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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Há o golpismo no DNA da mídia

27/04/2013 - O inconvertível DNA golpista da grande mídia
- das Malvinas à Goiás
- Palavras Diversas

Matéria de capa de Carta Capital traz a tona a rede criminosa de escutas ilegais, montada em benefício do governador de Goiás em exercício, o tucano Marconi Perillo.

Após escândalo que afastou os holofotes do verdadeiro governador do estado, Carlinhos Cachoeira, goianos continuam a mercê de um governo suspeito.

A pergunta é apenas retórica, mas precisa ser feita tantas e quantas vezes for necessário, para ver se algo de diferente ocorre:

Por que será que a imprensa hegemônica brasileira não se preocupa com determinados escândalos?

Por que será que Carlinhos Cachoeira permanece, tranquilo, em lua de mel, quem sabe prestes a frequentar as páginas de "Caras", e ninguém mais o importuna?

Aliás o contraventor goiano recebeu um "prêmio" da justiça do Rio de Janeiro.

Segundo noticiado, sem muito alarde, ignorado pela pauta do poderoso Jornal Nacional, sem direito a matéria de destaque, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) reduziu sua pena para 6 anos e 8 meses de reclusão, anteriormente teria que cumprir 8 anos de reclusão.

A imprensa brasileira anda ocupada demais com o preço do tomate, com as decisões do Copom sobre elevar ou não a taxa Selic, com a jogada política de Eduardo Campos, ou em oferecer generosos espaços midiáticos para os supremos do STF e suas divagações genéricas sobre tudo o quanto for possível arguir ou ser arguido.

Sendo mais claro: a procura de uma notícia que abale o governo Dilma e suas pretensões eleitorais para 2014 ocupa demasiadamente os figurões da grande imprensa.

O resto, daquilo que não for o que anseiam, parece noticiário sem importância...

Mas é preciso perguntar o óbvio para que mais questões surjam e cause algum, mínimo que seja, constrangimento aos barões da mídia brasileira.

Carta Capital, novamente, tenta furar o bloqueio que se forma em torno de determinados personagens brasileiros e apresenta uma matéria de Leandro Fortes sobre mais um mal feito praticado em favor do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB.

No site da revista semanal a chamada da matéria apresenta trecho de mais um ato criminoso cometido em favor do ex-sócio político de Cachoeira e amigo de Demóstenes Torres:

"... Por meio de dois jornalistas e dois integrantes do primeiro escalão da administração goiana, ele operou entre 2011 e 2012 – época em que Perillo foi investigado na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal – uma rede ilegal de grampos telefônicos em favor do tucano.

O hacker tinha como missão invadir contas de adversários – e até aliados – do governador por meio de perfis falsos na internet.

O contato era feito por um casal de radialistas de Goiânia, Luiz Gama e Eni Aquino.

Os pagamentos, mostra a reportagem, tinham como fontes o jornalista José Luiz Bittencourt, ex-presidente da Agência Goiana de Comunicação, e Sérgio Cardoso, cunhado de Perillo e atual secretário de Articulação Política no estado.

O esquema é investigado pelo Ministério Público Federal."

O texto informa que o Ministério Público Federal investiga o caso. Roberto Gurgel, Procurador Geral da República, se empenhará com bravura e destemor neste caso?

Parece outra pergunta meramente retórica...

Demóstenes Torres não perdeu sua aposentadoria, graças a voto de Gurgel no Conselho Nacional do Ministério Público.

O Correio do Brasil noticiou fato que passou discretamente no painel de notícias da grande imprensa, vai ver é por que, nem o Procurador Geral da República ou o ex-senador do DEM, são aliados do governo...

"Por maioria simples, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu, na tarde desta quarta-feira, que o ex-senador Demóstenes Torres [foto abaixo] – afastado do cargo de procurador de Justiça do MP de Goiás até o fim de maio – terá como pena máxima a aposentadoria compulsória.

Passará a receber R$ 22 mil por mês, em caráter vitalício, mesmo depois de ter o mandato cassado por envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

(...) Ainda no julgamento desta quarta-feira [24/04], por sete votos a cinco, o Plenário decidiu que Demóstenes Torres tem cargo vitalício.

A vitaliciedade, entenderam os pares, é garantia da sociedade brasileira, e não prerrogativa do membro individual do Ministério Público.

Segundo a maioria, esta prerrogativa é inerente ao exercício da atividade do membro do Ministério Público.

Votaram com a divergência os conselheiros Jarbas Soares, Alessandro Tramujas, Lázaro Guimarães, Jeferson Coelho, Maria Ester, Mario Bonsalgia e Roberto Gurgel".

Outra matéria publicada em Carta Capital talvez explique porquê tais perguntas sejam solenemente ignoradas e nos mostrem, apesar de negativas veementes, o quanto o partidarismo é vigente nas redações da velha mídia brasileira e já fazem parte da cultura institucional.

A imagem abaixo saiu de um episódio histórico na América do Sul, a Guerra das Malvinas, e trata do empenho comovente de Alexandre Garcia em pintar os argentinos como únicos vilões no conflito e tornar legítima a postura bélica dos ingleses junto a opinião pública brasileira.

Faz muito tempo, mas a postura desses senhores que escrevem e opinam até os dias atuais, em veículos de comunicação que se apegam ao que há de mais atrasado para fazer valer suas idéias ou interesses, continua a mesma e coerente ao DNA golpista que carregam em si.

Recentemente, o Wikileaks revelou que Diogo Mainardi, Merval Pereira e William Waack [foto] prestaram assessoria à Embaixada Americana sobre as eleições presidenciais de 2010.

Em alguns trechos, conforme publicado em Conversa Afiada, é possível identificar o tipo de jornalismo que praticam: partidário, medíocre e combinado.

Além de nada criativo, se ocupam do ofício de manufaturar fatos e testar possibilidades que sirvam para locupletar seus pleitos.

"O telegrama “10RIODEJANEIRO32” relata que Ataulfo Merval de Paiva (foto) reuniu-se com o cônsul no dia 21 de janeiro de 2010 para falar sobre a conversa que teve com Aécio Neves e buscar seu compromisso para a campanha de Serra.

Os documentos revelam ainda a relação desses jornalistas com o PSDB, o que era óbvio pela (…) que realizam contra o governo do PT pela direita.

Diogo Mainardi [abaixo] reuniu-se em almoço privado no dia 12 de janeiro de 2010 com o cônsul dos EUA no Rio de Janeiro para (…) a formação da chapa da direita nas eleições presidenciais durante a qual revelou sua (…) ao PSDB.

O documento revela que a “recente coluna [de Mainard], na qual propõe o nome de Marina Silva como vice-presidente na chapa de Serra, foi baseada em conversa entre Serra e Mainardi, na qual Serra dissera que Marina Silva seria a ‘companheira de chapa de seus sonhos’ (…)."

"Naquela conversa com Mainardi, Serra expôs as mesmas vantagens que, depois, Mainardi listou em sua coluna: a história de vida de Marina e as impecáveis credenciais de militante da esquerda, que contrabalançariam a atração pessoal que Lula exerce sobre os pobres no Brasil, e poriam Dilma Rousseff (PT) em desvantagem na esquerda, ao mesmo tempo em que ajudariam Serra a superar o peso da associação com o governo de Fernando Henrique Cardoso que Dilma espera usar como ponta de lança de ataque em sua campanha”.

De Alexandre Garcia [foto], e sua obediência aos interesses britânicos, até a mal sucedida consultoria do trio conservador, Merval, Waack e Mainardi, os contextos políticos mudaram nessas três décadas, tanto no Brasil quanto no planeta, mas aquilo que representam e praticam parece seguir um modelo histórico inconvertível, com grande afeição a desinformação e a manipulação dos fatos para alcançar proveitos, aqueles ditos inconfessáveis, que não podem ser admitidos em seus púlpitos midiáticos.

Será por essas e [tantas] outras que a imprensa hegemônica brasileira não se preocupa com determinados escândalos?

A Veja desta semana sai em socorro ao STF e seus aliados de toga e omite, descaradamente, novo escândalo envolvendo Perillo, que é amigo de Policarpo Jr., Demóstenes Torres e Cachoeira...

É o DNA golpista prontamente manifestado

Fonte:
http://www.diversaspalavras.com/2013/04/o-inconvertivel-dna-golpista-da-grande.html

Não deixe de ler:
- Fora Marin! - Rede Democrática
- BNDES financiará a democratização midiática - Cesar Fonseca
- Um 1º de Maio para expressar a liberdade - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

Nota:
A inserção de imagens adicionais, capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade, elas inexistem no texto original.

domingo, 13 de janeiro de 2013

O Brasil que dá certo x mídia

09/01/2013 - O Brasil que vence vai passar longe das manchetes até 2014
- Claudio Ribeiro - Palavras Diversas

O primeiro texto do blog em 2013 aborda algo que já foi comentado e analisado tantas outras vezes e combate aquilo que a velha imprensa tem veiculado por esses dias: a fabricação de crises.

Durante o governo FHC, A Globo recebeu vultosos financiamentos e ex-presidente contou com
a ajuda da maior emissora do país para abafar 
abissais crises econômicas e políticas.
Uma mão lava a outra... Hoje FHC é regiamente pago pelo O Globo para escrever
no panfleto neoliberal 
carioca.
A campanha midiática contra o Brasil e a estabilidade de nossas economia e democracia é visível, ouvida e demonstrada em todas os tipos de meios de comunicação.

Atualmente os jornalões brasileiros, com O Globo, Folha de São Paulo e Estadão como expoentes, tentam combater a agenda positiva estabelecida pelo governo Dilma, especificamente para abafar ou reduzir a magnitude da decisão de reduzir as tarifas de energia elétrica para os brasileiros já neste mês.

A partir do momento em que começaram a circular as peças publicitárias sobre a redução da conta de luz, seja pelo governo ou pelos empresários, a velha imprensa tem produzido, com bastante criatividade e fantasias, uma avalanche de matérias negativas sobre o setor elétrico, justamente, para soterrar o real ganho para a sociedade em algo insignificante frente a enxurrada dos males que ora propagam.

O Fantástico dedicou 15 minutos para condenar as políticas energéticas do país, desqualificando empresas como a CHESF e a Petrobrás, alvo costumeiro da Globo.

Diariamente O Globo e o Estadão destinam fartos espaços jornalísticos para afirmar que o racionamento, segundo fontes que não identificam, é inevitável.

Apesar de recusas cabais de especialistas, tanto do mercado quanto do governo, vale mais a manchete do terror e da campanha midiática contra o Brasil.

A verdade é que as fontes não precisam ser identificadas, porque já se sabe de quem se tratam...


Miriam Leitão, (foto) ano após ano, em janeiro se presta a desenhar um quadro negativo para o país para os 12 meses seguintes. Suas previsões são catastróficas e, também, falíveis.

Todo ano se desfazem facilmente e mostram a falta de seriedade e comprometimento com a audiência que continham em seus alertas irresponsáveis.





O que estes órgãos de comunicação e seus "formadores de opinião" fazem é jogo político rasteiro com informações importantes para conspirar contra a estabilidade econômica e a democracia brasileiras.

O que estes agentes do atraso defendem, não pode ser repetido em todas as letras por seus capachos da oposição, as peças que se criam na imprensa se bastam para serem repetidas em seus espaços por seus aliados, àquilo que se tornaram os remanescentes do tucanato e do ex-PFL, que se assanham com o discurso do "quanto pior, melhor".

A oposição foi reduzida à garoto de recados dos poderosos da imprensa, que, desta maneira, interditam o debate político entre governo e velha oposição.

Qualquer outra vertente política só é permitida aparecer se aceitar pagar o pedágio de atacar o governo e poupar a oposição, caso contrário não é deixada fluir e passar sua mensagem a sociedade.

O debate político empobrece, mas dentro do contexto atual de interdição, só há uma opção viável de construção nacional e que está em curso.

A oposição não tem idéias, não apresenta novidades e se ancora em teses derrotadas, tanto aqui quanto em toda América Latina e emergentes e na "propaganda gratuita" de que dispõe na mídia.

Mas o que defendem, imprensa e partidos políticos oposicionistas, enfim?

A cantilena da gestão do Estado eficiente e da defesa das leis do mercado.
O que nada mais é que defender, de maneira dissimulada, a extinção de empregos e direitos trabalhistas para garantir maiores ganhos às corporações e desregulação que propicie agirem sem a intervenção do Estado na mediação de interesses.

Ou seja, a modernidade para estes é a realização de lucros ainda maiores para pouquíssimos e prejuízos sociais, econômicos e ambientais para muitos.

Acreditam que o Estado brasileiro precisa ser urgentemente incapacitado de desempenhar papéis importantes na economia, para abrir espaços generosos para a iniciativa privada, livre de amarras regulamentais, desenvolver-se mais, mas sem precisar repartir seus proveitos de maneira justa.

Defendem o privilégio à livre inciativa e cortes severos nos gastos sociais, como o Bolsa Família, por exemplo.

Em artigo publicado em Carta Maior, o professor de Economia Internacional da UEPB J. Carlos de Assis é incisivo na contradição aos gurus midiáticos e da oposição:

"Não haverá superação da crise a não ser pela ampliação do espaço público em detrimento do individualismo ilimitado. Em economia, em matéria ambiental, e em geopolítica. Cedo ou tarde as forças políticas compreenderão isso."

Pois bem, a Europa sofre com um desemprego absurdo, que se mostra robusto e ultrapassa os 26% na Espanha e na Grécia e atinge quase 40% dos jovens portugueses, o Estado do bem estar social foi combatido ferozmente por lá, pelos mesmos agentes conservadores que atacam a nossa estabilidade por aqui.

O resultado lá já é conhecido e não é agradável.

Aqui a disputa coloca-se de forma mais dura para a mídia conservadora e seus aliados para alcançarem êxito eleitoral, pois precisam convencer as dezenas de milhões de beneficiários de um modelo econômico que trouxe para agenda o combate a desigualdade e o respeito a soberania nacional e que tem dado resultados significativos no combate a pobreza.

Mas, incansavelmente, jogam contra o Brasil para tentar tirar proveito político em 2014, a próxima batalha a vista e que já se molda mais radical que as últimas.

2013 será o ensaio daquilo que deverá predominar no noticiário no próximo ano.

O Brasil que acerta e avança, vai passar longe das manchetes.

Fonte:
http://www.palavrasdiversas.com/2013/01/o-brasil-que-vence-vai-passar-longe-das.html

Nota:
A inserção de algumas imagens adicionais, capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade, elas inexistem no texto original.