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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

De espionagem e arapongas

24/09/2013 - Mário Augusto Jakobskind - Direto da Redação

A recente espionagem feita pelos serviços de inteligência estadunidense no Brasil e na América Latina, reveladas graças, entre outros, a figuras como Edward Snowden, Julien Assange e Gleen Greenwald, não chegam a se constituir em fato novo propriamente dito.

O que mudou apenas foi a tecnologia utilizada.

Em décadas anteriores, arapongas da CIA e maus brasileiros que ajudavam no serviço faziam o jogo.

Muitos dos apoiadores de então, ou já estão ardendo no inferno ou, impunes, aproveitando a aposentadoria pelos serviços prestados como mercenários.

Um ou outro segue até ocupando espaços midiáticos com a mesma linguagem de ódio da época da Guerra Fria. Tem alguns residindo próximo da área onde se localiza a sede da CIA, em Richmond, na Virgínia.

Na história contemporânea são vários os países que sofreram com  a ação da CIA, entre os quais o Irã, em 1953, com a derrubada do nacionalista Mohammed Mossadegh, que ficou em prisão domiciliar para o resto da vida.

O líder iraniano é lembrado em livros de história e com a revelação dos documentos da época confirmou-se a intervenção da CIA, do serviço secreto inglês e israelense no golpe de estado.

Uma figura importante daquela época, embora não tão conhecida como Mossadegh é a do então Ministro dos Negócios Estrangeiros daquele governo, o jornalista Hossein Fatimi [foto], um dos idealizadores do projeto de nacionalização do petróleo iraniano.

Ele foi fuzilado por ordem do preposto dos EUA, o Xá Rheza Parlevi, que ainda chegou a manter relações amistosas com alguns ditadores brasileiros, como Castelo Branco, Costa e Silva e Médici, que, hoje já se sabe oficialmente com os arquivos revelados, tomaram o poder com a ajuda da CIA.

O Brasil não esteve de fora das artimanhas da CIA, presentes em 1954 com seus arapongas e mercenários que levaram Getúlio Vargas ao suicídio. Hoje se sabe também que depois da negativa de Vargas em mandar tropas brasileiras para lutar na Coreia em ajuda aos EUA, somado à criação da Petrobras, os quinta-colunas destas bandas intensificaram ações de desestabilização do governo eleito pelo povo.

O golpe de abril de 1964, que provocou a ruptura constitucional e lançou o Brasil em uma longa noite escura, só foi possível acontecer com o respaldo logístico e financeiro da CIA.

Quase 50 anos depois, as informações sobre esse período nefasto são maiores do que as de 1954. É possível até que os pesquisadores não se debruçaram tanto para certificar muitas ocorrências até hoje não totalmente esclarecidas. 

Nem tudo, entretanto, ainda foi revelado.

Recentemente, por exemplo, o jornalista Continentino Porto [foto], autor do livro JK segundo a CIA e SNI, teve mais acesso a documentos da CIA que comprovam a participação de um agente secreto a serviço dos EUA acompanhando em um hospital militar o então Ministro da Guerra (na época tinha essa denominação), Jair Dantas Ribeiro, que se afastara do cargo dias antes do golpe de 64 por motivo de saúde.

O araponga da CIA produzia relatórios diários, que provavelmente eram repassados para os golpistas militares e civis  brasileiros. 

Tais fatos, que fazem parte da memória deste país continente, devem ser sempre lembrados, porque se alguém imagina que a CIA e outros serviços de inteligência deixaram o Brasil sossegado, enganam-se redondamente.

Quanto mais o país ganha importância no cenário internacional, o que aconteceu sobretudo nos últimos 10 anos, maior a ação dos serviços secretos estrangeiros por estas bandas. 

Nesse sentido, os brasileiros devem ficar atentos para não caírem em armadilhas sofisticadas gestadas por grupos que historicamente sempre estiveram vinculados aos interesses de potências como Estados Unidos.

Antes do golpe que derrubou o Presidente constitucional João Goulart, a CIA encheu com muitos milhões de dólares as comportas de institutos como o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e o IPES (Instituto de Pesquisas Econômicas e Socais).

O objetivo do IBAD era formar uma bancada que defendesse os interesses norte-americanos e consequentemente divulgar a catilinária anticomunista da época da Guerra Fria.

O IPES, capitaneado pelo então coronel Golbery do Couto e Silva, procurava também fazer cabeças preparando-as para o apoio incondicional ao golpe de 64.

Tais fatos não chegam a ser uma grande novidade, porque depois de tantos anos decorridos, o que muitos já sabiam, através de indícios ou pesquisas de campo, os arquivos públicos informativos a respeito deixam claros.

Nos dias de hoje, o grande mérito dos personagens mencionados no início desta reflexão é que eles revelaram (e devem continuar revelando mais fatos) antecipadamente muitas informações que se tornariam públicas, se é que se tornariam, daqui a 30, 40 ou 50 anos.

Por estas e muitas outras pode ser explicado o ódio do establishment estadunidense a figuras como Snowden, Assange, Manning e Swartz,. que na sexta-feira (20/9) foram homenageados com o Prêmio Internacional de Direitos Humanos instituído pela Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

(*) Mário Augusto Jakobskind é correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato.
É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE

Fonte:
http://www.diretodaredacao.com/noticia/de-espionagem-e-arapongas

domingo, 14 de julho de 2013

Leitores, eu vi


Escrito por  Mário Augusto Jakobskind - Rede Democrática


O Rio de Janeiro, na quinta (11),  foi palco mais uma vez da selvageria da Polícia Militar comandada por Sérgio Cabral, o governador que vive nas alturas com helicópteros utilizados por sua família nos fins de semana. Quem esteve na passeata organizada pelas centrais sindicais e prestou bem atenção pôde perceber perfeitamente a colocação em prática de uma estratégia objetivando prejudicar o movimento dos trabalhadores. A receita, já utilizada em manifestações anteriores, deveria ser investigada com todo rigor. O Ministério Público poderia se encarregar disso.

Um amigo chileno informou que o mesmo tipo de estratégia é utilizado no país andino durante as manifestações estudantis e a mídia de mercado no dia seguinte informa sobre as arruaças. Será coincidência?

No Rio de Janeiro aparecem grupos provocadores de pessoas notoriamente de classe média, alguns até com máscara protetora ou com as caras cobertas como se estivessem preparados para um confronto.

Passeata e repressão pela PMEntram de repente e em grupo, não tendo nada a ver com as manifestações. No caso da passeata das centrais sindicais, apareceram intimidando os manifestantes e na prática chamando a polícia para agir ao jogarem objetos sobre os soldados. Como se fosse algo combinado, e pode ser que o seja, a PM passou a arremessar gás lacrimogêneo e de pimenta, além da balas de borracha sobre os manifestantes. Foi o que aconteceu no final da passeata, o que impediu, como estava programado, o encerramento com discursos dos representantes sindicais.

Mas os agentes provocadores mais uma vez não foram admoestados. Saíram incólumes e não foram identificados.

Brutalidade e covardia

A PM, mais uma vez obedecendo ordens de comando, leia-se Sérgio Cabral e Mariano Beltrame, o Secretário de Segurança, passou a agir de forma brutal e a todo momento atacando indiscriminadamente com bombas contra qualquer grupo que encontrasse pela frente. Fazendo dobradinha com o batalhão de choque podiam ser vistos, facilmente reconhecidos, agentes da P2, a polícia secreta da PM em trajes civis. Para cúmulo, ainda por cima surgiu um carro de combate, mais conhecido como “caveirão”, utilizado pela PM na rotineira repressão em áreas carentes da cidade.

A mesma PM e os P2 fizeram vista grossa quando apareceram os jovens suspeitos, alguns com indumentária negra, para tumultuar a manifestação dos trabalhadores. Receberam a denominação de Black Blocs, uma suposta organização internacional que joga para o confronto. Centenas deles foram vistos intimidando as pessoas, como historicamente agem grupos de extrema direita, exatamente com o objetivo de criar fatos prejudiciais ao movimento de massa. No Chile, os provocadores fazem o mesmo.

É importante divulgar esses fatos, porque a mídia de mercado, sobretudo a Rede Globo, tanto nas manifestações anteriores como agora filmava dos helicópteros cenas de confrontos, com o visível objetivo de fazer com que a opinião pública deplorasse o que denominam de “vandalismo” . Mas onde entra a desonestidade jornalística? Exatamente pelo fato de apresentarem imagens pinçadas para dar a impressão que a passeata do movimento sindical aconteceu transformando o centro da cidade numa batalha campal.

Aí aparece a mídia de mercado utilizando o termo vândalos de uma forma manipulativa. Na verdade, vândalos foram as tropas da PM e os agentes provocadores, que, vale sempre repetir, não têm nada a ver com os trabalhadores.

Manipulação grosseira

O jornal O Globo, como sempre, também entrou pesado no circuito manipulativo, primeiro informando deliberadamente errado o número de participantes, reduzindo-os a cinco mil. Mas as próprias fotos tiradas dos helicópteros ou de andares altos dos prédios mostravam claramente um número bem maior de manifestantes. Por baixo, bem por baixo, o número ultrapassou os 30 mil, o que, para os dias atuais para um ato convocado por centrais sindicais e alguns movimentos sociais, como o MST-RJ pode ser considerado significativo.

Mas a mídia de mercado tentou descaracterizar a manifestação. Não há termos de comparação com os atos anteriores convocados nas redes sociais pelos mais diversos segmentos. Mas para a mídia de mercado, o que vale é a comparação pura e simples, sem analisar mais fatos específicos, como, por exemplo, a própria covarde e violenta ação policial ordenada exatamente com o objetivo de esvaziar os movimentos de protestos que se seguiriam a histórica quinta-feira (20 de junho).

Não podia ser diferente o noticiário de O Globo, porque historicamente o jornal da família Marinho sempre destilou ódio contra qualquer manifestação classista. Está no DNA das Organizações com o mesmo nome.

Já no início da concentração, na Candelária, houve um princípio de tumulto, desta vez por culpa única e exclusiva da PM. Testemunhas garantem que a PM achou que um manifestante sentado estava puxando um baseado e o prendeu arrastando-o pelo chão alguns metros. De nada adiantou a explicação do atônito manifestante preso. Houve uma reação natural em função da covardia. A PM, com a colaboração da mídia de mercado, informou que o manifestante foi preso porque jogou uma pedra quebrando vidro da Igreja da Candelária, quando isso aconteceu depois da prisão e da ação policial.

Repressão no Palácio Guanabara

A covarde e violenta repressão policial contra manifestantes, na prática fomentada por agentes provocadores, não se resumiu à Avenida Rio Branco e Cinelândia. Nas imediações do Palácio Guanabara, a PM utilizou também métodos repressivos violentos e covardes, que se estenderam até pelo menos um quilômetro do local onde despacha Sérgio Cabral. Nem mesmo um hospital naquele área foi poupado do gás lacrimogêneo. Numa praça (São Salvador) cerca de 500 metros do Palácio Guanabara, a PM arremessou gás lacrimogêneo atingindo pessoas que se encontravam em bares e restaurantes, inclusive crianças.

Uma semana antes, o próprio Governador dizia que os manifestantes poderiam protestar no Palácio Guanabara e não na esquina de sua residência particular, no Leblon. Depois de reprimidos, também covardemente, segundo inúmeras testemunhas de moradores da rua Aristides Espindola, os jovens que não aguentam mais Sérgio Cabral, foram ao Palácio Guanabara.

A violência policial não pode continuar impune. A responsabilidade é do comandante em chefe, Sérgio Cabral, que a todo momento justifica a truculência da PM. A Anistia Internacional já protestou e agora até a Organização das Nações Unidas (ONU) está pedindo explicação (fato ainda não divulgado) às autoridades sobre os acontecimentos ocorridos sobretudo no Rio de Janeiro.

Registro um fato: John Jeremiah Sullivan, o escritor estadunidense que participou do Flip, fará matéria especial para o New York Times Magazine, sobre os acontecimentos. Depois de ser informado sobre temas que a mídia de mercado nacional silencia, como fatos relacionados com a questão dos leilões de petróleo, as mobilizações do MST e a importância para o Brasil da democratização dos meios de comunicação, Sullivan esteve acompanhando a manifestação classista das centrais sindicais no Rio junto com o autor destas linhas. Tem material de sobra para informar aos leitores norte-americanos, como disse que faria.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Arrogância, seu nome é Estados Unidos


Por Mário Augusto Jakobskind - Rede Democrática


A arrogância dos Estados Unidos não chega a ser uma surpresa, mas sempre provoca indignação. No caso de Edward Snowden, ex-agente da CIA realmente passou dos limites. Snowden concretamente está prestando um serviço de utilidade pública para a humanidade ao fazer as revelações sobre a ação imperial de grampeamento de e.mails e telefônicos por parte da potência hegemônica em várias partes do mundo. O Brasil, como se sabe, não ficou de fora e foram monitoradas mais de um bilhão de mensagens da internet e telefônicas Ou seja, uma intromissão indevida em assuntos internos de um país.

Mas não é o que pensam parlamentares norte-americanos, que lançaram ameaças contra países latino-americanos que eventualmente concedam asilo político a Snowden. Republicanos e democratas querem que o governo estadunidense promova sanções econômicas e comerciais para quem conceder o asilo político ao novo herói dos tempos cibernéticos.

O primeiro a fazer a ameaça foi o obscuro republicano Mike Rogers, que pregou a linha dura contra empresas latino-americanas que, segundo ele, “gozam dos benefícios do comércio com Estados Unidos”. Já outro parlamentar arrogante, desta feita o democrata Robert Menendez, titular do Comitê de Relações Exteriores do Senado, ameaçou a Venezuela, Nicarágua e Bolívia ao afirmar que "é evidente que qualquer aceitação de Snowden, qualquer dos três países ou qualquer outro, vão ficar diretamente contra os Estados Unidos”.

Na verdade, não é de hoje que os Estados Unidos se intrometem indevidamente em assuntos internos do Brasil. O site Wikileaks revelou há anos que telegramas da diplomacia estadunidense mostram ações concretas da Casa Branca para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial.

E tudo foi feito com a colaboração da mídia de mercado nacional Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, segundo o WikLeaks, os EUA pressionaram autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão.

WikLeaks informou também que representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo estadunidense revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta deixou claro que os EUA “não querem” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.

Para quem tem memória curta, vale lembrar que a Base de Alcântara explodiu e houve denúncias segundo as quais o acidente teria sido provocado por agentes da CIA. As informações do WikLeaks demonstram as pressões norte-americanas para evitar que o Brasil continuasse com o programa em Alcântara e indicam que não seria surpresa alguma se a inteligência norte-americana fosse a responsável pela explosão que matou cientistas brasileiros e provou estragos incalculáveis ao programa espacial.

Por estas e muitas outras, que remontam inclusive fatos relacionados com o suicídio do Presidente Getúlio Vargas e o golpe civil militar que tirou do poder o Presidente constitucional João Goulart, causou espécie a declaração em um primeiro momento do Ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, de que as denúncias do ex-agente da CIA Edward Snowden o surpreenderam.

É muito lamentável o fato de um Ministro brasileiro desconheça tais fatos da história brasileira.

No mais, Edward Snowden, Julien Assange e o soldado estadunidense Bradley Manning devem ser defendidos pela violência que estão sofrendo por parte de um país que se julga o dono do mundo. Defendê-los é até uma questão de direitos humanos.

http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=4744:arrogância-seu-nome-é-estados-unido


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mecanismo do pensamento único

23/10/2012 - Mário Augusto Jakobskind (*)
- do blog Direto da Redação


Dezembro se aproxima e no sétimo dia do mês o grupo argentino Clarin terá de se adaptar aos dispositivos da lei dos meios de comunicação, também conhecida como Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual.

Na data vence o prazo fixado pela Corte Suprema para a medida cautelar com a qual o grupo Clarin paralisou a implementação da lei, durante três anos, após sua aprovação no Congresso.



Nesse sentido, o grupo terá de se desfazer de alguns espaços midiáticos sob seu controle. Vale lembrar que pela nova legislação, os espaços midiáticos são divididos de forma igualitária - 33% - para as mídias privadas, públicas e estatais.

É preciso lembrar também que o projeto foi amplamente discutido pela sociedade argentina e só depois aprovado pelo Congresso. Mas os barões da mídia tentaram de tudo para evitar a entrada em vigor da lei. Não se conformam e divulgam acusações descabidas afirmando que a legislação é restritiva à imprensa, quando acontece exatamente o contrário, ou seja, o espaço midiático na Argentina democratizou-se.

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que reúne o patronato do setor nas Américas, que apoiou golpes recentes, como em Honduras e Paraguai e outros ao longo da história, esteve reunida em São Paulo.


Os jornalões deram grandes espaços ao evento onde estiveram presentes, entre outras, figuras como Fernando Henrique Cardoso, mas não contaram com a presença da Presidenta Dilma Rousseff, que convidada preferiu não comparecer.

Fez bem, porque quem apareceu por lá eram apenas figuras carimbadas, ou seja, defensores eminentes da liberdade de empresa, mas para disfarçar utilizando o jargão de liberdade de imprensa.

É desta forma que tentam enganar leitores, telespectadores e ouvintes nos diversos países americanos.



Os defensores incondicionais da liberdade de empresa cerraram baterias contra a Presidenta Cristina Kirchner, que com coragem não tem se intimidado às pressões dos barões midiáticos. E a pauta anti-Kirchner se intensificou nos jornalões quase em seguida ao término do encontro em São Paulo.

Os empresários, como barões da mídia que são, fazem exatamente o jogo do grande grupo empresarial argentino que segue o ideário da não aceitação de nenhum tipo de contraponto.

Muito pelo contrário, tratam pejorativamente os opositores e se pudessem voltariam a apoiar os que em tempos passados prendiam e arrebentavam em nome, vejam só, da democracia.

As opiniões favoráveis à lei dos meios de comunicação na Argentina não são divulgadas ou então seus defensores são adjetivados como autoritários ou algo do gênero.

Não foi divulgado que representantes de mídias alternativas e de movimentos sociais protestaram em São Paulo contra as ”verdades” da SIP.

Nenhuma mídia de mercado nacional, pelo menos que este jornalista tenha visto, divulgou a opinião do relator especial da Organização das Nações Unidas para a Liberdade de Expressão e Opinião sobre a referida legislação.

Veja aqui:
Ley de Medios argentina é modelo, diz relator da ONU



Frank La Rue entende quea Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo”. E foi mais adiante ao afirmar que "eu a considero um modelo e a mencionei no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. E ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias são fundamentais”.

Na verdade, o silêncio em relação a quem tem opinião diferente ao da SIP faz parte do ideário do pensamento único. Os jornalões e telejornalões que pretendem ditar regras a quem atinge preferiram dar espaço total ao final de uma novela intitulada ”Avenida Brasil”.

E o fizeram de uma forma tão avassaladora, como se todos os brasileiros tivessem a obrigação de acompanhar a novela. Ou como se a cultura brasileira se resumisse a (repetida à exaustão) teledramaturgia da TV Globo, receita também seguida por outras emissoras.








É até possível que meios de comunicação de outros países tenham caído no conto do “fenômeno de massa” imposto pela Rede Globo.

Os correspondentes que eventualmente embarcaram na canoa do oba oba global não entraram em detalhes sobre a necessidade que o grupo empresarial teve de realizar uma jogada de marketing para, segundo especialistas do setor, tentar interromper a queda de audiência nas novelas por se tornarem repetitivas em seu todo, o que começava a ser percebido até por telespectadores mais assíduos.

Na verdade, esse esquema faz parte do mecanismo do pensamento único, que acompanha hoje praticamente todas as editorias da mídia de mercado destas e de outros quadrantes.

Por estas e muitas outras é cada vez mais necessário que o Brasil aprofunde a discussão sobre a legislação dos meios de comunicação, porque a atual está completamente defasada e urge modificá-la. É preciso levar em conta também que novos atores sociais precisam ocupar os espaços midiáticos, não podendo continuar o quadro atual de hegemonia absoluta dos grandes grupos, onde se encontram os tais barões da mídia.

A matéria é complexa. Existe um lobie poderoso que tenta de todas as formas impedir que o Brasil se modernize e democratize nesse setor.


Não é à toa que a própria SIP se reúna em São Paulo neste momento exatamente para defender interesses de seus associados.


Ah, sim, os leitores podem imaginar uma entidade como a SIP, já dirigida por um personagem de nome Danilo Arbilla, que foi porta-voz da ditadura uruguaia, defendendo os “valores democráticos”?

(*) É correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE

Fonte:
http://www.diretodaredacao.com/noticia/mecanismo-do-pensamento-unico

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Liberdade de expressão? Mentira

09/05/2012 - Mentiras em nome da liberdade de expressão
Por Mario Augusto Jakobskind
Extraído do site Rede Democrática
 

Mais uma vez o colunista de O Globo, Merval Pereira (na foto de fardão ao lado de tucanos de alta linhagem), se supera, claro que para baixo.

Agora, em comentário sob o título “Pela Liberdade de Expressão”, o jornalista imortal aborda o tema de forma simplória e tendenciosa.

Ao atacar governos latinoamericanos que julga estarem criando restrições à liberdade de imprensa e de expressão, Pereira abre as baterias, para variar, contra a Presidenta argentina Cristina Kirchner.

Aí o colunista de O Globo menciona o que considera “expropriação” da fábrica de papel que estava sob controle do grupo Clarin. Encerra o parágrafo afirmando que a medida faz parte de “uma já longa disputa pelo controle da informação pelo governo de Cristina Kirchner, prosseguindo o projeto que foi iniciado no governo de seu falecido marido Nestor Kirchner”.

Nesta visível demonstração de desacreditar a Presidenta, como se ela não tivesse iniciativa própria, o jornalista imortal omitiu um fato relevante que ajuda a entender melhor o acontecimento.

A fábrica de papel na época da ditadura era de propriedade de empresários que foram reprimidos com extrema violência, um deles assassinado, pelo general Rafael Videla, hoje cumprindo pena de prisão perpétua pelos crimes cometidos neste período, inclusive sumiço de bebês entregues a famílias vinculadas à repressão. A fábrica de papel mudou de proprietário a força e caiu nas mãos do grupo Clarin.

Merval Pereira não mencionou o fato, limitando-se a protestar repetindo os argumentos apresentados pela Sociedade Interamericana de Imprensa e, claro, pelo grupo Clarin. E quem tiver curiosidade deve consultar a Biblioteca Nacional para verificar qual foi a posição de O Globo sobre a ditadura argentina.

Em relação ao Equador, o perdão de Rafael Correa de uma multa alta decretada pela Justiça contra o jornal El Universal e um ex-editorialista por difamação ao presidente foi considerado por Pereira, não como um ato de grandeza, mas de fraqueza, para atender à pressão internacional. Pereira culpa Correa por tudo, como se decisão da Justiça dependesse dele, dando a entender que o Poder Judiciário no Equador não é autônomo.

Em outro trecho, o colunista não faz por menos e sai em defesa incondicional da revista Veja e do chefe de sucursal de Brasília, Policarpo Junior, envolvido com Carlos Cachoeira de lama.


E, pasmem, Merval Pereira considera ameaça à liberdade de expressão a tentativa de levar a grande imprensa, representada pela revista Veja, à investigaçao na CPI do Cachoeira.

Quer dizer que convocar um jornalista da cúpula de uma revista para esclarecer fatos, inclusive mais de 200 telefonemas trocados com Cachoeira de lama, atenta contra liberdade de expressão?


Policarpo Jr, diretor da Veja e Cachoeira

E parece que o Deputado Miro Teixeira pensa blindar Policarpo Jr, sob a alegação de preservaçao do sigilo da fonte. Se fizer isso, Teixeira estará se equivocando feio. Fica alinhado com Merval Perera, Policarpo é chefe da sucursal e não repórter que teria Cachoeira como fonte. Como bem lembrou recentemente o atual Ministro do Trabalho, Brizola Neto, em sua coluna “Tijolaço”, Policarpo “é alguem, que pelo seu cargo, tem relações diretas com a administração empresarial da revista”.

Tem trechos de papos telefônicos em que Cachoeira de lama falando com Claudio Abreu, um mafioso do time do meliante, fica feliz com matérias da revista Veja, inclusive a que resultou na queda de Luiz Antonio Pagot chefe da diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), que estava atrapalhando os negócios da construtora Delta. Coincidência?

Civita, da Veja
A Polícia Federal localizou o vínculo ao fazer o grampo, permitido pela Justiça, de Cachoeira de lama. Seria absolutamente normal a convocação de Policarpo, da mesma forma que o dono da publicação, Roberto Civita, em função da gravidade do caso. Nada a ver com algo atentatório à liberdade de expressão.

Como o poder de manipulação da mídia de mercado é forte, amanhã, se acontecer a convocação de Policarpo pela CPI, protestos vão surgir vindos de diversos lados, não só de Merval Pereira como da Sociedadde Interamericana de Imprensa, por exemplo. Se a CPI for séria mesmo terá de convocar Policarpo e muito mais gente considerada acima de qualquer suspeita, como o governador Sergio Cabral.

No artigo, Merval destila ódio contra a “democratização da comunicação” atribuindo a ideia ao Partido dos Trabalhadores.

Merval desconhece que a democratização dos meios de comunicação é algo em debate há vários anos por inúmeras entidades representativas dos movimentos sociais.

O PT tem todo o direito de apoiar, como outros partidos e parlamentares, como, por exemplo, Brizola Neto, que já se posicionou nesse sentido em sua coluna na internet em várias ocasiões.

Mas se o leitor imagina que as observações do jornalista imortal pararam por aí em matéria de manilpuação, engana-se. O colunista reviveu, por exemplo, a proposta do Conselho Nacional de Jornalismo, atribuindo a ideia, mais uma vez erradamente, ao governo Lula. A proposta, repudiada antes mesmo de ser debatida, foi uma iniciativa da diretoria da Federação Nacional de Jornalistas e não do govenro Lula, como “informou” (só pode ser entre aspas mesmo) Merval Pereria.

Não por acaso, na mesma edição de sexta-feira, 4 de maio, o jornal O Globo publicava na página internacional um artiguete, estilo tijolaço, com o título “Cerco”, apresentando o resultado de uma reunião em Santiago do Chile de associações patronais midiáticas de seis países, entre eles o Brasil, representado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Foi divulgado então um documento sobre “o agravamento do cerco à liberdade de imprensa” e assim sucessivamente.

Nelson Bocaranda

E também, não por acaso, logo abaixo do comentário aparece matéria procedente de Caracas mostrando que “Chávez tem fratura no fêmur, diz jornalista”. A tônica da “notícia” repete a de outros dias com base nas elocubrações do blogueiro venezuelano Nelson Bocaranda, um jornalista vinculado aos movimentos anticastristas de Miami.


Merval Pereira

Por sinal, Bocaranda de vez em quando escreve “com base no que escreveu Merval Pereira" sobre a doença de Chávez e vice-versa. Os dois se entendem muito bem, só falta agora Bocaranda aparecer no Brasil convidado pelo Instituto Millenium e, quem sabe, proferir uma palestra no Clube Militar, como faz de vez em quando Merval Pereira e é aplaudisíssimo pelos militares da reserva que tinham postos de comando durante a ditadura, alguns deles executores do esquema da repressão.

Por estas e muitas outras, a democratizaçao dos meios de comunicação é uma necessidade, exatamente para que os brasileiros possam ter mais e mais veículos para se informar e formar opinião. Até porque, como o acesso à informação é um direito humano, tudo deve ser feito para o seu aperfeiçoamento, quer queira ou não Merval Pereira e o patronato midiático manipulador.

Na verdade, Pereira mistura propositalmente as bolas.


O que ele defende mesmo é a liberdade de empresa e não a de imprensa.

Desta forma vai tentando enganar incautos, seguindo a linha de seu jornal e das Organizações com o mesmo nome.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Jakobskind lança livro sobre a Líbia



Líbia: Barrados na fronteira, de autoria do jornalista Mário Augusto Jakobskind, será lançado no próximo dia 11 de novembro, sexta-feira, a partir das 18h30 na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Rua Araújo Porto Alegre, 71, 7º andar. Antes da noite de autógrafos, haverá debate sobre o papel da mídia e o que ocorreu na Líbia nos últimos meses de conflitos. Está confirmada a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), um dos integrantes da frustrada viagem da delegação brasileira, que tinha como objetivo preparar um relatório para a ONU sobre a invasão daquele país pelas forças da OTAN. O livro é mais uma edição da BOOKLINK (www.booklink.com.br), e conta com o apoio da ABI.

Além de analisar os acontecimentos naquele país do Norte da África, o autor mostra como os meios de comunicação manipularam fatos com a edição de imagens e textos que tiveram o objetivo de convencer a opinião pública sobre a “missão humanitária” exercida pelos bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), fator determinante para a definição de um dos lados da disputa entre adeptos e opositores do regime líbio, capitaneado por Muammar Kadhafi.

O presidente da ABI, Maurício Azêdo, no texto de apresentação, assim se refere sobre o lançamento: “Com extremado senso de oportunidade jornalística, já demonstrado em outros trabalhos publicados pela mesma editora, Mário Augusto Jakobskind nos oferece neste seu mais novo livro não apenas o relato episódico de relevante acontecimento histórico, mas um amplo e circunstanciado painel da tragédia que se abateu sobre a Líbia e seu povo após a união de poderosas forças do Ocidente – Estados Unidos, Grã-Bretanha e França – para a derrubada de um dirigente nacional, Muammar Kadhafi, que durante mais de quatro décadas foi protagonista de destacados momentos da vida internacional.”

O autor, experiente repórter, com passagens por diversas redações, também fez parte da delegação brasileira à Líbia, que ficou barrada na fronteira da Tunísia e a Líbia. E atualmente é conselheiro da ABI e o representante da entidade junto à EBC (Empresa Brasileira de Comunicação). Dois dos seus livros também foram publicados com o selo da BOOKLINK: Parla! e Cuba: Apesar do bloqueio.  



sábado, 22 de outubro de 2011

Líbia: Barrados na Fronteira


Libia
Na edição de O Globo, de 21 de outubro de 2011, ou seja, um dia depois da morte/assassinato, de Muammar Kadhafi, consta um caderno especial com a manchete “Fim do déspota, início da nova Líbia”, que concedeu espaço para alguns comentários sobre a situação na Líbia:
Mary Dejevsky, colunista do The Independent – A  tentação agora será citar a Líbia para justificar intervenções militares em outros lugares.

Ali Abdullatif Ahmida , Universidade de New England, nos EUA:  Este é o fim de uma era, mas a luta pelo novo governo já começou. Tudo depende de como os líderes do Conselho de Transição vão consertar o país e reconciliar o povo.
Daniel Korski, do Conselho Europeu de Relações Internacionais – A  morte do coronel Kadhafi é um acontecimento ambíguo para as novas autoridades líbias. Elas evitam um drama judicial já conhecido, à la Slobodan Milosevic, que poderia reagregar o povo em apoio ao ex-ditador. Mas a morte de Kadhafi também rouba do novo governo líbio a oportunidade de se mostrar melhor do que o anterior, ao permitir que um processo judicial se estabelecesse. Sua morte, de maneira violenta, também revela o risco da criação da figura de um mártir a partir de um homem cujos feitos em vida nunca foram merecedores dessa aclamação.
Shashank Joshi, Royal United Services Institution, Reino Unido: A Líbia não é um país viável para uma insurgência de maior porte.
Acredito que veremos resistências em alguns lugares, tensões surgirão, mas não será nada que pareça uma contrarrevolução.
Comentário do jornalista português Miguel Urbano Rodrigues, que não saiu em O Globo:
Kadhafi afirmou desde o primeiro dia da agressão que resistiria e lutaria com o seu povo ate à morte. Honrou a palavra empenhada. Caiu combatendo.
Que imagem dele ficará na História?
Uma resposta breve à pergunta é hoje desaconselhável, precisamente porque Muammar Kadhafi foi como homem e estadista uma personalidade complexa, cuja vida refletiu as suas contradições.
Neste sentido, Mário Augusto Jakobskind lança o seu livro 'Líbia: Barrados na fronteira', dia 11 de novembro, na ABI, no Rio, para lançar uma luz neste conflito, marcado por mais uma invasão da Europa em paises árabes.
Desta vez, uma cruzada aérea em pleno século XXI, mas que nada fica a dever as carnificinas praticadas pelos cavaleiros nobres de séculos atrás. O pretexto das invasões na idade média era a religião, o cristianismo, Jerusalem. Sob este pretexto a Europa destruiu, matou e pilhou os paises árabes. O pretexto do século XXI é a democracia. Em nome da democracia a OTAN bombardeou a Libia. Mas todos sabem que o alvo era o petróleo e as reservas monetárias da Libias que somam mais de 100 bilhões de dólares. Uma boa quantia para ajudar a tirar a Europa da crise.

Fonte: Rede Democrática

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lições da lamentável repressão aos bombeiros

Por Mário Augusto Jakobskind


O Governador Sérgio Cabral deu o ar de sua graça política ao ordenar a violenta repressão contra os bombeiros que ganham salários aviltantes. São heróis e foram tratados de forma humilhante. Não satisfeito, Cabral ainda os ofendeu. Se alguém tinha dúvidas sobre Cabral, o episódio no Quartel General da guarnição esclareceu.
O lamentável nesta história é o fato do governador do Estado do Rio de Janeiro receber o apoio de partidos cujos integrantes em outros tempos se mobilizavam exatamente para denunciar violências do mesmo tipo que as praticadas agora no Rio de Janeiro.
Os bombeiros, considerados heróis pelo povo pelo tipo de trabalho que desenvolvem, foram tratados como marginais. Há testemunhas que comprovam os excessos praticados pelo Bope, uma delas a deputada Janira Rocha, do PSOL, que dignifica o seu mandato ao ficar ao lado dos manifestantes no QG dos bombeiros.
Bombeiros na ALERJCabral faz lembrar épocas do século passado, inclusive de governantes como Washington Luis, que consideravam a questão social como caso de polícia.
O que está acontecendo agora é na prática um divisor de águas. Se a esquerda parlamentar não repudiar o que foi feito pelo Bope e denunciar Cabral, entrará para a história ao lado do conservadorismo que não aceita  mobilizações populares, ainda mais o direito humano de reivindicar melhores salários e condições de vida.
Repressão aos bombeiros, aprovação na Câmara dos Deputados do Código Florestal que favorece os violadores do meio ambiente são demonstrações concretas da existência de uma esquerda que a direita gosta como diria o inesquecível Darcy Ribeiro.
Soma-se a isso o fato de o vice-governador Luiz Fernando Pezão estar sendo agraciado por uma entidade vinculada ao agronegócio, setor recém-favorecido pelo deputado Aldo Rebelo, do PC do B.
Bombeiro e DiginidadePor estas e muitas outras, a cada dia que passa os partidos políticos se distanciam dos anseios de amplas parcelas do povo brasileiro. Afinal de contas, como explicar a prática que adotam de apoio aos que ao longo da história foram combatidos por setores políticos que tinham como bandeiras principais a democracia e o socialismo?
É possível até que nas próximas horas os referidos partidos apresentem seus argumentos e criem as suas dialéticas para continuar com a mesma prática de apoio a quem reprime o povo. E até para justificar a ocupação de cargos na administração fluminense.

Publicado originalmente no Site Rede Democrática