação do coordenador do MST, João Pedro Stédile, além de comentário de Eduardo Galeano, A América que não está na mídia aborda questões relativas a vários países da América Latina e discute a cobertura jornalística e um continente que está em processo de transformação. A orelha é do jornalista Fausto Wolff (in memorian) e a capa do cartunista Carlos Latuff. Jakobskind acaba de lançar ainda, em Montevidéu, A pesar del bloqueo, 50 años de Revolución (sobre a Revolução Cubana), da editora Tropicana.
Carioca e apaixonado pela música popular brasileira, Jakobskind tem intensa atividade como jornalista e militante. É secretário geral do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ), conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), integrante do Conselho Editorial do semanário Brasil de Fato, correspondente do jornal uruguaio Brecha e nos últimos 25 anos tem se dedicado ao estudo da AL - Jakobskind publicou, entre outras obras sobre a região, América Latina, Histórias de Dominação e Libertação.
Com prefácio do jornalista Flavio Tavares e apresentação do coordenador do MST, João Pedro Stédile, além de comentário de Eduardo Galeano, A América que não está na mídia aborda questões relativas a vários países da América Latina e discute a cobertura jornalística e um continente que está em processo de transformação. A orelha é do jornalista Fausto Wolff (in memorian) e a capa do cartunista Carlos Latuff. Jakobskind acaba de lançar ainda, em Montevidéu, A pesar del bloqueo, 50 años de Revolución (sobre a Revolução Cubana), da editora Tropicana.
Carioca e apaixonado pela música popular brasileira, Jakobskind tem intensa atividade como jornalista e militante. É secretário geral do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ), conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), integrante do Conselho Editorial do semanário Brasil de Fato, correspondente do jornal uruguaio Brecha e nos últimos 25 anos tem se dedicado ao estudo da AL - Jakobskind publicou, entre outras obras sobre a região, América Latina, Histórias de Dominação e Libertação.
A América que não está na mídia. Lançamento. Terça, 17 de novembro, 19h. Bip-Bip (Rua Almirante Gonçalves, 50 - Copacabana, Rio de Janeiro). Chorinho com o grupo "Caçula e seus amigos"
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Grupo de Sarney invade Sindicato em lançamento de livro
publicado no Blog do Rovai em 5 de novembro de 2009
Ontem à noite o jornalista Palmério Dória lançou em São Luis, Maranhão, o livro Honoráveis Bandidos, onde trata da história da oligarquia Sarney. O evento acontecia na sede do Sindicato dos Bancários, no centro da cidade, quando um grupo ligado à família do senador invadiu o auditório e atacou os presentes segundo depoimento do deputado federal Domingos Dutra (PT-MA) que estava no local. Segue a entrevista de Dutra, que chama Sarney de quadrilheiro.
RENATO ROVAI - O que aconteceu ontem, deputado?
DOMINGOS DUTRA - Estávamos reunidos para o lançamento do livro do Palmério Dória quando de 15 a 20 pessoas invadiram o recinto e começaram a lançar ovos, pedras, cadeiras. Virou um tumulto muito grande. Esse livro está exposto em livrarias de todas as capitais do país, mas no Maranhão você não encontra em nenhuma. Além disso, para divulgar o evento a gente contratou uma empresa que coloca outdoors nas ruas da cidade. Mas a 48 horas do evento eles devolveram o dinheiro dizendo que tinham sido ameaçados e que não tinham como fazer o trabalho.
RR - Vocês identificaram os agressores?
DUTRA - É uma garotada secundarista. No Maranhão, os Sarney tem tradição de fazer isso. Eles pegam uns grupos de jovens para fazer esses tumultos. Uma delas deixou a bolsa cair, chama-se Ana Paula, e nós já entregamos os documentos dela na polícia.
RR - Alguém ficou ferido, deputado?
DUTRA - Da nossa parte, quatro pessoas.
RR - Quantas pessoas haviam no lançamento?
DUTRA - Umas 300 pessoas ou mais. O auditório estava lotado. Sai de lá às 23h30 e ainda tinha muita gente na fila para o autógrafo. Agora o que precisa ser dito é que o que o Sarney está fazendo no Maranhão é terrorismo. Recentemente foi cassado um juiz de direito. Há 15 dias cassaram o prefeito de Barreirinhas, do PT, capital dos Lençóis, onde a Petrobras está prospectando petróleo e gás. No lugar foi colocado o sobrinho do Sarney. Além disso, o Sarney conseguiu censurar até o Estadão e está tentando fechar o Jornal Pequeno, mas não imaginávamos que eles teriam coragem de fazer algo como isso, até porque a sede do Sindicato dos Bancários fica no centro da cidade.
RR - Mas o PT é aliado do Sarney no plano nacional?
DUTRA - Lamento o equívoco do presidente Lula e de parte do PT que dá sustentação a esse quadrilheiro. O presidente Lula deve sofrer chantagem todos os dias do Renan e do Sarney. Este pessoal vota a favor do governo, mas mediante pagamentos. Eles tem a Funasa, o Correio, três ministérios e cargos nos estados. No Maranhão, nós do PT só temos a delegacia de agricultura familiar e os escritórios da pesca e da terra legal. No resto, ele manda em tudo. Respeito as opções do presidente Lula, mas eu nem morto estarei com o Sarney. O governo Lula é bom no social, no econômico, mas no político é um retrocesso. Eles juram amor eterno ao Lula aqui em Brasília e nos estados querem matar o PT.
Saiba mais sobre o livro que provocou a ira da família Sarney
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sábado, 10 de outubro de 2009
Livros
Em 2009, Mário Augusto Jakobskind lançou no Uruguai, pela Editora Tropicana, o livro "Apesar do Bloqueio, 50 anos de Revolução" (imagem ao lado; reprodução), em função do marco histórico representado pelo ano da comemoração. A edição atual apresentada pela Booklink está atualizada até 2010.Para falar sobre Cuba, além de mostrar o cerco midiático, o autor lembra as previsões equivocadas de analistas ignorantes da realidade cubana sobre o fim do regime em vigor na ilha caribenha, depois da desintegração da URSS. Muitos desses analistas garantiam que o fim ocorreria em semanas ou meses. A realidade mostrou que as pitonisas falharam redondamente, como mostra o livro de Mário Augusto Jakobskind. Mais do que adjetivos, Cuba, Apesar do Bloqueio apresenta fatos que falam por si só, como, por exemplo, a participação do então Presidente Fidel Castro num encontro de jornalistas latino-americanos, quando o dirigente máximo de Cuba mostrou o seu dom de jornalista. Confira post sobre o lançamento do livro, dia 14, nos destaques.
Poemas da recordação e outros movimentos Conceição Evaristo. Nandyala.
Memória , feminilidade e resistência negra. Esta é a tônica de Poemas da Recordação e outros movimentos, antologia poética da consagrada escritora afro-mineira Conceição Evaristo, que inaugura a Coleção Vozes da Diáspora Negra (Nandyala Editora). Tecendo os fios de suas vivências pessoais e coletivas, a poeta convida o leitor a mergulhar em profundas “águas-lembraças”, espelho hídrico do qual emergem imagens e vozes femininas a revelar uma tessitura poética inscrita na ancestralidade, “nova velha seiva” que “aborda os tempos do viver”. Assim, avó, tia, mãe e filha performatizam a “letra-desenho” de vidas traçadas em sonhos e esperanças, apesar da dor, do banzo, da fome e do frio que habitam o cotidiano de sujeitos negros em exclusão sócio-racial. Conheça melhor a autora aqui.
A revolução democrática da justiça nunca poderá ocorrer sem a revolução democrática do Estado e da sociedade. Mas esta, por sua vez, tão pouco será possível sem a revolução democrática da justiça. É, pois, pertinente perguntar pela contribuição do sistema judicial para uma tal revolução democrática mais ampla. A contribuição é possível mas sob condição de o sistema judicial passar a ser outro, muito diferente daquele que conhecemos. Sociólogo português, Boaventura de Sousa Santos é professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Este blog já republicou o muito comentado artigo "A contrarrevolução jurídica", de Boaventura Santos.
Cuidar da Terra, proteger a vida: como evitar o fim do mundo Leonardo Boff. Record. R$ 39,90.
Um dos maiores teólogos mundiais e árduo defensor da consciência ambiental, Leonardo Boff lança livro inédito — que completa sua vasta obra com mais de 70 livros publicados, em diversos idiomas — sobre uma das questões que mais preocupa a população do planeta: como superar a crise ecológica atual, agravada pelo aquecimento global, para evitar uma situação ameaçadora para o futuro da humanidade. Chegamos a um ponto em que as bases de nossa sobrevivência como espécie humana estão ameaçadas. Porém, essa ameaça não vem de algum meteoro rasante como o que outrora dizimou dinossauros, mas de algo mais próximo e cotidiano: as ações humanas, tão desrespeitosas com os ritmos da natureza e com a dinâmica da Terra. Um planeta limitado não suporta um projeto ilimitado. Em Cuidar da Terra, proteger a vida: como evitar o fim do mundo, Leonardo Boff alerta para o fato de que o conjunto das crises que assolam a humanidade nos remete a uma única crise: a do nosso modo de viver, conviver, de nos relacionarmos com a natureza, explorando-a de forma ilimitada em função de benefícios materiais.
O Brasil Privatizado - Um balanço do desmonte do Estado Aloysio Biondi. Perseu Abramo. R$ 10.
Como se construiu o mito das privatizações? Quais os grupos beneficiados? Por que o Brasil ficou mais pobre depois delas? Um dramático balanço - fartamente documentado - dos resultados que a política de privatização deixou para o país na área social e econômica. Editado pela Fundação Perseu Abramo, foi indicado para o Prêmio Jabuti 2000. Da página de Aloysio Biondi: Biondi escreveu o livro O Brasil Privatizado – Um Balanço do Desmonte do Estado, em que calculou quanto o governo gastou e quanto obteve com a venda das estatais. O cálculo cuidadoso mostra que o discurso da equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso escondia o fato de que R$ 87,6 bilhões não entraram ou saíram dos cofres públicos nesse processo. Isso precisava ser descontado do saldo. “O balanço geral mostra que o Brasil ‘torrou’ suas estatais, e não houve redução alguma na dívida interna, até o final do ano passado (1998)”, escreveu o jornalista. O livro foi um campeão de tiragem: mais de 130 mil cópias.
Hitler ganhou a guerra. Walter Graziano. Palíndromo. R$ 30. E-book
Quem pensa que muitos dos enormes problemas do mundo começariam a ser solucionados a partir da troca de presidente nos Estados Unidos está gravemente equivocado. O atual presidente não é outra coisa senão "a ponta de um iceberg" de uma complicada estrutura de poder urdida cuidadosamente durante muito tempo por uma reduzida elite de clãs familiares, muito ricos, que estão por trás da exploração do petróleo, dos bancos, da indústria farmacêutica, da indústria bélica, das universidades e dos meios de comunicação mais importantes do mundo, entre outros setores. Trata-se, nada menos, daqueles que antes e durante a Segunda Guerra Mundial financiaram Hitler...
Infoproletários - Degradação real do trabalho virtual. Ricardo Antunes. Boitempo. R$ 44 Ao contrário do prometido, a tecnologia não aliviou a deterioração do trabalho, diz o sociólogo Ricardo Antunes (foto) em reportagem publicada na última semana
A não ser em seus livros, em que analisa com acidez marxista as transformações do trabalho e suas implicações na vida cotidiana, o sociólogo Ricardo Antunes, da Unicamp, tem dificuldade de contar a dura verdade a um trabalhador. Certo dia lhe telefonou uma funcionária do banco querendo saber por que ele não pagava contas pela internet. "Porque eu não lido bem com tecnologia", Antunes disfarçou. A moça insistiu dias depois. "Porque eu não confio na internet", foi a segunda resposta que ela ouviu. Só no terceiro contato o sociólogo abriu o jogo: "Porque eu não quero que você perca seu emprego". É justamente do trabalho no admirável mundo imaginado pelos entusiastas da era digital que trata seu novo livro, a coletânea de ensaios Infoproletários - Degradação real do trabalho virtual (lançado pela Boitempo). Organizada em parceria com o também sociólogo Ruy Braga e com lançamento previsto para 26 de outubro próximo, a obra faz um recorte preferencial pelos operadores de telemarketing e trabalhadores de call center, expressões máximas da atual precarização do trabalho, segundo Antunes. "Não é possível que o século 21 transcorra com essa destruição do trabalho em escala monumental sem que algumas "placas tectônicas" se movimentem - e eu não estou falando de geofísica, obviamente", ironiza. "A história está aberta para qualquer tipo de saída." (Christian Carvalho Cruz - O Estado de S.Paulo). Mais
Honoráveis bandidos: Um Retrato do Brasil na Era Sarney. Palmério Dória. Golden Books. R$ 29,90
Palmério Dória, um dos jornalistas mais respeitados do país, conta pela primeira vez em um livro toda a história secreta do surgimento, enriquecimento e tomada do poder pela família Sarney, no Maranhão e por seu patriarca no Planalto Central. Dória devassa a vida do homem que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou amigos e parentes. Um livro arrasador, na mesma linha de Memórias das Trevas, que tinha o também senador Antonio Carlos Magalhães como personagem e vendeu mais de 80.000 exemplares quando lançado. Diante de ameaças de morte, nenhuma livraria do Maranhão pos à venda Honoráveis Bandidos e a agência de publicidade contratada pela editora desistiu de espalhar outdoors por São Luiz.
Jakobskind (foto), com este livro, volta a nos integrar ao continente. Já o relato inicial leva a indagar sobre as origens do terror espalhado pela direita na América Latina. Em minhas andanças de exilado político, eu vivia na Argentina naquele 1976, quando um golpe militar lá implantou o terrorismo de Estado. Morava em Buenos Aires, era correspondente dos jornais “Excelsior”, do México, e de “O Estado de S.Paulo”, mas só fui saber da “Noite dos Lápis”, muito tempo depois. O horror se escondia nas profundezas dos segredos e do medo da população. São essas histórias ocultas que Mário Augusto conta agora, interpretando o passado recente não apenas para conhecê-lo, mas - mais do que tudo - para nos lembrar daquilo que não pode repetir-se jamais. Mais do que isso, porém, este livro mostra o progressivo empobrecimento dos meios de comunicação entre nós. Informar passou a ser tratado como uma dessas quinquilharias que o capitalismo predatório da sociedade de consumo nos oferece a cada dia como se fosse o paraíso. O essencial está de fora na grande imprensa, no rádio e na televisão.
*trecho do prefácio de Flávio Tavares
Mais informações sobre o livro e como adquiri-lo na internet
Tem planta que virou bicho! Alda de Miranda. Escrituras. R$ 18
Tem planta que virou bicho! Alda de Miranda. Escrituras. R$ 18
Pimentão vira beija-flor, repolho se transforma em leitão roxo e uma pacífica carambola ressurge como uma assustadora serpente. O livro Tem planta que virou bicho! é a fusão do trabalho da publicitária Alda de Miranda, com o olhar atento do fotógrafo Cacio Murilo, que deu vida a vegetais, frutas e legumes, esculpindo-os em divertidos animais. O livro, recheado de poesia, fala sobre os alimentos e os animais de um jeito divertido e totalmente diferente. Entre rimas e imagens criativas, esta história conta sobre o dia em que os habitantes de um lugar distante resolveram brincar de faz de conta e os animais e as plantas decidiram trocar de lugar. Surgem, então, seres estranhos como o inhame-tubarão, o melão-canário, o chuchu-sapo, a maçã-coruja, a banana-boto, a uva-formiga, um curioso alho-pato. Depois de uma tarde inteira de brincadeiras, tudo volta ao normal... "Tem planta que virou bicho!" apresenta 13 transformações de vegetais em bichos, incentiva hábitos saudáveis de vida e fala das coisas da natureza enquanto passeia pelo universo lúdico, onde o que vale de verdade é a vontade de acreditar. Nos rodapés, informações nutricionais sobre os alimentos e formas divertidas de consumi-los.
Um homem chamado Jesus. Frei Betto. Rocco. R$ 38,50
Um homem chamado Jesus. Frei Betto. Rocco. R$ 38,50
Autor de mais de cinquenta livros, entre memórias, romances e ensaios, e vencedor de dois prêmios Jabuti, Frei Betto conta, em Um homem chamado Jesus, como viveu aquele que foi, sem dúvida, a mais importante figura humana da história ocidental. Nesta biografia romanceada, Jesus Cristo aparece como um homem apaixonado por Deus, pleno de compaixão, avesso ao moralismo, sedento de justiça e que faz do amor o eixo e o sentido da vida. Partindo dos Evangelhos canônicos, atribuídos aos apóstolos Mateus, Marcos, João e Lucas, Frei Betto acrescenta outros dados históricos que evidenciam as dimensões que tiveram as mensagens de Cristo em um tempo e lugar regidos pelas leis do dinheiro, do poder material e da violência. Frei Betto nos apresenta à Jerusalém do Novo Testamento e ao universo político e religioso da Judeia, da Samaria e da Galileia, povoadas por fariseus, saduceus, zelotas, essênios, fiscais, tetrarcas e, claro, o povo, sempre subjugado pelos doutores da lei e pelas autoridades romanas. Rico em detalhes históricos, "Um homem chamado Jesus" reconta a mais importante história humana e divina de todos os tempos.
Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social. Fernando Braga da Costa. Globo. R$ 35
Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social. Fernando Braga da Costa. Globo. R$ 35
São Paulo, Cidade Universitária, ano de 1994. Fernando Braga da Costa, aluno do segundo ano do curso de Psicologia da Universidade de São Paulo, tem uma tarefa: acompanhar, por um dia, o cotidiano de um grupo de trabalhadores. Ele escolheu os garis, que todos os dias varrem as calçadas e ruas e esvaziam as lixeiras do campus da maior universidade brasileira. Desde então, há 15 anos, o aluno, hoje psicólogo clínico e doutorando pela mesma universidade, se veste semanalmente de gari para ouvir os relatos de seus companheiros e sentir na pele a humilhação social sofrida por eles. A experiência e as diversas histórias reunidas viraram tema de seu mestrado e chegam aos leitores no livro Homens Invisíveis: Relatos de uma Humilhação Social. Leia mais sobre este livro aqui.
O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital. Bruno Miranda Neves. Multifoco. R$ 26
O ensino médio integrado no contexto da mundialização do capital. Bruno Miranda Neves. Multifoco. R$ 26
O trabalho do autor Bruno Miranda Neves nos convida a uma intensa reflexão sobre questões econômicas e educacionais. Bruno Miranda é pedagogo formado pela Uerj e representa com maestria uma nova geração de pensadores e questionadores das ideologias dominantes. Em nome de uma sociedade mais justa e igualitária, este ex-líder estudantil desenvolve intensa pesquisa no campo do ensino e nos revela em seu trabalho o quanto o sistema educacional ainda tem a caminhar para que possa contribuir efetivamente para uma formação completa e includente.
Leia mais sobre o livro neste post.
Ouro Azul - Como as grandes corporações estão se apoderando da água doce do nosso planeta. Maude Barlow e Tony Clarke. MBooks. R$ 44,90
"Ouro Azul" foi publicado no Brasil pela editora M. Books e traduzido para 16 idiomas. Escrito a quatro mãos por Maude, especialista em água e fundadora do Projeto Planeta Azul (www.blueplanetproject.org) e Clarke, ativista que se levantou contra as práticas do livre-comércio, a obra aponta para os riscos da privatização da água e da conceituação dela como “necessidade” e não como “direito”. Uma vez considerada um “bem necessário”, a água pode ser enquadrada como commodity, atendendo aos interesses do lucro de grandes corporações que hoje já controlam boa parte da água do planeta. Dentre estas corporações, estão as que simultaneamente estendem seu poder a outras áreas como a política e setores econômicos, como Energia, Construção e Meios de Comunicação. E os “senhores da água do planeta” continuam a conquistar novos recursos.
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