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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Por detrás dos saques e da mídia argentina

23/12/2012 - Por detrás dos saques a supermercados na Argentina
- Por  Mário Augusto Jakobskind para a Rede Democrática

A informação foi divulgada pelo jornal argentino Página/12 e faz lembrar fatos ocorridos aqui no Rio de Janeiro com os arrastões no governo Leonel Brizola.

Pois bem, na Argentina ficou claro que os saques aos supermercados não foram espontâneos tendo havido organização. O governo acusa setores da oposição.

Segundo denúncias, uma “central de informações” começou a divulgar notícia segundo a qual haveria distribuição gratuita de gêneros alimentícios em determinado horário. Podem imaginar isso em véspera de Natal? Podem imaginar a frustração quando muita gente humilde chegava ao supermercado mencionado e recebia a informação de que a notícia era mentirosa?

Em várias cidades ocorreu o mesmo esquema. Chamou muito atenção, ainda segundo o jornal Página 12, ocorrido em Campana, um município com menor quantidade de desempregados e de trabalhadores com maior poder aquisitivo na Argentina. A prefeita StelaMaris Giroldi é aliada de Cristina Kirchner. A receita dos saques foi exatamente a mesma que em supermercados de outras cidades. Lá, por acaso, ocorreram os fatos mais graves inclusive com vítimas fatais a lamentar.

E qual a semelhança destes fatos com o que aconteceu no Rio de Janeiro em um dos governos Leonel Brizola? Exatamente no momento em que a Rede Globo diariamente fazia uma campanha insidiosa contra o governador, nas praias de Ipanema e Leblon, no momento em que as câmaras de TV “passeavam” pela orla, bandos realizavam arrastões que apavoravam os frequentadores das praias mencionadas.

Houve até denúncias segundo as quais muitos dos “arrastadores” chegavam a orla em vans fretadas, sabe-se lá por quem .

Por estas e muitas outras, todo o cuidado é pouco na hora de se analisar fatos como os atuais saques ocorridos na Argentina, exatamente no momento em que governo e o grupo midiático Clarin travam uma batalha em função da chamada Lei dos Médios (de comunicação), aprovada pelo Congresso depois de pelo menos três anos de discussão pelos argentinos.

Fonte:
http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=3496:por-detr%C3%A1s-dos-saques-a-supermercados-na-argentina


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Hugo Moyano (foto), ex-caminhoneiro, presidente da CGT-Argentina, ex-aliado e agora em franca oposição ao governo Kirchner, por conta de um reajuste na tabela de imposto de renda pretendido por ele e não aceito pelas Finanças argentinas, é o suspeito, pelo governo, de estar por detrás da organização desses saques. O líder sindical tenta sua reeleição para um novo mandato na Confederação Geral dos Trabalhadores argentinos. (Equipe Educom)


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É de um leitor, via email, que vem a seguinte nota em 23/12/2012

"Caro editor, um adendo ao texto do Jakobskind. Há mais de 30 anos caminho diariamente na orla que vai do Arpoador ao Leblon, no horário matinal de 6:30 às 7:30h, de segunda à sábado. Houve um tempo, na época do Brizola, invariavelmente aos sábados, tão logo chegava ao Arpoador e via a Globo montando o aparato de filmagens (no mínimo 2 pontos de câmeras, um logo no início da praia junto aos coqueiros e outro nas proximidades do Posto 7) comentava com minha mulher:
- Hoje a gente não vem pra praia porque vai haver arrastão. Taí a Globo já se posicionando pra "documentar"; e não dava outra.

Em pelo menos duas ocasiões, ou seja, em dois sábados distintos, testemunhamos um terceiro ponto de câmeras sendo montado na varanda de um apartamento, na altura do 2º ou 3º andar, não lembro exatamente. Mas me ocorre lembrar que o autor de novelas da Globo, Gilberto Braga, mora (ou morava) exatamente nesse trecho de praia."


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Este vídeo mostra o que se esconde por detrás dos ataques sistemáticos da mídia brasileira contra a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.

 

 Para entender o jogo da mídia contra o que chamam de "kirchnerismo" é importante contextualizar a situação. Antes, vamos usar uma analogia metafórica.

Você mora numa grande cidade em que três padarias controlam a qualidade, a variedade e o preço dos pães que você consome. E uma antiquada lei diz que só os políticos podem liberar concessões para novas padarias. E a maioria dos políticos (responsáveis pela tal lei) são donos das padarias; ou amigos destes; ou representantes dos mesmos.

Daí, um novo governante assume a responsabilidade para criar uma nova lei que visa quebrar o cartel, dificultar o monopólio e facilitar o surgimento de novas padarias. O que faz o sindicato dos donos das padarias? Começa a espalhar panfletos dizendo que o governante quer controlar a produção de pães na cidade e ameaça a sua liberdade de escolher o pão que você vai comer.

Agora, imagine se, em vez de mandar imprimir panfletos, os donos das padarias fossem donos de todos os meios de comunicação (jornal, rádio, tv etc) disponíveis. E tente imaginar se, em vez de pãezinhos, os produtos em questão fossem as notícias que influenciam a vida de todos na cidade.



Uma vez exposta esta metáfora, vamos conhecer um pouco a história da imprensa na Argentina para entender o que isto tem a ver com o Brasil. 

Na Argentina, a grande mídia privada era tradicionalmente "chapa-branca", principalmente a partir de 1978 - quando o ditador Rafael Videla praticou de forma criminosa a expropriação da empresa Papel Prensa, que detinha o monopólio da produção de papel no país
.
Videla cedeu a Papel Prensa para três grupos: Clarin, La Nacion e La Razion (Hoje com prevalência do Clarin e o La Nacion). A contrapartida para tal "caridade" era clara: os grupos teriam que ter um "objetivo comum", ou seja, dar vazão ao "projeto" de um governo ditatorial, corrupto, violento e entreguista.

Com tal golpe, os grupos empresariais passaram a controlar toda a imprensa escrita e adquiriu um poder extraordinário, cartelizando o setor e esmagando a concorrência. Inclusive, correm hoje na justiça da Argentina processos que cuidam de julgar graves acusações de crimes - sequestros  assassinatos etc - cometidos por conta do golpe na Papel Prensa. 


Ante o nebuloso passado, não é difícil entender o porquê de os grupos Clarin e La Nacion terem assumido, até o governo Duhalde (antecessor de Nestor Kirchner), uma postura "chapa-branca".


Pois qualquer governante que ousasse pôr a mão no vespeiro da sórdida história por trás dos poderosos barões da mídia, obviamente perderia a "simpatia" dos mesmos.

Foi o que fez Nestor Kirchner.
Sua sucessora, Cristina Kirchner, foi mais além: deu amplo apoio à reformulação das antiquadas leis das comunicações que davam suporte às injustiças; ao monopólio.



É a chamada Ley de Médios - uma revolução na democratização das comunicações -, reverenciada pela maioria dos jornalistas argentinos e que o relator da ONU para a liberdade de expressão, Frank La Rue (foto), definiu como "a mais avançada legislação em favor da liberdade de expressão da América Latina e um exemplo para o mundo".

Assim, é tremenda má-fé dizer que Cristina Kirchner estaria cerceando a liberdade de imprensa porque a grande mídia faz oposição ao governo dela.

Porque se você raciocinar bem, para o "kirchnerismo" seria muito mais cômodo deixar tudo como está: a grande imprensa elogiando o governo de um lado e a histórica injustiça assombrando de outro lado, com a prevalência do jornalismo chapa-branca monopolizando as verbas publicitárias e sufocando a maioria representada pelos milhares de outros periódicos "não-alinhados" à oligarquia; as rádios não-comerciais etc.

No Brasil, após sistemáticas críticas dos organismos internacionais contra as capengas leis das telecomunicações (permitindo, por exemplo, o clientelismo na distribuição das concessões de rádios e tevês), em 1998 o governo de FHC resolveu fazer uma reformulação meia-boca na legislação.

Mas cerca de 70% dos parlamentares que formularam e aprovaram tal legislação eram donos de rádios e tevês ou estavam a serviço destes, ou seja, criou-se uma lei que veio muito mais para restringir do que democratizar o setor.

Em suma: criaram uma nova lei que ainda traz graves reflexos dos tempos da ditadura.

A nova lei em estudo no Congresso Nacional visa acabar com as vergonhosas barreiras para a distribuição de concessões de rádios e TVs e coibir o monopólio nas comunicações. Mas o jogo é duríssimo.

Para barrar tal lei, a chamada "grande mídia" brasileira bolou um fantasma chamado "ameaça contra a liberdade de imprensa" na imagem da "ditatorial" presidenta da Argentina e quase todos os dias martela tal "ameaça" nos seus noticiosos.

Não deixe de ler:







Nota: a inserção das imagens, quase todas capturadas do Google Imagens, é de nossa  responsabilidade e, excetuando uma ou outra, inexistem no texto original.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Carta Aberta a um Delegado de Polícia

16/12/2012 - RedeDemocratica
- Respondendo à Intimação por parte do clube militar
- Escrito por  Silvio Tendler

Delegado,

Dois policiais vieram ontem [14/12] à minha residência entregar intimação para prestar declarações a fim de apurar atos de "Constrangimento ilegal qualificado – Tentativa – Autor", informa o ofício recebido.

Meu advogado apurou tratar-se de denúncia ou queixa ou sei lá o quê, por parte do "presidente do clube militar" (em letra minúscula mesmo, de propósito).


 Informo que na data da manifestação, 29 de março de 2012, estava recém-operado, infelizmente impedido de participar de ato público contra uma reunião de sediciosos, os quais, contrariando à determinação da Exma. Sra. Presidenta da República, comemoravam o aniversário da tenebrosa ditadura, que torturou, matou, roubou e desapareceu com opositores do regime.

Entre os presentes estava o matador do Grande Herói da Pátria, Capitão Carlos Lamarca, e seu companheiro Zequinha – doentes, esquálidos, sem força, encostados numa árvore.



Zequinha e Lamarca foram fuzilados sem dó, nem piedade, quando a lei e a honra determinam colocá-los numa maca e levá-los para um hospital para prestar os primeiros socorros. Essa gente estava lá, não eu. Eles é que devem ser investigados. Eu farei um filme enaltecendo o Capitão Lamarca e seu bravo companheiro Zequinha.

Tenha certeza, Delegado, de que, enquanto eu tiver forças, me manifestarei contra o arbítrio e a violência das ditaduras e, já que o Sr. está conduzindo o inquérito, procure apurar se o canalha que prendeu, torturou e humilhou minha mãe nas dependências do Doi-Codi participou do "festim diabólico". Isso sim é Constrangimento Ilegal.

E já que se trata de assunto de polícia, aproveite para pedir ao "constrangedor ilegal" que ficou com o relógio da minha mãe – ela entrou com o relógio no Doi-Codi e saiu sem ele – que o devolva. Processe-o por "apropriação indébita, seguida de roubo qualificado (foi à mão bem armada)”.

É fácil encontrar o meliante.
Comece pelo Comandante do quartel da Barão de Mesquita em janeiro de 1971. Já que eles reabriram o assunto, o senhor pode desenterrar o processo.


É, Delegado, o que eles fizeram durante a ditadura é mais assunto de polícia do que de política!

Pergunte ao queixoso presidente do clube militar se ele tem alguma pista do paradeiro do Deputado Rubens Paiva (foto). Terá sido crime cometido por algum participante da festa macabra, onde, comenta-se, havia vampiros fantasiados de pijama?

Tudo o que fiz foi um chamamento pelo you tube convidando as pessoas a se manifestarem contra as comemorações do golpe de 64. Se este general entendesse ou respeitasse a lei, não teria promovido a festa e, tendo algo contra mim, deveria tentar me enquadrar por "delito de opiniãomas aí, na fotografia, ele ficaria mais feio do que é, não é mesmo?

Por fim, quero manifestar minha solidariedade aos que protestaram contra o "festim diabólico" e foram tratados de forma truculenta, à base de gás de efeito moral, spray de pimenta e choque elétrico – como nos velhos tempos. Bastaria umas poucas grades para separar os manifestantes do povo, que estavam na rua, aos sediciosos que ingressavam no clube. Há muitos poderia causar a impressão de estar visitando um zoológico e assistindo a um desfile de símios.

Não perca tempo comigo e com a ranhetice de um bando de aposentados cri-cri, aporrinhando a paciência de quem tem mais o que fazer.


Pura nostalgia da ditadura, eles se portam como se ainda estivessem em posição de mando.

Atenciosamente,

Silvio Tendler


[17/12/2012 - por Laerte Braga, via email

O cineasta Sílvio Tendler é uma dessas pessoas que transcendem o espectro corriqueiro do dia a dia em qualquer universo e se transforma num facho de luz a deitar história para não percamos o mínimo elo que nos sobra ou que buscamos, para nos mantermos seres humanos livres e agarrados com fé e determinação àquela que "não é carroça abandonada à beira da estrada".


A intimação policial a Tendler é um ato de violência contra todos os brasileiros. E particularmente contra os que foram vítimas da barbárie que foi a ditadura militar.

Que nos processem a todos, pois somos todos vítimas e aos indignados como Tendler, mas que transforma a indignação em mostras magníficas e fundamentais no resgate da História.

Costumo dizer que muitas vezes se compara Tendler a Michael Moore afirmando que o brasileiro é o "nosso" Moore. É o contrário. Moore é o Tendler deles.

Não importam divergências, importa a coragem e o destemor de um diretor de cinema que cresce e abraça o País inteiro com sua coragem, com sua determinação, com sua história e com sua luta. Um exemplo para todos nós.

Daqui a cem anos todos saberemos quem é Tendler (o é e não o foi, cem anos, é pelo caráter eterno e indispensável de seu trabalho) e ninguém saberá quem preside o Clube Militar.

A História é implacável com os medíocres, mas não com os lúcidos, os inteligentes, os corajosos, os que lutam.

Laerte Braga]


Fonte:
http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=3440%3Acarta-aberta-a-um-delegado-de-pol%C3%ADcia-ou-respondendo-%C3%A0-intimida%C3%A7%C3%A3o-por-parte-do-clube-militar

Vídeo URL: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=1_Io8tz9WLM

Nota:
A inserção das imagens, quase todas capturadas do Google Images, são de nossa responsabilidade e, excetuando uma ou outra, inexistem no texto original.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Discurso de Assange na embaixada do Equador em Londres (em Português)

19/08/2012 - publicado pela Redação da RedeDemocratica

Falo daqui, porque não posso estar mais perto de vocês. Obrigado por estarem aí.


Assista aqui em inglês/espanhol
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QEgoWFrBLU4

Obrigado pela coragem de vocês e pela generosidade de espírito.

Na noite de 4ª-feira, depois de essa embaixada ter recebido uma ameaça, e de a polícia ter cercado o prédio, vocês vieram para cá, no meio da noite, e trouxeram, com vocês, os olhos do mundo.

Dentro da embaixada, durante a noite, eu ouvia os policiais andando pelas entradas de incêndio do prédio. Mas sabia que, pelo menos, havia testemunhas. Isso, graças a vocês.

Se o Reino Unido não pisoteou as convenções de Viena e outras, foi porque o mundo estava atento e vigilante. E o mundo estava vigilante, porque vocês estavam aqui.

Por isso, da próxima vez que alguém lhes disser que não vale a pena defender esses direitos tão importantes para nós, lembrem a eles dessa noite de vigília, tarde da noite, na escuridão, à frente da Embaixada do Equador. Façam-nos lembrar como, pela manhã, o sol raiou sobre um mundo diferente, quando uma valente nação latino-americana levantou-se em defesa da justiça.

Agradeço ao bravo povo do Equador e ao presidente Correa, pela coragem que manifestaram, ao considerar o meu pedido e ao conceder-me asilo político.

Agradeço também ao governo e ao ministro do Exterior do Equador Ricardo Patiño, que fizeram valer a Constituição do Equador e sua noção de cidadania universal, na consideração que deram ao meu caso.

E ao povo do Equador, por apoiar e defender sua Constituição. Tenho uma dívida de gratidão também com o pessoal dessa embaixada, cujas famílias vivem em Londres e que me manifestaram gentileza e hospitalidade, apesar das ameaças que todos eles receberam.

Na próxima 6ª-feira, haverá reunião de emergência dos ministros de Relações Exteriores da América Latina em Washington, DC, para discutir essa nossa situação. Sou extremamente grato ao povo e aos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Peru, Venezuela e a todos os demais países da América Latina que defenderam o direito de asilo.

Ao povo dos EUA, Reino Unido, Suécia e Austrália, que me deram apoio e força, mesmo quando seus governos me negavam qualquer direito. E às cabeças mais arejadas de todos os governos, que ainda lutam por justiça: o dia de vocês raiará.

À equipe, apoiadores e fontes de Wikileaks, cuja coragem, compromisso e lealdade foram sem iguais.

Minha família e meus filhos, que vivem sem pai, perdoem-me. Logo estaremos novamente reunidos.
Enquanto Wikileaks estiver sob ameaça, ameaçadas estarão também a liberdade de expressão e a saúde de nossas sociedade. Temos de usar esse momento para articular a decisão diante da qual está hoje o governo dos EUA.

Voltará o governo dos EUA a reafirmar os valores sobre os quais aquela nação foi fundada? Ou o governo dos EUA despencará do precipício, arrastando com ele todos nós, para um mundo perigoso e repressivo, no qual os jornalistas serão para sempre silenciados, pelo medo das perseguições, e os cidadãos serão condenados a sussurrar na escuridão?

Digo que isso não pode continuar.

Peço ao presidente Obama que faça a coisa certa.

Os EUA têm de desistir dessa caça às bruxas contra Wikileaks.

Os EUA têm de cancelar a investigação pelo FBI, contra Wilileaks.

Os EUA têm de se comprometer a não perseguir nem processar nosso pessoal, nossa equipe e nossos apoiadores.

Os EUA têm de prometer, ante o mundo, que nunca mais perseguirão jornalistas exclusivamente porque jornalistas lancem luz sobre crimes cometidos pelos poderosos.

Têm de ter fim todos os discursos insanos sobre processar empresas de jornalismo, seja Wikileaks ou o New York Times.

A guerra do governo dos EUA contra os que apitam e lançam sinais de alarme justificado e legítimo tem de acabar.

Thomas Drake e William Binney e John Kiriakou e tantos outros heroicos guardas avançados, que alertaram para os piores perigos que eles, antes de outros, viram chegar, têm de ser – eles têm de ser! – perdoados e indenizados pelos riscos a que se expuseram e pelos sofrimentos que padeceram, para bem cumprir seu dever, como bons servidores do interesse público.

E o soldado que permanece em prisão militar em Fort Levenworth, Kansas, que a ONU constatou que viveu sob as mais monstruosas condições de prisão em Quantico, Virginia, e que ainda não foi julgado, mesmo depois de dois anos de prisão, tem de ser posto em liberdade.

Bradley Manning tem de ser libertado.

Se Bradley Manning realmente fez o que é acusado de ter feito, então é herói e exemplo para todos nós, e um dos mais importantes prisioneiros políticos do mundo, hoje.

Bradley Manning tem de ser libertado.

Na 4ª-feira, Bradley Manning completou 815 dias de prisão sem julgamento. A lei estipula o prazo máximo de 120 dias.

Na 3ª-feira, meu amigo Nabeel Rajab, presidente do Centro de Direitos Humanos do Bharain foi condenado a três anos de prisão, por um tweet.

Na 6ª-feira, uma banda russa foi condenada a dois anos de cadeia, por uma performance de conteúdo político.

Há unidade na opressão. Tem de haver absoluta unidade e absoluta determinação na resposta. Obrigado.

Cf:
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/51827-vivo-discurso-julian-assange-e...
http://www.youtube.com/watch?v=QEgoWFrBLU4&feature=player_embedded#!

Fonte:
http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=2562:discurso-completo-de-assange-en-la-embajada-de-ecuador-en-londres

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Oriente Médio: Aumenta o Clima de Tensão

28/06/2012 - Por Mário Augusto Jakobskind (*)
original publicado no site Rede Democrática

Governo de Israel usa holocausto para justificar ataque ao Irã, mas silencia sobre a existência de uma comunidade judaica no país persa.

O governo israelense de Benyamin Netanyahu pode estar mais próximo de realizar uma aventura bélica contra o Irã.

A guerra verbal que já dura algum tempo tem como pretexto uma suposta construção de artefato nuclear por Teerã.

Os sucessivos desmentidos do governo iraniano, que alega inclusive a proibição pelo Corão de o país ter uma bomba atômica, e o programa nuclear é para fins pacíficos, não tem sido levado em conta por Netanayhu ou pelo presidente estadunidense Barack Obama.

A diferença entre um e outro governo é que Washington ainda prefere aguardar os resultados das pressões econômicas para dissuadir o Irã a suspender o seu programa nuclear, enquanto Israel prefere agir militarmente.

O recente acordo político entre o direitista Likud, o partido do primeiro ministro israelense, e o centro-direitista Kadima, sob o comando de Shaul Mofaz, nomeado vice primeiro-ministro, resultou na formação de um governo de união nacional, cancelando até mesmo a antecipação das eleições gerais marcadas um dia antes para setembro. Mofaz nasceu no Irã e no governo anterior do Kadima defendeu um ataque às instalações nucleares do Irã.

Analistas políticos entendem que como acordos dessa natureza ocorrem em momentos considerados graves para Israel, é possível que o susposto “perigo iraniano” tenha pesado no entendimento, considerado praticamente impossível pouco tempo atrás, por se tratar de dois partidos rivais.

POTÊNCIA NUCLEAR
Os pretextos para o ataque são dos mais variados, mas não resistem a uma análise isenta e mais rigorosa. Enquanto Netanyahu coloca no tabuleiro o “perigo” que representa um Irã nuclear, organismos que acompanham o desenvolvimento nuclear pelo mundo, como o Instituto de Estudos Estratégicos com sede em Londres avalia que Israel possui 200 ogivas nucleares. Jane, uma empresa de defesa e informação, estima em 300 o número de ogivas nucleares, portanto equiparado à capacidade nuclear dos britânicos e franceses. As ogivas nucleares, segundo especialistas, podem atingir os continentes asiáticos e europeus.

Alguns analistas acreditam que mais do que um ataque iraniano, o governo de Israel receia que se um outro país naquela área consiga desenvolver eventualmente a bomba atômica ou mesmo um programa nuclear para fins pacíficos, Israel não reinará mais absoluto em termos militares no Oriente Médio.

Para o cientista político e linguista Noam Chomsky, Israel nuclear representa perigo para o Irã e não ao contrário. Chomsky acredita que as lideranças iranianas, do presidente Mahmoud Ahmadinejad ao aiatolá Khameney, mesmo utilizando retórica agressiva para consumo interno contra o regime sionista, não se atreveriam a atacar Israel, pois a retaliação ocidental seria avassaladora. Mas um ataque de Israel está se tornando uma possibilidade concreta.

PRETEXTO
Além do suposto “perigo nuclear” iraniano, o governo israelense utiliza também outro tipo de ameaça, chantageando a opinião pública não só de Israel como de países que ainda não superaram os traumas da II Guerra Mundial, entre os quais a própria Alemanha.

Netanyahu volta e meia se vale do que considera “possibilidade de um novo holocausto”, que seria provocado pelo Irã, para unir os israelenses e tentar convencer outras nações a apoiar uma ação militar contra as instalações nucleares.

Este argumento também não resiste a uma análise mais apurada. Ao contrário do que quer fazer crer Netanyahu, o Irã não tem intenção de “acabar com os judeus”, até porque no país persa existe uma comunidade judaica vivendo harmonicamente com os iranianos, inclusive com representação parlamentar.

TRÊS MIL ANOS
Esta comunidade, estimada em mais de 25 mil pessoas, que tem história no país persa de cerca de 3 mil anos, é oficialmente reconhecida como minoria religiosa e elegeu para o Parlamento em 2008 o doutor Ciama Moresadegh, diretor do Sapir Hospital e Charity Center.

Funcionam normalmente, em Teerã e outras cidades como Estahan, uma dezena de sinagogas, bem como muitas escolas e restaurantes judaicos, um asilo para anciãos da comunidade e um cemitério.

A comunidade judaica do Irã desfruta ainda de uma livraria com 20 mil títulos e ainda edita o jornal diário Ofogh-e-Bina, da mesma forma que um centro de pesquisa, com scholars judeus, a Central Library of Jewish Association.
 
Soldado israelense na fronteira com Gaza

Tais fatos raramente são noticiados e pouco conhecidos em Israel. O governo sionista prefere o silêncio sobre isso ou mesmo criticar os judeus que preferiram permanecer no Irã a emigrar para Israel.

Há casos inclusive de judeus iranianos que depois de passar um tempo em Israel retornaram ao país de origem porque optaram por “viver na paz e não na guerra e voltar a falar o seu idioma”, segundo revelou em recente palestra na Associação Brasileira de Imprensa o embaixador iraniano no Brasil, Mohammad Ali Ghanezadeg Ezabadi.

Uma das poucas referências sobre a comunidade judaica do Irã foi publicada na edição de 23 de fevereiro de 2009 no The New York Times, em matéria assinada por Roger Cohen sob o título “What Iran’s Jews Say” (O que dizem os judeus do Irã?). Cohen comenta inclusive que, ele mesmo, um judeu, nunca tinha sido recebido tão calorosamente, como em Teerã, onde havia uma comunidade judaica, que lá trabalhava e praticava o seu culto com relativa tranquilidade.

O mesmo articulista assinalou que em Estahan, outra grande cidade iraniana, na Praça Palestina, em frente a mesquita Al-Aqsa, viu uma sinagoga, com um cartaz na entrada com os dizeres “Congratulações da Comunidade judaica de Estaphan pelo 30° aniversario da Revolução Islâmica”.

Morris Motamed, em 2009 deputado judeu no Parlamento iraniano, confirmou a Cohen que, de fato, sentia no Irã “uma profunda tolerância com relação aos judeus”.

Argumentos como os de Cohen no The New York Times são pouco divulgados pela mídia de mercado brasileira e integralmente ignorados pelas lideranças sionistas.

VOZES DISCORDANTES
Mas mesmo em Israel há vozes discordantes em relação a uma possível ação militar contra o Irã. É o caso de Yuval Diskin, ex-chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interno israelense, entre 2005 e 2011.

Além de enfatizar que não confia em Netanyahu ou no Ministro da Defesa, Ehud Barak, possíveis formuladores do plano de ação militar, Diskin alertou que um ataque israelense ao Irã pode “acelerar dramaticamente” o projeto nuclear iraniano.

No entender o ex-chefe do serviço de segurança interno de Israel, os líderes do país apresentam ao público um “quadro incorreto sobre a questão iraniana, tentando criar a impressão de que se Israel não agir, o Irã terá uma bomba atômica”.

Para Diskin trata-se de uma visão totalmente equivocada, pois “o que os iranianos fazem hoje devagar e silenciosamente, [depois de um ataque] terão legitimidade para fazer muito mais rápido”. Na mesma linha de pensamento crítico, o ex-chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, Meir Dagan, considerou o plano “estúpido”.

Também o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Benny Gantz, discordou de uma possível operação militar contra o Irã ao afirmar não acreditar que o Irã vá produzir armas nucleares. Entende o militar que o governo iraniano é “racional e sabe que seria um erro enorme produzir armas nucleares”. E ainda por cima, segundo ele, as sanções econômicas contra o Irã “começam a dar resultados”.

As próximas semanas podem ser decisivas. O Presidente Barack Obama já se manifestou em várias ocasiões que, no momento, é contra um ataque ao Irã, pois isso esvaziaria todos os esforços diplomáticos já feitos em prol de uma solução pacífica para o conflito.

Além disso, em plena campanha eleitoral para a sua reeleição, Obama teme também que um conflito agora poderá ter reflexos nefastos e que poderão por em risco a sua empreitada eleitoral, em função da provável subida astronômica do barril do petróleo que aconteceria com o fechamento pelos iranianos do Estreito de Ormuz, onde passam os petroleiros com o combustível para o Ocidente.

Já o governo Netanyahu, parte do lóbi sionista nos Estados Unidos vinculada à linha-dura republicana apoia uma ação militar já. Outros possibilidades que afetariam sobremaneira a Israel não se descartam. Uma delas, e que provoca maior temor, é uma reação do grupo Hezbollah, que, segundo o analista internacional e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira, possui 20 mil mísseis escondidos em residências particulares em Beirute e outras cidades libanesas, e se acionados atingiriam o território israelense.

Resta saber como se comportaria a França pós Nicolas Sarkozy, agora sob o comando do socialista François Hollande, em caso de uma ação militar israelense ou mesmo numa etapa posterior se as pressões contra o Irã não produzirem resultados que levem a suspensão do programa nuclear.

A Alemanha, que ainda guarda complexo de culpa pelas atrocidades cometidas contra judeus, ciganos, homossexuais e populações da Europa Oriental que resistiram aos nazistas, de um modo geral, seja sob o comando da conservadora Angela Merckel ou mesmo o SPD, o partido social-democrata, se alinha quase que integralmente à política dos sucessivos governos israelenses.

(*) Jornalista, teve parte dos familiares assassinados na 2ª Guerra Mundial pelos nazistas na Polônia.

Fonte:
http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=2210:oriente-médio-aumenta-o-clima-de-tensão 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Liberdade de expressão? Mentira

09/05/2012 - Mentiras em nome da liberdade de expressão
Por Mario Augusto Jakobskind
Extraído do site Rede Democrática
 

Mais uma vez o colunista de O Globo, Merval Pereira (na foto de fardão ao lado de tucanos de alta linhagem), se supera, claro que para baixo.

Agora, em comentário sob o título “Pela Liberdade de Expressão”, o jornalista imortal aborda o tema de forma simplória e tendenciosa.

Ao atacar governos latinoamericanos que julga estarem criando restrições à liberdade de imprensa e de expressão, Pereira abre as baterias, para variar, contra a Presidenta argentina Cristina Kirchner.

Aí o colunista de O Globo menciona o que considera “expropriação” da fábrica de papel que estava sob controle do grupo Clarin. Encerra o parágrafo afirmando que a medida faz parte de “uma já longa disputa pelo controle da informação pelo governo de Cristina Kirchner, prosseguindo o projeto que foi iniciado no governo de seu falecido marido Nestor Kirchner”.

Nesta visível demonstração de desacreditar a Presidenta, como se ela não tivesse iniciativa própria, o jornalista imortal omitiu um fato relevante que ajuda a entender melhor o acontecimento.

A fábrica de papel na época da ditadura era de propriedade de empresários que foram reprimidos com extrema violência, um deles assassinado, pelo general Rafael Videla, hoje cumprindo pena de prisão perpétua pelos crimes cometidos neste período, inclusive sumiço de bebês entregues a famílias vinculadas à repressão. A fábrica de papel mudou de proprietário a força e caiu nas mãos do grupo Clarin.

Merval Pereira não mencionou o fato, limitando-se a protestar repetindo os argumentos apresentados pela Sociedade Interamericana de Imprensa e, claro, pelo grupo Clarin. E quem tiver curiosidade deve consultar a Biblioteca Nacional para verificar qual foi a posição de O Globo sobre a ditadura argentina.

Em relação ao Equador, o perdão de Rafael Correa de uma multa alta decretada pela Justiça contra o jornal El Universal e um ex-editorialista por difamação ao presidente foi considerado por Pereira, não como um ato de grandeza, mas de fraqueza, para atender à pressão internacional. Pereira culpa Correa por tudo, como se decisão da Justiça dependesse dele, dando a entender que o Poder Judiciário no Equador não é autônomo.

Em outro trecho, o colunista não faz por menos e sai em defesa incondicional da revista Veja e do chefe de sucursal de Brasília, Policarpo Junior, envolvido com Carlos Cachoeira de lama.


E, pasmem, Merval Pereira considera ameaça à liberdade de expressão a tentativa de levar a grande imprensa, representada pela revista Veja, à investigaçao na CPI do Cachoeira.

Quer dizer que convocar um jornalista da cúpula de uma revista para esclarecer fatos, inclusive mais de 200 telefonemas trocados com Cachoeira de lama, atenta contra liberdade de expressão?


Policarpo Jr, diretor da Veja e Cachoeira

E parece que o Deputado Miro Teixeira pensa blindar Policarpo Jr, sob a alegação de preservaçao do sigilo da fonte. Se fizer isso, Teixeira estará se equivocando feio. Fica alinhado com Merval Perera, Policarpo é chefe da sucursal e não repórter que teria Cachoeira como fonte. Como bem lembrou recentemente o atual Ministro do Trabalho, Brizola Neto, em sua coluna “Tijolaço”, Policarpo “é alguem, que pelo seu cargo, tem relações diretas com a administração empresarial da revista”.

Tem trechos de papos telefônicos em que Cachoeira de lama falando com Claudio Abreu, um mafioso do time do meliante, fica feliz com matérias da revista Veja, inclusive a que resultou na queda de Luiz Antonio Pagot chefe da diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), que estava atrapalhando os negócios da construtora Delta. Coincidência?

Civita, da Veja
A Polícia Federal localizou o vínculo ao fazer o grampo, permitido pela Justiça, de Cachoeira de lama. Seria absolutamente normal a convocação de Policarpo, da mesma forma que o dono da publicação, Roberto Civita, em função da gravidade do caso. Nada a ver com algo atentatório à liberdade de expressão.

Como o poder de manipulação da mídia de mercado é forte, amanhã, se acontecer a convocação de Policarpo pela CPI, protestos vão surgir vindos de diversos lados, não só de Merval Pereira como da Sociedadde Interamericana de Imprensa, por exemplo. Se a CPI for séria mesmo terá de convocar Policarpo e muito mais gente considerada acima de qualquer suspeita, como o governador Sergio Cabral.

No artigo, Merval destila ódio contra a “democratização da comunicação” atribuindo a ideia ao Partido dos Trabalhadores.

Merval desconhece que a democratização dos meios de comunicação é algo em debate há vários anos por inúmeras entidades representativas dos movimentos sociais.

O PT tem todo o direito de apoiar, como outros partidos e parlamentares, como, por exemplo, Brizola Neto, que já se posicionou nesse sentido em sua coluna na internet em várias ocasiões.

Mas se o leitor imagina que as observações do jornalista imortal pararam por aí em matéria de manilpuação, engana-se. O colunista reviveu, por exemplo, a proposta do Conselho Nacional de Jornalismo, atribuindo a ideia, mais uma vez erradamente, ao governo Lula. A proposta, repudiada antes mesmo de ser debatida, foi uma iniciativa da diretoria da Federação Nacional de Jornalistas e não do govenro Lula, como “informou” (só pode ser entre aspas mesmo) Merval Pereria.

Não por acaso, na mesma edição de sexta-feira, 4 de maio, o jornal O Globo publicava na página internacional um artiguete, estilo tijolaço, com o título “Cerco”, apresentando o resultado de uma reunião em Santiago do Chile de associações patronais midiáticas de seis países, entre eles o Brasil, representado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Foi divulgado então um documento sobre “o agravamento do cerco à liberdade de imprensa” e assim sucessivamente.

Nelson Bocaranda

E também, não por acaso, logo abaixo do comentário aparece matéria procedente de Caracas mostrando que “Chávez tem fratura no fêmur, diz jornalista”. A tônica da “notícia” repete a de outros dias com base nas elocubrações do blogueiro venezuelano Nelson Bocaranda, um jornalista vinculado aos movimentos anticastristas de Miami.


Merval Pereira

Por sinal, Bocaranda de vez em quando escreve “com base no que escreveu Merval Pereira" sobre a doença de Chávez e vice-versa. Os dois se entendem muito bem, só falta agora Bocaranda aparecer no Brasil convidado pelo Instituto Millenium e, quem sabe, proferir uma palestra no Clube Militar, como faz de vez em quando Merval Pereira e é aplaudisíssimo pelos militares da reserva que tinham postos de comando durante a ditadura, alguns deles executores do esquema da repressão.

Por estas e muitas outras, a democratizaçao dos meios de comunicação é uma necessidade, exatamente para que os brasileiros possam ter mais e mais veículos para se informar e formar opinião. Até porque, como o acesso à informação é um direito humano, tudo deve ser feito para o seu aperfeiçoamento, quer queira ou não Merval Pereira e o patronato midiático manipulador.

Na verdade, Pereira mistura propositalmente as bolas.


O que ele defende mesmo é a liberdade de empresa e não a de imprensa.

Desta forma vai tentando enganar incautos, seguindo a linha de seu jornal e das Organizações com o mesmo nome.