19/02/2013 - Antonio Fernando Araujo
À rigor, em se tratando dessa personagem, não há razões objetivas que justifiquem os protestos públicos contrários a presença da blogueira cubana Yoani Sánchez (foto) no Brasil.


Como escreveu Daniella Cambaúva, do OperaLeaks e transcrito no blog Esquerdopata, não faltam documentos que revelam os encontros sigilosos entre blogueiros cubanos dissidentes e a diplomacia norte-americana.
Se Yoani Sánchez e colegas fossem americanos e fizessem, nos EUA, exatamente a mesma coisa, pondo-se à serviço de outro país, seriam imediatamente presos e provavelmente fuzilados.
Em Cuba não. Continuam livres e, ainda por cima, posando de vítimas para a mídia internacional, mas com os bolsos recheados de dólares. Não há um país no mundo onde tal comportamento - espionagem e quinta-coluna - não renda prisão perpétua ou execução.
O que fazemos aqui é repudiar essa visita.
Ela em nada contribui para ajudar a consolidar a democracia que, desde 1988, tentamos construir e, assim sendo, podemos assegurar, de golpistas tupiniquins, tão cínicos e inteligentes quanto Yoani Sánchez, já estamos razoavelmente bem supridos.
Não fossem as mensagens secretas enviadas pelo chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana, Jonathan Farrar, ao Departamento de Estado, desde 2009, e reveladas pelo Wikileaks e que descreveram o encontro entre a subsecretária de Estado adjunta para a América Latina, Bisa Williams e dissidentes cubanos, Yoani Sánchez, inclusive, não teríamos como afirmar isto aqui.
Nada deve nos surpreender. Yoani Sánchez, absolutamente vazia em termos ideológicos, nunca irá defender as conquistas da revolução cubana.

Muito menos pra denunciar os cinco compatriotas seus (foto abaixo) que há anos encontram-se ilegalmente presos, sem julgamento, em cadeias norte-americanas.
E como já se observou que ela é bastante esperta e manipuladora para dedicar seu servilismo apenas ao império americano, nesse aspecto, não é difícil constatarmos que em tudo se assemelha ao papel desempenhado por nossa Imprensa GAFE.

Portanto, "como dijera el escritor y periodista uruguayo Eduardo Galeano, cuando se trata de Cuba, los grandes medios de comunicación, 'aplican una lupa inmensa que magnifica todo lo que allí ocurre cada vez que conviene a los intereses enemigos, llamando la atención sobre lo que pasa en la Revolución, mientras la lupa se distrae y no alcanza ver otras cosas importantes”, citado por Omar Pérez Salomón, em janeiro de 2012, quando relacionou "30 datos que muestran la fortaleza de la Revolución cubana en vísperas de su 53 aniversario."

Não deixe de ler:
- Yoani Sánchez (ou como promover uma dissidente cubana) - Hideyo Saito